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Diretor do private banking do Eurobic terá sido alvo de uma tentativa de homicídio a 7 de janeiro. – Portugal , Sábado.
Source: Gestor privado de Isabel dos Santos encontrado morto – Mundo – SÁBADO
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Diretor do private banking do Eurobic terá sido alvo de uma tentativa de homicídio a 7 de janeiro. – Portugal , Sábado.
Source: Gestor privado de Isabel dos Santos encontrado morto – Mundo – SÁBADO
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Hayken, uma embarcação de 50 metros, custou 29 milhões de euros à empresária angolana.
Source: Conheça o luxuoso iate de Isabel dos Santos – Mundo – Correio da Manhã
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Source: Watch – Discover
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Acusadas de práticas de feitiçaria, mais de cem crianças foram atiradas aos rios pelos familiares nos últimos três anos em quatro províncias angolanas. Para serem devoradas por jacarés.
Source: Mais de 100 crianças acusadas de feitiçaria atiradas aos jacarés em Angola – DN
DESMENTIDO EM https://blog.lusofonias.net/2020/01/13/desmentida-morte-de-mais-de-100-criancas-acusadas-de-feiticaria-jn/
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ANGOLA: se deixaram a ilha do Mussulo
transformar-se numa lixeira, é caso para
dizer que os angolanos e, no caso,
os luandenses, ensandeceram.
[a foto, que recebi de um amigo, é de janeiro 2020]
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As Terras Altas da Huíla
Quando a História e a Literatura se Encontram
O encontro da História e da Literatura é um tema que me interessa muito, porque me formei em História e esta disciplina tem sido a minha ferramenta de trabalho e, também, porque me tenho servido dela para me envolver no espaço da literatura. Tem sido um tema que me tem levado a estar presente em alguns momentos importantes durante este ano, como a I Conferência Pensar o Sudoeste, realizada pelo Instituto Superior Politécnico da Tundavala, na Huíla (Angola), de 26 a 27 de Setembro e o 1º Congresso Internacional de Angolanística, que teve lugar na Biblioteca Nacional de Portugal, entre os dias 17 e 18 de Outubro.
Angola tem-me interessado mais numa perspectiva literária, mesmo quando a História é chamada ao terreiro da poesia ou da prosa. A Literatura permite-me essa dupla, e para mim mais confortável posição, que é a de ir à História escrita e à Oralidade buscar os elementos que me interessam para trabalhar a minha narrativa ficcional. Assim aconteceu, por exemplo, com a trilogia dos planaltos (O Planalto dos Pássaros, O Planalto do Salalé e O Planalto do Kissonde), que funcionam como janelas da História. Nestes romances pude dar largas à imaginação e intuir o que a História não deixou documentado. O encontro salutar da História com a Literatura pode acontecer sem que os fundamentos daquela sejam postos em causa pela fantasia desta. Só assim, no espaço livre da literatura se pode trabalhar o ambiente, a mentalidade e os comportamentos com independência e a amplitude que a História-ciência não permitiria.
Hoje, os historiadores não se coíbem de usar diversas fontes, mesmo aquelas que, usualmente, ficavam de fora em trabalhos do género. Como nos diz o historiador africano Joseph Ki-Zerbo, conjuntamente com as duas primeiras fontes da história africana (documentos escritos e arqueologia), “a tradição oral aparece como repositório e o vetor do capital de criações socioculturais acumuladas pelos povos ditos sem escrita: um verdadeiro museu vivo. A história falada constitui um fio de Ariadne muito frágil para reconstituir os corredores obscuros do labirinto do tempo. Seus guardiões são os velhos de cabelos brancos, voz cansada e memória um pouco obscura” (Ki-Zerbo – História geral de África I […], 2010, p. 38).
A oralidade é, assim, uma fonte imprescindível pelo que transporta de experiências, de conhecimentos, não só para os historiadores mas também para os escritores. Ela pode ser um veio enriquecedor da Literatura escrita e da História. E acontece, por vezes, chegar o escritor primeiro do que o historiador a esse “veio”, a essa fonte primordial, e, através desta, ao facto histórico. E vários estudiosos da área da História e da Etnologia têm feito referência, através dos anos, à importância da oralidade nas sociedades africanas, em geral, e na angolana, em particular. Da tradição oral bebem os investigadores da História e embebedam-se os criadores de Literatura.
