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Categoria: Timor
ADIAR A TOMADA DE POSSE EM TIMOR
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Lusa/FImPR timorense contra adiamento de tomada de posse de novos deputadosSeul, 02 jun 2023 (Lusa) – O Presidente da República timorense disse hoje que qualquer tentativa de adiar a tomada de posse dos deputados eleitos a 21 de maio, não tem qualquer justificação legal e apenas descredibilizaria os partidos derrotados nas legislativas.“Não há qualquer justificação de ordem legal par adiar isto até setembro. Seria negar a um parlamento eleito, certificado pelo Tribunal de Recurso. As leis dizem que tem de tomar posse num prazo de duas semanas. E é isto que vamos fazer”, disse José Ramos-Horta à Lusa em Seul.“Não é altura para ninguém tentar remar contra a maré. É preferível mostrar sentido de Estado e colaborar para que haja um novo ambiente no parlamento e no país”, explicou.Antes que o processo de formação do Governo seja concluído, é ainda necessária a validação dos resultados eleitorais pelo Tribunal de Recurso, processo que pode estar concluído dentro de dias, seguindo-se a tomada de posse dos novos deputados.Este último processo tem estado a causar alguma polémica com membros das bancadas do atual executivo Governo a defenderem que os novos deputados só deveriam tomar posse em setembro, data que assinalaria o final da atual legislatura.Em causa estão diferentes interpretações da Constituição, de outros diplomas e do regimento do Parlamento Nacional, documento que não tem a força de lei.Ramos-Horta rejeita a posição da atual maioria e defende que é necessário a nova legislatura “começar o mais rapidamente possível e haver uma transição, para que o parlamento possa começar o seu trabalho o mais rapidamente possível”.“Uma transição com dignidade, sobretudo face à mensagem muito clara do eleitorado. Não se pode esperar mais”, disse o chefe de Estado.Motivo pelo qual prefere que a tomada de posse ocorra já a 09 ou 12 de junho, o que o levou a cancelar a sua visita prevista ao Vaticano para um encontro de Prémios Nobel da Paz com o papa Francisco.Fontes parlamentares confirmaram à Lusa que nos últimos dias se tem continuado a debater o agendamento da sessão de tomada de posse dos novos deputados, com as comissões da especialidade a continuarem a debater diplomas.Hoje, por exemplo, uma das comissões aprovou na especialidade a nova lei que cria a Ordem dos Médicos, estando prevista uma audição sobre o processo de adesão à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no plenário ao Ministério dos Negócios Estrangeiros na segunda-feira, véspera da última reunião prevista do Conselho de Ministros do atual executivo.A Lusa tentou contactar, sem sucesso, o atual presidente do Parlamento Nacional, Aniceto Guterres Lopes, que ainda não tem agendada, até ao momento, a sessão de tomada de posse dos parlamentares eleitores a 21 de maio.Questionado sobre o que ocorre caso o atual presidente do Parlamento não agende a sessão de tomada de posse rapidamente, ou pelo menos no prazo legal de 15 dias depois da certificação dos resultados pelo Tribunal, Ramos-Horta mostrou-se convicto que haverá uma maioria, no atual parlamento, para garantir que isso ocorre.“Obviamente que haverá uma maioria no parlamento que ali está sentada. A maioria que venceu as eleições, do CNRT e PD, com a eventual adesão de outros que ainda lá estão, como o PUDD, UDT e FM e talvez até dissidências de deputados dos outros três partidos da plataforma”, afirmou.“Penso que haverá que não concorde com essa atitude que só iria descredibilizar ainda mais os que perderam as eleições”, afirmou.As eleições de 21 de maio foram ganhas pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), que viu aumentar a sua representação parlamentar de 21 para 31 lugares e que iniciou já um diálogo para uma maioria parlamentar com o Partido Democrático (PD), terceira força política com seis cadeiras no novo parlamento (mais uma que no atual).A oposição será integrada pelas três forças que apoiam o executivo atualmente em gestão, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), o Partido Libertação Popular (PLP) e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO).ASP // PJALusa/FImEm Timor, “as praias são maravilhosas. As pessoas também” | Fugas dos Leitores | PÚBLICO
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O leitor Pedro Mota Curto partilha a sua experiência em Timor, entre praias paradisíacas, os caminhos da história, as marcas da herança portuguesa.
