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O presente texto – o primeiro que escrevo, com muito prazer, para o jornal digital português Sinal Aberto – tem por objetivo alinhavar duas ou três notas sobre o possível futuro da língua portugues…
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Francisco construiu uma família composta por 580 pessoas, tendo 42 esposas, 152 filhos, inúmeros netos e bisnetos.
Uma só palavra:
– Valente!
«Francisco Sabalo Pedro “Tchikuteny”, o patriarca da família mais numerosa de Angola e do mundo (mais de 150 filhos), morreu hoje, aos 72 anos, na ilha do Mungongo, município de Moçâmedes (Namibe), vítima de doença prolongada.
Francisco Tchikuteny, como era conhecido, tinha uma família composta por 580 pessoas, teve 42 esposas, 152 filhos, inúmeros netos e bisnetos.
Tchikutent, 72 anos, sofria de cancro da próstata, doença que o obrigou a vários tratamentos médicos, mas sem s…
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ENVOLVERAM-SE COM ELE E ELE AS MATOU!
Por: Sousa Jamba
A UNITA, na pessoa do seu presidente, Jonas Malheiro Savimbi (JMS), demonstrou com uma estrutura de poder, marcada por nuances tradicionais e por querelas palacianas, pôde colocar a mulher nas situações mais extremas e caricatas. Para a questão em análise, não se trata de um conflito entre a instituição da família tradicional, assente na poligamia, e a moderna, que postula pela família monogâmica com os valores a si adstritos. Trata-se do uso, do abuso e da coisificação da mulher, em consequência de um poder autocrático que por vezes, e não foram poucas, mostrou ter perdido o controlo da situação.
As mulheres de Jonas Malheiro Savimbi dividem-se em aquelas que mais amou – e assumiu como “primeira-dama”, mas que também, por razões que se desconhecem mais odiou -, as amantes, que teve filhos com algumas delas, e outras, fruto de relações fortuitas, cujo segredos elas guardam a sete chaves.
A primeira mulher com a qual JMS teve uma relação aparentemente normal, foi Estela Maungo, (uma sul-africana, pouco falada e quase desconhecida) de cuja relação nasceram Nanike Sakaita (actualmente a viver em Acra com o marido Ganês), Helena Ndumbu Sakaita (que vive em Ile-de-France) e Rosa Chikumbu Malheiro (que reside nos Estados Unidos da América). Destas filhas, a destacar apenas Nanike pelo desentendimento com o pai por discordar do seu relacionamento com Sandra Kalufele.
Vinona Savimbi foi a primeira mulher assumida por JMS como primeira-dama, sobretudo na véspera da independência e nos anos que se seguiram. Mulher discreta, pouco ou quase nada reza sobe ela.
O que Vinona Savimbi não previu, na altura, foi o fim que a esperava assim como a utilização, pelo MPLA, dos seus filhos contra o pai. Vinona teve três filhos com JMS, dois dos quais se tornaram famosos pelo facto de o MPLA os ter utilizado para justificar, aos olhos do país e do mundo, a “necessária eliminação física de Jonas Savimbi”. Estes filhos são Araújo Domingos Sakaita, que foi coagido a ir a Luanda, em 1999, a partir de Lomé Togo (vive em Luanda e padece de perturbações mentais) e Anacleto Kajita Ululi Sakaita (vive actualmente em Luanda) que, em 2000, apenas com quinze anos foi obrigado pela Segurança do MPLA (Serviços de Inteligência Externa) a seguir as pegadas do irmão a partir de Abijan. Muito associado aos filhos de Vinona está um outro filho de JMS, Eloi Sassandaly Sakaita.
Não se sabe ao certo quais foram as divergências entre Vinona e Jonas Malheiro Savimbi embora se suspeite de este ter estado por detrás da sua morte em 1984. As opiniões dividem-se entre os que afirmam que ela se suicidou, os que dizem ter morrido num incêndio que devastou a sua cubata e os que dizem que, acusada de feitiçaria, sucumbira na queima das bruxas, sobre liderança de Savimbi. Talvez chateado com os feitos do pai, Araújo Sakaita havia dito a TPA naltura que “sem Savimbi não haverá guerra em Angola” ou seja a morte do pai era necessária.
