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  • MACAU STANLEY HO

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    Luis Almeida Pinto
    Gaming mogul Stanley Ho passes away at 98.
    Stanley Ho: Mitos, perseguições e piratas. Histórias do “padrinho do jogo” de Macau. 🇲🇴🥰
    Stanley Ho é um nome para a História.
    Não só de Macau, não só da China, mas do mundo quando se falar de jogo e de casinos.
    Ele fez com que uma pequena cidade do sul da China, com poucas centenas de milhares de habitantes, passasse a ser a capital mundial para jogadores da sorte e do azar.
    Um homem com muito poder visível e invisível que desenhou o Macau moderno.
    Uma vida longa e uma vida plena.
    Stanley Honasceu rico, no seio de uma família abastada de Hong Kong, e morreu ainda mais rico.
    Chamam-lhe, e bem, magnata.
    Pelo meio, ao longo de 98 anos construiu um império que começou em Macau, mas tem várias ramificações pelo mundo.
    Viveu com quatro mulheres das quais teve 17 filhos.
    Uma fortuna desta dimensão dificilmente se constrói sem mitos, histórias mal contadas, e outras dignas de filme.
    Stanley foi perseguido, perseguiu, teve de lidar com forças antagónicas, com o crime organizado, a China e o Japão.
    Soube sempre adaptar-se.
    E reinou de forma a lhe colocarem epítetos como o “Padrinho do Jogo”.
    O jornalista Ricardo Pinto, proprietário do jornal Ponto Final e da revista Macau Closer, foi dos últimos a entrevistar Stanley Ho.
    A conversa ocorreu em 2007, para o n.º 1 da então recém-criada revista, e Ho, claro, teve honras de capa.
    Vivia-se um momento particularmente sensível na história dos negócios do “Rei do Jogo”.
    Quatro anos depois da liberalização dos casinos em Macau, a Sands, detida pelo arquirrival Sheldon Adelson, construía o icónico Venitian que punha em risco a hegemonia da atual Sociedade de Jogos de Macau, detida pela família Ho.
    Mas se a atualidade da época ocupou parte da conversa, Ricardo Pinto quis também saber a versão de Ho sobre muitas das lendas que preenchiam o imaginário dos que se dedicavam a ler sobre a vida do empresário.
    Uma delas foi a de que Pequim se teria oposto, em 1962, à sua entrada na concessão dos casinos em Macau.
    Stanley recordou, nessa entrevista, que durante a guerra da Coreia, a China se aliou ao Norte, contra o Sul apoiado pelos Estados Unidos e pelas Nações Unidas.
    Nessa época houve um embargo de produtos fundamentais para Pequim, como o petróleo e armas, e Hong Kong e Macau, como noutras alturas da história, serviram a porta de entrada de mercadorias para a China.
    Ho e Henry Fok, que viria a ser seu sócio no império do jogo, foram “os empresários patrióticos” que ajudaram a manter as ligações com o resto do Mundo.
    “Ele referiu o episódio da guerra da Coreia para afirmar que esteve do lado de Pequim para ultrapassar a fase de isolamento e embargo”, conta Ricardo Pinto, afirmando que Ho usava este argumento para desmentir que o Governo central tivesse feito oposição aos seus negócios.
    Contrabando e tentativas de rapto
    Em 1943, Stanley tinha-se refugiado em Macau, depois da invasão japonesa de Hong Kong.
    Foi através do contrabando de bens de luxo, para uma empresa oriunda do Japão, que fez crescer a fortuna que lhe permitiu depois entrar no negócio dos casinos.
    A missão que lhe estava destinada era de compra e venda de bens essenciais para uma cidade que então estava isolada do resto do mundo.
    Por causa desta atividade, não foram poucas as vezes em que se teve de meter num barco para atravessar o rio das Pérolas.
    Numa dessas situações foi assaltado por piratas.
    Começa aí o mito.
    O dono do jornal Ponto Final e da Macau Closer relata que, naquela altura, a zona estava em guerra e se tratava de um local onde a pirataria foi frequentíssima ao logo de séculos.
    “Os riscos eram muitos durante estas viagens e a embarcação em que seguia tomada por piratas”, começa por avançar Ricardo Pinto.
    O facto levou a muitas teorias sobre o que se passou realmente.
    “A ideia que se vendia na Internet era que o Stanley Ho tinha pegado numa pistola e morto grande parte dos piratas”, identifica.
    O jornalista afirma que, naquela entrevista há 14 anos, Ho lhe contou a sua versão.
    A fazer fé nas palavras do empresário, eis o que se passou:
    “Disse que entregou o dinheiro que tinha para fazer as compras, e o mais que conseguiu foi fugir.
    Depois teve de explicar aos japoneses e às autoridades portuguesas porque voltava de mãos vazias e sem bens”.
    A vida agitada do homem que ainda há poucos anos era o 68.º mais rico do mundo – fortuna foi estimada em 3,1 biliões de dólares pela revista Forbes -, tem mais episódios.
    A sua entrada no jogo em Macau foi tudo menos pacífica.
    Envolveu perseguições e tentativas de rapto.
    Estávamos em 1961, e as anteriores concessões lideradas pelos locais Fu Tak Iam e Kou Hou Neng estavam em perda, os casinos estavam desatualizados.
    Era preciso sangue novo e novos investimentos.
    Do seu lado, estes dois empresários, tinham Y.C. Liang, outro patrão do comércio do jogo.
    O trio não via com bons olhos a vinda de um novo “player” porque isso significava a perda do negócio.
    Houve ameaças muito violentas contra a vida do Stanley Ho e dos colaboradores.
    O episódio mais rocambolesco dá-se quando um grupo de homens o persegue em plena avenida Almeida Ribeiro, no centro de Macau, até à sede do Banco Nacional Ultramarino, e procuram raptá-lo a poucos dias da abertura da nova concessionária.
    Ho lembra na entrevista à Macau Closer que enfrentou os quatro homens, recusou-se a segui-los, chamou a polícia e não cedeu à chantagem.
    “Ele via essa sua atitude sobre o que era justo como algo de inegociável, mesmo em situações críticas como a ameaça à sua vida”, recorda Pinto.
    “Era implacável neste tipo de situações, quando era ameaçado não se ficava”, explica, acrescentando que em 1962 ficava a impressão de que se houvesse uma ação violenta sobre as suas concessões as mesmas não ficariam sem resposta.
    Ricardo Pinto privou em inúmeras situações com o magnata, quando ainda era jornalista da Televisão de Macau (TDM), e em todas elas encontrou um homem “afável e de uma simpatia extrema”, “muito inteligente e muito educado”.
    “Muito respeitador com as pessoas que o rodeavam, e com os jornalistas a quem prestava uma atenção muito séria, muito profissional”.
    Diz que a Stanley assenta bem a marca de “visionário”.
    Há várias situações que o demonstram, umas mais longínquas do que outras.
    Em 1966-67, em plena revolução cultural liderada por Mao Tsé-Tung, e num período em que poucos acreditavam que Macau continuaria a ser governada por Portugal, Ho viaja para Lisboa para tentar aprovar o projeto do hipódromo.
    “Acreditava que os problemas seriam resolvidos, em breve, e que valia a pena continuar a investir no futuro”, explica o jornalista.