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Coreia do Sul e Timor-Leste querem aproximar relações comerciais
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O presidente de Timor-Leste afirmou hoje que a Coreia do Sul quer ampliar o programa de importação de mão-de-obra timorense, especialmente para a agricultura, e Díli quer ver essa relação bilateral fortalecida com investimentos coreanos no país.
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Universidade sul-coreana quer acolher 500 alunos timorenses por ano
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A Universidade de Sehan, na Coreia do Sul, quer acolher 500 estudantes timorenses por ano, no âmbito de um programa que inclui formação, estágio profissional, emprego e, eventualmente, até vistos para familiares.
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lendas timor
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Admin+13Maubito: Aventuras nos Ébanos, é uma obra literária e de fantasia Timorense, criada e desenvolvida pelo autor José Fernando Real (responsável pelos conceitos, pelo guião e pelos textos literários) e ilustrada a partir Dezembro de 2020 com a colaboração do pintor Ricky (Ricardo Coco Leo Santos), da Arte Moris.O Livro Maubito: Aventuras nos Ébanos é o terceiro volume de uma trilogia de lendas e poemas sobre Timor-Leste desenvolvidos pelo autor, e reunidos em compêndio com os títulos: O Segredo da Lafaek Mean (2012-2021) e o Jardim de Violetas (2014-2020), respetivamente.As aventuras foram publicadas separadamente nas páginas de facebook de Maubito: Aventuras nos Ébanos (https://www.facebook.com/MaubitoTL) e de Lifau: 500 sonhos em Timor-Leste (https://www.facebook.com/Lifau.500.sonhos), sob gestão do autor conceptual, tendo sido organizado o lançamento oficial dos livros durante a realização da Exposição de Pinturas com o nome “Espaço Maubito”, que decorreu numa Galeria do Centro Comercial Dili Square e no Supermercado Páteo, na Cidade de Dili, em Timor-Leste, entre 02 de dezembro de 2022 e 06 de janeiro de 2023.Género:Em princípio a obra Maubito: Aventuras nos Ébanos, poderia enquadrar-se no género de fantasia heroica com aventuras desenvolvidas em diferentes dimensões de tempo e espaço, abordando diferentes períodos históricos e pré-históricos de Timor-Leste, com frequentes abordagens de temas sobrenaturais através de conceitos e personagens da mitologia e das lendas culturais Timorenses, livremente interpretados pelo autor e pelo ilustrador.A obra começa com o nascimento de Maubito (o herói e protagonista das aventuras) no ano de 1970, o qual coincide com o ano de nascimento do autor (José Fernando Real) e desenvolve o conceito de uma criança Timorense, nascida do matrimónio de um Pai Português e de uma Mãe oriunda da Cultura Quemaque (um dos dialetos Timorenses), que ao ser confrontado com o processo de descolonização Timorense (a partir de 1974), com a guerra civil subsequente (entre 1974 e 1975) e com a invasão (Dezembro de 1975), se vê obrigado a viajar como Refugiado para Portugal.Com a partida de Maubito para o estrangeiro começa uma série de aventuras que pretendem estabelecer a ligação entre as lendas e os mitos Timorenses, com outras tradições culturais, universais, ocidentais e orientais, por vezes combinando referências científicas (incluindo astronomia, cosmologia, física, química, botánica, mecânica quântica, entre outros) com o imaginário da ficção científica (incluindo as viagens no tempo, viagens interdimensionais) e do esoterismo (astrologia, interpretação de sonhos e viagens espirituais).A narração de Maubito: Aventuras nos Ébanos, também presente no primeiro volume do Segredo da Lafaek Mean, poderia ser considerada como uma novela bizantina , demonstrada na vontade de Maubito em regressar a Timor-Leste para poder viver em paz e harmonia junto de sua Mãe e respetiva família, mas cujos acontecimentos se obstinam em