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Corsários da nobreza
Quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Nau do século XV (mais…)
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Algumas marcas de Galiza nos Açores e Brasil
Desde 1475 o arquipélago dos Açores recebeu povoadores vindos inicialmente de Portugal Continental que trouxeram consigo alguns escravos de África e depois, em menor quantidade, de Flandres, Galiza, Inglaterra, França e Estados Unidos.
Naquela época em Castela ocorria uma disputa para a sucessão do trono entre D. Joana (a Beltraneja) e Isabel, irmã do rei Henrique IV de Castela. D. Joana, filha de Joana de Portugal e talvez do rei, era considerada ilegítima pelos nobres espanhóis, uma vez que Henrique IV era considerado impotente. Mas Portugal e Galiza apoiavam-na. Os partidários de Joana, perseguidos, abrigaram-se em Portugal. Quando a paz foi restabelecida esses refugiados tornaram-se incômodos ao reino português, que não sabendo o que fazer deles, resolveu encaminhá-los para as ilhas atlânticas recentemente descobertas e que precisavam ser povoadas.
Nas ilhas açorianas do Faial e Pico instalaram-se as famílias galegas ABARCA, ANDRADE, GARCIA, ORTIZ, PORRAS, LEDESMA, TROJILLO. Quando apareceram as dificuldades de sobrevivência, trazidas pelos desastres naturais que acometiam o arquipélago de tempos em tempos, a emigração para o Brasil surgiu como a solução. E assim muitos dessas famílias se transferiram para o Brasil à procura de uma nova vida. Dizem que João Garcia Pereira deu origem aos “Garcia” faialenses e João Luís Garcia aos picoenses.
A partir do século XVIII, consideráveis e repetidas levas de açorianos chegaram ao sul e sudeste do Brasil. Alguns se deslocaram para as regiões auríferas e de criação de gado, onde havia mais oportunidades de ganhar terras e riquezas. Destes oriundos dos Açores, de raízes galegas, a história relata um tal de Antônio Garcia Rosa, que emigrou para o Brasil em 1741 e que juntou forte cabedal em Minas Gerais, como vigário (Paróquia de Nossa Senhora da Glória). Voltou para os Açores rico. É conhecido também um imigrante João Garcia que chegou ao Rio de Janeiro em 1773, parece que se tornou fazendeiro. Outro faialense de nascimento foi Diogo Garcia. Este casou em terras brasileiras com uma das três irmãs, que de lá também vieram em 1723 e que eram conhecidas como as três ilhoas (Antónia da Graça, Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus). Eram as três filhas de Manuel Gonçalves Correa e de Maria Nunes.
Antônia da Graça veio já casada com Manuel Gonçalves da Fonseca e com duas filhas Catarina e Maria Tereza.
Júlia Maria da Caridade casou-se em São João del Rei com o conterrâneo Diogo Garcia.
Helena Maria de Jesus casou com o também açoriano, natural de Santa Maria, João Rezende da Costa.
Essas três irmãs tiveram muitos filhos e deixaram larga descendência que se espalhou por Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, dando origem a grande parte das famílias tradicionais desses estados brasileiros.
Ref. Bibliográfica
FAMILIAS FAIALENSES (Marcelino Lima)
As três Ilhoas ( pesquisa dos genealogistas Marta Amato e José Guimarães)
Maria Eduarda Fagundes
Uberaba, 10/11/07
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Fonte: EcoViagem – O seu guia de viagem
https://ecoviagem.com.br/noticias/curiosidades/historia/localizado-na-europa-o-primeiro-territorio-chamado-brasil-era-uma-ilha-magica-18422.asp
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https://www.vortexmag.net/portugal-ja-sabia-da-existencia-do-brasil-antes-de-1500/
portugalportugalPortugal já sabia da existência do Brasil antes de 1500 | VortexMag.
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Cidades brasileiras de origem portuguesa que são Património Mundial | VortexMag.
https://www.vortexmag.net/cidades-brasileiras-de-origem-portuguesa-que-sao-patrimonio-mundial/
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Teólogo afirma que veículos de comunicação são golpistas e contra o povo, mas com os movimentos sociais emergiu uma nova consciência política, e o outro lado ficou sem condições de dar o golpe
São Paulo – A crise econômica e política pela qual o país atravessa neste momento é “em grande parte forjada, mentirosa, induzida, ela não corresponde aos fatos”, afirma o teólogo Leonardo Boff. Segundo ele, a crise é amplificada por uma dramatização da mídia. “Essa dramatização que se faz aqui é feita pela mídia conservadora, golpista, que nunca respeitou um governo popular. Devemos dizer os nomes: é o jornal O Globo, a TV Globo, a Folha de S. Paulo, o Estadão, a perversa e mentirosa revista Veja.”
Em entrevista à Rádio Brasil Atual na segunda-feira (9), o teólogo disse que, no entanto, o atual nível de acirramento no cenário político não preocupa porque, para ele, comparado a outros contextos históricos, a “democracia amadureceu”. Ele diz acreditar, ainda, na emergência de uma “nova consciência política”.