    Sobre o legado do homem que pôs o pequeno território do sul da China no mapa, Ricardo Pinto diz que apesar de este não ter inventado o jogo na cidade, que existe desde o século XIX, conseguiu olhar para Macau nos anos 60 do século passado, e ver uma oportunidade.
    “Criou, primeiro, a capital do jogo asiática e depois a capital do jogo mundial”, relembra.
    O mesmo acrescenta que Stanley percebeu ainda que Macau se podia desenvolver muito mais “se as receitas do jogo pudessem crescer de uma maneira exponencial”.
    “Percebe como fazer isso, ligando Macau a Hong Kong e depois fazendo a defesa da abertura à China.
    Não quis que a abertura internacional acontecesse, depois tentou que fosse apenas mais uma concessão, mas a verdade é que acabaram por ser três, e hoje são seis pelo advento das subconcessões”, relata.
    Um homem excecional que não se fechou ao mundo
    Amigo pessoal de Stanley Ho, o presidente da Associação de Advogados de Macau (AAM), Jorge Neto Valente, não hesita em dizer que se tratava de “um homem excecional”.
    Acrescenta às qualidades de Ho o facto de ser “um homem muito inteligente, um homem multifacetado, um homem muito culto, um homem generoso, um homem simpático, um homem que criava empatia com as pessoas com que interagia”.
    Neto Valente diz que foi acima de tudo um empreendedor.
    O que se fez e desfez em Macau, durante décadas, teve a sua impressão digital.
    “Não houve nenhum projeto em que não estivesse envolvido.
    Não era um homem que criasse riqueza apenas para si próprio.
    Ele queria transformar a sociedade e tinha visão.
    Tinha-o porque era culto e falava várias línguas.
    Não tinha uma visão estreita da realidade, ou só da sua cultura chinesa”, explica.
    “Tinha os valores ocidentais e era um homem que conhecia Portugal, onde investiu”, soma.
    O advogado, há várias décadas no território que até 1999 foi administrado por Portugal, não tem dúvidas em catalogar o dono do casino Grande Lisboa como “um patriota em relação à China”, com quem “sempre teve boas relações”.
    “Foi muitas vezes ponte entre os interesses portugueses e chineses designadamente na política”, explica.
    Era um homem ouvido por todos os governadores portugueses, que o auscultavam para saber a sua opinião.
    A ideia vigente era de que nada acontecia, na cidade do sul da China em que agora vivem quase 700 mil habitantes, sem a sua aprovação.
    Mas Stanley não sofria de soberba e não fazia gala desse poder que tanto era visível como invisível.
    “Era alguém a quem as pessoas recorriam e ouviam a opinião, mas ele não se gabava disso, nem das conversas nem dos conselhos que dava aos governadores”, explica o presidente da AAM.
    Além de uma vida de sucesso empresarial, e apesar de nunca ter querido assumir lugares políticos em Macau, participou na elaboração da Lei Básica do território (a sua mini-Constituição), e era delegado à Conferência Consultiva Política do Povo Chinês em Pequim.
    “Tinha a capacidade de apreender a realidade com muita rapidez.
    Tinha muita intuição”, conta Valente.
    “Ele inspirava respeito e era respeitado.
    Era uma pessoa que tinha amigos, e eu sou um deles, que hoje está muito triste com o seu desaparecimento”, lamenta.
    Em relação ao futuro da SJM, e sobre as disputas no seio do universo de descendentes que tem marcado os últimos anos, Jorge Neto Valente crê que o património há “muito tempo que foi distribuído pelos herdeiros, mas claro que há uma parte importante a ser discutida e dividida”.
    Ainda assim, não crê que a morte seja um momento marcante, porque, depois do acidente em que teve um traumatismo craniano há 10 anos, que Stanley “não tem influência, a presença dele era mais simbólica”.
    Falta massa? Chama o Stanley
    Albano Martins está há quatro décadas em Macau.
    O economista foi presidente da Autoridade Monetária de Macau, mas foi quando esteve como diretor da Companhia de Desenvolvimento Nam Van que mais contatou com o dono do jogo de Macau.
    Na altura, década de 1990, estava em causa a criação dos grandes aterros que fizeram ganhar espaço à água, e “que hoje marcam e definem a cidade”, onde foi construída a icónica Torre de Macau.
    Martins lembra “um grande empreendedor, um individuo que galgou, subiu na vida à custa de grandes empreendimentos onde ele liderava e levava-os em frente”.
    Sobre o enorme poder que o empresário detinha, Albano Martins define-o assim:
    “Sabia-se que quando havia falta de dinheiro, por exemplo para acabar o terminal marítimo do Porto Interior, o Stanley entrava com a massa”.
    “A imagem que tenho é do homem que fez crescer Macau, amigo dos portugueses, afável e de bom trato”, lembra.
    A simpatia chegava ao ponto de, às vezes, em reuniões e assembleias gerais em que estavam chineses e portugueses “até se dar ao cuidado de traduzir do chinês para o inglês para nós percebermos”.
    “Morreu um amigo de Portugal”
    Por esta e outras atitudes de Stanley Ho, e por todo histórico nas relações com os portugueses, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse à Renascença que “morreu um amigo de Portugal”.
    “Hoje, que morreu, curvamo-nos perante a sua memória e lembramo-lo com saudade”.
    Santos Silva destaca o papel que Ho desempenhou ao longo de muitas décadas, tendo “contribuído quer para a economia de Macau como para a economia de Portugal, visto que também fez vários investimentos importantes” no nosso país como os casinos de Lisboa, do Estoril e da Póvoa do Varzim.
    Também o general Garcia Leandro, que foi governador de Macau de 1974 a 1979, recorda os tempos em que negociou com Stanley Ho a difícil revisão do contrato de jogo, assinado em 1976.
    “Tínhamos posições muitos diferentes, à partida.
    Ele queria pagar o mínimo, eu queria que pagasse muito mais.
    Chegámos a um resultado muito bom e que foi muito importante para a recuperação de Macau, que estava naquela época com alguma falta de confiança no futuro”, recorda Garcia Leandro.
    Na altura, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), detida por Stanley Ho, passou a pagar a renda anual de 30 milhões em dólares de Hong Kong (3,5 milhões de euros ao câmbio atual), sendo que as obrigações anuais passariam a mais de 80 milhões em dólares de Hong Kong (9,5 milhões de euros ao câmbio atual) contra os 9 milhões do contrato que terminava (um milhão de euros ao câmbio atual).
    Apesar desse período difícil, manteve-se a amizade ao longo dos anos.
    “Nós tivemos uma relação bastante agradável.
    E depois de ter acabado esse período complicado, ficámos amigos e com uma relação muito boa.
    Sempre que ia a Macau estava com ele, ou em Macau ou na sua casa, em Hong Kong”.
    Para o antigo governador daquele território, “a marca de Stanley Ho em Macau é uma marca que nunca irá ser apagada”.
    João Carlos Malta com João Cunha.
    Rádio Renascença, 26 de Maio de 2020.
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  • Mesa-redonda celebra 100 anos de Henrique de Senna Fernandes – PONTO FINAL

