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JOÃO SIMAS A GUERRA E TAI WAN

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Existem leis e acordos internacionais, até sobre o comércio, e estados soberanos. Há quem exija todo o respeito pela soberania, pela autonomia dos povos, nuns casos e noutros não. Há quem proclame o livre comércio mas continue com sanções a uns e outros não, mesmo sabendo que, em certos casos, como na União Europeia, elas se voltem contra os próprios povos, uns mais que outros. Fazem-se campanhas, fomentando interferências, promovendo boicotes e depois, às vezes, cansam-se. Já se esqueceram de um tal Juan Gaidó, um deputado ente centenas, em tempos promovido por potências estrangeiras a presidente, e bem financiado. Hoje a Venezuela, por enquanto, não interessa, porque o petróleo faz falta e já se fazem acordos.
Com a Arábia Saudita é que nunca há problemas: mesmo que continue a bombardear um país soberano, o Yémen, mesmo que continue a financiar movimentos terroristas, na Ásia e em África e até bombistas na Europa e nos EUA. A Turquia que tem dezenas de milhares de presos políticos, que expulsou dezenas de milhares de funcionários públicos, que pratica a censura, que ocupa uma parte da Síria e de Chipre, é apresentada agora como um país civilizado, como uma solução.
Não houve qualquer contemplação com a soberania da Sérvia (Europa também), com a capital, Belgrado, continuamente bombardeada pela NATO (a tal aliança defensiva!). Foi obrigada a ceder territórios, o Kosovo recolonizado por albaneses vindos da Albânia, e no Montenegro fizeram um plebiscito no meio de tiros.
Agora a China é o novo/velho problema por causa, entre outras, de Tai Wan (em português conhecida por Formosa). Talvez valesse a pena recordar, e quem faz a propaganda sabe, que Tai Wan não é reconhecida internacionalmente pelas Nações Unidas, porque é território chinês. Essa república foi fundada com nacionalistas de extrema-direita, chefiados por Chiang-Kai-Chek que queria, a partir daí reconquistar o poder na China. Se, em tempos de Guerra Fria se apostou nesse estado, pelo menos desde Nixon que a questão estava resolvida e, em parte, congelada.
Querem iniciar mais guerras, vender mais armas? Já chega. Agora que é Verão há que pensar no próximo Inverno.
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  • António De Borja Araújo

    Espero bem que ninguém pense em iniciar mais nenhuma guerra; sendo desnecessário recuarmos mais no tempo, a que foi iniciada no presente ano já matou e destruiu demais.
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      João Simas

      Mas parece que há quem esteja interessado em pôr mais lenha no fogo.
  • Graca Nunes

    Excelente análise, João! De fato a nossa geração foi bem treinada
  • Joana Espanca Bacelar

    Belíssima análise!
    Obrigada João, por nos ajudares a reflectir.
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    • 1 h