Não é apenas Olivença: 3 localidades espanholas que pertencem a Portugal

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Não é apenas Olivença: 3 localidades espanholas que pertencem a Portugal

Quando se fala em polémicas com a fronteira portuguesa apenas se refere Olivença, mas não é caso único. 3 localidades espanholas que pertencem a Portugal.

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localidades espanholas que pertencem a portugal
São Felizes dos Galegos

Ahistória de Olivença, que nunca foi devolvida a Portugal, sempre foi motivo de controvérsia. Há mesmo alguns historiadores que defendem que Portugal nunca teve direito a recuperar Olivença porque também nunca devolveu a Espanha algumas zonas na América do Sul que pertenciam aos espanhóis. Mas enquanto Olivença continua com frequência na memória dos portugueses, esquecemos frequentemente outras 3 localidades espanholas na mesma situação (embora com algumas diferenças históricas). Descubra 3 localidades espanholas que pertencem a Portugal.

1. Hermisende

Hermisende
Hermisende

Hermisende é um município raiano da Espanha na província de Zamora, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 109,05 km² com população de 350 habitantes (2007) e densidade populacional de 3,51 hab/km². Pertenceu a Portugal até 1640, tal como as aldeias vizinhas de San Ciprián (São Cibrão) e La Tejera (Teixeira). Chamava-se até aí Ermesende. No concelho de Hermisende fala-se galego, português ou galego-português com influências leonesas.

Um dos aspectos mais impressionantes deste município é a singularidade da sua linguagem, decorrente de factores históricos e socioculturais derivados da sua posição fronteiriça com a Galiza e Portugal, e que actualmente mostra evidências claras de uma influência notável recebida da língua galega e da língua portuguesa.

Esta localização geográfica gerou um dialecto cuja origem gera dúvidas para os habitantes do município e surpreende os visitantes que observam sua notável singularidade, com influências claras em galego e portugueses, constituindo assim, em toda a área, uma região complexa de cruzamento de características Galego-portuguesas e leonesas.

2. São Felizes dos Galegos

São Felizes dos Galegos
São Felizes dos Galegos

São Felizes dos Galegos ou São Félix dos Galegos (oficialmente San Felices de los Gallegos em espanhol) é um município de Espanha, próximo da raia, na província de Salamanca, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 81,43 km² com população de 553 habitantes (2007) e densidade populacional de 7,19 hab/km².

A aldeia de S. Félix dos Galegos recebe esse nome por ter sido repovoada alegadamente por galegos que vieram ocupar estas terras. A inclusão desta região no reino leonês foi relativamente tardia e teve muito a ver o facto de Ciudad Rodrigo ter sido elevada a sede da diocese homónima em oposição à de Salamanca.

Pertenceu a Portugal desde a assinatura do Tratado de Alcanizes (1297) até 1327, com o nome de São Felizes de Galegos. O seu castelo foi mandado erguer por D. Dinis (1279-1325). Reconhecerá ainda a suserania portuguesa, por breves períodos, cerca de 1370 e de 1476.

Do ponto de vista histórico cumpre salientar o facto de que o Tratado de Alcanices de 1297 fez com que a aldeia fosse portuguesa e o castelo fosse construído pelo nosso rei D. Dinis. A data de re-integração em Castela segundo alguns historiadores teria sido em 1350 e segundo outros em 1476 no marco das frequentes rupturas das relações feudais que se davam nesta altura.

3. Salvaterra do Minho

Salvaterra do Minho
Salvaterra do Minho

Salvaterra do Minho (em galego: Salvaterra de Miño) é um município raiano da Galiza da comarca do Condado na província de Pontevedra, comunidade autónoma da Galiza, (Espanha de área 62 km² com população de 8761 habitantes (2007) e densidade populacional de 127,65 hab/km².

O seu conjunto de fortificações encontra-se implantado numa zona elevada, que cai em forma de precipício sobre o rio Minho, que o banha pelo sul. Situa-se junto de um cruzamento de vias naturais, uma das quais sobre o rio, que no século XVII correspondia a uma ponte de barcas. Data deste período a ocupação portuguesa de Salvatierra, que durou dezasseis anos, durante os quais se processou a sua moderna fortificação.