Boff também considera que o cenário brasileiro é bastante diferente da Grécia, Espanha e Portugal, onde são registradas centenas de suicídios, por conta do fechamento de pequenas empresas e do desemprego, e até mesmo de países centrais, como os Estados Unidos, que veem a desigualdade social avançar.
“A situação não é igual a 64, nem igual a 54”, compara. “Agora, nós temos uma rede imensa de movimentos sociais organizados. A democracia ainda não é totalmente plena porque há muita injustiça e falta de representatividade, mas o outro lado não tem condições de dar um golpe.”
Para Boff, não interessa aos militares uma nova empreitada golpista. Restaria ao campo conservador a “judicialização da política”: “Tem que passar pelo parlamento e os movimentos sociais, seguramente, vão encher as ruas e vão querer manter esse governo que foi legitimamente eleito. Eles têm força de dobrar o Parlamento, dissuadir os golpistas e botá-los para correr”.
Sobre o ‘panelaço’ ocorrido no domingo (8), durante o discurso da presidenta Dilma Rousseff para o Dia Internacional da Mulher, Boff afirma que o protesto é “totalmente desmoralizado”, pois “é feito por aqueles que têm as panelas cheias e são contra um governo que faz políticas para encher as panelas vazias do povo pobre”.
O teólogo afirma que a manifestação expressa “indignação e ódio contra os pobres” e são símbolo da “falta de solidariedade”: “O panelaço veio exatamente dos mais ricos, daqueles que são mais beneficiados pelo sistema e que não toleram que haja uma diminuição da desigualdade e que gostariam que o povo ficasse lá embaixo”.
Sobre o ato programado pela CUT e movimentos sociais para sexta-feira (13), Leonardo Boff diz que a importância é reafirmar os valores democráticos e a defesa da soberania do país: “Aqueles que perderam, as minorias que foram vencidas, cujo projeto neoliberal foi rejeitado pelo povo, até hoje, não aceitam a derrota. Eles que tenham a elegância e o respeito de aceitar o jogo democrático”.
O teólogo frisa, mais uma vez, não temer o golpe. “É o golpe virtual, que eles fazem pelas redes sociais e pela mídia, inventando e fantasiando, projetando cenários dramáticos, que são projeções daqueles que estão frustrados e não aceitam a derrota do projeto que era antipovo.”
Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual
‘Mídia cria ódio, forja crise e induz à atmosfera dramática de golpe’, diz Boff
Rede Brasil Atual
Publicada por PÁGINA GLOBAL à(s) 18:47 Sem comentários:
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Etiquetas: AMÉRICA LATINA, BRASIL, COMPILADO, CPLP
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Os manezinhos da ilha
Foto: Santo Antonio de Lisboa ( Florianópolis). Arquivo pessoal da autora
Uns dos primeiros colonos europeus a deitar raízes e marcar terreno no solo deste imenso país foram os açorianos. A principio individual e esparsamente, e mais tarde em levas migratórias colonizadoras, planeadas pelo reino, que se espalharam desde o norte (Maranhão, Amazonas) ao sul do país, mais notadamente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a presença açoriana foi mais numerosa e evidente.
O colonos começaram a chegar a Santa Catarina a partir do ano de 1748. Eram grupos de casais e aparentados fugidos de desastres naturais ( em geral erupções vulcânicas) e da superpopulação que lhes traziam nas ilhas dos Açores crises de subsistência. As viagens e primeiras acomodações eram patrocinadas pelo Estado Português que precisava, por sua vez, ocupar o território e defender suas fronteiras americanas dos espanhóis. As promessas governamentais (D. João V) de lhes dar apoio financeiro, parcelas de terra, apetrechos agrícolas, umas poucas vacas e um asno, choupanas para abrigo e assistência no primeiro ano de Brasil, nem sempre foram cumpridas. Ao chegarem numa terra estranha, idealizada pelas quiméricas histórias de fartura e riqueza, de luxuriante beleza, mas ocupada por florestas cerradas e índios hostis, sem condições de habitação decente, seus ânimos, já abatidos pela crueza e insalubridade da viagem, arrefeciam. Ingênuos, rudes, crédulos, no entanto pressentiam que era uma viagem sem volta. Teriam pela frente uma nova epopéia, a da sobrevivência.
Saíram dos Açores para Santa Catarina de 1748 a 1752 cerca de 6000 pessoas. Entre as viagens e as iniciais dificuldades na Terra, supõem-se que perto da metade tenha perecido. Esses primeiros colonos sobreviventes foram distribuídos no Desterro (antiga capital de Santa Catarina), Lagoa da Conceição, na enseada do Brito, São José e Laguna. Em Porto Alegre ( Porto de Dornelas) até 1752 estabeleceram-se 60 casais . Aí a terra foi favorável ao cultivo do trigo,feijão, milho, cevada, vinha, cânhamo,etc. Construíram moinhos e azenhas. Criaram gado, miscigenaram-se, formaram estâncias, fizeram-se tropeiros, abriram caminhos para outros lugares.
