Categoria: aviação

  • ERA UMA VEZ A SATA

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    Ao contrário do que hoje se tenta vender por aí, consequência de décadas de ingerência política e má gestão, a SATA, ao tempo que foi criada, não pretendia ligar as ilhas entre si, mas antes o que animava a mão cheia de empresários sonhadores e voluntariosos que a criaram era o ensejo de ligar os Açores ao mundo contrariando a fatalidade histórica do isolamento geográfico das ilhas. Quem se recorda dos anos do monopólio da TAP sabe bem como esse isolamento, na era dos jatos, continua a ser uma pena na vida dos açorianos, seja no desejo de sair seja na vontade de trazer. A essência da insularidade, mais do que o mar, é a distância. Hoje, mais uma vez, os Açores vivem com particular angústia esse drama do seu isolamento. Sem TAP, sem Ryanair e, muito provavelmente, sem SATA Internacional, ou como se usa dizer agora Azores Airlines. A ameaça de saída da Ryanair mostra bem como os Açores ainda sofrem de uma crônica e profunda falta de atractividade, gerada em grande medida pela sua fraca infra-estrutra turística e a residual notoriedade num mercado global altamente diversificado e agressivamente competitivo. A privatização da TAP irá certamente forçar um redimensionar da sua frota e das suas prioridades o que no caso dos Açores levará a menos ligações e piores preços nos poucos casos em que essas ligações se mantenham. Quanto a SATA e mesmo não tendo qualquer conhecimento das reais intenções dos que se propõem comprá-la o simples facto de serem, por um lado um grupo turístico com uma forte componente charter, e, por outro, um consórcio de companhias especialistas neste tipo de operação, deixa antever que o foco principal da sua gestão futura estará não na região mas fora dela. Ao longo dos seus 600 anos de História os Açores viveram sempre da sua conectividade com o exterior, não o perceber é não compreender nada sobre o que são estas ilhas. Desgraçadamente sucessivas gerações dos nossos políticos deixaram de ver para la do duplo horizonte destes nove calhaus e dos seus micro ciclos eleitorais. O objectivo não é o desenvolvimento dos Açores, dar-lhes asas e horizontes, mas apenas apaziguar os anseios imediatos e circunscritos de cada freguesia. Estamos perigosamente na beira do precipício e só conseguimos discernir o nevoeiro…
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    Susana Goulart Costa, Mse Az and 14 others

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    Abel Carreiro

    A propósito da “residual notoriedade”, há cerca de 2 anos estive envolvido no lançamento Mundial, de um novo modelo da marca de motos Husqvarna, que consegui trazer para os Açores.
    Durante as cerca de 2 semanas que durou o evento, passaram por cá d…

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  • VIAJAR ERA ASSIM

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    May be an image of 3 people, aircraft and text that says "Phots Stringer/ Gett First class passengers aboard a Boeing 747 Jumbo Jet being served lunch, circa 1970"

     

    VEJA AS EMENTAS DE VIAGENS QUE FIZ NESSA ÉPOCA..https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/ementas.pdf

  • abutres candidatos à AZoresAirlines

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    Dois concorrentes apresentaram-se à privatização de parte do capital social da Azores Airlines.
    A minha convicção era que o concurso ficaria deserto. Na teoria não ficou. Há um operador turístico e um “fundo” interessados.
    Na prática sim. Quer um quer outro nada acrescentarão de conhecimentos e mercado. Negócio financeiro puro e duro, como adiante se verá!
    Onde está o interesse das companhias de aviação por este mundo fora? Zero! Sabem fazer contas.

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    André Silveira, Claudia Albasini and 11 others

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    Henrique Schanderl

    Já o havia afirmado, ou é para transformar em Charters ou simplesmente venda de activos através de Fundos. A morte anunciada há muito tempo. RIP Azores Airlines.

    Luciano Melo

    Henrique Schanderl a solução é não aceitar as propostas!
    Ao contrário da TAP a AA bate recorde de vendas e receitas mas não consegue ser lucrativa. Nem com operadores ou fundos mais ou menos abutres o será!
  • Adeus Ryanair? E depois?

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    EDITORIAL

    Adeus Ryanair? E depois?