Está localizado a dois quilómetros do município português de Monção, ao qual está ligado por uma ponte sobre o rio Minho. No contexto da Guerra de Restauração, esteve sob domínio de Portugal até 1659. Sob o reinado de João I de Portugal (1385-1433) celebrou-se o 2.º Tratado de Monção (29 de Novembro de 1389), por cujos termos celebravam-se tréguas por três anos com João I Castela (1379-1390) e fazia-se a restituição mútua de terras conquistadas: Portugal cedia a Castela Salvaterra de Miño e Tuy, e recebia desta Mértola, Noudar e Olivença, no Alentejo, e Castelo Melhor, Castelo Mendo e Castelo Rodrigo, no Ribacoa.

Olivença e a língua portuguesa

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Carlos Da Cruz Luna (friends with Fernando de Sousa) commented on a photo you shared.
Carlos wrote: “PEÇO PUBLICAÇÃO Carlos Eduardo da Cruz Luna, C.C. 04737795, Rua General Humberto Delgado, 22, R/C 7100-123-ESTREMOZ, 939425126 268322697 MANIFESTO (A PROPÓSITO DO MANIFESTO DE CELEBRAÇÃO DOS 800 ANOS DA LÍNGUA PORTUGUESA)

É notícia e é oficial. A Língua Portuguesa completa 800 anos (1214, testamento de Afonso II). E, nestes dias de Junho de 2014, surge um Manifesto que junta nomes vários da Lusofonia para assinalar o facto. Veio nos jornais, com pompa e circunstância. «O deputado José Ribeiro e Castro é um dos promotores do manifesto, que reúne “professores, autoridades, escritores, linguistas, cineastas, homens e mulheres da cultura», era um dos títulos. Repetido ou “adaptado”, em quase todos os órgãos de comunicação. É a História de uma língua que tem os seus primórdios na Galiza, lá pelos séculos IX ou X; que passa a galaico-português nos séculos XI e XII (ainda hoje há quem defenda que o Galego e o Português são dialetos duma mesma língua); que se assume como própria nesse texto de 1214. Espalhou-se pelo território português, deixando qpenas um pequeno espaço para o Mirandês (um dialeto ásture-leonês). Ganhou cada vez mais consistência e firmeza. Depois dos Séculos XV e XVI, ganhou projeção mundial. Hoje, tem mais de 240 milhões de falantes, incluindo um gigante (o Brasil). É língua mãe dos mais desvairados sentimentos e aspirações. Língua culta e popular. Celebrá-la é celebrar a forma de expressão de uma boa parte da humanidade. Já a têm dado como imprópria para alguns níveis de cultura. Alguns dos seus falantes preferem outros idiomas em simpósios internacionais (e até, o que é pior, nacionais!). Mas ela está aí. Evoluindo. Basta estar atento. Mas… nem sempre tem tido a atenção merecida. Veja-se o que sucede em Olivença. Sim, digo bem, Olivença. Aquela terra esquecida, conotada, quase sempre por preconceito, com as mais variadas orientações políticas, ou com aspirações fora de moda, de esquerda ou de direita. Na verdade, o Português foi sendo falado na região, e foi maioritário até às décadas de 1960 e mesmo 1970. Na de 1980, começou a perder terreno. Alguns intelectuais, ao longo dos séculos XIX e XX, preocuparam-se com tal, mas pouco conseguiram fazer, mesmo porque poucos os escutavam. Agora, a Língua Portuguesa faz 800 anos. E refere-se a sua capacidade de resistência e de adaptação. Mas (há sempre um “mas”), ninguém parece estr a dar-se conta de um fenómeno curioso. Em Olivença, pois então! Na verdade, desde março de 2008, círculos oliventinos, autóctones mesmo, mobilizaram-se. E começaram a lutar por uma língua e cultura que era a sua, e que resistia, apesar de parecer estar em perigo. Nascia o “Além Guadiana”. Que, desde então, e evitando debruçar-se sobre problemáticas de soberania (que existem, mas são pouco relevantes para o caso), tem lutado pela cultura e língua da sua Região. Procura reafirmar-se como lusófono, e querer fazer parte desse espaço. Em 2008, 2009, e 2010, promoveu espetáculos/encontros a que chamou “Lusofonias”, para os quais convidou intelectuais e órgãos de informação. Em 2011, a par de mais um encontro, conseguiu que fossem repostos os antigos nomes portugueses em 74 ruas de Olivença. O que, pasme-se, foi pouco noticiado. Atualmente, em Olivença, têm surgido casos de pedidos de nacionalidade portuguesa, referidos até na televisão portuguesa (22 e 24 de março de 2013). Sempre, sublinhe-se, sem intenções políticas ou controvérsias sobre soberania. O “Além Guadiana” pede apenas respeito e reconhecimento. Quer ajuda portuguesa desinteressada, para tentar fazer Olivença aproximar-se da situação linguística das décadas de 1950 e 1960. A 30 de maio de 2014, a Associação “Além Guadiana” apresentou, no pátio do velho castelo dionisino, o esboço de uma recolha de Português “oliventino”. Inúmeros populares, incentivados, usaram da palavra, em Português, e apelou-se aos oliventinos em geral no sentido de usarem a sua língua no dia-a-dia. O próprio “alcalde” interveio, apoiando. Infelizmente, muitos convidados portugueses não apareceram, embora outros estivessem presentes. Não é possível, numa altura em que se celebram 800 anos de uma língua, ignorar este fenómeno de recuperação do Português em Olivença. Quem persistir nesta atitude estará a ser hipócrita. Ou a ser apenas “politicamente correto”, o que, neste caso, vai dar ao mesmo…. Estremoz, 14 de junho de 2014 CARLOS EDUARDO DA CRUZ LUNA https://www.youtube.com/watch?v=Lbkdu7dOVsk”