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    Criada no âmbito da Escola de Verão, que está a decorrer na Universidade Politécnica de Macau, o painel abordou a vida e obra do escritor macaense nascido em 1923, debatendo os conflitos interétnicos da sua obra, bem como o estado da arte e as suas evocações. Houve lugar à análise do conto “Os bons fantasmas”, […]

    Source: Mesa-redonda celebra 100 anos de Henrique de Senna Fernandes – PONTO FINAL

     

    Quase duas semanas a comemorar o estudo em Português na UPM – Escola de Verão do Doutoramento em Português, centenário do nascimento de Henrique de Senna Fernandes e muito mais…
  • o melhor restaurante macaense do mundo

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    Macau Kitchen recebe uma roseta do guia AA por excelência culinária. 🏴󠁧󠁢󠁳󠁣󠁴󠁿🇲🇴
    A distinção é similar às estrelas Michelin, mas apenas são dadas a restaurantes situados no Reino Unido.
    Os inspectores do AA consideram o Macau Kitchen “uma experiência gastronómica única no coração de Edimburgo”.
    Ao PONTO FINAL, o chef Kei de Freitas, proprietário do espaço, considera que as expectativas sobre a experiência gastronómica no restaurante “vão aumentar” e, por conta disso, “vamos ter que estar preparados para tal”.
    O mais premiado restaurante de comida macaense no mundo voltou a fazer das suas.
    Desta vez, o Macau Kitchen acaba de ser agraciado com uma roseta pelo guia AA, o equivalente ao guia Michelin, mas apenas no Reino Unido.
    “Acabámos de entrar no maior guia de restaurantes do Reino Unidos.
    O Macau Kitchen recebeu uma roseta no AA, o que faz com que passemos a ser o primeiro restaurante de cozinha de fusão a ganhar este distinto prémio”, começou por dizer ao PONTO FINAL o chef Kei de Freitas, que juntamente com a mulher Hoeyyn Ngu são os proprietários do espaço.
    Os inspectores do guia AA são peremptórios: “o Macau Kitchen é uma experiência gastronómica única no coração de Edimburgo”.
    “Este restaurante centra-se na herança gastronómica de 500 anos da cozinha macaense e malaca da Eurásia, seguindo a rota das especiarias portuguesas na Ásia.
    O menu inclui os favoritos da cozinha macaense e malaca, e eles também têm um menu que muda diariamente com um menu criativo do chef baseado nos princípios do estilo de cozinha e a sua jornada pessoal em Macau e Malaca”, acrescentam.
    O estilo de cozinha de fusão luso-asiática é igualmente destacado pelos inspectores do guia AA.
    “Luso-asiática refere-se à sua herança culinária que se origina dos assentamentos portugueses e casamentos em Goa, Malaca e Macau.
    Todas essas regiões são abençoadas com um clima tropical e uma incrível diversidade de temperos, técnicas culinárias e produtos.
    Essa diversidade forma a base dos sabores com os quais o chef cresceu.
    A presença portuguesa em Goa criou a cozinha luso-asiática goesa, que por sua vez influenciou a cozinha luso-asiática encontrada em Malaca.
    Esta evolução multifacetada também moldou a cozinha de fusão luso-asiática de Macau, sendo a influência comum a todos influenciada pelo comércio de especiarias portuguesas na Ásia e o casamento com mulheres locais em Goa, Malaca e Macau”, concluiu o guia na sua apreciação ao Macau Kitchen.
    Para Kei de Freitas o mais recente galardão traz ainda mais responsabilidades a um conceito que tem vindo a ser um sucesso desde a primeira hora.
    “É um orgulho ser o primeiro restaurante a ganhar um rosette AA com cozinha de fusão e com a tradição macaense e a ligação a Portugal.
    Só existem 1403 restaurantes com rosettes no guia AA em todo o Reino Unido e ser o primeiro português a confeccionar cozinha macaense e a entrar no guia com uma rosette é fantástico paramim e para toda a equipa que trabalha, diariamente, muito seriamente”.
    Daqui para a frente, os planos são muito claros.
    “Écontinuar a trabalhar e a melhorar o que jáfazemos.
    Certamente, as espectativas sobre a experiência gastronómica no Macau Kitchen vão aumentar e nós vamos ter que estar preparados para tal”, referiu ainda o cozinheiro moçambicano criado na cidade do Porto.
    O restaurante Macau Kitchen abriu portas em 2019 e foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19.
    Recorde-se que, desde a sua abertura, o Macau Kitchen já foi laureado por diversas vezes de onde se destacam o prémio de Melhor Restaurante de “World Food”, em 2022, pelo jornal Edinburgh Evening News, um dos mais prestigiados na Escócia.
    Também no ano passado, foi nomeado finalista na edição deste ano do The Scottish Asian Food Awards na categoria de Asian Fusion Restaurant of the Year, que venceu.
    O prémio roseta do guia AA, concedido pela primeira vez em 1956, foi a primeira plataforma britânica de avaliação da qualidade da alimentação servida por restaurantes e hotéis.
    A equipa de inspectores tem uma experiência na avaliação da qualidade em todo o Reino Unido, portanto, conforme se pode ler no site na Internet dos prémios, “receber o prémio é uma grande conquista que não deve ser subestimada”.
    “A roseta é um prémio e não uma classificação, sendo que as rosetas são concedidas anualmente em escala crescente com base numa visita de um ou mais dos nossos inspectores”.
    Macau foi designada como Cidade Criativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na área da gastronomia, em 2017, reconhecendo-se que a cozinha macaense contribui para o desenvolvimento sustentável do território, sendo considerada uma das mais antigas de fusão.
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    Manuela Silva