    No dia 29 de março de 2015, um avião da Easyjet aterrava pela primeira vez no aeroporto João Paulo II. Foi o começo de uma nova era para o turismo açoriano, que seria reforçada com a operação de uma segunda companhia low-cost, a Ryanair.
    Para trás ficavam as fracassadas aventuras turísticas dos “suecos” ao “paraíso do golfe” e dos prometidos investimentos milionários no setor. Começaram a chegar turistas aos milhares.
    Dois anos depois, em março de 2017, e sem que nada o fizesse prever, a Easyjet anunciou que iria deixar de voar para os Açores.
    A decisão da companhia low-cost alimentou muitos rumores sobre as reais motivações para tão drástica decisão, e o comunicado oficial adensou ainda mais as dúvidas até hoje nunca esclarecidas. Por que razão uma companhia aérea deixa de voar para os Açores quando afirma que o faz não por “o tráfego estar a baixar – estava a crescer – mas, na nossa conjuntura, não conseguimos ter a oferta que queríamos de dois voos diários”?
    A ferida causada pela saída da Easyjet foi prontamente sarada e esquecida, até porque a Ryanair preencheu o vazio e encheu os seus aviões de turistas ávidos de conhecer os Açores.
    E chegamos a maio de 2023, o mês em que ficamos a saber que a Ryanair admite deixar de voar para os Açores. Na altura, questionada pelos jornalistas, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas confirmou a “ameaça” da operadora irlandesa e revelou estar em negociações com a mesma para que esta continue a operar na região. Entretanto, e pelo que foi publicamente dito por Berta Cabral, parece haver entendimento entre o Governo regional e a Ryanair, faltando ao Governo da República fazer a sua parte – mais uma vez.
    Do lado do PS veio a crítica de que o governo regional está a “deixar andar a situação”. Tal como o governo anterior deixou andar a situação da Easyjet? O que defende o PS para as negociações com a Ryanair? O Bloco de Esquerda é claro na sua posição, e os outros?
    Independentemente das razões que estão na origem da “ameaça” da companhia aérea irlandesa, das taxas, das tentativas de aproveitamento político, aos Açores e a quem investiu no setor turístico, o que verdadeiramente importa é saber se o turismo açoriano consegue continuar no caminho da consolidação sem os serviços da Ryanair.
    Já foi calculado o impacto da saída da Ryanair do mercado regional? O turismo açoriano está preparado para viver sem companhias low-cost?
    Deixamos sair a Ryanair, e depois?
    • Paulo Simões
    in, Açoriano Oriental, 30 de Julho / 2023
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    Helena Margarida, Sara Massa and 151 others

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  • açores da aviação e ryanair

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    Açores Da Aviação E Ryanair

  • NewsAvia | Sindicatos dizem que Vinci/ANA pretende colocar à venda 100% da Portway

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    A Vinci Airports, dona da ANA – Aeroportos de Portugal, vai vender 100% da empresa de handling Portway, segundo fontes sindicais, que estiveram numa reunião com a administração da empresa, na quart…

    Source: NewsAvia | Sindicatos dizem que Vinci/ANA pretende colocar à venda 100% da Portway

  • oturismo.pt – easyJet e Sindicato dos Pilotos chegaram a acordo

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    Source: oturismo.pt – easyJet e Sindicato dos Pilotos chegaram a acordo

  • Redução das taxas para a Ryanair continuar nos Açores depende de uma portaria – CEO da ANA Aeroportos – Presstur

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    A redução do valor da taxa de segurança, que é uma das exigências da Ryanair para manter a operação nos Açores, depende “de uma portaria que ainda não foi concretizada”, afirmou o CEO da ANA Aeroportos.

    Source: Redução das taxas para a Ryanair continuar nos Açores depende de uma portaria – CEO da ANA Aeroportos – Presstur

  • alienar a SATA

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    SATA vai abrir Segunda-feira propostas de compra da Azores Airlines
    Na próxima Segunda-feira, às 13H00, terá lugar na sede da SATA Holding, em Ponta Delgada, o acto público de abertura das propostas referentes ao Concurso Público Internacional SATA-01/2023, que tem por objecto a “Alienação de Participação Social no Capital Social da SATA Internacional-Azores Airlines, S.A.”
    Tratando-se de um acto público, pode assistir ao mesmo qualquer interessado, incluindo a comunicação social.
    Tendo em conta a natureza do evento, os trabalhos serão conduzidos de acordo com os procedimentos previstos no Caderno de Encargos do procedimento, anunciou a empresa.
    Não está prevista conferência de imprensa antes ou depois do acto público, nem declarações aos media por parte dos representantes da SATA Holding.
    Recorde-se que a Presidente da SATA, Teresa Gonçalves, já tinha dito ainda que o processo de privatização da Azores Air Lines (que prevê a alienação de 51% a 85% do capital social da empresa) “está no bom caminho” e que “tem tudo para correr bem”.
    “Há interessados na privatização da Azores Airlines”, lembrou a administradora, recordando que, logo depois de ser lançado o concurso público, os potenciais compradores “terão 90 dias para apresentarem propostas”, num processo que, apesar de tudo, será “demorado” e que só deverá estar concluído no final do ano.
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    John Simoes

    Não se esqueçam de pagar ao Governo o que devem primeiro que é o que acontece com quem deve ao Governo que é dinheiro dos contribuintes .
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  • ANA prevê investir “dezenas de milhões de euros” nos aeroportos de Ponta Delgada e Horta – Jornal Açores 9

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    A ANA – Aeroportos de Portugal prevê investir “dezenas de milhões de euros” na melhoria das condições dos aeroportos de Ponta Delgada e da Horta, nos Açores, revelou hoje o seu presidente. Segundo Thierry Ligonnière, que hoje participou em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, numa reunião com a secretária regional do Turismo, Mobilidade […]

    Source: ANA prevê investir “dezenas de milhões de euros” nos aeroportos de Ponta Delgada e Horta – Jornal Açores 9