Categoria: Timor

  • Governo timorense vai avaliar custos de expansão de escolas luso-timorenses CAFE

    Views: 0

    Governo timorense vai avaliar custos de expansão de escolas luso-timorenses CAFE
    Díli, 13 jul 2023 (Lusa) – O novo Governo timorense vai realizar estudos e avaliações de custos para a expansão do projeto de escolas CAFE, apoiadas por Portugal e Timor-Leste, aos postos administrativos do país, segundo o programa que será entregue hoje no parlamento.
    O documento, a que a Lusa teve acesso, refere-se ao compromisso de ampliar os Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) a todos os postos administrativos no país, iniciativa que tem vindo a ser debatida há vários anos em Timor-Leste.
    Neste contexto, e entre outras medidas, o Governo compromete-se a “proceder aos estudos e à avaliação financeira necessária para iniciar o processo”, como medida para “promover um mais amplo conhecimento da língua portuguesa, através de qualificação de professores timorenses”.
    O compromisso verte uma promessa deixada pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, no seu discurso de tomada de posse, em que se refere ao “problema permanente” que é a falta de domínio da língua portuguesa por muitos timorenses.
    Em março, o anterior Governo timorense e Portugal assinaram um protocolo que reforça e amplia, numa primeira fase ao município de Ataúro, o projeto das 13 escolas onde lecionam professores portugueses e timorenses.
    Entre outros objetivos para o setor educativo, o Governo quer ainda que aos 6 anos “todas as crianças tenham acesso ao Ensino Básico de qualidade, com a aquisição de sólidas competências matemáticas e de literacia nas línguas oficiais (tétum e português), e competências básicas na língua inglesa, enquanto língua estrangeira”.
    Compromete-se ainda a garantir que “100% dos professores do ensino secundário geral tenham a qualificação mínima exigida por lei, através da continuação da formação contínua de professores nos currículos e programas de orientação pedagógicas e utilização da língua portuguesa como meio de ensino”.
    O programa refere-se ainda, no que toca à língua portuguesa, à situação no setor da justiça, onde entre os principais desafios o Governo nota que “uma parte dos profissionais no setor da Justiça não domina o sistema legal inspirado no modelo português, nem mesmo o domínio pleno da língua portuguesa, essencial para uma boa interpretação e aplicação das leis”.
    “Esta situação cria uma dependência total e absurda aos documentos jurídicos, escritos por juristas estrangeiros, que, na maioria das vezes, não interpreta a realidade fazendo apenas recurso à linguagem jurídica, em português, que os atores de justiça timorenses nem entendem, levando-os a tomar, quase sempre, decisões erradas”, sustenta.
    Notando que a “fragilidade do sistema de justiça pode pôr em causa a própria construção do Estado e o desenvolvimento económico e social da nação”, o Governo compromete-se a levar a cabo “uma reforma profunda a esta instituição, o que levará tempo, dada a sua complexidade”.
    “Acreditamos que a cooperação institucional, num processo que seja inclusivo, e uma apropriação pelos decisores nacionais, poderão contribuir para a solução deste desafio, ou seja, para a consolidação de um sistema de Justiça eficaz, onde os processos, através dos quais ela é aplicada sejam céleres, equilibrados, confiáveis, independentes e justos”, sublinha.
    ASP // VM
    Lusa/Fim
    May be an image of 5 people and text
    View insights
    69 post reach
    1 comment
    Like

    Comment
    Send
    Lito da Cunha

    Fazem como querem depois veremos, nao é so criticar depois encher os bolsos de corrupçao.Abraços
    • Like

    • Reply
    • 6 h

  • timor reconstruir estradas

    Views: 0

    +14

    Neneik maibé beibeik (Laga-baguia road)