    Parabéns 👏👏👏
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  • Exposição de fotografias “Macau, Património Cultural”

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    The event titled Exposição de fotografias “Macau, Património Cultural” starts on Ter., 7. março 2017!

    Source: Exposição de fotografias “Macau, Património Cultural”

  • Música | Eva & Sin, o duo que une a música chinesa à Bossa Nova – Hoje Macau

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    Chamam-se “Eva&Sin” e juntos fazem aquilo que, à partida, parece difícil ou impossível: composições que juntem a música chinesa às sonoridades da Bossa Nova, mesclando com o jazz. …

    Source: Música | Eva & Sin, o duo que une a música chinesa à Bossa Nova – Hoje Macau

  • 30 anos de dóci papiaçám di macau

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    “Se hoje em dia as pessoas se interessam mais pelo patuá, é muito graças aos Dóci Papiaçám”
    Os Dóci Papiaçám di Macau celebram 30 anos de existência.
    O número redondo faz com que este ano, pela primeira vez, apresentem três espectáculos no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), no âmbito do Festival de Artes de Macau.
    “Chachau-Lalau di Carnaval (Oh, Que Arraial!)” sobe ao palco nos dias 26, 27 e 28 de Maio.
    Em entrevista ao PONTO FINAL, Miguel de Senna Fernandes recordou os primeiros anos dos Dóci, falou sobre o seu crescimento e destacou a importância do grupo para a preservação do patuá.
    “Toda a gente sabe: isto é um espectáculo único”.
    A frase é de Miguel S Fernandes, fundador e encenador dos Dóci Papiaçám di Macau, grupo de teatro que há 30 anos tenta preservar a identidade sociocultural de Macau e põe o patuá em acção em cima do palco.
    Em entrevista ao PONTO FINAL, Miguel de Senna Fernandes recordou a “coragem, atrevimento e ousadia” dos primeiros espectáculos em patuá.
    Olhando para trás, o encenador considera que o que foi feito pelo grupo nas últimas três décadas foi “uma façanha” e não tem dúvidas:
    “Se hoje em dia as pessoas se interessam mais pelo patuá, é muito graças aos Dóci Papiaçám”.
    O 30.º aniversário dos Dóci Papiaçám di Macau é celebrado com a apresentação de três espectáculos no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), no âmbito do Festival de Artes de Macau.
    O espectáculo, que este ano tem como título “Chachau-Lalau di Carnaval (Oh, Que Arraial!)”, sobe ao palco nos dias 26, 27 e 28 de Maio.
    – Os Dóci Papiaçám di Macau fazem 30 anos. Foi difícil manter o interesse do público ao longo destas três décadas?
    Foi sempre difícil, sempre com o coração nas mãos.
    Há sempre o risco de não haver público.
    As pessoas que vão para o palco precisam do público e sem esta dinâmica não há sucesso.
    Não se engendra nenhuma arte performativa sem a intervenção e cumplicidade do público.
    Ao longo deste tempo, tivemos a sorte de proporcionar boas gargalhadas, mas nada é garantido.
    – O interesse da sociedade e da comunidade manteve-se sempre?
    Eu acho que sim.
    Só depois dos espectáculos é que podemos tirar conclusões sobre se houve interesse ou não.
    Desta vez não sabemos se as pessoas estão interessadas ou não naquilo que nós vamos apresentar.
    Esperemos bem que sim.
    Durante estes 30 anos, tomámos alguma prudência em não ter favas contadas.
    Eu, por natureza, desconfio sempre e nunca dou por certo aquilo que pode acontecer.
    Já houve espectáculos que não foram um sucesso como nós estávamos à espera.
    – Nota alguma diferença no interesse por parte de alguma comunidade em específico? Macaense, portuguesa, chinesa?
    A comunidade macaense tem a sua sensibilidade, eles sabem o humor que está lá.
    Depois temos a comunidade portuguesa, estes têm uma outra percepção das coisas e gostam de ir aos nossos espectáculos, são fãs.
    Não sei se isso se vai reflectir ou não, mas houve muitas pessoas que saíram de Macau e eram fãs incondicionais dos Dóci Papiaçam.
    Depois, naturalmente, há um interesse crescente da comunidade chinesa.
    Eles ficam absolutamente maravilhados com a possibilidade de conseguirmos ter uma interacção de línguas e de culturas no mesmo palco.
    É justamente isso que temos feito ao longo destas décadas.
    O teatro patuá, além da língua, é uma plataforma de culturas de Macau – este é o reflexo que se quer para Macau.
    Há sempre um pendor da cultura macaense, mas mesmo assim a comunidade chinesa está cada vez mais interessada.
    No fundo, abraçaram esta ideia de que o teatro em patuá é cultura da RAEM.
    Se eu assumo que a ópera chinesa ou o Dragão Embriagado fazem parte da minha cultura, porque é que eles não fariam o mesmo [com o patuá]?
    Eu acho que esta ideia está a vingar.
    Há também gente de Hong Kong que vem de propósito.
    Mesmo em Hong Kong já se sabe que existe esta coisa do patuá, eles estão de sobreaviso e não me espanta que haja pessoas a querer vir ver.
    Toda a gente sabe: isto é um espectáculo único.
    – O que é que recorda da primeira actuação dos Dóci Papiaçám há 30 anos?
    Carolice, pura e simplesmente.
    Foi coragem, atrevimento e ousadia.
    O Adé dos Santos Ferreira tinha falecido, e a ideia era continuar [com o teatro em patuá].
    Não era fácil, mas mesmo assim quiseram ir por carolice.
    Eu, na altura, era o mais novo de todos.
    Coube-me a mim, por circunstâncias várias, escrever o primeiro guião.
    Eu não percebia nada de teatro – não sei se já percebo.
