Categoria: economia pobreza banca tax Transportes terrestres

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  • Gabinete de estudos do BdP arrasa Centeno

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    Mário Centeno está a ser muito contestado pelos técnicos do Banco de Portugal. A comunicação que assinou nos últimos dias é considerada parcial e pouco rigorosa.

    Source: Gabinete de estudos do BdP arrasa Centeno

  • O GOVERNO EXPLICA RYANAIR NS AÇORES

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    May be an image of text that says "Ryanair receberá pela operação na Terceira 1,1 milhões de euros 630 mil euros por São Miguel"
    Admin

    “A Ryanair queria abandonar toda a operação doméstica nos Açores”
    Entrevista de Berta Cabral ao Diário dos Açores
    O Governo dos Açores fala no “bom resultado obtido” nas negociações com a Ryanair, mas a percepção que fica nos empresários e cidadãos, conforme dão conta as notícias, é que vamos ter menos Ryanair nos Açores do que tínhamos, não haverá base em Ponta Delgada e é muito provável que percamos mercado nacional com a forte redução de voos. Por que razão só foi possível conseguir este resultado?
    É preciso deixar claro que o ponto de partida neste processo era a vontade da Ryanair em abandonar toda a operação doméstica nos Açores.
    Nós fomos confrontados com uma posição quase inflexível de saída da Ryanair da Região, sempre assente numa retórica comercial perante o fraco desempenho das rotas, sobretudo no Inverno, e do elevado valor das taxas aeroportuárias e das licenças de emissão de carbono.
    Foram precisos meses de intensas reuniões online, para conseguir convencer toda a estrutura da Ryanair a continuar a voar para os Açores. E, note-se, foi um processo onde também estiveram envolvidos – em todas as reuniões – o Turismo de Portugal e a ANA – Aeroportos de Portugal, que muito contribuíram para o desfecho das conversações.
    Felizmente, conseguimos assegurar a manutenção da Ryanair na Região.
    A grande vantagem de ter a Ryanair a voar para os Açores é o facto de mantermos a Região na maior rede de distribuição do sector da aviação da Europa. Isso permite uma grande exposição nacional e internacional dos Açores e o acesso directo do consumidor final ao destino. Estrategicamente, esse é o grande factor que releva deste processo.
    Importa também referir que temos mais duas companhias – TAP e Azores Airlines a incrementar a sua operação do próximo Inverno de forma significativa.
    É preciso, também, deixar bem explícito que estamos perante uma decisão puramente comercial, de uma empresa privada, em relação à qual o Governo não pode interferir directamente na sua vontade; apenas pode tentar influenciar, como fez, com insistência, nas reuniões referidas.
    As decisões da Ryananir sustentam-se em análises de desempenho da companhia.
    Ao Governo, e a todos os intervenientes neste processo, nomeadamente a VisitAzores, a ANA e o Turismo de Portugal, competiu encontrar soluções que minimizassem as limitações invocadas pela Ryanair.
    Compreende-se a ansiedade e a preocupação que este tipo de processo gera na opinião pública, mas tratando-se de um processo de conversações delicado, envolvendo várias entidades, a prudência sempre recomendou reserva na comunicação pública.
    Inicialmente a Secretária Regional passou a informação de que a Ryanair queria mais dinheiro, depois eram as taxas aeroportuárias (que o Governa República veio baixar, tarde é verdade) e agora a justificação são os slots e o problema do novo aeroporto em Lisboa. Não acha que esta falta de comunicação consistente deixou o público confuso e a levantar suspeitas sobre estas negociações? Por que razão não se transmitiu publicamente, desde o início, o que é que a Ryanair pretendia e como estavam a decorrer as negociações, em vez de esconder as conversações?
    Com o decorrer das reuniões com a Ryanair eram-nos apresentados sucessivamente novos argumentos, que foram sendo ventilados publicamente.
    Fomos sempre respondendo e superando cada um deles, com a intervenção do Governo, da VisitAzores, da ANA e do Turismo de Portugal.
    Aliás, houve inclusivamente momentos em que estávamos todos convictos de que estava tudo superado, mas rapidamente surgiram novas questões.
    Foram negociações muito duras e difíceis, porque, da nossa parte, sempre houve interesse em manter a operação da Ryanair.
    Efectivamente, a companhia alegou a falta de rentabilidade da operação, o aumento das taxas aeroportuárias e o fim das derrogações do ETS (Emissions Trading System), para mais tarde identificar a questão das taxas de segurança e, por fim, as dificuldades perante as limitações dos slots no aeroporto de Lisboa. Foi sempre um processo evolutivo.
    Infelizmente, também é preciso dizê-lo, não tivemos o apoio que seria de esperar do maior partido da oposição, que passou por duas experiências idênticas, com a EasyJet e a Delta, que abandonaram a Região, sem que o governo da altura tivesse conseguido mantê-las nos Açores.
