Categoria: macau Malaca Melaka Malasia Goa Índia

  • pureza eleitoral????Parlamento de Macau aprova lei eleitoral que exclui candidatos não patriotas – Renascença

    Views: 0

    Em 2021, as autoridades de Macau excluíram cinco listas e 20 candidatos das eleições para a AL, 15 dos quais associados ao campo pró-democracia, por “não serem fiéis” a Macau.

    Source: Parlamento de Macau aprova lei eleitoral que exclui candidatos não patriotas – Renascença

  • | Deolinda da Conceição e Maria Ondina Braga recordadas em Lisboa.

    Views: 0

    Literatura | Deolinda da Conceição e Maria Ondina Braga recordadas em Lisboa.
    Uma levou Macau para a sua escrita, outra levou a condição da mulher para as suas obras, descrevendo os diversos papéis femininos desempenhados numa sociedade conservadora marcada pela crueza da guerra.
    Deolinda da Conceição e Maria Ondina Braga foram lembradas segunda-feira numa palestra na Sociedade de Geografia de Lisboa.
    A Sociedade de Geografia de Lisboa acolheu na segunda-feira uma sessão de homenagem às escritoras Maria Ondina Braga e Deolinda da Conceição, nomes marcantes da literatura feminina de Macau e dos diversos lugares que o território assumiu nas letras escritas em português.
    Coube ao advogado e autor José António Barreiros falar da obra de Maria Ondina Braga, cujo centenário do nascimento se celebrou no ano passado.
    Barreiros lembrou a paixão longa pelos escritos da autora.
    “Comecei a interessar-me por ela quando as suas obras já raramente se encontravam nos alfarrabistas.
    Hoje tudo mudou e as suas obras começaram a ser reeditadas”, disse.
    José António Barreiros descreveu ainda o percurso literário da autora como uma “espécie de transladação divina do Oriente para o Ocidente”, considerando a escritora alguém que “viveu como se fora do outro mundo, fora do tempo”.
    Nascida em Braga, onde viria a falecer em 2003, Maria Ondina Braga publica o seu primeiro livro de poesia em 1949, “Meu Sentir”, uma edição de autor, tendo escrito também diversos romances e contos.
    A sua ligação a Macau começou em 1961, quando foi trabalhar como professora em Goa, indo depois para Macau na sequência da invasão de Goa, Damão e Diu pelas tropas indianas.
    Em Macau deu aulas de português e inglês no Colégio de Santa Rosa de Lima.
    Maria Ondina Braga também visitou a China, nomeadamente Pequim, e é do seu punho que sai, nos anos 60, o livro de contos “A China fica ao Lado”.
    Apesar da paixão pela escrita, a autora dedicou-se também a traduzir autores como Graham Greene, Pearl Buck, Anaïs Nin, John le Carré, Mishima e Herman Wouk.
    José António Barreiros lembrou, na palestra, que “ser tradutora dar-lhe-ia a possibilidade de se dedicar à escrita” em termos monetários.
    Foi também recordada uma certa melancolia com que viveu toda a vida, muitas vezes em solidão.
    No final, Maria Ondina Braga “morreu de um modo como sempre viveu, em silêncio”, destacou José António Barreiros.
    “Em termos de relações humanas, Macau é o universo de Maria Ondina Braga”, enquanto Goa “foi um elemento de passagem que não é muito claro na sua escrita”.
    Quando escreve sobre o universo Macau, Maria Ondina Braga descreveu “as relações femininas derivadas do ensino e das instituições religiosas”, surgindo “um ténue tule de delicadeza em que se percebe uma avaliação dos sentimentos e carácter de pessoas”, apontou ainda José António Barreiros.
    Depois da experiência laboral em Macau, Maria Ondina Braga voltaria ao Oriente, em 1982, como professora convidada de Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim.
    Nesse ano, já regressada definitivamente a Portugal, edita “O Homem da Ilha e outros contos”, e no ano seguinte é publicada a novela “A Casa Suspensa”, pela chancela da Relógio d’Água.
    Em 1984 foi lançada mais uma obra sobre o universo oriental, nomeadamente o livro de contos “Angústia em Pequim”.
    As mulheres de Deolinda
    Coube depois a Ana Cristina Alves, investigadora e coordenadora do serviço educativo do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), falar sobre a obra de Deolinda da Conceição, nascida em Macau em 1914
    e que editou apenas um livro de contos “Cheong Sam – A Cabaia”, que marcou a literatura de Macau pelo retrato que faz das mulheres que viviam, à época, no território, nomeadamente da comunidade chinesa.