    Só sabia que no palco tinham de acontecer determinadas coisas numa certa sequência.
    Sabia lá eu a teoria sobre escrever uma peça de teatro, não sabia nada.
    O que interessava era pôr o espectáculo a funcionar.
    Durante muitos anos foi assim – e continua a ser assim agora.
    Durante muito tempo ansiava ter uma pessoa que me desse formação, alguém que me dissesse como é que as coisas devem ser feitas, mas esta figura nunca apareceu.
    Por isso, tinha de fazer primeiro e depois ver a porcaria que tinha feito [risos].
    – Foi por tentativa e erro?
    No fundo foi isso.
    E ao longo destes anos tem sido assim.
    Foi assim que comecei a produzir as minhas músicas.
    Sabia lá eu o que era o som, o que era a mistura, o que era a masterização.
    Tive de aprender, fiz muita porcaria no meu computador, gastei dinheiro e tudo mais.
    Agora, parece-me que tenho o som mais ou menos aceitável.
    Para o grupo todo foi sempre assim.
    Nós não temos nenhuma formação técnica.
    Houve uma altura em que achámos que precisávamos de formação, mas tinham passado tantos anos…
    Para quê?
    Não vale a pena.
    A carolice tem de continuar e continuamos a ser os mesmos carolas – mas mais avisados agora.
    – Há 30 anos achavam que iam ter a longevidade que têm tido?
    Nunca.
    Nunca pensámos nisso e ainda bem.
    No início, nos primeiros dez anos, pensámos sempre: “Queira Deus que no próximo ano tenhamos esta oportunidade”.
    A partir dos 15 anos sentimos que já estavam a contar connosco.
    Fomos sempre por convite do Instituto Cultural, que foi o grande impulsionador do grupo.
    Todos os presidentes tiveram sempre muito carinho pelo grupo.
    – O IC deu sempre o apoio necessário para que o grupo apresentasse os seus espectáculos?
    Deu sempre o apoio necessário.
    O Governo de Macau, através do Instituto Cultural, teve sempre muito carinho.
    Não tenho razões de queixa.
    É o grande impulsionador do teatro.
    O público foi sempre acompanhando e aumentando.
    As coisas começaram a mudar, porque a forma do espectáculo passou a ser outra há 16 ou 17 anos.
    Começámos a ter vídeos, por exemplo.
    Os vídeos foram uma dimensão absolutamente brutal dos nossos espectáculos.
    Pode não ter nada a ver com a peça, mas não é só a peça que está em causa, é o espectáculo todo.
    Neste aspecto, o Sergio [Perez] teve um papel importantíssimo.
    Há pessoas que vão lá e não querem saber o que se passa no palco, estão é à espera dos vídeos.
    – Regressando ao tema do teatro em patuá, sente que os Dóci Papiaçám são o último reduto na preservação do patuá? Carregam essa responsabilidade?
    Há alguma responsabilidade.
    O facto de sermos formalmente garantes do teatro em patuá em Macau – nós fomos nomeados entidade de salvaguarda – acarreta uma responsabilidade.
    Por outro lado, a responsabilidade é de todos.
    Era o que mais faltava que o patuá fosse só para nós.
    Se os outros macaenses não quiserem saber sobre o patuá, não há problema nenhum, ninguém chora por isso.
    Mas se havia alguma coisa que nós tínhamos de fazer, nós fizemo-lo.
    O grupo, ao longo do tempo, evoluiu como acérrimo defensor de uma língua.
    Nós estamos a cumprir dentro daquilo que podemos fazer.
    Claro que daqui não saem manuais nenhuns, não há tratados sobre o patuá a sair deste grupo, não saem coisas académicas que servem para estar nas estantes, mas saem outras coisas.
    Há uma coisa que não se pode ignorar: Nós colocamos a língua em interacção, enquanto os livros têm uma língua estática.
    Nós colocamos a língua, pelo menos naqueles momentos em palco, a funcionar.
    Demonstramos que essa língua funciona e é comunicável.
    Só isto é de valor inestimável.
    – Como é que olha para o futuro? Como é que se pode preservar uma língua que não é falada no dia-a-dia?
    Tudo depende do interesse das pessoas.
    O esperanto existe ou não existe?
    Existe.
    Alguém fala esperanto?
    Não vejo ninguém.
    Quem diz esperanto, diz latim.
    Há filmes com diálogos em latim.
    Mas no dia-a-dia alguém fala latim?
    Ninguém fala latim.
    O patuá tem uma função diferente.
    Quando se fala em patuá as pessoas dizem logo que é uma língua morta.
    Há décadas que abandonámos a ideia de querer que toda a gente fale patuá.
    Por amor de Deus, não é isto que está em causa.
    Mas o patuá identifica a comunidade, dá-lhe um passado.
    Isto acontece sob a forma de arte performativa, é uma língua de uma arte performativa.
    O que nós fizemos durante os últimos 30 anos foi uma façanha.
    Tendo uma vida mais simples possível, vivemos 30 anos.
    Além do patuá, tentam também preservar a identidade sociocultural de Macau.
    – Isso tem sido tarefa difícil, dado que nas últimas décadas – e especialmente nos últimos anos – se têm verificado muitas mudanças em Macau?
    Não foi fácil e não está a ser fácil.
    Macau mudou muito.
    Muitas referências são outras.
    Referências que nós tínhamos dado como certas já não existem.
    Só isso modifica o horizonte das pessoas.
    A nova geração não tem o passado que nós vivemos e isso dificulta porque muitos deles começaram, em pequenos, a estudar outras línguas.
    Isso pode ter trazido alguma disparidade de entendimento da cultura macaense.
    Na comunidade macaense, há opiniões várias sobre a identidade.
    Há quem estude a identidade e há quem ache que isso é uma pura perda de tempo.
    Nem todos olham para a cultura macaense da mesma forma.
