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Vitorino Nemésio, em “Mau Tempo no Canal”, vê-a [à Ilha de S. Jorge] como um “vulto estirado” no mar, “um navio azulado pelo próprio fumo da marcha”.
Não tem o cosmopolitismo da Horta nem exerce a atracção natural do majestático Pico, mas é na pacata e discreta ilha de São Jorge que se escondem as paisagens mais surpreendentes das “ilhas do triângulo”.
A forma comprida e estreita com que São Jorge se dispõe no Atlântico, no coração do grupo central do arquipélago dos Açores, começa por ser uma das suas singularidades. Os guias turísticos tendem a caracterizá-la de “oblonga”, mas espíritos mais fantasiosos conseguem descobrir-lhe outras formas dentro da adjectivação convencional a que está confinada.
Vitorino Nemésio, em “Mau Tempo no Canal”, vê-a como um “vulto estirado” no mar, “um navio azulado pelo próprio fumo da marcha”. Raul Brandão, que em 1924 se passeou dois meses pelas nove ilhas, compara-a um “grande bicho à tona de água”. Os fiéis à mitologia religiosa identificam este “grande bicho” como um dragão, “um dragão adormecido”, depois de corajosamente domado pelo cavaleiro que é patrono da ilha.
A razão pela qual vale a pena descrever mais demoradamente a morfologia é porque ela é determinante para os segredos que a região esconde. Com 53 quilómetros de comprimento e apenas oito de largura, São Jorge parece ser, seguindo com Raul Brandão, “só metade de uma ilha, cortada a pique”.
De um lado, a Sul, a suave ondulação dos campos vai desembocar harmoniosamente no mar. A Norte, as serras deslumbrantes são abruptamente interrompidas por “penedos aguçados como dentes”, criando um vazio entre o verde e o azul.
Este contraste entre a aspereza das falésias da costa Norte e a planura do Sul foi propiciado pelo que os geólogos designam de “vulcanismo fissural”. A lava dos sucessivos vulcões foi sendo expelida ao longo de fracturas na crosta terrestre, contribuindo para a formação de uma cordilheira em linha recta.
É também a este processo que ficou entretanto a dever-se a profusão de fajãs, zonas formadas por aluimentos de terra ao longo da costa, onde pequenas povoações se foram aninhando. Ao todo São Jorge tem 73, um número ímpar em todo o arquipélago e que ali estão para exibir o arrosto do homem a uma natureza hostil.
Para quem dê a volta à ilha de carro, as fajãs acabam por incorporar-se naturalmente no percurso da viagem. Mas quem ponha os pés ao caminho para alcançar algumas das mais inacessíveis, como a fajã da caldeira de santo Cristo, encontrará no fim justa recompensa.
Paisagem preservada
AÇORES
A Fajã dos Cubres, na Calheta, é descrita como uma das mais bonitas e exóticas de São Jorge. Na ilha há o número invulgar de 73 fajãs, áreas formadas em resultado de aluimentos de terra ao longo da costa, sobre as quais se foram aninhando pequenas povoações.
Com uma população de quase nove mil habitantes e em progressivo declínio, São Jorge continua a ser uma a ilha pastoril e essencialmente agrícola, mantendo os traços de uma paisagem rural que foi preservada da intervenção humana.
O gado, que constitui a base económica da ilha, espalha-se pelos campos e pelas serras, que também aqui se encontram ladeadas por serpentinos trilhos de hortenses que acompanham o lençol de verde até ao mar.
Lá em cima, a mil metros de distância do mar, no ponto mais alto da ilha ergue-se o Pico da Esperança, onde, em dias claros, se avista a silhueta de todas as vizinhas do grupo central. Dizia Raul Brandão, “o que as ilhas têm de mais belo e as completa é a ilha que está em frente”. São Jorge é a janela para quatro – Faial, Graciosa, Pico e Terceira.
“AS FAJÃS SÃO ÚNICAS”
Perguntas a António Pedroso Pintor, ceramista e empresário de turismo (dono da Casa do António e da Agência de viagens Aquarius)
Do que gosta mais em São Jorge?