Muito antes da morte de Vinona, já haviam surgido no seio da UNITA alguns sinais de lutas pelo poder, algo legítimo e normal em qualquer organização política não fosse o facto de estas terem tido, pelo meio, problemas de mulheres. Foi o que sucedeu em 1981 quando, pela primeira vez, se falou duma intentona para destituir Jonas Savimbi, cujos cabecilhas eram Valdemar Pires Chindondo, Ornelas Sangumba e Samuel Chiwale. Os contornos dessa acusação viriam, no entanto, a ser questionados pelo facto de, logo após o assassinato de Valdemar Pires Chindondo, a sua esposa Alda Juliana Paulo Sachiambo “Aninhas” e o filho passarem a fazer parte do clã Savimbi. Foi também sintomático o facto de Aninhas ter sido eleita como Presidente da Organização Feminina da UNITA (Lima) em 1984 ano em que morreu Vinona Savimbi.
Em paralelo com estes acontecimentos, Jonas Malheiro Savimbi afeiçoava-se a uma outra mulher, cujo desfecho foi o mais trágico de sempre e marcou, pela negativa, a história da UNITA e beliscou, como nunca, a sua imagem. E não é de descurar a hipótese de a recusa de JMS a um exílio dourado, também esteja condicionada aos acontecimentos que andaram à volta desta mulher. De nome Ana Paulino, natural de Kachiungo, província do Huambo, era uma jovem elegante, linda e inteligente que através de uma bolsa patrocinada pelos serviços secretos franceses, tirou, em Paris, um curso de Secretariado. Ana era noiva de Tito Chingunji.
De regresso a Jamba, Jonas Savimbi viria a arrebatá-la da forma mais insensata, desafiadora e altiva. Ao arrepio dos tormentos de Tito Chingunji, JMS converteu Ana Paulino na primeira-dama com a qual passou a ser vista nas capitais da América e da Europa.
Da relação entre Jonas Savimbi e Ana Paulino nascerem cinco filhos que vivem quase todos na França. Um deles é Dório de Rolão Preto Sakatu Sakaita, com o qual Savimbi nutria uma grande devoção e confidenciou, via satélite, na véspera da sua morte.
Se Jonas Malheiro Savimbi não teve problemas políticos com os filhos nascidos desta relação, o mesmo não sucedeu com as suas cunhadas, sobrinhas de Ana Paulino Savimbi.
A primeira foi Raquel Matos, que, aquando da ida de Ana Paulino (tia), à França, Savimbi amigou-se com ela e, mais tarde libertou-a, enviando-a para Londres a fim de fazer um curso superior. Raquel Matos é, nada mais nada menos que Romy, a esposa de Tito Chingunji, que acabaria por morrer com ele, nos anos 90. Pelo sim e pelo não, as peripécias à volta dos familiares de Ana Paulino não terminaram por aí. Savimbi matou o Casal.
Depois da relação com Raquel Matos, JMS estabelece uma nova relação com outra sobrinha de Ana Paulino, Navimibi Matos, com a qual teve uma filha, Celita Navimibi Sakaita. Navimbi Matos acabaria por morrer em 1981, queimada viva, num dia em que Savimbi dizia que ficaria na história da UNITA como o “Setembro Vermelho”, mas que condicionou sobremaneira a imagem da própria UNITA, ou seja, a queima das bruxas.
Como não há duas sem três, Jonas Savimbi viria, numa fase em que a idade, o cansaço da guerra, e as frustrações o afectavam, sobretudo as suas faculdades mentais, a atirar-se a uma outra sobrinha de Ana Paulino Savimbi, Sandra Kalufelo (com a qual teve um filho, Muangai), na altura, uma simples adolescente. O mais caricato foi que Jonas Savimbi, algo impensável no passado, chegou a atribuir a Sandra alguns poderes financeiros e mesmo militares. E seria esta Sandra que mais tarde, ao criar uma série de intrigas, acabaria por influenciá-lo na morte da tia, Ana Paulino Savimbi. Recorde-se que esta foi enterrada viva numa toca de animais, logo depois da perda do Bailundo e do Andulo, por JMS também recear que viesse a ser capturada pelas tropas das FAA.