 

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OLIVENÇA A HERANÇA PERDIDA DE PORTUGAL

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Falam de Olivença, mas poderia-se mudar o local â Galiza, ou qualquer local do mundo submetido e ocupado e onde os ocupantes tem o direito de imporem a sua língua e cultura, e a isso chama-lhe sempre liberdade de escolha


UMA ENTREVISTA EM “HOY”  COM NOTAS A FINAL DE CARLOS LUNA
Recebido de Carlos Luna presidente do GAO

«EN OLIVENZA NO HUBO GUERRA DE LAS NARANJAS, NO LLEGÓ A DISPARARSE UN TIRO»”Entrevista en HOY a Servando Rodríguez; Responsable de la oficina de Turismo de Olivenza»
«Mis padres, entre ellos, solo hablaban portugués en casa. Mi madre me riñó en Portugués hasta que se murió»
«Los portugueses hacen turismo nostálgico. Vienen a ver algo que era suyo y perdieran. No se organizan, no llaman a Turismo»

Nace en San Jorge de Alor, una de las cinco aldeas “portuguesas” de Olivenza. Las otras cuatro son Táliga, que ya es município, Villarreal, que no era de Olivenza, sino de Juromenha hasta 1801, San Benito y Santo Domingo. En San Jorge hay 500 habitantes. Llegó a tener más de mil.


Hoy-A Qué se dedicaban sus padres?
Servando -Mi padre trabajaba en el campo hasta que por los años 60 se fue a Suiza y luego estuvo 15 años en Alemania. Fui hijo de emigrante. Mi padre venía en Navidad a coger la aceituna de los olivares que había ido comprando con los ahorros. Era como los Reyes Magos: venía de Alemania y venía en Navidad. Traía regalos que por aquí no había. Mi madre y mis
dos hermanas se quedaron solitas porque yo me fui a estudiar a un seminario de hermanos maristas en las cercanías de Madrid. Mi padre me recogía en Madrid y llegábamos los dos hombres de la casa en vacaciones.

Hoy-Como llega a ese seminario?
Servando-Venia un hermano reclutador, el hermano Ladislao, la persona más buena del mundo. Llegó un día a la aldea con su sotana en un Seat 600 alquilado. Se acercó a la escuela y nos contó cómo era aquello. Me pareció una aventura muy bonita y le dije que sí desde el primero
momento. Mis padres me apot«yaran y me fui. Alli estudié hasta 3.º de Bachillerato y ya me vine aquí, donde acabé el Bachillerato. Estudié portugués en la Escuela de Idiomas de Madrid.

