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  • Osvaldo José Vieira Cabral · A REBALDARIA!

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    A REBALDARIA!
    Pior do que a rebaldaria que se vive no Governo da República, só mesmo o caos no Congresso trumpista dos EUA.
    Já aqui tínhamos referido, faz hoje exactamente uma semana, que António Costa tinha terminado o seu ciclo político.
    É um primeiro-ministro desgastado, cansado, fora de prazo e sem poder de coordenação política do governo.
    O que estamos a assistir na governação deste país é uma opereta nunca vista, uma degradação das instituições e um cavar cada vez mais fundo no fosso que separa os cidadãos dos políticos e governantes. É, por outro lado, a prova de que há cada vez menos seriedade na política, com muita gente do circuito dos aparelhos partidários a aproveitar-se do poder para os seus interesses pessoais, da família e das habituais clientelas.
    É verdade que criar uma crise de governação no momento presente, com o recurso a eleições antecipadas, seria, provavelmente, mais trágico, devido à delicadeza da situação que vamos viver nos próximos tempos e do consequente drama que se vislumbra para muitas famílias e empresas.
    Será uma governação penosa, um arrastar de governantes desacreditados, mas criar um ciclo de paralisação do país, à espera de eleições, não é aconselhável, por agora.
    O Presidente da República deverá estar farto deste caos que se instalou no governo de António Costa, mas não lhe resta outra alternativa, pelo menos durante este ano, que é redobrar a vigilância da governação e puxar pelos ministros para aplicarem o PRR e o PO2030, que mais não seja para mitigar a crise económica que se vai agravar.
    No meio de tanta demissão, uma delas poderá ser benéfica para os Açores: a do ex-ministro do ferro velho, Pedro Nuno Santos.
    Era um ministro que não gostava dos Açores e que em duas legislaturas se mostrou incapaz de resolver qualquer dossiê relacionado com a nossa região.
    Só quatro exemplos: todos se recordam de António Costa ter prometido alterar o sistema do subsídio de mobilidade, aquele em que pagamos um balúrdio às companhias aéreas para irmos a Lisboa e depois recebermos o remanescente nas longas filas dos CTT.
    Dizia então o primeiro-ministro, vai fazer agora quatro anos, que o subsídio de mobilidade era um “absurdo” e “ruinoso” para os cofres do Estado, ao que foi secundado por Pedro Nuno Santos, reforçando que era um esquema que “incentivava à fraude”!
    Passou-se o tempo de uma legislatura e, quatro anos depois, está tudo igual!
    O ministro mostrou-se incompetente para alterar o sistema e até nomeou um grupo de trabalho de que nunca mais ouvimos falar.
    Depois veio a promessa de um avião cargueiro para os Açores.
    O ministro mandou abrir concurso, mas era tão medíocre e tão pouco atrativo, que ficou deserto por três vezes.
    Alguém sabe onde anda o avião cargueiro?
    Mais recentemente, era este ministro que pretendia dar apenas 3,5 milhões de euros para as OSP de Santa Maria, Pico e Faial. Teve que ser desautorizado em sede de discussão do Orçamento de Estado.
    E como se não bastasse, temos agora a sua herança dos cabos submarinos, envoltos numa outra trapalhada, com amarrações em S. Miguel e na Terceira, à mistura com uma polémica entre especialistas na matéria, receando-se que haja neste projecto razões políticas a sobreporem-se às técnicas.
    É muita trapalhada junta, mas é este registo que temos vindo a assistir nos governos de António Costa, os piores para as Autonomias, a par com o que houve de pior com Cavaco Silva.
    A diferença é que Cavaco, ao menos, tinha autoridade.
    Quanto a Costa, é o que se vê: um desastre, para gozo dos que vão assistindo a isto nos outros países.
    Pobre Portugal.
    Osvaldo Cabral
    Editorial 08-01-2023 Diário dos Açores
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    • Jaime Jorge

      Só não concordo com a afirmação inicial: acho que a rebaldaria em Portugal ainda assim, é pior do que a que se assiste no congresso americano. Porque esta não nos vai afectar muito. Acho eu!
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    • Aida Amaral