Além de ser a minha terra e de termos sempre um carinho especial pela nossa terra, gosto muito da natureza. A ilha é fantástica, tem um contraste muito grande entre montanha e mar, a costa norte e a costa sul. A Norte encontram-se escarpas abruptas, lindíssimas, a Sul uma paisagem mais plana. Temos também uma vegetação muito exótica e com muita diversidade – temos plantas e flores de todo o mundo.
O que tem de diferente das outras que valha a pena a visita?
As fajãs. Temos cerca de 70 fajãs, o que é único na região. Única também é a nossa centralidade, o que faz com que nos sintamos sempre acompanhados por mais quatro ilhas e todos os dias vemos alguma. Uma das minhas rotinas é ir à janela ver o Pico. Se está com chapéu vai chover… é um barómetro meteorológico.
O que recomenda a toda a gente que faça?
Os passeios a pé. Temos trilhos fantásticos, que correspondem aos antigos trilhos que eram utilizados pelas populações para irem para as fajãs. Entretanto há fajãs que já têm estradas e os trilhos antigos são usados para as caminhadas. São muito engraçados porque descem de cerca de 700, 800 metros e até 1.000 metros até à costa.
Porque acha que é uma das menos visitadas?
É um bocado desconhecida. Não temos gateway, as ligações de barcos são um bocadinho incertas… isso leva a que os operadores turísticos comecem a desconfiar. Também não há muito interesse por parte de quem está nos gabinetes de turismo de divulgar as ilhas pequenas, porque desvia turismo das maiores. Às vezes há esse medo, mas é infundado.
Têm-se ressentido da crise?
Como trabalho basicamente com estrangeiros, não noto. Mas claro que no mercado nacional houve redução de turistas. Os Açores continuam a ser muito caros por causa do monopólio da Sata. Mas há nichos de mercado em desenvolvimento, como o turismo desportivo – rappel, canoagem, passeios de barco, pesca desportiva, mergulho. Temos também o turismo de genealogia: cada vez mais os lusodescendentes estão interessadas em saber quem são os seus antepassados e nós fazemos a investigação. Há boas ideias, mas é preciso suporte para desenvolvê-las.
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santamariaazores.net
A Praia Formosa, fica na freguesia de Almagreira, concelho de Vila do Porto, é uma praia de areia branca, ex-libris da Ilha de Santa Maria .
A Praia tem sido galardoada com a bandeira azul e com o galardão da Quercus qualidade ouro.
Aparece em 1584 no mapa dos Açores da autoria de Luis Teixeira, cosmógrafo real, como “Plaia Hermosa“, porque Portugal estava então sob domínio Castelhano.
Outro motivo pelo qual é conhecida e muito divulgada é o Festival Maré de Agosto, que ali tem lugar anualmente na terceira semana de agosto desde 1984, o mais antigo festival do país.
Na Praia Formosa fazer uma refeição ou beber um copo com amigos à beira, na Beach Parque e no Paquete, pode pernoitar na casa da palmeira, nos apartamentos turísticos mar e sol ou no parque de campismo de praia formosa.
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Outro filme semelhante, também da National Film Board of Canada, já legendado pela APOS está aqui emhttp://youtu.be/aaXl6m85dOY
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http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=666297&tm=4&layout=122&visual=61
O cantor Bana, conhecido como o ‘Rei da Morna’, faleceu esta madrugada no Hospital de Loures, vítima de doença prolongada.