    Como é que o problema é dos slots em Lisboa, se no Porto este problema não existe e a redução de voos também se verifica?
    A questão dos slots invocada pela Ryanair prende-se com uma opção da companhia de querer voar para outros destinos mais rentáveis, utilizando slots do aeroporto de Lisboa afectos à operação Açores, dada a dificuldade de obter slots adicionais. Mas esta não é a única razão.
    Invocam, de acordo com os seus padrões, o fraco desempenho comercial das rotas no Inverno para os Açores, situação comum a Lisboa e Porto, e esse é um ponto muito sensível na análise de desempenho da companhia e em todo o processo negocial.
    Para além disso a operação de Lisboa e Porto estão intimamente ligadas por uma questão de articulação e reposicionamento das aeronaves.
    E como explica que o aeroporto de Ponta Delgada tendo mais de 60% do turismo e de passageiros, tenha o mesmo número de voos das Lajes, neste acordo com a Ryanair?
    É estritamente uma opção e uma proposta da companhia.
    A avaliação do mercado é feita conjugando o volume de passageiros com a concorrência existente nesse mercado.
    Em Ponta Delgada há muito mais concorrência e número de voos do que na Terceira e isso tem impacto nas decisões comerciais.
    Agora que já está firmado o acordo, os cidadãos já podem saber o seu teor? Quanto é que a Região vai pagar à Ryanair através da VizitAzores e que outras contrapartidas existem?
    O acordo que conseguimos estabelecer compreende um horizonte temporal de dois anos, com início em novembro de 2023.
    A operação da Ryanair para os Açores contará anualmente com, pelo menos, 2.032 voos.
    Durante o Inverno IATA, existirão duas frequências semanais Lisboa-Ponta Delgada, duas Porto-Ponta Delgada, duas Lisboa-Terceira e duas Porto-Terceira. Este número de voos poderá ser incrementado se existir procura que o justifique.
    No Verão IATA, existirão 13 frequências semanais Lisboa-Ponta Delgada, sete Porto-Ponta Delgada, uma Stansted-Ponta Delgada e uma Nuremberga-Ponta Delagda.
    Existirão, ainda, quatro frequências semanais Lisboa-Terceira e duas Porto-Terceira.
    Cada uma destas frequências representa dois voos (ida e volta), perfazendo, assim, 352 voos no Inverno IATA e 1.680 voos no Verão IATA.
    Em termos financeiros, existirá um investimento para a promoção das rotas domésticas para a ilha Terceira (LIS-TER e OPO-TER) de 1.155.000 euros por ano.
    É um investimento, ajustado em baixa, que dá continuidade ao apoio que existiu desde 2015 suportado pelo Governo da República ao abrigo do PREIT – Plano de Recuperação Económica da Ilha Terceira, e que passou em 2022 a ser atribuído a nível regional ao abrigo do mesmo plano.
    Por outro lado, a VisitAzores fará um investimento na promoção das rotas Stansted-Ponta Delgada e Nuremberga-Ponta Delgada, no valor de cerca de 630.000 euros em 2024, à semelhança do que tem vindo a ser feito desde o anterior Governo, para mercados considerados estratégicos, como é o caso do britânico e do alemão.
    Quais as razões que a Ryanair invocou para retirar a base de Ponta Delgada?
    A decisão de retirar a base de Ponta Delgada é, mais uma vez, apenas da Ryanair e decorre do ajustamento na operação e na optimização da rede da empresa.
    A Ryanair tem um modelo de negócio fundamentado numa optimização muito agressiva de toda a operação e isso implica decisões de gestão desta natureza.
    Ficou acordado alguma coisa relativamente ao próximo Verão?
    Anunciámos publicamente que a operação no Verão IATA se manterá muito próxima do seu histórico.
    Existirão 13 frequências semanais LIS-PDL, 7 OPO-PDL, 1 STN-PDL e 1 NUE-PDL, bem como 4 LIS-TER e 2 OPO-TER.
    Há, inclusivamente, previsão de aumento das frequências semanais para Stansted e Nuremberga em 2025.
    É verdade que tentou trazer novamente a Easyjet?
    Com a decisão de ajustamento da operação por parte da Ryanair no Inverno, é natural que existam outras companhias aéreas atentas que proactivamente possam ter interesse em novas oportunidades nos Açores.
    Na realidade, somos um destino cada vez mais atractivo – conquistámos essa notoriedade e reputação.
    Aliás, o próprio aumento da oferta da Azores Airlines e da TAP é bem demonstrativo do potencial que nós temos. É o mercado a funcionar e bem.
    Se vão surgir novos players a prazo, logo veremos.
    Em que medida a Azores Airlines, sendo ainda pública, poderá compensar a redução de voos da Ryanair? Haverá menos competitividade das rotas?
    A Azores Airlines é pública, mas tem uma Administração habilitada para tomar as decisões que melhor servem os interesses comerciais da empresa e que protegem o interesse público, sem qualquer interferência por parte do Governo. E a verdade é que a empresa já se está a posicionar no sentido de incrementar a sua oferta no Inverno, vendo a oportunidade comercial que emergiu. A reacção à redução da operação de Inverno da Ryanair é sintomática da competitividade que existe e é preciso não esquecer que a própria Ryanair pode reforçar o número de voos se a procura assim o ditar.

