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J M Domingues Silva shared a link to the group: TIMOR NO CORACAO.
Aterrar em Dili – Timor Leste.

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Aterrar em Dili – Timor Leste.
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#FindYourAzores Caves
O arquipélago dos Açores possui 270 grutas vulcânicas únicas a nível mundial, mas apenas cinco estão abertas ao público – Terceira (Algar do Carvão e Gruta do Natal); S. Miguel (Gruta do Carvão); Graciosa (Furna do Enxofre) e no Pico (Gruta das Torres).
Com Sol ou chuva, não faltam motivos para se visitar as ilhas açorianas. Minha gente, de que estão à espera para conhecer o Paraíso?
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The Azores archipelago has 270 unique volcanic caves worldwide, but only five are open to the public – Terceira (Algar do Carvão and Gruta do Natal); S. Miguel (Coal Cave); Graciosa (Furna do Enxofre) and Pico (Cave of the Towers).
With sun or rain, there is no shortage of reasons to visit the Azorean islands. My people, what are you waiting for to know Paradise?
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“Wherever they burn books, in the end will also burn human beings.” – Heinrich Heine
“Wherever they burn books, in the end will also burn human beings.” – Heinrich Heine
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Com cerca de 300 referências de vinho diferentes, na Tua Vinharia, na Póvoa de Varzim, vendem-se vinhos de Norte a Sul e ilhas. Uma nova garrafeira na cidade, mas também um espaço “para estar” — e ficar, já que o vinho a copo é uma opção.
Source: Na Tua Vinharia da Póvoa só se bebe vinho nacional — e pouco convencional | Vinhos | PÚBLICO
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Cultura | Jornal Angolano de Artes e Letras | 23/07/2019
“O que é a lusofonia? Nos 20 anos da CPLP”
Um artigo de J. Chrys Chrystello, nas páginas 14, 15 e 16
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CONTINUANDO…
Voltando um pouco atrás… À medida que o Governador Lemos Pires, aflito, porfiava para que fosse, de Lisboa, finalmente, a ordem para a retirada para Ataúro (e porque não, como já dissemos anteriormente, para Baucau, com aeroporto internacional ?), e dali, da capital lisboeta, ainda a 21, por enquanto, apenas reafirmavam a necessidade “de manter presença portuguesa, com tropa portuguesa, mesmo simbólica”, já o Governo de Macau, sempre amigo, se solidarializava dizendo que, “se mais nada tiver que fazer e tiver que deixar Díli fá-lo-á com a tranquilidade de quem esgotou os meios e cumpriu a missão.” Qual missão? E que saberia Garcia Leandro sobre o que se passava em Timor, ele, que já ali vivera e, segundo constava, não o tinham aceitado para ser o novo governador, após a revolução dos cravos?
Esgotadas todas as possibilidades políticas — devido não só à intransigente irredutibilidade, dos partidos, de só quererem parlamentar após a verdadeiramente hiperbólica prévia extinção, recíproca, como também à sua teimosia e ao seu ódio inconsequente — não teria sido altura de surgir o comandante-chefe, tentar, naquela altura, talvez já um pouco tarde, e acabar com toda aquela megalomania? Porque deixou ele arrastar-se tudo até a situação estar quase irremediável?
E estaria mesmo?
O facto é que, no dia 26, quando decorria a operação de evacuação para o ‘Mac Dilly’, houve uma reacção explosiva, pela parte dos ‘páras’, quando algumas granadas caíram no cais, causando vários feridos, três deles seus camaradas, e inutilizando o helicóptero ali estacionado. Fartos da tensão em que viviam, comprimidos por não poderem agir, enfurecidos por tanta provocação, sem pedirem autorização aos comandos, duas secções organizaram-se e foram, cada uma delas a um dos contendores, avisando-os de que, a partir daquele momento, “reagiriam ofensivamente com todos os meios disponíveis”, ambos os lados se desculpando de que não tinha sido do seu território que tinham partido os tiros, acabando mesmo a UDT por lhes devolver um morteiro e as munições. Realmente, como confirmaram logo de seguida, as granadas tinham saído da PM, em Balide, tendo os seus autores desaparecido em rápida fuga. Não foi caso inédito porque, já uns dias antes, quando tinham ameaçado atacar uma barcaça que tinha ido a Baucau, os pára-quedistas os tinham confrontado, que, se tal acontecesse eles reagiriam, os revolucionários contiveram-se e nada aconteceu.