Outras mulheres não menos importantes para Jonas Malheiro Savimbi foram: Catarina Massanga (Mãe Catarina) que vive actualmente em Luanda no Projecto Nova Vida. De etnia Chokwe, e natural do Moxico, granjeia até ao momento um grande respeito por parte dos membros dessa organização política que a consideram uma mulher de grande dignidade. Catarina Massanga teve um filho com Jonas Savimbi, Rafael Massanga Sakaita Savimbi, nomeado este ano 2013 secretário nacional para a Mobilização Urbana do partido do Galo negro é visto por alguns como uma promessa para a futura liderança política da UNITA.
Outra mulher é Valentina Seke, provavelmente a menos falada, mas que ficou conhecida por ter estado com Jonas Savimbi no dia da sua morte, ter sido ferida e vista na Televisão subnutrida e aos prantos aquando do funeral do marido.
Outras mulheres de Jonas Savimbi:
ESPOSAS:
a) Catarina Natcheya, é a viúva mais velha de Jonas Savimbi e tem relações de parentesco (irmã) com Toya Chivukuvuku;
b)Cândida Gato, também irmã de Toya Chivukuvuku, foi esposa de Beto Gato, irmão de Lukamba, que teve de se refugiar nos Estados Unidos da América ao notar a aproximação de JMS à sua esposa. Tem uma filha com Jonas Savimbi e, mesmo depois da morte de Beto Gato, ainda continua a viver nos Estados Unidos da América;
c) Teresa, a “escurinha”;
d) Alzira (mestiça de Calulo);
AMANTES:
a) Domingas Pedro (irmã do general Kalias Pedro, vive actualmente em Portugal onde está casada com um S. Tomense);
b) Olinda Kulanda, ex-locutora da Worgan, morreu no Bailundo em 1998, envolta num grande misticismo;
c) Etelvina Vasconcelos (reside actualmente na Suíça depois de passar pela Costa do Marfim, na qualidade de estudante);
d) Lúcia Wandy Lutukuta (foi militar da UNITA);
e) Mizinha Chipongue, trabalhou no protocolo da presidência;
f) Chica; foi oficial da Brinde com a patente de Major;
g) Elsa Matias (uma jovem da Jamba);
h) Kwayela Moreira (mestiça, estudante na Jamba);
i) Maria Ekulika (funcionária do protocolo, apareceu morta de modo estranho);
j) Joana (foi morta por ter transmitido a JMS uma doença sexualmente transmissível;
l) Eunice Sapassa, acusada de feitiçaria, foi morta no processo “Setembro Vermelho” ou “Queima das Bruxas”;
m) Tina Brito, uma mestiça para quem JMS tinha uma afeição muito grande, mas que acabou por ser morta por fuzilamento por se ter recusado em provocar um aborto. Note-se que JMS não queria filhos mestiços;
n) Gina Kassanje, morta por ciúmes;
o) Cândida (morta por ter enviado uma carta de amor interceptada pela Brinde; o) Sessa Puna, ex-esposa de Miguel Nzau Puna. Acabaria por ser morta por ter servido de intermediária entre Cândida e o referido amante,
p) Aurora (acabaria por ser abandonada depois de ter sobrevivido por na altura, não passar de uma adolescente e ser demasiado bela, a uma acusação de feitiçaria, vive agora em Luanda;
q) Edna Álvaro (amigou-se com Savimbi, logo após as eleições de 1992 e viveu com JMS no Bailundo e Andulo, do qual teve um filho).