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  • TAP VOOS PARA AÇORES A 49 EUROS

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    TAP anuncia campanha para ilhas a 49 euros
    A TAP Air Portugal anunciou que deu início a uma mega-campanha multidestinos para férias, com preços imperdíveis, cujos bilhetes podem ser utilizados a partir de Novembro deste ano.
    A campanha inclui voos entre o continente e as ilhas a partir de 49 euros, vários destinos na Europa com preços desde 69 euros, Marrocos a partir de 149 euros e restantes destinos africanos desde 349 euros, Israel a partir de 309 euros, Estados Unidos da América com preços a começarem nos 419 euros e Brasil com voos disponíveis desde 629 euros, tudo para voos de ida-e-volta, preços com todas as taxas incluídas.
    Os bilhetes promocionais incluídos nesta campanha podem ser comprados até dia 19 de Setembro, para viagens em voos operados pela TAP, a realizar entre 1 de Novembro de 2023 e 30 de Abril de 2024 (excluindo de 15 de Dezembro de 2023 a 9 de Janeiro de 2024 e 22 de Março a 8 de Abril de 2024).
    Todas as informações e condições desta campanha podem ser consultadas no site da companhia ou nas agências de viagens.
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  • AI SATA SATA…AINDA VAMOS TER SAUDADES