A esta mesma pergunta chegou o Cap. Piloto Aviador Alves Ferreira quando, no seu livro “O Último Voo Sobre Timor”, conta que “a situação tornara-se agora crítica, os morteiros iam caindo cada vez mais próximo do porto, onde centenas de pessoas aguardavam oportunidade de serem evacuadas, e alguns oficiais eram de opinião que a situação poderia ainda ser controlada por uma acção de força “, sendo “sugerido que todos os militares metropolitanos se juntassem aos ‘páras’ e juntos poriam cobro ao diferenço”. E interrogava-se: “Seria viável?”. E, embora anuindo, em principio, à exclamação de alguém que dizia ser uma “Loucura! Só um louco poderá sugerir tal hipótese é que seriam pouco mais de cem pessoas contra várias companhias”, já confirmava que “o que era de facto, mas na prática talvez decisão não fosse tão louca como parecia”, quando, “mais tarde, aquando do rebentamento dos morteiros no porto em que dois ‘páras’ ficaram gravemente feridos, eles provaram que a situação podia ser dominada”. E analisava: “Que conclusão tirar de tudo isto? Seria realmente uma loucura tomar uma posição de força? Não estariam antes os opositores aguardando essa tomada de posição para assim justificar o seu cansaço bélico, ou, pelo contrário, ter-se-iam unido contra nós? Uma coisa é certa: a agressividade de qualquer das facções não era convincente, alguns de nós chamámos-lhe a ‘guerra do Solnado’; até tinha horário de trabalho! As posições que conquistavam durante a manhã eram abandonadas para o almoço, recuperadas à tarde para de novo as largarem ao jantar! Os resultados eram praticamente nulos, dia após dia. Se por cada cem balas disparadas uma atingisse o objectivo, a guerra tinha acabado por falta de contendores. Nem de um lado nem do outro havia determinação. Os desertores abandonavam as armas em qualquer lado. Nas fileiras do MAC-UDT houve um sem número deles. De tudo isto resulta a minha convicção de que uma atitude da nossa parte… Mas isto não passa de uma conjectura minha pessoal.”
Não era. Estou convencido, a 100%, como já referi, que a suposição deste oficial, corroborada por muitos outros, estava absolutamente certa, só divergindo na hipótese, por ele aventada, de que ambas as partes se uniriam contra nós. Nunca!
Ainda antes da partida, mantida secreta, para Ataúro, constituída, com muito orgulho, pela ‘esquadra’ formada por um rebocador — o Lifau —, duas barcaças — a Laleia e a Comoro —, e ainda um pequeno barco patrulha, o ‘Albufeira’ (em Lisboa, porque ali fora baptizada com um nome bem timorense, de ‘Tibar’), a estação Rádio Naval recebeu um telegrama da Austrália, assinado por Ramos Horta, solicicitando a sua entrega à Fretilin (o que, segundo L. Pires, foi efectuado), “em que aconselhava para terem prudência e conversarem com a UDT, face a uma possível invasão da Indonésia”.
Houve ou não precipitação, na partida ?
CONTINUAREI…
NOTA DO EDITOR DESTE BLOGUE. no meu livro timor leste 1973-1975 suscitei dúvidas semelhantes, sempre entendi que uma intervenção portuguesa acabaria com aquilo, a tempo
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CONTINUANDO…
De acordo com o livro, da autoria do Governador Lemos Pires”, fora previsto que o embarque dos elementos que seguiam para a ilha de Ataúro se processasse até às vinte e uma horas e trinta, hora a que nascia a Lua. Às vinte e uma horas e quinze, quando se iniciava o embarque do grupo de comando, o comandante da Defesa Marítima foi chamado para receber uma comunicação do navio ‘Mac Dilly’, já ao largo, em que este informava estar perto um ‘destroyer’ indonésio, que, por não conseguir contacto com a radionaval, lhe pedira transmitir ao governador que ‘tinha ordens do seu Governo para na manhã seguinte mandar a terra buscá-lo, assim como o seu staff para os colocar em segurança’. Foi respondido que agradecia e que daria resposta dentro de duas horas. O embarque, assim retardado, só viria a verificar-se às vinte e duas horas. Foi providenciada a resposta à mensagem recebida do navio de guerra indonésio informando-se que o governador já se encontrava fora de Díli, tendo saído pelos meios próprios, e que, se o pretendesse, poderia receber o comandante indonésio a partir da manhã do dia seguinte na ilha de Ataúro. A resposta foi afirmativa, dizendo que iriam a Ataúro, porém tal não aconteceu. Soube-se posteriormente que o navio de guerra era um destroyer, o ‘Mon I idi’, que durante o dia seguinte foi a Díli, enviou barcaças à praia e recolheu o cônsul e pessoal do Consulado da Indonésia”.