Esta Embaixada informa o seguinte:
VELÓRIO
14 de julho, domingo, a partir das 13 horas, na Igreja da Sagrada Família em Benfica
MISSA DE CORPO PRESENTE
15 de julho, segunda-feira, 13 horas na Igreja da Sagrada Família em Benfica
FUNERAL
15 de Julho, segunda-feira, 14.15 horas, para o Cemitério do Alto de São João (onde o corpo será cremado, segundo o desejo manifestado em vida).
www.youtube.com
__._,_.___
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“Cape Verde’s Jewish history stays alive”:
Preservation of memory is critical to the Jewish psyche, and in Cape Verde
there is an uplifting story of remembrance that defies the all-too-common
narrative of anti-Semitism and persecution. Hebrew and Portuguese
inscriptions grace typical Sephardic Jewish tombstones in four small
cemeteries on three islands in Cape Verde. Many reflect the date of death
according to the Hebrew calendar and place of birth such as Tangiers or
Mogador (now Essaouira), in Morocco. The cemeteries have fallen into
disrepair, and since 2008, when I founded the Cape Verde Jewish Heritage
Project (CVJHP), I have worked with a remarkable assortment of people –
Jews and Christians, and even one Muslim monarch – to restore and preserve
them.
I first learned about Cape Verde’s Jewish roots through a scholarship
program I managed for Portuguese-speaking Africa in the late 1980s. Many
of my students bore Jewish surnames, such as Levy, Benchimol, Anahory and
Wahnon, which piqued my curiosity. As a Jew fascinated by Sephardic
history and culture, who also loves Cape Verde and its people, I was moved
by the poignant remnants of this small but influential Jewish community –
remnants that bespeak an important but under-documented chapter in
African/Jewish history.
An archipelago of ten small islands about 300 miles off the coast of
Senegal, Cape Verde is predominantly Catholic as a result of Portuguese
colonial rule. However, in the 19th century, the islands had a prominent
community of Jews, largely from Muslim Morocco. Sephardic Jews from
Morocco and Gibraltar set sail for Cape Verde in the mid 1800’s (after the
abolition of the Inquisition), in search of economic opportunity. During
their heyday in the mid to late 19th century, the Jews played pivotal
roles in the economy and administration of the islands. And to this day,
many descendants continue to distinguish themselves at the highest levels
in government, culture and commerce. For example, Carlos Alberto Wahnon de
Carvalho Veiga, voted in as Cape Verde’s first democratically elected
Prime Minister in 1991, was of Jewish descent.
Because the Jews were few in number and mostly male, many married local
Catholic women. As a result of this assimilation, Cape Verde today has
virtually no practicing Jews, even though many descendants express deep
pride in their Jewish ancestry. Prominent Cape Verdean businessman Daniel
Brigham, grandson of patriarch Abrao Brigham, once told me, “I am not a
religious man, but I try to follow the Ten Commandments. I am proud of my
Jewish rib.”
Many descendants of the Jewish families are collaborating on various
aspects of CVJHP’s mission. For example, Lisbon-based architect Rafael
Benoliel designed the blueprint to restore the Jewish cemetery of Boa
Vista and the Project logo. Several descendants serve on CVJHP’s board of
directors. And recognizing the symbolism of Moroccan Jewish patrimony on
Cape Verdean soil, King Mohammed VI of Morocco is a major benefactor of
the Project. In a world where tensions between Jews and Muslims tend to
overshadow our many points of convergence – theological, historical and
cultural – this gesture by a Muslim monarch, to recover Jewish heritage in
Catholic Cape Verde is inspiring.
Dozens of descendants and dignitaries recently attended the re-dedication
ceremony in May for the Jewish burial plot in Praia, the capital– the
first of four cemetery restorations that CVJHP is financing. The chief
rabbi of Lisbon, who officiated at the ceremony, blessed the deceased and
affirmed that in the Jewish tradition, creating and preserving burial
grounds is actually more important than building a house of worship. The
outpouring of pride from the descendants at the ceremony was gratifying –
as if the project reawakened in many a sense of pride and identity with
the Jewish people.
The encounter between the Sephardic Jews and the predominantly Catholic
Cape Verdean population in the 19th and early 20th centuries teaches us
lessons of tolerance and mutual respect. Unlike in many European
countries, the local people welcomed the Jews. By preserving their burial
grounds and documenting their contributions, we re-affirm Sephardic
history and celebrate Cape Verde’s rich cauldron of cultures. A local
resident who was following local television coverage of the Praia
rededication ceremony put it this way to me: “by preserving Jewish
heritage in Cape Verde, you are preserving Cape Verde’s history.”