    Hoje em dia há uma disparidade logo à partida.
    Há muitos que querem estudar a identidade macaense sob pontos de partida diferentes.
    Isto não é drama nenhum.
    Isto não é o fim de nada, é uma etapa que temos de ultrapassar.
    O Dóci Papiaçám é aquele grupo de carolas que todos os anos manda umas bocas no palco e faz rir, mas é muito mais do que isto.
    Se hoje em dia as pessoas se interessam mais pelo patuá, é muito graças aos Dóci Papiaçám.
    – Este é um espectáculo que tem satirizado a sociedade local, determinadas figuras e acontecimentos. Isso sempre foi bem aceite? Alguma vez sentiu que não podia abordar determinado assunto?
    Até este momento, nunca houve ninguém que pusesse entraves.
    Só houve uma ocasião, em 2006, e foi por causa de uma notícia de um jornal.
    Fizemos uma paródia sobre o Bin Laden e o bando dele estava sediado nos túneis da Guia.
    Deu celeuma porque vínhamos na sequência de uma polémica na Dinamarca, em que um cartunista caricaturou Alá.
    Depois de gravarmos, aquilo saltou para um dos jornais aqui de Macau sem nós sabermos.
    Acto contínuo, o gabinete do Instituto Cultural disse-nos que aquela não era a melhor altura:
    “Não levem a mal, isto não é censura, não é absolutamente nada, mas não é a melhor altura”.
    Em muito pouco tempo fizemos uma outra coisa completamente diferente e lá nos safámos.
    Mas não, nunca houve nenhum entrave.
    – Recentemente, o secretário para a Segurança, no âmbito da segurança nacional, falou em “segurança cultural” dizendo que é preciso implementar esse conceito em Macau. Isto não poderá levar a uma auto-censura da vossa parte e de outros grupos?
    As pessoas conhecem o nosso estilo.
    Nós sabemos como brincar, julgo eu.
    Há certas situações-limite e nós não vamos além disso.
    Não é por ter medo.
    Em Macau, as pessoas são muito sérias, não sabem brincar e não têm sentido de humor.
    A partir do momento em que se diz que haverá uma censura cultural e se fala em segurança cultural, acabou.
    Acabam os Dóci Papiaçám.
    Deixa de haver comédia.
    – Mas o secretário falou desse conceito…
    Pois falou.
    A partir da altura em que não se puder brincar, a comédia é para quê?
    – Receia, então…
    Eu não tenho receio nenhum.
    Durante 30 anos deu para ver o que nós andámos a fazer.
    Só beneficiámos Macau.
    Se esta mesma actividade levar com restrições por causa de um conceito de segurança cultural, cujos limites nós desconhecemos, isso pode ditar o fim da comédia em Macau.
    Será responsabilidade do próprio Governo ditar o que é que é cómico.
    Isto é uma comédia.
    Eu estou em crer que o secretário não quer ir até aí.
    Eu estou em crer que não é isso que se pretende.
    Seria uma situação ridícula.
    Nós fazemos a nossa parte e respeitamos sempre a sensibilidade das pessoas.
    – Disse recentemente ao Jornal Tribuna de Macau que têm a intenção de exportar o formato do espectáculo para o interior da China e para Portugal. Já há algum contacto nesse sentido?
    Houve sempre aquela pergunta: “Quando é que vocês vão ao Continente?”.
    Não há nenhum convite formal, não existe corpo nenhum que justifique uma deslocação ao interior da China.
    Para Portugal é diferente.
    Não é que haja contactos, mas há público para isso.
    Há muitos macaenses que estão lá, muita gente que viveu em Macau muitos anos e conhecem os Dóci Papiaçám.
    Também há um crescente interesse de curiosos.
    Ir para o Continente é uma questão de tempo.
    Se não for no próximo ano, será daqui a uns anos.
    – Nesse caso, o formato teria de se alterar um pouco, não?
    É.
    Vai ter de ser diferente.
    Uma das coisas básicas é entender o que se está a passar no palco.
    A noção de língua veicular é uma coisa que não podemos desprezar.
    Se tivermos de ir para o Continente, temos de encontrar algo que faça com que a história possa mover-se na mente das pessoas.
    As pessoas precisam de ter noção do discorrer da história e isto tem muito a ver com a língua.
    Estamos a falar de comédia e as pessoas precisam de entender as ‘punch lines’.
    Teríamos de pensar numa estratégia.
    – Este ano, a peça é apresentada em três dias. Porque é que isto acontece?
    Isto foi uma gentileza do Instituto Cultural.
    Como fazemos 30 anos, puseram-nos como espectáculo de encerramento – uma grande responsabilidade.
    Por outro lado, é uma grande honra.
    – Também é um sinal de que o interesse no espectáculo é cada vez maior, não é? Acha que vão encher três vezes o Grande Auditório do CCM?
    Vamos ver.
    Os Dóci Papiaçám foram sempre assim: quando achamos que vai acontecer alguma coisa, isso não acontece.
    E aquilo que não esperávamos que acontecesse, acontece.
    Foi sempre assim.
    Vivemos sempre na contrariedade.
    Eu não espero coisa nenhuma.
    Se encher, fico feliz.
    Se não encher, paciência.
    Tenho dito sempre aos nossos actores: Primeiro, temos de gostar da nossa actuação e de nos divertir.
    – Já estão a pensar na peça do próximo ano?
    Eu não [risos].
    Este é um fechar de um capítulo.
    No próximo ano haverá outro espectáculo, com certeza.
    Não vai mudar muito.
    Nós temos evoluído muito.
    Eu evoluí bastante no âmbito musical, pode haver mais música.
    A música é universal e pode levar a sítios que nós não esperamos.
    Continuo a ser um analfabeto no que toca a fazer música [risos], mas ‘the show must go on’.
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    Pedro Penetra Neves

