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  • o inferno dos preços

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    O Inferno da subida dos preços

    Não há notícia de que a inflação tenha sofrido alteração sensível, sendo que a variação parece tender para baixar, mas o mesmo não está a acontecer com o cabaz de bens alimentares essenciais que, de acordo com a DECO, voltou a aumentar, atingindo um valor recorde de 230,38 euros, o que significa uma subida de mais de 25% em relação ao início da guerra na Ucrânia (sensivelmente há um ano), altura em que o mesmo cabaz custava 187 euros. Significa que ir hoje ao supermercado custa mais 47 euros do que em Fevereiro do ano passado. Mas se tomarmos a comparação com o início deste ano e apesar de a inflação ter abrandado, o mesmo cabaz já custa mais 10,97 euros, ou seja, mais 5%. O cabaz da DECO inclui 63 produtos alimentares essenciais, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga. A explicação para estes aumentos perde-se em considerações absurdas umas e outras que não podem deixar de servir-nos de lição. Entre elas o facto de Portugal estar altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno, que, de acordo com a DECO, representam atualmente apenas 3,5% da produção agrícola nacional: sobretudo milho (56%), trigo (19%) e arroz (16%). “E se no início da década de 90 a autossuficiência em cereais rondava os 50%, atualmente, o valor não ultrapassa os 19,4%, uma das percentagens mais baixas do mundo e que obriga o País a importar cerca de 80% dos cereais que consome”, acrescenta a Deco. Dá que pensar e, sobretudo, espera-se que o Governo tome as medidas que se impõem. Alertamos que os dados e considerações acima dizem respeito a Portugal continental, à falta de dados regionais. Mas não custa admitir que o panorama nos Açores seja ainda pior e que esteja a penalizar abundantemente as famílias açorianas, sobretudo as mais pobres. O Governo pode (e bem) apoiar as famílias da classe média que têm créditos à habitação e as empresas através do incremento à subida de salários, em particular os salários mínimos. Já é alguma coisa, mas fica a milhas da subida colossal dos bens alimentares. Vivemos numa economia de mercado, onde impera a lei da oferta e da procura, mas há momentos em que se impõe regular os preços, evitando a especulação. Ao Governo, pelo menos, compete perceber a razão de grande parte das subidas escandalosas e atuar sobre elas. A guerra que trouxe disparos na energia, carência de cereais e fertilizantes não pode servir de explicação única para este inferno.
    • in, Diário Insular, 03 de Março / 2023
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  • a bulgarização da TAP

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    Comprei bilhetes Lisboa – Geneve / Lyon – Lisboa. O 1.º vôo, operado pela TAP num avião da TAP com tripulação TAP… tudo óptimo e como deve ser numa companhia que representa todos os Portugueses. O 2.° vôo – regresso a Lisboa – foi numa aeronave velha da Air Bulgarian, com tripulação desta companhia, todos muito antipáticos (que não fala sequer Português).
    Percebi que a TAP deixou de fazer vôos com a White e passou a voar com a Bulgaria Air.
    Quando neste 2.° vôo os tripulantes falavam entre si em búlgaro – e quando claramente a falar de dois passageiros com expressão de gozo – eu interrompi a conversa e disse que eles deveriam falar em Inglês ou Português. A resposta foi “a aeronave é da Bulgária, a tripulação é da Bulgária e a companhia também é da Bulgária. Se o Senhor não fala Búlgaro, azar o seu”.
    Acontece que o meu bilhete era TAP.
    Sempre que puder, vou optar pela Rayanair ou Easy Jet. Carroça por carroça, prefiro pagar menos.
    Christine Ourmieres está focada excessivamente no prémio invocando o interesse da companhia. Incompetente e desonesta. É tudo apenas no seu interesse. Quando for embora para ir curtir as suas centenas de milhares de euros, nós ficamos com uma companhia que parece ter voltado aos anos 80.
    Nesta descida vertiginosa, o caminho da TAP – depois desta senhora for embora – será o mesmo que o da Flybe, também por si gerida, a insolvencia.
    Basta ver como estão presas as cortinas para se perceber o nivel da Bulgaria Air.

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