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    Ao contrário do que hoje alguns tentam vender por aí, levados por décadas de ingerência política e má gestão, a SATA, ao tempo que foi criada, não pretendia ligar as ilhas entre si, mas antes o que animava a mão cheia de empresários sonhadores e voluntariosos que a criaram era o ensejo de ligar os Açores ao mundo, contrariando a fatalidade histórica do isolamento geográfico das ilhas. Quem se recorda dos anos do monopólio da TAP sabe bem como esse isolamento, na era dos jatos, continua a ser uma pena na vida dos açorianos, seja no desejo de sair seja na vontade de trazer. A essência da insularidade, mais do que o mar, é a distância. Hoje, mais uma vez, os Açores vivem com particular angústia esse drama do seu isolamento. Sem TAP, sem Ryanair e, muito provavelmente, sem SATA Internacional, ou como se usa dizer agora Azores Airlines, os Açores remontam a uma espécie de antepovoamento, um acidente geográfico de vulcanismo e isolamento. A ameaça de saída da Ryanair mostra bem como os Açores ainda sofrem de uma crônica e profunda falta de atractividade, gerada em grande medida pela sua fraca infra-estrutura turística e a residual notoriedade num mercado global altamente diversificado e agressivamente competitivo. A privatização da TAP irá certamente forçar um redimensionar da sua frota e das suas prioridades o que, no caso dos Açores, levará com certeza a menos ligações e piores preços nos poucos casos em que essas ligações se mantiverem. Quanto à SATA, e mesmo não tendo qualquer conhecimento das reais intenções dos que se propõem comprá-la, o simples facto de serem, por um lado um grupo turístico com uma forte componente charter, e, por outro, um consórcio de companhias especialistas neste tipo de operação, deixa antever que o foco principal da sua gestão futura estará não na região mas fora dela. Ao longo dos seus 600 anos de História os Açores viveram sempre da sua conectividade com o exterior, não o perceber é não compreender nada sobre o que são estas ilhas. Desgraçadamente sucessivas gerações dos nossos políticos deixaram de ver para lá do duplo horizonte destes nove calhaus e dos seus micro ciclos eleitorais. O objectivo não é o desenvolvimento dos Açores, dar-lhes asas e horizontes, mas apenas apaziguar os anseios imediatos e circunscritos de cada freguesia. Estamos perigosamente na beira do precipício e só conseguimos discernir o nevoeiro…
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    You, Urbano Bettencourt, Igor Espínola de França and 12 others

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    Ló Rego Costa

    Não concordo com a forma como interpretas a formação da SATA e a intenção de quem formou aquela empresa. Já pareces o sr. Cristiano Frazao Pacheco, com o seu livrinho “As Cinco Desgraças dos Açores “. É evidente que não temos que lhes agradecer, mas es…

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    Ló Rego Costa replied
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    Margarida Salgado

    Não vendam a Sata , não podemos ficar reféns de qq companhia ou grupo que só visam lucros . Arriscámo-nos a ficar novamente isolados no meio do oceano !
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    Ló Rego Costa replied
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  • o problema do aeroporto de Beja