criar novos obstáculos físicos, temporais e dimensionais, que parecem impedir a realização deste objetivo.Frequentemente a narrativa utiliza a anagnórise (um dos recursos presentes na novela bizantina), ajudando Maubito a descobrir dados essenciais da sua origem e identidade cultural Timorense, informações sobre os segredos ocultos dos seus pais e antepassados, e revelações importantes sobre personagens lendárias como o Sakoko, Elouhanne, Exouan, os Mahoca, o Lafaek Mean e Lafaek Mutin, os quais vão ajudando o pequeno herói no percurso e no seus processo de autoconhecimento (Mahaun).A obra também apresenta analogias com outras obras de fantasia e de ficção, que combinando texto e ilustrações, nos remetem para universos mágicos e a presença de superheróis, retratados nos tesouros escondidos e desconhecidos dos Ébanos.Argumento:Os primeiros volumes da série, nomeadamente o Segredo da Lafaek Mean (2012-2021) e o Jardim de Violetas (2014-2020), não possuem continuidade narrativa, sendo lendas recolhidas de diferentes períodos temporais, mas com o desenvolvimento do terceiro volume, foi possível a publicação de diferentes tomos, em Dezembro de 2022, de Maubito: Aventuras nos Ébanos de: Aileu, Ainaro, Ataúro, Bobonaro, Covalima, Díli, Ermera, Lautém, Liquiçá, Manatuto, Manufahi, de Oecusse e Viqueque, correspondentes a cada uma das treze municipalidades Timorenses.Estes tomos desenvolvidos para assinalar o 2º. Aniversário de Maubito, reuniram em diferentes compêndios municipais as lendas publicadas no primeiro volume (Segredo da Lafaek Mean) e no terceiro volume (Maubito: Aventuras nos Ébanos), justificando a expressão ficcional de que: “a obra teria tido origem no pequeno Maubito” (alter ego do autor).A partir do terceiro volume (Maubito: Aventuras nos Ébanos), a obra passa a ter um guião cronológico patente nos seus diferentes capítulos, nomeadamente: a origem dos ébanos, os ébanos do pacífico, os ébanos presentes, os ébanos do atlântico, os ébanos passados, os ébanos futuros, ébanos de poesia, Ébanos-Hebenī e os ébanos do regresso.SumárioMaubito é uma criança Timorense de 10 (dez) anos de idade, de acordo com a narrativa do Livro Maubito: Aventura nos Ébanos.Nasceu em 1970 numa Aldeia das Montanhas de Bobonaro, no então Timor Português.Filho de uma Mãe Timorense, oriunda da cultura Quemaque e de um Pai estrangeiro (Malae), colocado no território com o Posto de Furriel Miliciano, da Arma de Cavalaria, do Exército Português.Apesar de ter tido uma infância feliz com a família materna que o criou, acabou separado da Mãe e de suas origens Timorenses em 1975, durante o período de Guerra Civil e da Invasão Indonésia.Tendo viajado para Portugal na companhia do seu Pai, acabou passado por diferentes experiências: marinheiro, pescador, aventureiro nos mares do Oceano Pacífico, a caminho da Metrópole, onde se tornaria refugiado, órfão e estudante.Em 1980, na sequência de diversos pesadelos com a sua Mãe, doente e chamando por ele, decide regressar a Timor-Leste iniciando uma Jornada de Aventuras, que o conduziriam das Núbias da Terra aos Ébanos dos Céus.Maubito regressa a Lisboa introduzindo-se clandestinamente dentro de um navio. Contudo acaba se enganando no transporte que escolheu, embarcando sem saber num barco Carregueiro com destino à Cidade do Cabo, ao invés do Canal do Suez.Apanhado pela tripulação que se compadeceu por ser uma criança de 10 (dez) anos, sozinho, numa incrível missão, voltou a ser marinheiro ajudando na limpeza, na lavandaria e na cozinha do barco, onde viveu muitas aventuras nas ilhas e nas águas do Oceano Atlântico.Antes da chegada do navio à África do Sul, um dos tripulantes seu amigo, procura neste país de acolhimento informação sobre alguma família Timorense, eventualmente imigrada para este país.Nos anos oitenta, muitos Moçambicanos imigraram (legal e ilegalmente) para as minas da África do Sul, na região de Joanesburgo, pelo que havia