    Like

    Comment
    Send

  • FINADOS EM TIMOR LESTE

    Views: 11

    MUSEU VIRTUAL DE TIMOR LESTE
    O cristão/católico e o profano/”pagão” na vida dos timorenses.
    No photo description available.
    FINADOS EM TIMOR LESTE
    Ainda a propósito da polémica sobre se os mortos (ou as almas deles) precisam, ou não, das oferendas, comuns no dia de Finados, lembrei-me de 2 coisas.
    Uma, o interessante conceito “catolulik”, trazido à luz pelo(a) misterioso(a) poeta Dadolin Murak, juntando as palavras “católico” e “lulik”, que significa “sagrado”, e que sintetiza a forma como o profano e o sagrado se juntaram, numa forma em que já é difícil perceber as fronteiras de um e outro.
    A segunda, este texto de Dom Carlos Ximenes Belo, em que ele descreve detalhadamente a forma como os timorenses em geral celebram esta importante data, em que se lembram os que já partiram, mas que tem também funções de reunião e reforço dos laços familiares, de vivência comunitária e de partilha. (este relato é sobre as tradições na zona de Baucau- cada região tem tradições ligeiramente diferentes, mas na maioria, misturam a participação nas cerimónias religiosas católicas com as práticas Lúlik (do sagrado pagão ou animista).
    Deixo no final um link para um texto também interessante, do Joao Paulo Esperanca, em que ele fala um pouco desta miscelânea de culturas, que forjou a cultura moderna timorense.
    “Texto de: D. Carlos Filipe Ximens Belo, SDB
    Publicado em: SEARA, edição Novembro de 2011, P. 30-32.
    Na cultura Cristã e na cultura Timorense há um ponto de coincidência que é os vivos relembraram os entes queridos, os antepassados e os familiares e amigos. Na tradição cristã, a liturgia consagra o dia 2 de Novembro a memória dos fieis defuntos desde os inícios dos séculos XI.
    No Credo, os cristão rezam:”creio na ressurreição da carne ou seja, na vida eterna”. Ressurreição da carne significa que depois da morte, não haverá somente a vida da alma immortal, mas também os nossos ”corpos mortais” Retomarão a vida (Cf Roma 8, 11). Crer na ressurreição dos mortos, foi desde os seus princípios, um elemento essencial da fé cristã. Nosso Senhor Jesus Cristo havia dito:”Eu sou a ressurreição e a vida(Jo 11,25)”. Ser discípulo de Jesus Cristo é ser testemunha da ressurreição.
    E os Timorenses, como encaram a morte e a vida ”do além”? antes da entrada nos cenários, os Timorenses eram animistas e acreditavam na existência de um ente supremo, MAROMAK, sinónimo de naroman, que significa “brilhante”, “luz”. Em 1975, a Fretilin publicava a um jornal chamado NAKROMAN (luz). Apesar de crerem na existência de Maromak, os Timorenses cultivam especial culto aos espíritos dos antepassados e aos “lulik”.
    Os antepassados são venerados como fonte de vida e protectores dos vivos. Acreditam que são os antepassados que preside os destinos da família e protégé os membros. Por isso, quando alguem morre, os Timorenses realiza cerimónias, como hader mate, hakoi mate, tau ai-funan moruk, ai-funan midar, foti Kruz e Kore metan, etc. O saudoso padre Ezequiel Enes Pascoal, missionário, literato e poeta, escreveu: ”uma das crencas mais arraigadas entre os Timorenses é de que os mortos (…) se imiscuem no destino e nas actividades dos vivos. Se estes são solicitos em prestar-lhes os obséquios e deveres tradicionais, como sejam as ofertas das primícias na colheita do milho e do arroz, de arroz ou milho cozidos, na inauguração duma nova casa ou a colocação dos mesmos sobre as sepultures em certas ocasiões, tudo lhes corre bem e gozam de boa saúde. Se, pelo contrário, são remíssos no cumprimentos desses deveres, a doença e outros malefícios não deixam de os apoquenetar, os natives crêem que os mortos aparecem em forma humana a que, em tetum chama mate klamar” (A Alma de Timor vista na sua fantasia, P. 159). Seria interessante descrever tudo o ritual a volta do “hakoi mate” (funeral e enterro). Mas, vou cingir-me ao dia dos fieis defuntos. Como é celebrado este dia, por exemplo, em Baucau?
    No dia 2 de Novembro, os que são cristãos vão a Igreja ouvir a missa (rona missa). Por volta das oito ou nove horas de manhã, chegam os familiares e parentes. Segundo o costume, é-lhes oferecido, em primeiro, o malus fatin ou kohe, contendo malus (betel), bua (areca), ahu (cal) e tabaco. Depois de mascarem e fumarem, é-lhes oferecido um copo ou uma caneca de àgua para lavaram a boca; segue-se o “matabicho/matabixo” que consiste em comer fatias de pão (comprador na loja dos Chinêses), bolachas, batata-doce frita, banana frita, amendoim, milho torrado, café e/ou chá. A seguir prepara-se o futo-ai-funan (preparação de capelos e ramalhetes de flores). As crianças que de manhã cedo tinham percorrido as terras vizinhas colhendo flores, trazem cestos (lafatik) cheio flores de mais variadas cores. Alguns homens preparam o chamado “capelo” feito da haste de palmeira ”akar ou tali-tahan”. As mulheres, sentadas numa esteira estendida na varanda ou no pátio, escolham as flores que começam a ser “atadas” e nos capelos, flores essas entrelaçadas de folhas. Entretanto, na cozinha, uma barraca improvisada na véspera, outras mulheres a fadigam-se em voltaa das lareiras cozendo panelas de arroz e de katupa.
    Os homens essses matam um cabrito e dois porcos e preparam a carne para a cozinha. As senhoras tendo como dirigente principal um cozinheiro da administração seguir, cozem a carne (tein modo) em tachos e panelas a especiaria denominada “modo” leva condimentos como cebola, sal, alho, e uma espécie de erva “duut morin”. Concomitantemente, outros homens preparam outro tipo de iguarias, isto é, assam ao lume a cabeça do porco e do cabrito. Numa pane la, a parte, são cozidos o braço do cabrito, parte do figado e do coração e, que por serem lulik só serão reservados aos mais velhos. Enquanto, decorre esta azáfama, o katuas, lulik nain (sacerdote gentílico) ou ancião da aldeia leva pedacinhos de carne (fígado, coração) num “kohe”, para oferecer aos espíritos dos antepassados, num local escondido, atrás dos arbustos e piteiras e cactos. Nesse local, havia umas lajes sobrepostas situadas ao pé de àrvore centenária, um Hali, ou gondoeiro. Alí, o velho depôs os cestinho de arroz de carne, e outro de areca, betel e cal. Longe da barulheira o velho fez as suas rezas. Ao meio-dia tem lugar do almoço. Comem primeiros os homens. Não se sentam a mesa mas todos, sentados em semi-circulo, numa esteira estendida de baixo de uma tenda.