    Muitos PARABÉNS 👏👏👏
    Muito SUCESSO, Muitas FELICIDADES, que continuem por muitos mais anos, e não deixem morrer a diáspora Macaense 🙏🙌🍀✨⚡💥
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  • JAI ALAI, PELOTA BASCA EM MACAU

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    Basque pelota existed in Macau from 1974 until July 1990, played at Casino Jai Lai as part of betting service provided to clients by the casino. 🇲🇴
    Euskal pilota: The Basque Country’s centuries-old ball games.
    These beloved wall sports are considered to be the descendants of a 17th-Century game and the direct ancestors of tennis, squash and racket ball.
    I am dazzled by the rural beauty of France’s Basque Country, where the untamed coast and rolling green hills are dappled with red tile-roofed villages and surrounded by clouds of white sheep.
    Walking through these towns, I’m always on the lookout for a singular wall, measuring approximately 16m wide and 10m tall.
    It’s often pink, sometimes pale yellow, and the date it was erected is usually emblazoned on the façade.
    It’s possible, but not required, that the top of the wall rises into an arch and is lined with a mesh fence.
    Once I’ve found the wall, chances are high that I’m near the town hall, with signs identifying it in two languages: “herriko etxe” in Basque and “mairie” in French.
    And next to the town hall, I’m sure to find a stone church with a reverently tended cemetery.
    This trio of buildings is so sacred to locals that it’s known as the trinité: the town hall, the church and that wall, which the Basque call the plaza, or fronton in French.
    Communities gather here to watch and play a dozen different ball games known together as Euskal pilota – Euskal meaning Basque, and pilota meaning the specific type of ball, a nut of latex wrapped in yarn, then covered in leather.
    Developed in these mountains hundreds of years ago, the games (commonly known as Basque pelota around the world) vary from hand pilota, in which the ball is thrown and caught with bare hands, to pala, a collection of games played with a wooden paddle or a cord-strung racket.
    In an age of football idols and video games, it’s a testament to the strength of Basque culture that plazas are still busy with players vying for time on any given Sunday afternoon, while enthusiastic friends, families and fans watch from the sidelines.
    These wall sports are generally considered to be the descendants of jeu de paume, a 17th-Century game that originated in France, and the direct ancestors of tennis, squash and racket ball.
    Today they are played all over the world, thanks in large part to Basque entrepreneurs who exported one of the games, cesta punta, to Florida in the 1920s.
    They rebranded it as “jai alaï”, which means “joyful celebration”, and it sparked a betting trend with an international following.
    Cesta punta, along with its sister sport grand chistera, are among the fastest ball games on record.
    They are played with a chistera, a leather glove attached to a long, thin basket that curves like a hook.
    Players catch the pilota with the basket, swing it back in a dramatic arch and then send the ball hurtling against the plaza at fantastic speeds.
    In fact, cesta punta holds a Guinness World Record for a ball that clocked in at 302km/h.
    The best chisteras are still made by hand in traditional workshops, such as the family-run Atelier Gonzalez in the seaside town of Anglet.
    When I visited, sunbeams pierced a small room that was littered with wood shavings and cluttered with chisteras in every state of repair.
    Peio Gonzalez, the fourth of five generations of chistera makers here, was deftly building a frame out of chestnut, while his father, Jean-Louis, stood nearby weaving willow branches into a glove’s basket.
    The family’s fifth-generation artisan, Bixente Gonzalez, was at a plaza, practicing cesta punta for the pro circuit.
    “The frontons are a lieu de vie [community centre].
    You go on a Sunday to Saint-Jean-Pied-de-Port or Hasparren and the entire village is there,” Gonzalez explained, naming two nearby villages that lie in the heart of the Pyrenees, not far from the Spanish border.
    “We drink. We laugh.”
    At my next stop in the coastal village of Bidart, Patxi Tambourindeguy agreed: “These traditions keep the culture alive.”
    He and his brother Jon are world jai alaï champions who have competed in Cuba, Acapulco and Miami.
    When not on the circuit, they are at Ona Pilota, a light-filled atelier they opened six years ago to answer the growing need for custom-designed chisteras and hand-crafted pilotas.
    The Basque are as proud of their locally sourced cuisine as they are of their unique sports, so it is no surprise that plazas are often near a restaurant or bar.
    In February, strolling through Bayonne, the popular resort port city on the Basque coast, I followed the sound of a pilota game echoing through the Petit Bayonne quartier and stumbled into a brasserie serving fans and players beside one of the oldest indoor plazas in France, the 300-year-old Trinquet Saint André.
    Similarly, in the small village of Arcangues, 15km inland, Jean-Claude Astigarraga’s Restaurant du Trinquet was built with a viewing window, allowing diners to watch a match while savouring traditional specialties, like pigeon or acorn-fed pork, grilled over an open flame.
    From behind the bar, the owner threw out his arms exuberantly, “You see this? How lucky am I to live with this every day?”
    Visitors who want to learn more about the various games can start at the Pelota and Xistera Pilotari Ecomuseum in St-Pée-sur-Nivelle, or get tickets to professional matches held throughout the summer in Bidart.
    But the best way to truly understand to power of the pilota is to head to the nearest plaza on your own, or to sign up for lessons like those offered cesta punta champions Patxi and Jon as they teach the fun of this Basque tradition.
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    José Miguel Encarnação