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    【A CAUSA DAS COISAS】
    Não sou especialista na matéria, limito-me a ouvir as várias partes, neste processo que se arrasta há longos anos e vou trocando ideias, ouvindo especialistas e alguns amigos da área da aviação, esses sim com opiniões, estudos e fundamentações bem estribadas sobre o assunto. Todos, sem excepção, que não estão com os rabiosques entalados na política, são practicamente unanimes em afirmar que o Terminal Aeroportuário de Beja, que uns quantos espontâneos apelidam de aeroporto, só porque a rapaziada lá colocou uma placa a dizer Aeroporto, não é viável como alternativa a Lisboa. E eu, que sou um imberbe nestas coisas da aviação, mas que ainda sei fazer contas, concordo plenamente.
    Isto vem a propósito de um + um espontâneo, que de aeroportos deve saber tanto como eu de alpinismo e que resolveu “esgalhar” umas patacoadas numa página chamada “Braga Nossa” que para o efeito aqui partilho.
    Trata-se de mais uma “saloiice” à boa maneira tuga, sem qualquer bases de conhecimento da coisa. Foi só porque sim e que eu tenho vindo a rebater, graças ao bom senso, que é produto que ainda vai havendo cá pela massa encefálica, “graças a Deus”.
    Beja nem sequer é um Aeroporto como erradamente se tenta iludir no artigo, mas sim um terminal aeroportuário. Ao longo dos anos, tem-se gerado o “mito urbano” de que em Beja foi construído um grande aeroporto que está ao abandono há vários anos por mera incompetência política e falta de visão. Bem, isso simplesmente não corresponde à verdade.
    O Aeroporto de Beja é um pequeno complexo aeroportuário adjacente à Base Aérea Nº11 com a qual partilha as duas pistas existentes. É, para todos os efeitos, um pequeníssimo terminal de baixa capacidade com uma placa de estacionamento de aviões adjacente. Este Aeroporto não está fechado ou ao abandono, aliás está aberto a receber voos, simplesmente nenhuma companhia tem uma operação regular lá por falta de interesse e opções econômicas. O Aeroporto é atualmente usado principalmente para estacionamento de longa duração de aeronaves, normalmente chamado de “storage” na indústria da aviação.
    O Aeroporto de Beja teve um custo de construção de 33 milhões de euros, o que, tendo em conta os valores habituais de construção de um aeroporto, é aquilo a que se costuma chamar “migalhas”. Para o termo de comparação, todo o plano de expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa (expansão da Portela + Montijo) foi orçado em 1 300 milhões de euros. Foram 33 milhões de euros gastos numa “tentativa” de dinamizar o turismo no Alentejo que correu mal. Espanha também tem um longo histórico de casos muito semelhantes. Mas quem é que vai fazer 1 hora e meia de viagem entre Lisboa e Beja para apanhar um avião… se tem um Aeroporto disponível no meio de Lisboa? O Aeroporto de Beja fica a cerca de 170 km do centro de Lisboa por via rodoviária, sendo o percurso mais rápido feito em 1h 45 minutos. Não existe na Europa (e atrevo-me a dizer, no mundo inteiro) nenhuma grande cidade que tenha um aeroporto complementar a 170 km de distância e quase 2 horas de viagem do seu centro. Por que simplesmente não existe.
    Concluir a A26, poucas melhorias traria. Mesmo que se sinta alguma redução no tempo de viagem, a distância continuaria a ser elevada. Por via ferroviária ou Aeroporto também não seria mais acessível. Nem falo da infraestrutura existente atualmente uma vez que essa nem está eletrificada nem tem serviços com ligação direta a Lisboa. Mas mesmo agarrando no estudo da IP sobre a ligação ferroviária ao Aeroporto de Beja/Modernização do acesso ferroviário a Beja, o cenário é negro. Na melhor das hipóteses, e dependendo de um investimento a rondar os 120 milhões de euros (quase 4 vezes o que custou o aeroporto em si) seria possível fazer Lisboa-Aeroporto de Beja em cerca de 1 hora e 30 minutos utilizando vários troços a 200 km/h.
    E mesmo que tal fosse possível, sem uma Terceira Travessia do Tejo é impossível garantir um serviço ferroviário com a frequência adequada para o que exige a operação de um shuttle aeroportuário. A Ponte 25 de Abril e a Linha de Cintura não têm capacidade para isso. Mesmo com a nova Ponte, a viagem continuaria a demorar cerca de 1 hora desde uma estação em Lisboa até ao aeroporto. Não esqueça de adicionar o tempo desde a origem/destino final até essa estação, um enorme inconveniente que seria fazer uma longa viagem de e para o Aeroporto em si, especialmente para turistas que vêm em visitas de curta duração. Aliás, grande parte do tráfego que tem sobrecarregado o Aeroporto de Lisboa está relacionado precisamente com o turismo mais low cost de curta duração (o chamado turismo de fim de semana que teve um boom com o aparecimento das companhias low cost na Europa). Para esses turistas, que sentido faz perderem 1 hora e meia de tempo e gastarem talvez perto de 30/40 euros só na viagem de e para o Aeroporto se têm uma alternativa em Lisboa a 15 minutos do centro de Metro?