a possibilidade de alguma família de refugiados Timorenses em Moçambique se ter aventurado para trabalhar neste país.Acabaram descobrindo uma família que partiu de Timor-Leste para Moçambique durante a Guerra Civil, a qual se radicou em Joanesburgo algum tempo depois.Maubito foi muito afortunado ao encontrar no sei desta família um Idoso, com conhecimentos de Lian Na’in (Dono da Palavra em Tétum).Antes de partir de Ataúro na corveta Afonso Cerqueira, Maubito recebeu de presente do seu Avô no leito de morte, um saco de Birus. Contudo não houve tempo de receber os ensinamentos para despertar e acionar os birus.Felizmente o Tio-Avô, compatriota Timorense, refugiado na África do Sul, sabia muitas Lians (palavras mágicas), o que abria a possibilidade de ativar alguns dos birus.Foi o que aconteceu com um dos birus! Mas curiosamente, nenhum dos birus do saco oferecido respondeu ao chamado. Foi Dente de Crocodilo, oferecido pelo seu Pai antes de morrer, que despertou com luz e algum ardor no peito.Nessa mesma noite, apareceu em sonho, o misterioso Sakoko!Dizendo ser um “Enviado, Mensageiro” do Rai Na’in (Dono da Terra em Tétum – Divindade da Cultura Timorense), ensinou Maubito a ativar o Biru abrindo a primeira porta dos Ébanos.Contudo, Maubito não sabia do lado perverso, mentiroso e dissimulado do Sakoko, o qual sendo um Espírito maligno e brincalhão, acabou transmitindo conhecimentos parciais sobre as Núbias e os Ébanos.Seguindo a promessa de regressar a Timor-Leste através de um Portal Mágico, Maubito acabou num túnel que o encaminhou, instantaneamente, para a Casa do Rai Na’in (nos Ébanos) e de regresso a Timor.Mas sem saber tinha passado uma porta do tempo que o remeteu para o ano de 1480, muitos anos antes da chegada dos Portugueses a esta Ilha.O portal acabou fechado quando Maubito saiu na Montanha Ramelau, e o biru do crocodilo deixou de funcionar!Maubito estava preso nas Núbias do espaço e do tempo. Como iria agora regressar a casa e reencontrar a sua Mãe.Começa assim as Aventuras nos Ébanos, retratando as diversas tentativas de Maubito de ativar birus, de abrir portais mágicos e de regressar a Timor-Leste, no ano de 1980, durante a ocupação Indonésia.Será que vai conseguir?Descubra nos 18 Livros da coleção Maubito: Aventura nos Ébanos.All reactions:You and 1 other
LikeCommentSendServiços aéreos com Nova Zelândia e Qatar veem acordos ratificados – TATOLI Agência Noticiosa de Timor-Leste
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DÍLI, 30 de maio de 2023 (TATOLI) – O Parlamento Nacional ratificou, por unanimidade, acordos de serviços aéreos com a Nova Zelândia e de transportes aéreos com o Qatar. A proposta já havia sido apresentada pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Adaljiza Magno, em março. De considerar que o Qatar, que detém uma das […]
Ativistas acusam Xanana Gusmão de “invadir dignidade das mulheres” – DILIGENTE
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O movimento de defesa de direitos humanos da Fundação Haburas Timor-Leste criticou, em conferência de imprensa, vídeos da campanha legislativa do presidente do Congresso Nacional da Reconstrução Nacional de Timor-Leste (CNRT), que se tornaram virais nas redes sociais. No encontro […]
Source: Ativistas acusam Xanana Gusmão de “invadir dignidade das mulheres” – DILIGENTE
XANANA PREDADOR
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Apalpões e beijos forçados, o poder sórdido.DUASLINHAS.PTXANANA GUSMÃO, instinto predadorApalpões nos seios e beijos na boca forçados, em público, é o que mostram as imagens publicadas nas redes sociais de Timor-Leste.LikeCommentSendCovid-19. Xanana Gusmão dorme à frente de centro de isolamento, depois de horas de protesto
Este artigo tem mais de 2 anos
O líder histórico timorense está em protesto pelo caso de um homem que morreu vítima da Covid-19 e aproveitou para criticar a ação das autoridades de saúde e do governo.