    A obra foi editada pela primeira vez em Lisboa em 1956 pela Livraria Francisco Franco.
    “Como escritora ela pode-nos dar um sentimento muito profundo de como as mulheres se sentiram”, começou por destacar Ana Cristina Alves.
    “Ela nunca falou dela própria e foi uma escritora voltada para o exterior e para a sociedade, sofrendo intensamente o tempo em que viveu, que foi dramático.”
    Ainda jovem, Deolinda da Conceição passou pela I Guerra Mundial, que decorreu entre 1914 e 1918, e depois pela II Guerra Mundial (1936-1945), assim como a Guerra Sino-Japonesa, que tantos refugiados levou para o pequeno enclave português às portas da China.
    “Ela esteve sempre em guerra, mas preocupava-se imensamente com a sociedade, estando sempre atenta às consequências dos conflitos, à fome”, apontou Ana Cristina Alves,
    que descreveu os cinco tipos de mulheres que podemos encontrar nos 27 contos que fazem parte de “Chong Sam – A Cabaia” e demais tipos de pessoas, nomeadamente a figura do homem bondoso.
    “Ao ler os 27 contos senti a profunda dor da escritora, em que a única salvação para as mulheres do Oriente, fossem chinesas ou macaenses, era a educação, transformarem-se em pessoas independentes e educadas, pois caso contrário seriam cinco categorias de mulheres”, ou seja, tradicionais, acomodadas, mártires, órfãs de guerra, dependentes.
    Ana Cristina Alves disse também “identificar-se absolutamente” com a escrita de Deolinda da Conceição.
    “A maior parte dos contos acaba muito mal, pois em tempo de guerra as coisas são difíceis.
    Qualquer exemplo [de texto] em que a protagonista é a mulher tradicional tem um mau final, porque esta mulher tradicional é inculta numa sociedade absolutamente conservadora.”
    Os contos de Deolinda da Conceição abordam muito a “figura maternal”, ou seja, as mulheres que ficam viúvas em tempo de guerra e são obrigadas a ficar à mercê das esmolas que a sociedade dá.
    No que diz respeito à figura da mulher mártir, a escritora macaense abordou a situação concreta “das jovens meninas, as concubinas, que normalmente se suicidavam pela pressão das esposas legítimas” ou então “as mulheres que tentam seguir o amor numa sociedade conservadora”.
    Palavras de filho
    A sessão de homenagem de segunda-feira contou com a presença do designer e criativo Antonio Conceição Junior, filho de Deolinda da Conceição, que faleceu quando este tinha apenas cinco anos.
    António Conceição Júnior destacou “o espírito inquieto” que a mãe demonstrou “desde cedo”, uma mulher “que jamais foi dona de casa ou doméstica”, e para quem “não havia desigualdade de género”.
    Deolinda da Conceição “foi, talvez, a primeira mulher emancipada de Macau, que por amor à verdade sempre escreveu o que pensava”, adiantou.
    No final da sessão, Ana Cristina Alves descreveu ainda a autora macaense, que também foi jornalista e cronista, como “uma lutadora, que usou a escrita como arma”.
    “Ela usou a escrita para chamar a atenção para uma sociedade que poderia ser melhor e não era.
    Todos os que não eram educados eram penalizados por isso.
    A educação é um bem essencial e isso tem a ver com a alma chinesa.
    Nos tempos antigos essa educação estava limitada aos homens e não se destinava às mulheres, mas era um factor distintivo essencial”, descreveu.
    Carlos Piteira, antropólogo e presidente da comissão asiática da Sociedade de Geografia de Lisboa, moderou a sessão, falando também do papel de perpetuação da memória que as obras de Deolinda da Conceição e Maria Ondina Braga desempenham.
    “Todos nós acabámos por ganhar imenso com estes testemunhos e ficámos a conhecer melhor as pessoas de Macau”, rematou.
    May be an image of 4 people
    All reactions:

    11

    Like

    Comment
    Share
  • Goa: Índia revoga mais de 70 passaportes indianos de cidadãos portugueses | e-Global

    Views: 0

    De acordo com o jornal Times of India, as autoridades de Goa revogaram os passaportes indianos a mais de 70 cidadãos da Índia com nascimento registado em Portugal. O gabinete regional de passaportes começou, nos últimos meses, a revogar os passaportes indianos “após uma comunicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da índia e das autoridades portuguesas, datada de 30 de novembro de 2022, segundo a qual uma pessoa passa a ter cidadania portuguesa após o registo do nascimento em Portugal”.