    A ideia de usar o Terminal Aeroportuário de Beja como complementar a Lisboa não faz o mínimo sentido e não passa de uma ideia sem nexo alimentada ao longo do tempo pelo grande público baseado em alguns mitos urbanos em relação ao que realmente foi construído na Base Aérea Nº11.
    Os autarcas da região do Alentejo, alimentaram durante anos a ideia completamente descabida de que o Aeroporto de Beja, localizado na região mais desertificada do país a 170 km de Lisboa, poderia ter um grande potencial para tráfego de passageiros. A realidade por e simplesmente não corresponde a vagas promessas eleitorais de “dinamização da região”.
    Em resumo, o Aeroporto de Beja tem bastante potencial ao nível de manutenção de aeronaves e armazenamento. Tanto é que a HiFly construiu recentemente um hangar de manutenção em Beja, local que já utilizava para estacionar os seus aviões em alturas de menor procura. Beja não tem muito movimento militar, tem muito espaço para expandir a sua placa de estacionamento, uma pista que pode receber todos os tipos de aviões e pode oferecer taxas baixas, é a receita perfeita para o sucesso. Ao mesmo tempo, criaria empregos qualificados na região.
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    O AEROPORTO DE BEJA TEM UM GRANDE PROBLEMA:
    Já está construído…..
    A maior parte dos portugueses crê que o Baixo Alentejo e Beja ficam no fim do mundo. Atrás do sol posto. No cu de Judas. Como preferirem. Para essas mesmas pessoas Beja ambicionar ser a alternativa de suporte ao aeroporto da capital não passa de uma fantasia ridícula, enxovalhada à boca cheia (em tom jocoso e até desrespeitador) por grande parte dos media nacionais, como ainda agora acabei de ouvir na TV.
    Para quem, por ignorância ou omissão deliberada da comunicação social, não sabe eu partilho: a BA11 de Beja é, em termos de área ocupada, a maior da Europa e uma das maiores do mundo. Quando os alemães a construíram na década de 60 sabiam o que estavam a fazer. E é por isso que a pista é uma das 240 do planeta onde o “aviãozinho” A380 pode aterrar (fora todos os outros, naturalmente).
    E não me invoquem o argumento da distância geográfica. Beja fica a 1h30 de Lisboa e a 1h30 do Algarve, totalmente disponível para apoiar os dois grandes pólos turísticos do sul do país. Ao contrário do argumento do comentador de TV aterrei em dezenas de aeroportos no mundo inteiro ( por isso tenho termo de comparação) e em vários desses aeroportos secundários levei entre hora e meia, a duas ou mais horas a chegar à capital. Porque os voos para esses aeroportos são mais baratos e há muito público nesse segmento. Porque apreciar a paisagem do país através do vidro de um comboio também enriquece a experiência do viajante.
    Porque de um universo gigante de passageiros, alguns (mesmo que poucos) terão a sorte de escolher pernoitar nas redondezas e descobrir um país sem filtros, sem rooftops, sem tuk tuks, feito de pão, queijo, vinho, vida barata e poucos atropelos. E seguramente passarão a mensagem.
    A ridicularização da opção aeroporto de Beja existe apenas para encobrir a falta de interesse em investir nas acessibilidades (que maçada, esses milhões já estão destinados aos bolsos dos que engordarão com a construção do novo aeroporto noutro sítio qualquer). Há mercado e passageiros para o aeroporto de Beja prestar muitos e bons serviços. Infelizmente só não há vontade.
    (Isabel Branco)

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    Artur Arêde and 5 others

  • RYANAIR ACORDO HUMILHANTE

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  • Governo deve mais de sete milhões de euros aos operadores privados

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    Este ano, o Governo não pagou um cêntimo aos operadores pelo desconto nos passes de estudante (4_18 e sub23) e estão em dívida mais de sete milhões. No momento em que o Executivo quer passar de um desconto de 25% para a isenção total, a ANTROP alerta que é preciso contas certas. Caso contrário, a medida é “inviável”.

    Source: Governo deve mais de sete milhões de euros aos operadores privados

  • Finanças exigem que idosa acamada e com alzheimer receba pessoalmente reembolso do IRS | Watch

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    Virgínia não sabe ler nem escrever, nunca teve conta bancária, mas isso nunca foi problema para receber o IRS. A família diz que é a primeira vez que esta exigência é feita.

    Source: Finanças exigem que idosa acamada e com alzheimer receba pessoalmente reembolso do IRS | Watch