Hoy-Que presencia tenía el Portugués en su vida durante la infancia?
Servando-Todo. Mis padres, entre ellos, solo hablaban en Portugués en casa. Mi madre a mi siempre me riñó en Portugués hasta hace año y pico que se murió. Sin embargo, a quienes nacemos a finales de los 50, princípios de los 60, ya se dirigen a nosotros en español, cosa que no pasaba con sus padres. Mi madre con mi abuelo solo hablaba en portugués. Los únicos que hablábamos solo en castellano éramos los niños. De tal manera que una vez pasó por el pueblo una família portuguesa con un niño. Nos dimos cuenta de que el niño hablaba portugués y fuimos todos detrás de aquel niño porque en nuestra cabeza no cabia que un niño hablara aquella lengua que era de los mayores, no la de los niños.
Hoy-Habia más presencia de lo Portugués en la vida cotidiana?
Servando-El idioma era la mayor presencia que habia porque nadie se sentía portugués. Ellos hablaban de lo portugués con ese cierto tono despectivo que se empleaba en el resto de Extremadura. Ellos ya eran españoles y mis abuelos, también. En lo demás era todo Extremadura: la comida, los costumbres.

Hoy-Que situación turística se encuentra cuando llega a la oficina en 1993?
Servando-El turista que venía por aqui era de Extremadura, de Portugal, y, según la época del año, de Madrid o de Andalucia. Habría que llamarlo excursionista más que turista. Olivenza recibe muchos grupos de autobús: escolares y mayores, gente que prácticamente no se queda a comer, no gasta demasiado. El turista eds lo que viene con la feria del toro: viene la família, se quedan a comer y a dormir, vienen unos días antes. Ahora sigue habiendo más excursionistas, pero se va notando un cambio. A finales de los 90, el turismo empieza a crecer mucho. Olivenza tenia cerca de 60000 visitantes anuales. Hace un par de años empezó a bajar. Este año se
ha recuperado, pero tenemos mucho campo por hacer. La crísis quizás nos beneficie al turismo de interior.

Hoy-Los portugueses como vienen a Olivenza, con que actitud?
Servando- Ellos no vienen aquí como turistas, sino a ver una cosa que es suya y que la perdieran. No se organizan, no llaman a la oficina de turismo para saber los horarios. Vienen a ver los escudos de Portugal, es un turismo nostálgico.

Hoy-Como se explica la história de Olivenza en Portugal?
Servando-Ellos se quejan de que ahora los maestros no se preocupan de explicar la história de Olivenza a los niños, pero a los mayores si se la explicaron. Como necesitan demostrar que Olivenza es portuguesa, retuercen los argumentos y empiezan los origenes de Olivenza falsamente como portugueses. Que después se pierde y se recupera y se fijan en la parte
final, cuando con la Guerra de las Naranjas se produce una ocupación ilegal.

Hoy-Y como se explica usted a los portugueses que visitan Olivenza?
Servando-Nosotros la explicamos de otra manera. La parte final es más complicada, pero claro, en 1801 existe el derechpo de conquista, que visto desde el punto de vista de hoy no tiene sentido. Yo empiezo contándoles que la primera vez que aparece Olivenza es en un documento de 1257 que se conserva en el archivo de la Catedral de Badajoz. En él, el reciente obispado dice cuales son los límites de la diócesis, dentro de los cuales deben enterrarse sus fieles y el documento dice del lado de acá del río Olivenza. Luego aparece en un pleito que surge entre Alconchel y Badajoz. Cuando en 1230 el rey Alfonso IX toma Badajoz y sigue camino de Sevilla,
para consolidar estas posiciones, entrega el castillo de Alconchel a la orden templaria, que puebla en la zona de Olivenza. desde Badajoz se quejan al rey que los templarios han repoblado en tierras que no eran de ellos, sino de Badajoz. En eses documento aparece Olivenza. Los templarios están aqui 28 años hasta que el rey da la razón a Badajoz y se tienen que ir.
De todo esto, los portugueses no hablan nada, aunque los documentos están ahí(1).