(Este texto tem 17 anos)
Autor: Sousa Jamba
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O antropólogo e economista franco-senegalês Tidiane N’Diaye considera que o tráfico de escravos árabo-muçulmano, realizado durante quase mil anos, ainda não foi reconhecido em toda a dimensão
Source: “A escravatura árabe foi muito mais violenta” | Entrevista | Jornal de Angola – Online
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Estas palavras atribuídas ao Governo são uma ameaça sob forma de profecia. Já ontem o grupo Continente, aliado da empresária angolana nas telecomunicações, emitia um comunicado que revelava uma preocupação inadequada a um Estado de Direito. Ontem ao serão, todos vimos na televisão o Dr. José Miguel Júdice, um advogado respeitado, com um ataque de incomodidade, quando Clara de Sousa abordou o tema das suas relações profissionais com a acusada. Melhor dito: da condenada.
Tal como nos dias imediatamente posteriores ao 25 de abril eram publicados nos jornais anúncios do tipo «José Silva (foto) declara não ser o PIDE José Silva», em breve teremos anúncios do tipo «José Silva (foto) declara não ser o José Silva que numa receção o mês passado apertou a mão â Eng.ª Isabel dos Santos».
Está criado um clima de receio decorrente da maciça violação da presunção de inocência. Esse clima só nos prejudica a nós portugueses: nas palavras do governo, seremos nós os prejudicados: empresários e trabalhadores portugueses serão punidos pela falência e pelo despedimento. Mas por que bulas?
Talvez a Eng.ª Isabel dos Santos seja afetada pelo escândalo. Mas como o serão as empresas portuguesas de que ela é acionista? Não se vê como. O “Economista Português” presume que aquela empresária não tem sociedades por quotas nem é empresária em nome individual. As sociedades anónimas só não são imunes à sorte dos seus acionistas quando o Governo as ataca ou os ataca.
Estamos no ponto crucial. O Governo atacará a Eng.ª Isabel dos Santos? Se ataca, como o Governo é a voz da nação, continua a ser a voz da nação, Isabel dos Santos é culpada. Por isso, um bom juiz português, terá que a declarar culpada. Porque os juízes são independentes de pressões individuais mas não são independentes da voz da nação. Nasce aqui o clima de receio: o nosso governo, para obedecer ao politicamente correto vindo de além-Pirinéus, prepara-se para destruir empresas portuguesas.
Não seria a primeira vez: todos nos lembramos que no governo do Dr. Passos Coelho o BES, o grande banco privado português, foi destruído pelo Banco de Portugal (BdP), dirigido então como hoje pelo inefável Costa, Carlos.
A atitude anunciada do Governo português não é ditada por nenhum receito moral ou jurídico. Os ataques à empresária angolana são seguramente guerras dentro da elite angolana pelas propriedades dela e talvez por algo mais, como ontem sugeriu Carlos Matos Gomes. Das acusações que lhe são dirigidas, não vimos nenhuma relativa a atividades ilícitas em solo português. Claro que mesmo assim a PGR deve analisar os “Luanda Leaks”, mas por certo deles nada sairá de positivo que nos respeite.
Se sair, haverá julgamento, quando a opinião pública estiver desintoxicada. Se Angola, o país mais afetado pelas ilegalidades presumidas, assim o entender, enviará pelas vias judiciais o competente pedido para julgar a acusada. O qual não é substituído pela presente campanha de intoxicação e, a existir, será devidamente apreciado.
Ou será que o nosso Governo tomou por suas as guerras político-económicas angolanas?
“O Economista Português” não acredita que estes erros sejam atribuídos ao Dr. António Costa, um homem competente e experiente. Prefere pensar que a preparação do voto final do orçamento não lhe deixa tempo livre para evitar que sejamos colonizados pelas guerras angolanas (e de terceiros desconhecidos), assim como não lhe deu tempo para sopesar que o anúncio de dois novos canais generalistas na TDT (Televisão Digital Terrestre), ocorrida há dois dias, subverte totalmente o campo político e empresarial português.
Irritado com a gritaria da Sr.ª Dona Catarina Martins, António Costa perdeu o leme da nau do Estado?”
in “O Economista Português”, 22.jan.2020