Numa mensagem para o governador de Macau, Garcia Leandro, entre outros assuntos, L. Pires comentava: “Com amargura deixei Díli mas a situação impunha-se há muito. Lamento que Portugal e a comunidade internacional não tivessem tornado viável a solução da crise em tempo oportuno “.
E acrescentava: “Quando a pequena embarcação que me transportava largou do cais de Díli, virava-se uma página do livro do Império português; não uma página gloriosa como aquela que sonhara do dia em que os Timorenses, juntos com Portugal, finalmente assumissem a responsabilidade dos seus destinos mas antes e infelizmente uma etapa de frustração e impotência que as lágrimas agora soltas na solidão do mar não conseguiram esbater”. E continuava: “Para trás ficava o mar da esperança que, com seriedade e perseverança, tínhamos tentado construir e que uma disputa fratricida e insídia estranha sanguinolentamente interromperam. Para trás ficava o peso da responsabilidade de uma situação que não conseguira controlar. Para a frente a angústia e a responsabilidade do futuro dos Timorenses, dos militares prisioneiros, da dignidade de Portugal, que me seriam imputados independentemente de ter havido ou não capacidade de acção.” “Uma certeza surgiu claramente no meu espírito: seria eu o bode expiatório do desaire português em Timor, peça mais vulnerável até porque desligada dos poderes políticos em confronto em Portugal…..” Mas adianta, “quando, de novo, pisei terras de Timor, nas praias de Ataúro, não me senti vencido, mas antes um pião da história a quem tinha cabido uma fatia amarga, de que ainda mal provara o fel. Mas era preciso tomar decisões e agir, instalar, contactar as gentes de Ataúro saber do que se passava em Díli e no interior, na Austrália, em Lisboa, e na ONU. “
À chegada a Ataúro, Lemos Pires devia assemelhar-se a Bonaparte, quando desterrado para Santa Helena. Ele mesmo, quando pelas 11 horas da manhã de 27, consegue chegar à praia da ‘ilha das cabras’, utilizando as indicações preciosas de um pescador local, pois o seu plano, laboriosamente traçado, parecia soçobrar no final, por o pessoal da manobra não conhecer os fundos da entrada, ele próprio descreve como “fraca frota e miserável pompa a da chegada do Governador a terras de Timor (note-se bem… não se julgue, maliciosamente, que a fuga foi empreendida para terra estranha, ela foi de Timor para Timor), para se instalar, comparada com a dos primeiros portugueses que, para a época, exibiam bem mais poder e dignidade.”
Ele que, possivelmente, esperaria o trombetear dos clarins da vitória, o já “virem pelas ruas caminhando, rodeado de todo sexo e idade, os principais que o Rei buscar mandara o Capitão da Armada que chegara e que com desusada festa, já na terra, nos braços o levavam e num portátil leito da rica cama lhe oferecem em que vá, costume usado, que nos ombros dos homens é levado…” (Reminiscências dos “Lusíadas”), afinal, parece que nem estaria a recebê-lo o Rei de Ataúro, o nosso velho amigo — deportado, em tempos, de S. Tomé —, o grande de físico e de alma, Mário Lopes da Silva.
“Agora, senhor da ilha ou dela prisioneiro, com toda a liberdade ou sem poder nenhum, pião a fazer rodar a História ou simplesmente rodando pelo impulso do seu vento.”
Só então, tarde e à más horas, o governador parecia dar-se conta de quão vexatória e humilhante era a presença do Governo, naquela ‘ilhas das cabras’ e “a falta de dignidade que isso representava para Portugal.” De certeza que não adivinhava o que o poeta-meteorologista já versejara e frisara: ‘Se Timor é fim do mundo, Ataúro é fim do fim’.
Efectivamente… era o fim de tudo: uma Tragédia de quase um quarto de século, com cerca de duas centenas de milhares de mortos, violações, roubos, martírios, suplícios, desprezo por um Povo Heróico que sofreu, aguentou, lutou e… acabou por vencer.
CONTINUAREI…
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