Hoy-.El cambio de nacionalidad, cuando Olivenza pasa a ser española en 1801?
Servando-La moderna historiografía portuguesa está empezando a considerar la Guerra de las Naranjas como la primera invasión francesa. Antes contaban tres invasiones y ahora cuentan cuatro. Carlos IV les declara la guerra formalmente. Además se la declara a su hija porque la reina consorte de Portugal es su hija. Es una guerra rapidísima porque la diferencia de fuerzas es muy grande. En Olivenza en realidad no hubo guerra. Simplemente se cercó la plaza, se le dijo al gobernador que si se rendia.

Hoy-Entonces se rinde sin resistencia?
Servando- El gobernador de Olivenza entrega la plaza sin pegar un tiro porque si se resiste, las consequencias para la población hubieran sido muy graves. De hecho lo condenaran a muerte en Portugal pero le conmutaron  a pena. Juromenha también se entregó sin resisténcia. En Olivenza no hubo Guerra de las Naranjas. No llegó a dispararse ni un tiro. Los portugueses consideran que España entra con Francia a tomar Portugal (2). El tratado de Viena es consecuencia de la caída de Napoleón. A eses tratado, Portugal manda un buen embajador a defender sus intereses: el Duque de Palmela. El conde de la Torre, que creo que era extremeño, va por parte española. Lo primero que hacen los portugueses es reivindicar Olivenza y meten el artículo 105, donde se reconocen los derechos de los portugueses y se estipula que los españoles y los portugueses deben reunirse para que se devuelva. Los portugueses dicen que ahí se dice
claramente que se devuelva y los españoles argumentan que solo se dice que se reúnan para ponerse de acuerdo. España no fiorma el Tratado en erse momento, sino tres o cuatro años después. El embajador español no se opuso mucho a esto. Por esa época, desde Brasil se toma el territorio de las Siete Misiones, el actual Uruguay, y desde España se dice que si no
devuelven esos territorios, no pueden reivindicar Olivenza(3).

Hoy-En este contexto, qué le parece la comemoración de la Guerra de las Naranjas?
Servando-Los portugueses aprovechan cualquier cosa. Ellos reivindican Olivenza, aunque su gobierno no lo haga de manera acdtiva, y cualquier cosa les da alas. Había una buena intención en Olivenza desde el pinto de vista del turismo porque esta corporación municipal e4stá muy interesada en desarrollar el turismo. Olivenza podría tener una fiesta que atriga gente, además de la de los toros. Por eso se pensó en este espectáculo. Aquí la Guerra de las Naranjas no tuvo conflicto ninguno. Se haq intentado cambiar y que la representación tenga que ver con la historia de Olivenza y a mi me parece bien porque así, la gente de aquí y del resto de Extremadura conocerá mejos la historia, como transcurre desde el siglo XIII hasta ahora. Estoy de acuerdo en que se haga algo así, que atraiga el turismo.

Hoy-Que opina de nuevas asociaciones que han surgido para el fomento de las relaciones con Portugal como es el caso de Além Guadiana?
Servando-A mi me han invitado a pertenecer a ella, pero me sentiria un poco raro si hubiera pertenecido a esa asociación porque he notado cierto acompañamiento de grupos portugueses, aunque la asociación no tiene culpa, pero podrían instrumentalizarla. Otra cosa que no entiendo de esa asociación es que si por el 85 empezaron los Encuentros de Ayuda, si tenemos unos fondos portugueses en la biblioteca que no los tienen ni las universidades portugueseas, sin embargo parece como si esta asociación ignorara todo el anterior, como si empezaran de cero. Lo entiendo porque la mayor parte de sus miembros son gente nueva, que ha dejado de lado todo lo que se había hecho antes, que se podría haber aprovechado.