Espreito pela clarabóia da oralidade, debruço-me à sua janela e inspiro-me para a escrita. O poema que se segue, intitulado “As Janelas das Raízes” é uma homenagem minha à memória que nos permite ter consciência do que somos e de onde viemos:
Eu sei que as paredes grossas / da casa onde nascemos / se começaram a construir / no tempo de outras gerações. / E ambos descobrimos isso / quando gatinhávamos / pelas primeiras letras / dos livros mais antigos / que lhe serviam de alicerces. // Ainda os vemos de páginas abertas / no chão húmido da memória, / como se fossem as janelas / das raízes que nos suportam. ”.
E afinal, os “os livros mais antigos” neste poema são os alicerces que se prendem à terra através dos caboucos, que é como se chamam os rasgões feitos no solo onde a casa/memória tem as raízes. Em quimbundo também se chamam cabocos (kabokos) os “homem-memória”, os guardiões da palavra e das tradições, afinal, também eles “as janelas das raízes que nos suportam”.
E é com esse testemunho, com essas memórias, que o escritor muitas vezes recria situações que existiram em tempos idos, podendo até – se engenho e arte não lhe faltar – torná-las vivas e verosímeis. Não sei se este é um caso desses, mas permitam-me que vos revele uma passagem de “O planalto do salalé” (2012, p. 205-206), que recria alguns acontecimentos, como a chegada dos primeiros europeus ao Cuanhama: Magyar, o húngaro do Bié; Brochado, o português de Moçâmedes. Reinava no Cuanhama Haimbili (1811-1858), num tempo perturbado e perturbador, em que a ruptura de uma tradição antiga e fundacional, a da circuncisão dos hambas, leva ao incêndio e abandono do lugar sagrado da Ombala Grande da Ondjiva.
Quem é Haimbili? Quem são Magyar e Brochado? Quem é Ozoro? Pois, são figuras da vida e da História do séc. XIX angolanos. Se de Ladislau Magyar, morador do Bié, e de Bernardino Brochado, morador de Moçâmedes, a História dá conta; já de Ozoro, filha do Soba do Bié e mulher de Magyar, sabemos mais através do belíssimo poema de Ana Paula Tavares (O lago da lua, […], 1999, p. 55), assim como de Naulé, a jovem sobrinha de Mutâmu do Cuanhama, diz-nos mais o romance:
“Os pais […] foram informados da missão sagrada de Naulé e da honra que lhes caberia por fazerem parte do plano de Haimbili: o de salvar o seu povo de um tempo em que seriam governados por sobas não circuncidados, e, por isso mesmo, desprovidos da protecção dos antepassados. As consequências seriam devastadoras… as chimpacas de defesa do Cuanhama ficariam abertas ao voo do salalé e ao avanço do manhéu. [O Planalto do Salalé] .
Afinal, o que vemos desta janela semiaberta da História? Uma missão sagrada de que é encarregada uma virgem, uma vestal (foi assim com todos os povos nos tempos antigos). Mas o seu nome não é importante. Importante é o facto de que, desta vez, não ter sido uma escrava a ser indicada para a missão de guardar o espírito do grande soba, do último a ser circuncidado e por isso a ter o direito de reinar a partir da Ombala Grande da Ondjiva. A missão era de um grau muito superior: preservar a nação, salvar um povo que estava quase a perder a protecção dos antepassados… e se tal acontecesse as chimpacas ruiriam sob o ataque do salalé e o avanço do manhéu. O salalé, a formiga-branca que edifica morros de barro como fortalezas e corrói os paus dos cercados e das chipacas; o manhéu, a formiga negra com cheiro a cadáver, que faz fraquejar as etangas com o odor antecipado da morte. Tudo metáforas, imagens de um tempo que começa a redesenhar-se, dos hambas que deixam de ser circuncidados e da Ombala Grande que é incendiada e abandonada… enquanto os exércitos do Mwene-Putu começam a estar perigosamente perto…
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Cultura | Jornal Angolano de Artes e Letras | 23/07/2019
“O que é a lusofonia? Nos 20 anos da CPLP”
Um artigo de J. Chrys Chrystello, nas páginas 14, 15 e 16
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Fonte: Estão a matar a Lusofonia | Folha 8 Jornal Angolano Independente | Notícias de Angola
“Éuma presença que muito nos honra, bem como a participação das cerca de 70 pessoas que aqui vão estar nestes dias”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Belmonte, António Dias Rocha, na conferência de imprensa de apresentação desta e de outras iniciativas que esta vila do distrito de Castelo Branco acolherá de Abril a Junho.
Esta edição do Colóquio da Lusofonia realiza-se pela primeira vez numa localidade do interior de Portugal e é organizada pela Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia em colaboração com a Câmara de Belmonte, e conta com o apoio da Universidade da Beira Interior, do Governo Regional dos Açores e da companhia aérea SATA.
