Categoria: Timor

  • “O que foi feito de Timor-Leste?”

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    GRANDE REPORTAGEM SIC
    “O que foi feito de Timor-Leste?”
    Conceição Lino
    10.11.2022
    A Grande Reportagem da SIC foi saber que sucessos e fracassos regista o país na era da liberdade.
    A independência de Timor-Leste foi a maior causa do povo português depois do 25 de abril. Quem o disse pela primeira vez foi Jorge Sampaio quando era Presidente da República. Este ano, por ocasião dos 20 anos de independência de Timor-Leste, o atual Presidente português lembrou essas palavras no Parlamento timorense.
    Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Díli para a tomada de posse de José-Ramos Horta como Presidente da República de Timor-Leste, a 20 de maio, o dia que assinala o nascimento do primeiro Estado-nação do século.
    Onze anos antes, o mundo tinha despertado para a luta dos timorenses contra a ocupação e a repressão da Indonésia, a partir da divulgação das imagens do massacre do cemitério de Santa Cruz.
    Na sequência de uma manifestação durante as cerimónias fúnebres de um jovem pró-independência, os militares indonésios não hesitaram em disparar, mesmo dentro do cemitério, onde centenas de pessoas, na maioria jovens, tentavam proteger-se das balas. O momento foi registado pela câmara do jornalista inglês Max Stahl, que conseguiu que as imagens fossem divulgadas e o mundo não tivesse dúvidas sobre o que estava acontecer.
    Em Portugal, ouvir a aflição de um povo tão distante rezar a Avé Maria em português fez despertar consciências. Políticos da esquerda à direita, figuras públicas, cidadãos anónimos defendiam os que em Timor queriam um país livre e independente.
    O que acabou por acontecer só em 2002. A partir daí, foi preciso garantir a paz e reconstruir o país, um percurso que tem podido contar com ajudas de vários países e organizações internacionais. Portugal tem tido projetos de cooperação com o Estado timorense, desde a justiça, ao ensino da língua portuguesa ou à produção do café, o produto que Timor mais exporta.
    Para o português Hugo Trindade, que chegou a Timor há 15 anos, é preciso mais investimento no setor agrícola, sobretudo num contexto de crise alimentar.
    A agricultura é a principal atividade no país e os que dependem dela são também os mais pobres. Timor tem podido contar com receitas do petróleo e com ajudas da comunidade internacional mas que diferença tem tido esse apoio no desenvolvimento do país e quais têm sido os maiores investimentos?
    O turismo é um dos setores em que o país ainda tem caminho para fazer. Há poucas estruturas turísticas num país rodeado por água e onde muitas praias estão interditas devido à presença de crocodilos, animal considerado sagrado pela maior parte da população. Mas o território esconde lugares de rara beleza em terra e no mar. Entre Díli, a capital, e a ilha de Ataúro, a riqueza da fauna e da flora marítimas conta com mais de 250 espécies diferentes.
    A língua oficial do país é o tetum, mas o português foi a segunda língua oficial escolhida por Timor-Leste quando alcançou a independência. O português tinha sido proibido pela ditadura indonésia durante a ocupação. Os que se atreviam a falar a língua e ou a ensiná-la eram perseguidos e houve quem tivesse perdido a vida por causa disso.
    Hoje há mais gente a falar português do que em 2002. Para isso, têm contribuído os CAFE-Centro de Aprendizagem e Formação Escolar, onde todas as matérias se aprendem em português. Nestes centros, há 117 professores portugueses que também dão formação a professores timorenses. Mas o ensino do português só chega a uma parcela da população. Em cada um dos 13 distritos, há apenas uma destas escolas e em todas há mais procura do que vagas para novos alunos.
    Em duas décadas, a população cresceu para um 1,3 milhões de pessoas, a maioria com menos de 25 anos. A mais-valia de uma população jovem coloca também imensos desafios a quem governa.
    Simoa da Silva Tilman viveu de perto a história recente do país. A família defendia um Timor livre e independente e pagou por isso um preço elevado. Um dos irmãos foi levado pelas tropas indonésias e nunca mais foi visto.
    Casos como o dela não faltam em Timor.
    Durante a ocupação indonésia foram mortas centenas de milhares de pessoas.
    O país vive hoje em paz mas ainda a tentar sarar as feridas e as divisões entre os timorenses que queriam a independência e os que defendiam o regime indonésio.
    Até que ponto valeu a pena a luta pela liberdade e pela autodeterminação, que custou a vida a centenas de milhares de timorenses?
    Em 20 anos de independência, o que conseguiu alcançar Timor-Leste e o que está ainda por fazer?
    A Grande Reportagem foi saber como está e para onde quer caminhar esta democracia do sudeste asiático.
    Veja os vídeos no link abaixo:
    "O que foi feito de Timor-Leste?"
    SICNOTICIAS.PT
    “O que foi feito de Timor-Leste?”
    A Grande Reportagem da SIC foi saber que sucessos e fracassos regista o país na era da liberdade.
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  • TIMOR NA ASEAN

