Categoria: angola e cabinda + Agualusa + africa

  • “Português de Angola: Fonologia, Sintaxe e lexicografia” – Observatório da Língua Portuguesa

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    Constituído em Junho de 2008, o OLP – Observatório da Língua Portuguesa é uma associação sem fins lucrativos que tem por objectivos contribuir para: o conhecimento e divulgação do estatuto e projecção no Mundo da Língua Portuguesa; o estabelecimento de redes de parcerias visando a afirmação, defesa e promoção da Língua Portuguesa; a formulação de políticas e decisões que concorram relevantemente para a afirmação da Língua Portuguesa como língua estratégica de comunicação internacional.

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  • convite

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  • ONDJÉLUA, A FESTA DA CHUVA

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    ONDJÉLUA, A FESTA DA CHUVA

    ONDJÉLUA, A FESTA DA CHUVA
    um filme que mostra ter asas para voar
    Em 2019, o meu amigo e conterrâneo Óscar Gil convidou-me a participar nas filmagens da Ondjélua, o Cortejo do Boi Sagrado, como consultor de história e etnografia do Sudoeste angolano. Achava ele que eu poderia dar um contributo na escrita de um texto base para o guião do filme e, também, como consultor de aspectos mais históricos deste cerimonial. Para além de mim, contava com o apoio de Calapato, um filho dos Gambos, cuja língua materna é o olunhaneca e é fluente na língua portuguesa. Tudo isto permitiu que houvesse uma aproximação à Ondjélua da forma mais correcta, respeitadora e tranquila, pois tínhamos consciência do secretismo que sempre envolveu este cerimonial. Apesar de tudo, muitos anos antes, em 1976, o antropólogo e cineasta Ruy Duarte de Carvalho, já havia feito uma tentativa de aproximação, chegando a realizar uma reportagem cinematográfica sobre a Ondjélua, que decorreu entre 26 e 28 de Julho de 1978. Numa merecida homenagem a este projecto precursor, a ÓscarGil Produções dedica a Ruy Duarte de Carvalho este seu filme. Se o primeiro cineasta enfrentou as dificuldades de um tempo complicado, em que a guerra civil já era uma realidade em Angola, desta vez a guerra era de outro calibre, a pandemia do Covid 19, que nos impossibilitou de dar início ao trabalho em 2020, como inicialmente havia sido avançado. Tivemos, por isso, que aguardar que o “bicho” ficasse mais manso, mais controlável, para darmos asas ao projecto. Finalmente, no ano passado, em Julho de 2022, o Óscar Gil voltou a falar-me e encontrámo-nos no lugar certo para se iniciarem as filmagens, a Chibia. Foram dias de muito trabalho e de inolvidável encantamento. Por isso fico muito grato ao meu amigo Óscar Gil pelo convite. Para mim foi um privilégio ter estado tão perto da Ondjélua e ter participado das filmagens deste cerimonial tão antigo. O cortejo tem início no final das colheitas, com o aparecimento da lua nova, entre Julho e Agosto, em pleno tempo do cacimbo. Trata-se de uma cerimónia de carácter mágico-religioso, da qual fazem parte muitas pessoas, sobretudo mulheres, com desenhos no rosto feitos com o mpheio ou caulino, desenhos de base geométrica, geralmente triângulos e losangos, alusivos às manchas brancas existentes na fronte do Nauânga, o boi sagrado. A Ondjélua é essencialmente um cortejo solene, cujo elemento principal é o boi pertencente às manadas do Hamba (soba, soberano), guardado pelo Senhor do Sambo (currais), o Muêne Hambo. É um cerimonial praticado entre os Nhaneca, povo do Planalto da Huíla, a partir das Ombalas (residências dos hambas ou sobas) do Lupolo, do Jau e dos Gambos, com o objectivo de solicitar a vinda da chuva para que possa haver fartura nos campos e prosperidade entre os homens. Actualmente só se pratica no sobado do Jau, no município da Chibia. Por isso foi aqui que tudo começou para nós. No Jau teve início o trabalho da ÓscarGil Produções, que terminou muito tempo depois, já que só as filmagens do cortejo duraram dois meses (o tempo das cerimónias) e o trabalho de edição do filme mais de um ano. E valeu a pena! A Ondjélua tem concorridos a vários festivais, tendo obtido até agora três prémios: o Prémio UNITEL – Angola destinado a concorrentes angolanos na área do cinema documental; o Indo French International Film Festival, primeiro programa colaborativo feito para reconhecer e homenagear talentos e aberto a todos os cineastas aspirantes ao redor do mundo; o Bridge Fest, Vancouver (Canadá), festival de cinema que aceita filmes e roteiros e aponta vencedores mensais em todas as categorias e géneros.
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  • Portugueses que viajam para Angola já não precisam de certificado da febre amarela – SIC Notícias

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    O certificado internacional de vacinação contra a febre amarela era, até agora, um requisito indispensável para entrar em Angola. Quem quiser visitar o país por 30 dias passa a necessitar apenas de um passaporte válido.