    O arroz é servido em pratos de folhas de akadiru; o tuaka (vinho) em copos de bambo; o “modo” (iguarias de carne ), em espécie de uma travessa feita de uma membrane da arequeira. Nesta ocasião, os membros do clã dos fetosa não podem comer a carne do cabrito; e os do clã de umanee , não podem comer a carne do porco. Terminado o almoço, os homens retiram-se para as sombras de um grande ai-kamí, e dão ao início ao tesi-lia, durante o qual dois anciãos representantes, um da facção dos fetosa e o outros dos umane, debate a questao das relações ou alianças ique eram cultivadas e mantidas “na antguidade” pelos seus antepassados; falam de relações que devem continuar a existir nos tempos que decorrem. Mas o ponto fulclar do debate era a questão do barlaque, e sobretudo a dívida que ainda persistia entre os fetosa e umane. O lia-nain dos umane argumentava que o dia dos matebian era uma boa ocasião para que os fetosa entrgasse o resto do que ficou acordado no ano anterior: um buffalo, uma cavalo e um surik. O representante dos fetosa rebatia dizendo que ele e os seus parentes, até a data, ainda não tinha recebida o que os umane haviam prometido: 2 porcos e 3 cordas de mortem. O debate animava-se, e os assistentes, mascando bua e malus davam vivas e haklalak apoiando o seu interlocutor…
    Como conclusão, pois estava a próxima a hora para ida ao cimitério, são renovados os acordos: as famílias do lado de fetosa deveriam continuar a fornecer buffalos, cabritos e surik (espada de makassar) as famílias de umane, nas grandes ocasiões, como a construção de casa lulik; no casamento; no funeral de um parente e na colheita de arroz. E os membros de umane continuariam a dar porcos, panos de Timor, mortem ou mutissala (cordões de pedras preciosas).
    Seguiu-se o almoço das senhoras, e só no fim, o dos jovens e das crianças. Por volta das quarto horas da tarde, organizou-se a procissão para o cimetério (Bibi-dala). Para a deposição de flores nas sepultures dos antepassados e dos parentes recentemente falecidos. Chegados ao local, todos permanencem em siléncio. Observado este ritual, a mulher do katuas lia-nain manda distribuir os kapelos de flores e uma vela, a cada um dos presents, começando pelas mais importantes: o liurai, o dato, o ancião, o mestre, catequista, o enfermeiro e o guarda-fio, por fim, os homens e os jovens. Chegou a vez das senhoras: a prioridade era dada liurai feto, seguindo-se a professora, a catequista, …etc. aos adolecentes e crianças são entregues ramalhetes de flores ou, apenas um punhado de pétalas. Todos depõem sobre a campa e, a seguir, ascendem as velas. Durante este tempo, reza-se o terço ou seis Pai Nosso, seis Ave Marias e seis Glórias. Finda a oração, era a vez do ancião, colocar sobre as sepultures um cestinho com betel, areca, cal e tabaco, e um prato de folha de akadiru (lutero) contend arroz e pedaços de carne.
    Terminado este acto de sufrágio e de comemoração todos regressam à aldeia, onde será servido o juntar “gentílico”. À hora da chegada, a entrada do pátio, todas as pessoas são aspergidas com àgua de coco por um ancião, usando como hissope um ramo de ai-ata(anona). Na varanda trageira da casa, estava estendida uma esteira onde foram colocados objectos pertencentes aos antepassados, retirados da casa lulik: sete surik (espadas), sete tais (panos de Timor), sete kohe (bornal de folha de palmeira), pratos chinee ses antigos, uma rota (bastão), belak (discos de ouro ou de prata), kaibauk (mei luas de ouro ou de prata), mortem, sete pratos de katupa, sete pratos de carnee e sete copos de bamboo contendo tuaka. Entretanto, todos os membros dois clãs (fetosa e umane ) já se haviam reunido à volta da esteira levando cada pessoa, uma vela ou um “kesak de kamii”. O sacerdote gentílico, em silêncio, murmura umas orações imperceptíveis. Certamente estaria a impetrar juntos dos matebian, favores, graças e benefícios sobre os vivos, sobre os campos de arroz(natar) e de milho (toos), sobre o gado (kuda, karau no bibi)…etc. a assembleia permanence em profundo silêncio.
    Por fim, o ancião, em voz alta, declara: “que para o ano, não entrem, nem doenças, nem desgraças nos nossos lares e povoações…que haja abundância de chuvas para a cultura de arroz e de milho; que os animais tenham crias…. Que a fonte da aldeia não venha a secar…. E que os nossos filhos que estão no tasi balu (estrangeiro) estejam de saúde e voltem depressa….”. Feita esta cerimónia “gentílica” segue-se o jantar. A noite é passada com jogos de cartas, conversas amenas intercalados com canções. A vigília prolonga-se a até o surgir da estrela matutina. Ao promeiro cantar do galo (cerca de três horas), começa a devandada. Os fetosa regressam à suas aldeias levando um porco e um Tais. E os umane, um cabrito e um surik de Makassar. Neste dia de matebian, os antepassados foram, mais uma vez recordados. E a aliança entre fetosa e umane ficou mais vez selada. É, um ramo de ai-sukaer (tamarindo), mais um chifre do cabrito ficou alí pendurado….. a recordar aos vindoros este memorável dia. É por causa destas e doutras razões, que os Timorenses, todos os anos, regressam às suas aldeias de orígem para celebrar do dia dos finados ou de matebian. (SEARA, Novembro de 2011, P. 30-32).”
    Like