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    Acordo de princípio para integrar Timor-Leste na Associação de Nações do Sudeste Asiático
    Phnom Penh, 11 nov 2022 (Lusa) – Os líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) chegaram a um acordo de princípio para integrar Timor-Leste na organização regional, foi hoje anunciado, na cimeira anual, na capital do Camboja.
    O país, de 1,3 milhões de habitantes, uma antiga colónia portuguesa anexada por Jacarta em 1975, tornou-se um Estado totalmente independente em 2002, depois de 24 anos de uma sangrenta ocupação indonésia.
    EJ // VQ
    Lusa/Fim
    May be an image of text that says "ASEAN CAMBODIA 2022 ASEAN A.C.T: Addressing Challenges Together"
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  • Açores

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    10/11/22 – O aeroporto de Baucau…
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    Helena Soares Silva, Elisabeth Fonseca and 6 others
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  • há 10 anos publiquei vol 2 da trilogia da história de timor

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    Chrys, we care about you and the memories that you share here. We thought that you’d like to look back on this post from 10 years ago.
    No photo description available.

    10 years ago

     

    pode descarregar tudo em
  • grutas de timor

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    Explorando as grutas de Timor-Leste
    +11
    Não tenho dúvidas que a natureza privilegiou Timor-Leste com alguns dos tesouros naturais mais belos do mundo.
    Hoje fomos à descoberta de uma gruta chamada Niki Uma, que significa “a casa dos morcegos”.
    Situada em Dilor, Posto Administrativo de Lacluta no Município de Viqueque, é um verdadeiro espetáculo da natureza onde o calcário depositado ao longo de milénios, formou depósitos naturais de água com uma beleza indescritível.
    A caverna em si, pela grandeza, cor e espaço natural envolvente, constitui um magnífico quadro impossível de ser replicado pelo melhor dos pintores😊.
    You and 20 others
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  • TIMOR HAU NIAN DOBEN: Tribunal de Recurso timorense considera inconstitucional transferência de saldo de gerência

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    TIMOR HAU NIAN DOBEN – Blogue timorense com informações e notícias atualizadas diariamente, em Português, Tétum e Inglês.

    Source: TIMOR HAU NIAN DOBEN: Tribunal de Recurso timorense considera inconstitucional transferência de saldo de gerência