    Source: Goa: Índia revoga mais de 70 passaportes indianos de cidadãos portugueses | e-Global

  • Nunca regressar ao passado – Crónicas – SÁBADO

    Views: 0

    A vida é como é: durante o último século de presença portuguesa em Macau, (…) Portugal ligou-lhe quase tanto como às Berlengas.

    Source: Nunca regressar ao passado – Crónicas – SÁBADO

  • fecha A VENCEDORA de Macau, centenária casa de pasto-restaurante

    Views: 1

    Restaurante centenário “A Vencedora” encerra portas esta sexta-feira.
    “A Vencedora”, restaurante centenário e um dos mais antigos da cidade, vai encerrar portas já esta sexta-feira.
    Lam Kok Lon, um dos proprietários, confirmou a informação ao PONTO FINAL e explicou que o fecho se deve à falta de interesse por parte das gerações mais jovens para gerir o negócio.
    “É uma pena”, lamentou.
    Vai encerrar já esta sexta-feira o restaurante centenário “A Vencedora”, na Rua do Campo.
    “Já estamos velhos e não há sucessão para gerir o negócio”, explicou Lam Kok Lon, um dos irmãos proprietários do espaço, ao PONTO FINAL.
    A meio de uma tarde atarefada no restaurante, Lam Kok Lon não quis falar mais sobre o assunto, acrescentando somente que “é uma pena”.
    “A Vencedora” abriu portas, então, em 1918.
    A sua história atravessa gerações.
    Um artigo da Revista Macau conta que tudo começou com Lam Kuan, avô dos irmãos que agora gerem o negócio.
    Lam Kuan foi cozinheiro numa embarcação ao serviço da Marinha Portuguesa e foi ali que aprendeu a fazer os pratos portugueses.
    Quando deixou o trabalho na embarcação, Lam Kuan abriu então “A Vencedora”, nome que homenageia a embarcação onde tinha trabalhado e aprendido as receitas portuguesas.
    Anos depois, o avô passou o negócio aos filhos que, mais tarde, passaram aos seus próprios filhos.
    “Eu não tenho filhos e os meus sobrinhos têm bons empregos e não têm grande interesse nisto.
    Neste momento, somos o meu irmão e eu, a minha cunhada e uma das minhas irmãs.
    Temos todos mais de 60 anos”, dizia em 2018 Lam Kok Lon, à Revista Macau.
    O blogue Macau Antigo conta que, para além do dia de descanso semanal – que é à terça-feira –, só fechou mais um dia, durante o motim “1-2-3”, em 1966.
    “A Vencedora” estabeleceu-se em 1918 no número 26A da Rua do Campo, um espaço onde não cabiam mais de 30 pessoas sentadas.
    Mais tarde, em 1992, o restaurante passou para o número 264 da mesma rua.
    “A Vencedora” é um dos restaurantes mais antigos da cidade, apenas superado em termos de longevidade pelo Fat Siu Lau.
    No início, a clientela era composta maioritariamente por militares em comissão de serviço em Macau.
    Na década de 1940, chegou a haver cerca de 800 soldados portugueses nos quartéis de Macau, o que fez com que, nessa altura, os restaurantes portugueses começassem a despontar no território.
    A Revista Macau detalha que, no Anuário de Macau datado de 1921, “A Vencedora” já constava na lista de recomendações como uma loja que comercializava vinhos, azeite, conservas e chouriços, e que também servia refeições no seu espaço e aceitava “comensais de fora”.
    Da ementa – que raramente mudou ao longo dos anos – fazem parte pratos como minchi, bacalhau cozido com grão, iscas de vaca, feijoada, bitoque e até caldo verde.
    Nas prateleiras, só há vinhos portugueses.
    Em 2018, o restaurante tinha 15 trabalhadores que faziam parte da equipa há 30 anos.
    May be an image of 2 people, hat shop, newsagent and text
    All reactions:

    67

    19 comments
    10 shares
    Like

     

    Comment
    Share
    View more comments

    Vicente Domingos Pereira Coutinho

    Bom dia, como este há vários que ja se sáo história..
    • Like

       

    • Reply