Hoy-El Grupo de Amigos de Olivenza?
Servando-Nace en Lisboa (4). Salazar no les reconoce y no pueden funcionar  como asociación hasta que no llega la democracia. Se creó otro grupo en Estremoz y acabaron absorbidos por el de Lisboa. Presionan continuamente a las autoridades portuguesas para que no se olviden del tema. Pero estas autoridades saben que no hay vuelta de hoja con la cuestión. Cuando ha habido cumbres hispano-portuguesas y han aparecido estes grupos a meter baza, los mantienen a un kilómetro de la sede de la cumbre. Tienen unas anteojeras, confunden el deseo con la realidad (5). En el siglo XIX, quizás, pero hoy es imposible que ningún vecino de Olivenza diga que
quiere ser portugués, Otra cosa es que se intente que los oliventinos conozcan sus raíces.
Eso sí es interesante (6). (FIM)
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Notas pessoais engadidas por Carlos Luna- sobre erros e tergiversações na entrevista:

(1) Já se sabe que Olivença foi conquistada em 1230 por Templários leoneses, mas isso não era Espanha de hoje nem o seu antecedente). Mas… era uma aldeia. Por outro lado, terras como Ayamonte e San Lúcar foram conquistadas pelos portugueses, bem como Aroche e Aracena. Em
1297, o Tratado de Alcañices definiu Olivença como portuguesa, e esses outros territórios como de Castela.  Nas trocas de então, foram deslocadas populações. Olivença só se tornou importante sob domínio português, recebendo foral em 1298 e incentivos para o povoamento. Até 1801, fez parte de Portugal, e muitos dos seus filhos contribuíram para a História lusa. O entrevistado, que sabe disto, “pula” logo para 1801, desprezando 604 anos de história. Será isto ser imparcial?

(2)Não por acaso, o Tratado de Badajoz de 1801 só seria considerado válido se TAMBÉM se assinasse um tratado de paz com a França….

(3) Várias coisas são omitidas aqui. Por exemplo, em 1811, o Município Oliventino pediu a reitegração em Portugal, coisa que espanhóis e ingleses não permitiram. Por outro lado, em 1814, em Paris, ficou acordado que todos os tratados assinados debaixo da influência da França
Napoleónica (incluindo o expressamente o  citado Tratado de Badajoz de 1801) seriam considerados nulos. Espanha assina o artigo 105 sem pôr quaisquer reservas, em 1817, o que invalida a Questão do Uruguay. Aliás, em termos de Direito Internacional, a ocupação de um território não pode justificar a ocupação de um terceiro… e isto desde o século XVIII. Finalmente, a diplomacia portuguesa aceita sair do Uruguay logo que cheguem tropas espanholas. Em 1820, as tropas que se preparavam para sair de Espanha com esse destino resolvem fazer a Primeira Revolução Liberal em Espanha. Porque a situação tornou inviável o envio dessssas tropas em 1820. 1831, 1822, 1823, tanto mais que em 1822 o Brasil se declarou independente (reconhecido em 1825) e o Uruguay seguiu o mesmo caminho em 1828 (reconhecido como tal por Espanha em 1835), Portugal considerou que não fora possível, e por culpa de Madrid, a “transação” Olivença-Uruguay, pelo que o acordo de 1815 continuava a estar em vigor!

(4)fundado por um oliventino, Ventura Ledesma Abrantes.

(5) Servendo esquece-se das reivindicações espanholas sobre Gibraltar (desde 1704) e argentinas sobre as Malvinas /(desde 1833). Parece que, neste caso, não se trata de “anteojeras”, mas sim atos determinados!!

(6)Em resumo, desde que uma ocupação ilegal se prolongue durante 200 anos, se escondam a História, as raízes (daí a necessidade que o entrevistado vê em que os oliventinos conheçam as suas raízes; quem os levou a esquecer?), se combata o uso da língua “nativa”, se promovam
deslocações de população (caso dos funcionários públicos…), tudo se torna LEGAL. Pena que a Espanha não aplique o mesmo princípio a Gibraltar, onde 99,9 % da população votou CONTRA a união a Espanha…
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Olivença e a “Guerra das Laranjas”

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Mais um testemunho (blogue “Avenida da Liberdade”)

Com a devida vénia, dou divulgação ao testemunho do Dr. José Ribeiro e Castro, ex-presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia da República, no seu blogue “Avenida da Liberdade”:

Olivença e a “Guerra das Laranjas”
A questão de Olivença é uma delicada pendência dormente nas relações luso-espanholas. É, não – era! Um alcalde “voluntarioso” do lado espanhol resolveu chutar o tema para as primeiras páginas dos jornais. E inevitavelmente para a primeira linha da política. Agora, procura dobrar a língua, mas o mal está feito e o seu gesto tem tudo menos de inocente.
Nos últimos anos, o ambiente melhorava: com apoio das autoridades regionais extremenhas, a autarquia de Olivença abrira-se à revelação das raízes portuguesas, recuperando e reafirmando traços identitários na toponímia histórica das ruas e em festivais anuais de matriz portuguesa. Simultaneamente, com algum pragmatismo, dos dois lados da fronteira, descobriam-se formas imaginosas de tornear dificuldades políticas, a fim de responder às necessidades das populações – por exemplo, no dossier de  reabilitação de uma  ponte de acesso à vila. Este desanuviamento revelava grande sentido prático e era um processo inteligente, que procurava andar para diante sem ferir o alto melindre político da questão. As autoridades locais e regionais espanholas pareciam interessadas em avivar a especial identidade de Olivença, até para a singularizar na região como pólo específico de procura turística, e circunscrevendo o processo a traços de identidade cultural, sem entrar obviamente pelo delicadíssimo – e potencialmente explosivo – plano político.
Estávamos nós postos neste sossego, quando o “enérgico” alcalde Bernardino Píriz aterra em Olivenza e resolve reabrir a Guerra de las Naranjas. Desde há semanas que éramos alertados para a provocação que congeminou. Até que o PS e autarcas locais do lado português – a meu ver, bem – resolveram agarrar no assunto.

Além do disparate político monumental, a iniciativa do novo alcaide oliventino interrompe esforços positivos que os autarcas alentejanos vizinhos conhecem bem e estavam a acompanhar e apoiar.
“Festejar” a Guerra das Laranjas em Olivença é uma coisa de flagrante mau gosto. Seria um pouco como a Rainha Isabel II ir celebrar a Gibraltar o Jubileu de Diamante no próximo mês de Junho.
José Ribeiro e Castro

OLIVENÇA

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CARLOS LUNA JÁ ESTEVE NOS COLÓQUIOS D ALUSOFONIA

Como é possível o caso de Olivença ser tão ignorado em Portugal? Como é possível que os sucessivos governos do País, desde o princípio do século XIX, nunca tenham reivindicado de forma categórica um território que à luz do Direito Internacional, lhe pertence?


Carlos Luna: – Muitos portugueses nem conhecem a sua História, mas o mais grave é que Portugal se acha tão mau, tão mau, que nem reivindica o que é seu de direito. Em 20 de Maio de 1801, Olivença foi ocupada por Espanha. Curiosamente, foi em 20 de Maio de 2002, que Timor dia da independência de Timor….

O empenhamento que se pôs na causa de Timor, devia ter sido posto na causa de Olivença?

Acho que sim.

Como começou esta sua luta?

Por volta de 1986 lembrei-me de ir à terra de que muito se falava, gostei do que vi mas detestei a profunda desinformação que reina em Olivença entre a população que não tem culpa nenhuma. As autoridades espanholas mascararam e esconderam a verdadeira realidade histórica ao povo de Olivença, fazendo-os acreditar em mitos absurdos, ofensivos e chauvinistas em relação a Portugal e à sua História.

Mesmo depois de 1975, da democratização?

É verdade. Acho inacreditável que uma Espanha democrática continue a ensinar a um povo um passado que não é o seu. Embora parte da culpa de não haver uma definição no caso de Olivença também resida no povo português.

No povo e sobretudo nos sucessivos governos…

Sou essencialmente um lutador pela positiva e há alguns argumentos que eu detesto, os portugueses têm um desprezo tal por si próprios que é quase impossível de explicar. A luta pelo caso de Olivença tem muitas semelhanças com a contenda sobre Gibraltar. Neste caso, os espanhóis insistem ser uma questão de justiça e tratam-no de maneira muito diferente do que acontece com a localidade próxima de Portugal. Aproveitam todas as oportunidades para resolver, ou pelo menos debater, a questão de Gibraltar. Em contrapartida, o Estado Português não fala em Olivença, é quase uma posição clandestina

OLIVENÇA 1801

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O Jornal espanhol  publicou, em 21.11.11, a matéria OLIVENZA CELEBRA DERROTAS
de J. R. ALONSO DE LA TORRE
No artigo o articulista critica o fato de Olivença estar a comemorar a Guerra das Laranjas de 1801com uma grande representação do acontecimento, celebrando uma guerra que os derrotou e uma conquista que acabou com  tantos de seus antepasados…..
 