  • mais impostos em timor

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    Ministro Finanças timorense defende aumentos de impostos previstos em 2023
    Díli, 08 nov 2022 (Lusa) – O ministro das Finanças timorense defendeu hoje aumentos de impostos previstos em 2023, considerando que se tratam de medidas essenciais para promover a sustentabilidade das contas públicas e que não pode “fotocopiar dinheiro”.
    “Os deputados dizem que o ministro das Finanças tem que procurar forma de arranjar receitas adicionais. Criticam que se faça mais levantamentos do Fundo Petrolífero [FP], dizem que isso não pode ser porque acaba o dinheiro”, disse Rui Gomes no Parlamento Nacional.
    “Mas depois o ministro propõe aumento de impostos e dizem que não, que isso prejudica o povo. Então? Vou fotocopiar dinheiro?”, disse no debate na generalidade da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023.
    O ministro das Finanças respondia a críticas de alguns deputados, incluindo das bancadas que apoiam o executivo, relativamente a propostas de aumentos de impostos seletivos, especialmente em produtos importados.
    Rui Gomes disse os valores propostos são mais baixos do que na região, defendeu o aumento do imposto sobre produtos açucarados como uma medida que também promove a saúde pública, e a introdução de impostos progressivos na importação de carros.
    “Os carros mais caros têm impostos mais elevados. Quem tem dinheiro para pagar carros desse valor pode pagar o imposto. Isso até representa uma distribuição de rendimentos”, afirmou.
    “Os deputados estão a fazer alguma contradição. Querem menos levantamentos do FP, mas depois não querem aumentar os impostos”, disse o ministro.
    Rui Gomes disse que era vital começar a introduzir disciplina nas receitas domésticas, incluindo tendo em conta a possibilidade de um precipício fiscal em 2034 com o fim do FP e o risco de que, eventualmente, sejam necessárias medidas de austeridade.
    “Quando falamos de cidadania ativa, falamos do quê? Todos têm que fazer uma contribuição, o Estado é de todos. Precisamos de sustentabilidade e se não começarmos a fazer alguma coisa agora, depois, daqui a cinco anos, quando forem precisas mais taxas, como vai ser?”, questionou.
    Na réplica aos primeiros comentários dos deputados, Rui Gomes esclareceu ainda dados sobre o recurso a empréstimos bonificados, que sucessivos Governos têm feito, defendendo a medida e rejeitando que os empréstimos estejam descontrolados.
    Assim, desde 2012 e até 07 de novembro, o Estado timorense assinou empréstimos no valor total de 941 milhões de dólares (valor equivalente em euros) – de instituições como o Banco Mundial e o Bando Asiático de Desenvolvimento – dos quais apenas foram efetivamente desembolsados até agora 265 milhões de dólares.
    “Há um balanço efetivo disponível de 675 milhões de dólares. Desde 2012 e até agora o Governo pagou 23,4 milhões de dólares do capital e 14,3 milhões de dólares em juros”, referiu.
    O governante detalhou que vários dos empréstimos não foram desembolsados visto estarem ainda a decorrer os processos relacionados com os projetos previstos, alguns dos quais vão arrancar em breve.
    Entre eles destacou as obras no Aeroporto de Díli (135 milhões de dólares), projetos de água em Díli no valor de 248 milhões de dólares e em Lautem, Viqueque e Same de 47 milhões de dólares, bem como projetos educativos, no valor de 15 milhões de dólares, e de melhoria da rede elétrica, de 35 milhões de dólares.
    Noutro âmbito, e em resposta ao parecer da Comissão de Finanças Públicas do parlamento, Rui Gomes rejeitou os argumentos de que deveria ser excluída da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) um artigo referente a “alterações orgânicas”.
    “O Governo fica ainda autorizado, através do membro do Governo responsável pela área das finanças, a proceder às alterações orçamentais decorrentes de alterações orgânicas da estrutura do Setor Público Administrativo, com respeito pelo valor total da despesa do Orçamento Geral do Estado e de cada um dos subsetores”, refere o setor.
    O parecer da comissão considera que o artigo “é um comando não previsto pela nova LEO [Lei de Enquadramento Orçamental] aprovada em fevereiro deste ano, que atenta contra as competências exclusivas do Parlamento Nacional, podendo essa prerrogativa vir a ser arbitrariamente utilizada pelo referido governante, inclusivamente até à margem do Conselho de Ministros”.
    Rui Gomes defendeu a medida, explicando que autoriza o Governo a proceder à “criação de títulos orçamentais no sistema orçamental que possam resultar de alterações orgânicas, sem alterar o montante das dotações destinado ao serviço, para que mudanças orgânicas, aprovadas pelo Governo, produzam efeitos sem ser preciso um OGE retificativo”.
    Explicando que uma norma idêntica existe em Portugal, Rui Gomes disse que era particularmente importante tendo em conta que em 2023 haverá eleições parlamentares e que pode haver mudanças na organização do executivo.
    Rui Gomes defendeu ainda o facto de o Governo voltar a orçamentar nas contas de 2023 o novo Fundo dos Combatentes da Libertação Nacional (FCLN), já incluído nas constas de 2022, que o parecer de uma comissão do parlamento contesta.
    “A reintegração total do saldo transitado que não será utilizado num só ano, não só inflaciona desnecessariamente a dotação global do OGE como também não é aceitável numa contabilidade pública que utiliza exclusivamente o sistema de base de caixa modificado, tratando-se de um ativo financeiro contabilizável apenas em contabilidade patrimonial”, refere o parecer.
    Rui Gomes disse que a contabilidade de caixa, ou patrimonial, “não tem qualquer implicação na inscrição das receitas e despesas do FCLN no OGE”, considerou que o fundo “é uma entidade do setor público administrativo e integrada no perímetro orçamental e por isso tem que estar inscrita no OGE”.
    “O FCLN é utilizado para financiar programas de apoio a combatentes e para realizar investimentos financeiros, que são despesas públicas. Implica a saída de verbas dos cofres do estado e a realização de pagamentos. E só podem realizar-se se estiver registada no OGE”, disse.
    “A proposta de tirar o FCLN do OGE é claramente uma prática de desorçamentação. Resultaria em que dinheiro publico saía do OGE e ficaria sem controlo, permitindo ao Governo gastar como quiser. E isso é obviamente ilegal”, vincou o ministro, afirmando que o executivo quer mais transparência e que a desorçamentação representaria o contrário disso.
    ASP // VQ
    Lusa/Fim
    May be an image of 1 person and text that says "RTTL ORETO RTTL ANBA NASAUN 11:58:46 ΟΤι DISKUSAUN OJE 2023 info.RTTL GRAVE ONAJI TRIBUNAL DISTRITAL SUAI APLIKA MEDIDA KOASAN APREZENTSAUN"
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  • Timor-Leste, um país a duas velocidades – Jornal Tornado

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    por M. Azancot de Menezes – Timor-Leste

    Source: Timor-Leste, um país a duas velocidades – Jornal Tornado

  • Visão | PM timorense quer zonas económicas livres na fronteira com a Indonésia

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    O primeiro-ministro timorense defendeu a criação de zonas económicas livres na fronteira com a Indonésia que possam incluir parques industriais transfronteiriços, com ganhos para os dois países

    Source: Visão | PM timorense quer zonas económicas livres na fronteira com a Indonésia