    Comment
    Send
  • TIMOR HAU NIAN DOBEN: Jovem capturado pela PNTL por alegadamente “insultar” líder timorense

    Views: 0

    TIMOR HAU NIAN DOBEN – Blogue timorense com informações e notícias atualizadas diariamente, em Português, Tétum e Inglês.

    Source: TIMOR HAU NIAN DOBEN: Jovem capturado pela PNTL por alegadamente “insultar” líder timorense

  • estragos nas estradas de timor

    Views: 0

    Mau tempo em Timor-Leste causa um morto e centenas de casas danificadas
    Díli, 05 jul 2023 (Lusa) – Uma pessoa morreu e quase 300 casas foram danificadas, algumas totalmente, devido ao mau tempo que assolou Timor-Leste desde o início do mês, com inundações e deslizamentos a afetarem estradas e pontes, segundo as autoridades locais.
    Anacleto Caetano, diretor do Gabinete de Relações Externas da Autoridade de Proteção Civil (APC) disse que a vítima mortal é um estudante arrastado pelas águas no município de Lautem, um dos afetados pelo mau tempo.
    O mau tempo causou danos a casas privadas, estradas e pontes em nove dos 13 municípios de Timor-Leste, com centenas de famílias a terem de ser realojadas em instalações temporárias.
    Equipas da proteção civil em colaboração com as autoridades locais e as comunidades têm estado a prestar apoio inicial às famílias afetadas, incluindo distribuição de alimentos e outros bens essenciais.
    Em alguns casos, notou, o mau tempo está a dificultar o trabalho das equipas de apoio, especialmente devido a danos em estradas para alguns dos locais afetados.
    Em Same, por exemplo, a ponte Avatu Kotu ruiu com a força das águas, interrompendo a saída da cidade para Díli, com a ponte Rai-Ketan, entre Suai e Zumalai, que também abateu parcialmente.
    ASP // VM
    Lusa/Fim
    May be an image of 5 people and text
    Like

    Comment
    Send
  • corte de estrada em Maubisse Timor

    Views: 0

    0:01 / 0:11

    Estrada Lehulolo Aituto Maubisse liga ba Municipiu Manufahi kotu total.
    Husu ba maluk Sira husi same ba Dili no Dili Mai same favor para lai movimentu.
    Mendes V

    See more