      Uma vez mais parabéns pela forma como espelhas a realidade de uma forma tão clara e assertiva …. Bom domingo 🔝🔝👌
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    • Antonio Silveira

      Muito bem observado .
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    • The Ref Oh No, referee covering his eyes sticker
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    • Luis Castro

      Como sempre o dedo vai diretamente a ferida
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    https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2023/01/osvaldo-cabral-rebaldaria.pdf
  • açores , monopólios e outros

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    Existe uma profunda degradação da ética empresarial no que diz respeito à relação com clientes e consumidores. Todos nós assistimos a isto de ano para ano, em todos os sectores, ao ponto que muitos já se esqueceram do quão diferente era.
    A nossa única defesa nestes casos é usar a nossa carteira como arma. Só que com empresas cada vez maiores, mais concentradas, um mercado de oligopólios e monopólios, cada vez mais nos deparamos que as alternativas são em muito iguais e que, além dos preços, há também uma espécie de cartelização nas práticas comerciais e de assistência ao consumidor.
    O livro de reclamações é algo que dá trabalho a preencher, e a única utilidade prática (real, mas inútil para quem se está a queixar) é ser mais um número na estatística de uma qualquer agência reguladora.
    Mais não podemos fazer do que desabafar e tentar tornar públicas as nossas experiências, na vã esperança que no meio de tudo, alguém se enxergue.
    A norma agora parece ser o total desrespeito pelo tempo das pessoas. Para quem trabalha por conta própria todos os dias, isto mais não é que uma directa quebra importante de rendimentos. Quem trabalha por conta de outrem, ou tem a sorte de ter a simpatia do patrão, ou tem que meter férias.
    Antigamente agendava-se uma hora para o técnico vir a casa. Depois começaram a dar-nos intervalos de duas horas. Agora, a MEO espera que eu esteja em casa das 14h00 às 17h30 para algo que provavelmente não vai demorar mais de dez minutos. No caso, o problema nem era em minha casa, era na rua, pelo que nem paguei pelo serviço, mas o tempo lá foi perdido. Já a Açoreana/Tranquillidade, entre más informações, orientações, e também uma peritagem que é à hora que o perito quiser, fez-me perder duas manhãs para um peritagem no meu automóvel. Quatro deslocações no total.
    O prémio é entregue à Unirego, do Grupo Ilha Verde. Anunciam-me um tempo de espera de 4 meses para reparação do carro – sinal de uma oficina claramente sub-dimensionada – e não podem ainda comprometer-se com uma data precisa. Após quatro meses, telefonam a dizer para estar com o carro no dia X (6 dias depois do telefonema) à hora Y na oficina. Advirto que não posso nesse dia e não tenho ninguém que me possa levar o carro. Peço novo agendamento (quem espera 4 meses espera mais uns dias ou semanas). “Se não for nesse dia vai ter que esperar mais 2 meses”. Nem se querem dar ao trabalho de refazer a sua agenda, nem tentaram previamente saber qual o dia conveniente para mim.
    Naquilo que depender de mim, nenhuma destas empresas verá mais um tostão. Mas é difícil, por que sei que as outras seguradoras vão operar da mesma forma. As telecomunicações nem se fala, são tão poucas e tão iguais, que ao longo dos últimos 15 anos já “dei a volta” a todas, aliás acho que estou na terceira volta. O Grupo Ilha Verde, enfim, que alternativa tenho eu se não utilizar os seus serviços enquanto for proprietário daquele carro (com o qual, aliás, estou tão satisfeito ao ponto de ter pensado que ia ser a minha marca para o resto da vida). Vendê-lo não lhes causa qualquer incómodo, quem o comprar vai continuar a ir lá. É apenas um incómodo para mim.
    Isto vai continuar a piorar. Qualquer dia temos que meter uma semana de férias para consertar um carro ou recuperar a Internet.
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    • Paolo Pandiscia

      Os monopólios são para os consumidores uma vera catastrophe! E na ilha temos só monopólios o acordos tácitos entre os dois o três que aqui comerciam no mesmo setor. Temos custos que vão arrebentar a vida dos cidadãos. Tive o carro na inspecção e serviç…

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    • Tim Gretzinger

      Sounds like a good business for someone to offer. To be available to help with people’s needs.
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