Em Santa Catarina, a terra arenosa não favoreceu ao cultivo do trigo, aprenderam então com o índio a consumir a mandioca (mansa) no lugar desse cereal. Novas técnicas de artesanato, pesca e cultivo adquiriram. A vinha, o algodão, o linho tiveram algum sucesso apesar dos recrutamentos militares periódicos que desviavam os homens das atividades agrícolas. As lutas pela sobrevivência foram longas e intensas. Tiveram que se adaptar, superar dificuldades e deficiências, distâncias, faltas e doenças. Mesmo assim, quase esquecidos, colocaram em ação a tecnologia que trouxeram consigo. Construíram embarcações, engenhos e teares, abriram clareiras na mata, plantaram a vinha e os alimentos para subsistência. Levantaram casas, fabricaram louça, cestos e panos. Introduziram a renda de bilro, caçaram a onça que comia seu rebanho, tendo seus cães como fiéis companheiros ( daí a grande quantidade de cães que ainda vagueia pela ilha de Santa Catarina), e a baleia para produzir óleo usado nas construções e como combustível. Enfim, fundaram vilas, projetaram fronteiras, fizeram revoluções, quiseram até ser um outro país!
Apesar do analfabetismo que nos primórdios medrava entre eles, passaram sua cultura, costumes e crenças , religiosidade, gastronomia e identidade para seus filhos. Apegados à família, ciumentos de suas mulheres, mesmo na pobreza e com as limitações que a terra e a política lhes impuseram, fizeram-se felizes e hospitaleiros.
Os mais aventureiros partiram para o sudeste e centro-oeste onde o ouro e as pedras preciosas, atrativas, reluziam. Muitos sucumbiram nas picadas e nas contendas, pela vida e pela fortuna, em busca do El-dourado. Os bem sucedidos enriqueceram, transformaram-se em grandes fazendeiros, latifundiários, chamaram amigos e parentes, daqui e /ou de além-mar, e com aventureiros de outras plagas, fizeram no interior brasileiro uma nova casta de gente que por largo tempo dominou a política das terras sertanejas.
Os que ficaram no Desterro agruparam-se, formaram famílias que se dispersaram em pequenos sítios e áreas. Isolados, agregados por natureza, as uniões entre essas famílias cada vez mais aparentadas deixavam a cada geração mais seqüelas. A consangüinidade determinava nascimentos de crianças com maior número de deficiências físicas e mentais.
Mas os tempos rolaram, os séculos se sucederam, as contendas apaziguaram. Os caminhos melhoraram, por terra e por mar o espaço foi cada vez mais conhecido e pelo estrangeiro nacional (paulista, rio-grandense do sul e mineiro,…) e internacional visitado, (inglês, uruguaio, argentino,…). Santa Catarina viu os colonos imigrantes italianos, alemães, polacos, russos, chegarem e fazerem das suas terras focos de beleza e prosperidade.
Hoje, os descendentes dos primeiros colonizadores açorianos, os manezinhos da ilha, podem ainda ser encontrados nas pequenas comunidades de Florianópolis e algumas regiões costeiras de Santa Catarina. Porém, essa pequena população de “nativos” já se encontra em vias de extinção pelas miscigenações genéticas e culturais atuais, e pela voraz expansão imobiliária que, apesar das leis ambientais, nem sempre respeitadas, vem desde 1960 assolando a capital do estado, expulsando o nativo de seu resguardado habitat, degradando impunemente a natureza e ocupando áreas que deveriam ser de preservação ambiental. Resultado da conhecida má política que só vê os ganhos pecuniários imediatos para um pequeno grupo de fortes proprietários, e que despreza o futuro de qualidade para o restante da comunidade ilhoa.
Morros desbastados da sua natural cobertura verde, ocupados perigosamente por construções levantadas em áreas de risco, com a complacência irresponsável da autoridade pública, vias congestionadas por gente deseducada que joga lixo nas praias e estradas, poluindo o visual e o meio ambiente, violência urbana crescente, cada vez mais incontrolável, é o panorama que se vislumbra em Florianópolis atualmente. Urge que haja políticas inteligentes e políticos eficientes que promovam o desenvolvimento seguro e sustentável desse rico patrimônio da natureza. “Enquanto houver algum recanto paradisíaco guardado por um “manezinho” risonho e pescador, enquanto ainda sobrarem locais intocados pelo homem “civilizado” e” empreendedor” a Ilha de Santa Catarina merece ser apreciada.
Maria Eduarda Fagundes
Tupaciguara, 14/02/2015
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Modo de falar e regionalismos distinguem português brasileiro do africano
Publicado em Novembro 28, 2014por IILP (mais…)
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Pesquisa genética revela que DNA de índios botocudos é da Polinésia
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/noticia/2014/10/pesquisa-genetica-revela-que-dna-de-indios-botocudos-e-da-polinesia.html
Descoberta reforça tese de que os polinésios participaram do povoamento da América e desembarcaram no continente séculos antes do que os europeus
30/10/2014 – 12H10/ ATUALIZADO 12H1010 / POR ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA
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