A iniciativa integra várias sessões científicas, bem como quatro apresentações literárias, uma sessão de poesia a cinco vozes e três recitais do Cancioneiro Açoriano, e de poetas açorianos, executados ao piano pela maestrina Ana Paula Andrade, que será acompanhada ao violoncelo por Henrique Constância da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
O programa integra ainda actuações da Escola de Música de Belmonte e da Academia Sénior de Belmonte.
Segundo a organização, estarão representados 12 regiões e países, nomeadamente Alemanha, Açores, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Galiza, Índia, Luxemburgo, Portugal e Timor-Leste.
Além de Ximenes Belo, que estará presente a partir de dia 7, a iniciativa também conta com inúmeros palestrantes, como por exemplo José António Salcedo ou João Malaca Casteleiro, e com vários autores, designadamente Urbano Bettencourt, que será o homenageado de 2017.
Salientando que todas as sessões são gratuitas, António Dias Rocha também vincou a relevância deste evento, já que contribui para aumentar a oferta cultural no concelho e na região, bem como para promover o território.
“Esperamos que os participantes possam também divulgar e promover Belmonte quando saírem daqui e esperamos que as pessoas da região possam aderir a esta iniciativa e que nos venham visitar”, disse.
Fica por saber que tipo de Lusofonia é esta que inclui Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Galiza, Índia e Luxemburgo e se esquece de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
A Lusofonia é uma realidade (por muito que digam o contrário todos aqueles que compraram a verdade com o cartão de membro de um qualquer partido ou que a vejam como um mero mercado) que em muito ultrapassa os 250 milhões de cidadãos.
Se assim é, por que carga de chuva o dito Colóquio da Lusofonia dá mais importância à Austrália do que a Angola, ao Canadá do que à Guiné-Bissau, à Índia do que a Moçambique? Ou será que é apenas um colóquio das comunidades portuguesas?
Seja lá porque for, com estas iniciativas a Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia está a contribuir para assassinar a Lusofonia. Não serão os australianos, os canadianos ou os indianos (mesmo que falem português) que vão dar vida à Lusofonia.
Por culpa (mesmo que inconsciente) dos poucos que têm milhões, continuam os milhões que têm pouco à espera que a chamada comunidade lusófona acorde. E ela tarda a acordar porque aparecem estas iniciativas que de lusófonas só têm o nome.
É claro que, como em tudo na vida, não faltarão os que dirão que não é possível entregar a carta a Garcia (será que sabem o que isso significa?), justificando que os correios estão fechados…
Mas não é com esses que se faz a Lusofonia apesar de, reconhecemos, muitos deles teimarem em flutuar ao sabor de interesses mesquinhos e de causas que só se conjugam na primeira pessoa do singular.
Não entendem, nunca entenderão, que a Lusofonia deveria ser um desígnio multinacional. E não entendem porque, de facto e cada vez mais de jure, já nem tirando os sapatos conseguem contar até 12, tal a dependência da máquina de calcular.
Cremos, contudo, que vale a pena continuar a lutar. Lutar sempre, apesar da indiferença de (quase) todos os que podiam, e deviam, ajudar a Lusofonia.
Resta-nos acreditar (continuar a acreditar) que a Lusofonia pode dar luz ao Mundo e que, por isso, não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.
Se calhar, mais uma vez, estamos a tentar o impossível. Mas vale a pena (até porque a alma não é pequena) já que o possível fazemos nós todos os dias.
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Amigos,
A Exposição “Angola: Muxima (coração), desenho e texto”, estará em Belmonte de 2 a 5 abr 2020 no 33º colóquio da lusofonia
Concomitante à inauguração, os autores farão uma palestra sobre o projeto de desenhar a Angola atual tal como é, num contexto sociológico que engloba a história, a didática, a pedagogia tanto quanto o cuidado artístico do urban sketcher Luís Ançã e o do escriba dos textos no registo angolano (luandense) da língua portuguesa, Luís Mascarenhas Gaivão.
Trabalhámos 15 dias em Angola, a muxima abrindo espaços de cumplicidade com o povo nas ruas da cidade (zungueiras, meninos, agentes, estudantes, mboas) ou nos recantos imprevistos do sertão e de todos os municípios da Província de Luanda.
Queremos ter os amigos juntos a nós e pedimos que desmultipliquem pelos conhecidos e nas redes sociais este convite, sobretudo pelos que são angolanos de nascimento ou angolanos pela muxima, neste caso cheia de cazumbis africanos.
Luís M. Gaivão e LuísAnçã
11/01/2017