Lembrando esta data cito um livro:
 

OLIVENÇA, 1801.
Portugal em Guerra do Guadiana ao Paraguai

de Manuel Amaral
Lisboa, Tribuna («Batalhas de Portugal»), 2004.
112 págs.
Preço: 25€ 
Comprar
 
 
OlivençaA guerra de 1801 entre Portugal e a Espanha aliada à França, é conhecida sobretudo por ser o momento em que se perdeu o território de Olivença. Mas este conflito, conhecido por “Guerra das Laranjas”, esteve longe de ter como preocupação fundamental aquela antiga vila Alentejana. Na realidade, as operações desenrolaram-se tanto ao longo das fronteiras de Portugal, como das do Brasil e no Oceano Atlântico.

Esta obra apresenta uma visão nova do desenrolar das hostilidades no território europeu, não só abordando os teatros de operações em que o exército português se confrontou com o espanhol, em Trás-os-Montes, no Algarve e no Alto Alentejo, mas também abordando a estratégia desenvolvida á época face ao que já se via como uma possivel primeira invasão francesa do território nacional. Aborda-se o desenrolar da Guerra na América do Sul, onde Portugal conquistou um imenso território, tanto no estado do Rio Grande do Sul como no de Mato Grosso, delimitando quase definitivamente as actuais fronteiras do Brasil.
Se Portugal perdeu Olivença logo no início das hostilidades, conseguiu no entanto realizar os seus objectivos estratégicos neste conflito. Foi esta a última guerra travada por Portugal com a vizinha Espanha.

http://www.arqnet.pt/portal/agenda/col_batalhas.html
— On Wed, 11/23/11, AMarques wrote:

From: AMarques
Subject: OLIVENZA CELEBRA DERROTAS? (ver la foto adjunta)
To: margaridadsc@yahoo.com
Date: Wednesday, November 23, 2011, 1:36 AM

NO!

“HOY”, 21-Novembro-2011
OLIVENZA CELEBRA DERROTAS
21.11.11 –
J. R. ALONSO DE LA TORRE
Olivenza van a celebrar la Guerra de las Naranjas con una gran representación del acontecimiento. Supongo que habrá soldados españoles que ataquen la fortaleza, ciudadanos oliventinos que la defiendan, sean soldados, sean civiles, y al final habrá conquista española, quizás algún saqueo si se quiere ser fieles a las guerras de antaño y después se celebrará algún evento gastronómico para festejar la fecha. La celebración se las trae. Los oliventinos celebran que fueron conquistados y derrotados, algo impensable en otras ciudades, que suelen celebrar sus victorias y triunfos, nunca sus derrotas. Esta ‘Macrorrepresentación de la Guerra de las Naranjas’ está levantando muchas ampollas en Portugal, aunque lo más destacable es la esquizofrenia que supone celebrar que a tus antepasados se los cargó un ejército enemigo, aunque tú ahora formes parte del país que te conquistó y estés encantado de ello. Solo conozco un caso parecido en Extremadura, se trata de la llamada Torre de Bujaco de Cáceres, nombrada así en honor del caudillo árabe Abu Jacob, que se cargó en esa torre a los últimos caballeros cacereños en una de las varias reconquistas de la ciudad. Aunque en ese caso pudiera haber truco y llamarse de Bujaco en honor a un ‘muñeco’ que en ella había. Sería más lógico pues a nadie se le ocurre ponerle a una torre el nombre del caudillo que mató a los tuyos. A nadie salvo a los oliventinos, que han tenido la idea de festejar la guerra que los derrotó y celebrar la conquista que acabó con tantos de sus antepasados.
(J.R. Alonso de la Torre)