    Ainda se joga no Jardim da Flora
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    Luis Almeida Pinto

    Ah! Não sabia, José Miguel!
    Tens que me falar nisso, porque eu quero ir ver! 😊
    Eu cheguei a assistir várias vezes à pelota basca ao vivo no Jai Lai, na primeira vez que estive em Macau a fazer o último ano do Liceu.…

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  • SEM LIBERDADE NO 1º DE MAIO EM MACAU

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    1º de Maio | Investigação a alegadas pressões a organizador de marcha.
    O organizador do único pedido para manifestação no Dia do Trabalhador disse que desistiu da marcha depois de ter sido pressionado, através de chamadas e mensagens de WeChat e com a presença de polícia na sede da associação a que preside.
    Wong Sio Chak diz que as acusações são graves e que a Polícia Judiciária irá investigar o caso.
    “O secretário para a Segurança presta a maior atenção ao assunto, e visto que a alegação do dito cidadão constituiu uma acusação grave para com a polícia, instruiu de imediato a Polícia Judiciária para proceder a uma investigação aprofundada, e tornará público o resultado, caso haja um novo desenvolvimento.”
    A mensagem divulgada no sábado pelo gabinete do secretário para a Segurança surge na sequência das declarações prestadas por Wong Wai Man, presidente da Associação dos Armadores de Ferro e Aço e ex-candidato a deputado, que afirmou ter retirado o pedido de manifestação para o Dia do Trabalhador depois de ter sido pressionado pelas autoridades.
    Recorde-se que Wong Wai Man foi o único dirigente associativo que apresentou um pedido de manifestação para o passado 1.º de Maio, marcando assim o quarto ano consecutivo em que o Dia do Trabalhador não é assinalado nas ruas de Macau, como vinha sendo tradicionalmente marcado na agenda política do território antes da pandemia.
    Em declarações ao HM, Wong Wai Man já havia reconhecido que teria retirado o pedido por temer que a manifestação fosse aproveitada para outros propósitos.
    “Depois de considerar os interesses gerais de Macau e o impacto para a sua imagem, optei pela estabilidade [para o território].
    Se fizesse uma manifestação estava a entrar em conflito com o interesse público, e o interesse público deve prevalecer sobre os interesses privados”, contou.
    As declarações de Wong Wai Man, citadas pelo jornal All About Macau, foram prestadas à margem da entrega de uma carta na Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego devido aos congestionamentos de trânsito na zona da Pérola Oriental.
    Companhia constante
    Wong Wai Man afirmou que cerca de duas horas depois de ter apresentando o pedido de manifestação para o Dia do Trabalhador, com a intenção de chamar a atenção para o problema do desemprego, recebeu uma chamada telefónica anónima a avisar que membros dos Falun Gong estariam na sede da associação a que preside.
    O alerta fez com que Wong Wai Man se deslocasse com urgência à sede da Associação dos Armadores de Ferro e Aço, na Areia Preta.
    Quando lá chegou, terá encontrado quatro pessoas a jogar mahjong e agentes da polícia a pedir identificações.
    Passados alguns dias, o dirigente alega que, “pelo menos, sete ou oito polícias à paisana” passaram a rondar o edifício.
    Além disso, Wong Wai Man afirma ter sido seguido e recebido mensagens de um agente policial via WeChat a questionar as suas intenções para o pedido de manifestação.
    Face a este cenário, o dirigente acabou por anular o pedido de marcha para o 1.º de Maio.
    O gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, voltou a repetir o cumprimento da lei e o respeito pelas liberdades e direitos consagrados na Lei Básica.
    “As autoridades da segurança reiteram que os direitos e interesses legais são protegidos pela lei, e a Polícia tem sempre respeitado os direitos de reunião e manifestação, procedendo aos avisos das actividades nos termos da lei, no sentido de assegurar a liberdade do exercício dos direitos fundamentais dos residentes, bem como defender efectivamente a ordem e segurança pública”, é assinalado.
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    Vicente Monteiro

    Palavra de honra que estou siderado com esta notícia. Enquanto vivi em Macau não houve ano nenhum em que não fosse organizada uma marcha no dia Primeiro de Maio, dia do trabalhador. O que se passa? Já não há trabalhadores em Macau?
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    Luis Almeida Pinto

    As manifestações estavam suspensas por causa do Covid, Vicente Monteiro, e este seria o primeiro ano em que seriam retomadas.
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