▲Xanana Gusmão, líder histórico timorense, chegou ao local pouco depois das 08h locais para começar o protesto
ANTONIO SAMPAIO/LUSA
O líder histórico timorense, Xanana Gusmão, permanecia ao final da noite em Díli à frente de um centro de isolamento onde está desde o início do dia em protesto pelo caso de um homem que morreu infetado com Covid-19.
Depois de horas de protesto, Xanana Gusmão deitou-se numa esteira para “descansar“, segundo explicou um dos membros da sua equipa, indiciando que o impasse em torno ao caso se mantém, apesar de sinais de uma possível solução de compromisso.
As redes sociais encheram-se ao final da noite de fotos do líder timorense, deitado no chão, ao lado da carrinha cinzenta onde está o caixão preparado pela família da vítima, que rejeita o diagnóstico de Covid-19 e o protocolo para funerais nestas situações e exige reaver o corpo e realizar os ritos tradicionais.
Horas antes, havia sinais de um acordo de compromisso que permitira à família enterrar o homem, de 46 anos, no cemitério onde pretendiam, Manleuana, em Díli, desde que cumprindo os protocolos sanitários, em vez de o funeral ocorrer num cemitério preparado para casos positivos da Covid-19 em Metinaro, a leste de Díli.
Fontes envolvidas no processo explicaram à Lusa que a solução de compromisso, negociada pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), poderá não ter tido o acordo do Ministério da Saúde e do governo, que não quer abrir aqui um precedente. A Lusa tentou confirmar esta informação junto de fonte oficial, mas até agora sem sucesso. A polémica do caso — relacionado com a segunda morte em Timor-Leste de uma pessoa infetada com Covid-19 — começou de manhã, quando a família de Armindo Borges contestou a decisão das autoridades realizarem o funeral.
Xanana Gusmão chegou ao local pouco depois das 08h00, criticando a ação das autoridades de saúde, contestando o diagnóstico de Covid-19 e atacando a gestão do governo do caso e da pandemia em geral.
Durante o dia, vários responsáveis timorenses tentaram dissuadir e convencer Xanana Gusmão, incluindo a ministra da Saúde, Odete Belo, o número dois da Sala de Situação do CIGC, Aluk Miranda, e outro dos coordenadores, o comodoro Pedro Klamar Fuik.
Todos tentaram argumentar sobre a necessidade de respeitar o protocolo definido para mortes de pessoas infetadas, mas Xanana Gusmão rejeitou os argumentos, insistindo que a postura das autoridades não fazia sentido e que o homem tinha morrido de outras doenças.
A dado momento da discussão, Xanana Gusmão chegou mesmo a dizer que ia “dizer ao povo que se estiverem doentes não devem ir ao hospital porque se forem vão ser tratados como Covid-19 imediatamente“.
Vou ficar aqui até a família poder levar o corpo”, insistiu.
Depois da visita de Pedro Klamar Fuik ao local, uma equipa de funcionários da saúde entrou no centro de isolamento com plásticos laranja nas mãos, com indicações de que iriam preparar o corpo, incluindo desinfeção, colocando em plástico e, posteriormente, num saco mortuário. A movimentação sugeriu que o fim do impasse estaria próximo, mas horas depois continua sem haver uma solução final.
Vídeos amadores de vários dos momentos do dia suscitaram críticas, depois de se ver Xanana Gusmão a esbofetear pelo menos duas pessoas, uma delas familiar do falecido e de fazer várias críticas a responsáveis de saúde timorenses. Xanana Gusmão esteve no local rodeado de vários apoiantes mais próximos, incluindo deputados e dirigentes do seu partido, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), e elementos da segurança da força política.
Nos dois acessos à rua onde está o centro de Vera Cruz e nas imediações do centro em si, centenas de efetivos policiais mantiveram um apertado cordão de segurança, travando grupos de centenas de manifestantes que, ao início da manhã, se juntaram em apoio a Xanana Gusmão.
Entre os apoiantes, muitos deles jovens, ouviram-se várias críticas não apenas à questão da Covid-19 mas, particularmente, à situação socioeconómica difícil com que vive a população de Timor-Leste, em virtude das medidas implementadas para responder à Covid-19.
Responsáveis do CIGC admitiram durante a tarde que poderiam recorrer à força, caso sejam fossem impedidos de retirar o cadáver do homem, natural de Ermera, do centro Vera Cruz. “Claro que vai haver resistência, mas vamos tentar esclarecer a situação e, em último caso, podemos ser obrigados a tomar medidas de força em relação a esta questão”, disse o brigadeiro-general João Miranda Aluk.
O coordenador da task-force para a Prevenção e Mitigação da Covid-19, Rui Araújo, explicou que o homem de 46 anos entrou no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) com um quadro grave, com tensão elevada, respiração dificultada e hemorragia, tendo-lhe sido feito o teste PCR à Covid-19.
O resultado foi positivo com um nível ativo elevado de 25.1. O paciente foi transportado para Vera Cruz e foram recolhidas análises a três pessoas da família, das quais duas tiveram resultados positivos: ou seja, três dos quatro habitantes da casa deram resultado positivo”, afirmou.
Rui Araújo mostrou-se sensibilizado com a importância dos rituais, usos e costumes, mas recordou que o vírus “está a propagar-se desenfreadamente, não só em Díli, mas noutras partes do território” e que todos devem cumprir as regras de saúde pública.
Na sequência da polémica, o primeiro-ministro de Timor-Leste encorajou os médicos “a continuarem a trabalhar, a não ficarem tristes e nem perderem a esperança porque o governo e o Estado” estão ao lado dos profissionais de saúde.
Em comunicado, Taur Matan Ruak referiu que “esta situação está a criar sentimentos negativos de algumas pessoas contra os profissionais de saúde, sendo que algumas pessoas apedrejaram ambulâncias e não têm confiança nos médicos”, acrescentando que “esta atitude não ajuda a combater a doença” no país.
19.16. CRÓNICA 392 XANANA GUSMÃO, DEUSES COM PÉS DE BARRO NA LAMA DOS DIAS
Há muita gente que idolatra e deifica Xanana Gusmão, o Mandela timorense como se ele fosse uma divindade, embora como o escritor timorense Luís Cardoso disse, lhe falte ainda caminhar sobre as águas.
Ana Gomes que o conhece desde os tempos na prisão de Cipinang declarava há dias, “este não é o Xanana que conheci” atribuindo a sua recente série de incidentes pouco honrosos a fruto de doenças mentais, traumas do tempo da guerrilha e da prisão e apelando a que se tratasse (no foro mental, presume-se).
Com efeito, andrajoso, a dormir ao relento duas noites, a esbofetear um casal de parentes seus em plena via pública, enquanto se opunha a um enterro Covid e exigia que o falecido fosse enterrado no talhão de família no cemitério onde esta o queria enterrar, trouxe Xanana a uma ribalta que todos dispensavam. Dias antes estivera enterrado na lama a acarretar víveres para as famílias desalojadas pelas cheias em Tacitolu, mas dias depois nova ocorrência quando obrigou uma jovem a ajoelhar-se e a apertar-lhe os sapatos ou ténis.
Soba assistência de madres e populares que se riam da cena, num total desrespeito pela igualdade de género, ainda desconhecida em Timor. XANANA, UMA VEZ MAIS DEPLORÁVEL, INACEITÁVEL, INCONCEBÍVEL.
Depois de anos de lutas intestinas pelo poder, Xanana sempre saiu vencedor contra os seus opositores, embora acusado em múltiplas alegações de corrupção e de nepotismo, e criticado pelo injustificado apoio ao sacerdote em Oecusse banido pela Igreja e em julgamento por abuso de menores a seu cargo e de tantas outras cenas menos dignas de um alto dignitário da nação timorense.
É isto, elevar meros mortais, por mais heroicos que tenham sido na guerra de libertação (embora haja acusações de veteranos de se libertado de outros dirigentes da guerrilha) ao estatuto divino pode , mais cedo ou mais tarde, vir a comprovar que se trata de DEUSES COM PÉS DE BARRO NA LAMA DOS DIAS.