    Source: Portugueses que viajam para Angola já não precisam de certificado da febre amarela – SIC Notícias

  • JORGE ARRIMAR EM LUANDA

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    Ontem aconteceu, como estava previsto, o lançamento em Luanda do meu livro Cuéle, o Pássaro Troçador. Fomos simpaticamente recebidos por Sónia Fonseca no Centro Cultural do Inst. Camões e tudo correu da melhor maneira. Num auditório praticamente cheio, Sónia Fonseca abriu a sessão e ouviu-se de seguida, com atenção e evidente interesse a apresentação do livro feita pelo notável homem de letras e professor universitário que é José Luís Mendonça, um texto à sua medida, culto, profundo e literário. Acredito que só para ouvi-lo valeu a pena a deslocação dos presentes àquele local. Após a minha pequena intervenção como autor, a sessão terminou com um apontamento musical a cargo da Leonor. É sempre agradável um momento musical numa sessão em que a palavra se impõe. Vi pessoas que não conhecia e encontrei pessoas amigas que já não via há muito tempo. Uma delas, um antigo aluno de há mais de 50 anos e que nunca mais nos haviamos encontrado. Afinal, a apresentação do livro a proporcionar situações tão agradáveis. E também pelo número de exemplares que autografei, acho que foi mesmo um êxito este voo do Cuéle pelos céus de Luanda. E no final, fomos jantar na ilha, em grupo mais restrito, e assim terminámos o dia com o olhar a iluminar-se na baía.
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    You, Maria Jose Vitorino, Natividade Ribeiro and 66 others

  • FLEC anuncia nova estratégia e apela a população de Cabinda à “insurreição armada” | e-Global

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    FLEC apela a população de Cabinda à “insurreição armada” e quer a tornar Cabinda num “território insuportável à presença de Angola”.

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  • SERRA DA LEBA ANGOLA

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    https://www.facebook.com/reel/763566268042563

  • Angola arresta aviões, prédios em Wall Street e Dubai, um Lamborghini e um SPA

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    Source: Angola arresta aviões, prédios em Wall Street e Dubai, um Lamborghini e um SPA

  • agitaçao em angola

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    Ex-PM angolano diz que proposta de destituição de João Lourenço alerta para “aspetos muito graves” (C/ÁUDIO)
    *** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***
    Luanda, 21 jul 2023 (Lusa) – O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco considerou hoje “muito interessante e de grande alcance” a iniciativa de destituição do Presidente angolano, sobretudo em termos políticos, considerando que o pedido indica “aspetos muito graves” que se passam em Angola.
    “Em termos políticos, não há dúvidas que é uma iniciativa muito interessante, pelo menos através desta atitude está a se a chamar a atenção a aspetos muito graves que se estão a passar no país por iniciativa do Presidente da República, João Lourenço”, disse hoje Marcolino Moco, em declarações à Lusa.
    Salientou que o seu comentário não visa defender se o Presidente angolano deve ou não ser destituído do cargo, mas que a iniciativa legislativa da UNITA “vem a altura de, pelo menos, sacudir a sociedade nacional e internacional no sentido de alertar que o que se passa em Angola é muito grave”.
    “O Presidente (da República) João Lourenço está a matar os mecanismos judiciais de forma acintosa, à luz do dia, toda a gente a ver”, afirmou Marcolino Moco, salientado que com os seus despachos o chefe de Estado angolano está a criar “um grande monopólio económico”.
    Para o antigo primeiro-ministro angolano, atraveés de despachos presidenciais, João Lourenço, reeleito em 2022 para um segundo mantado de mais cinco anos, “está a puxar a brasa para toda a sua sardinha, em termos económicos, sem olhar para as consequências”.
    “Estou a me referir ao grande monopólio económico que ele está a criar, está a empobrecer o país e a congelar o sangue do país: a moeda não circula, a fome, a indigência, o desemprego aumenta”, apontou.
    Moco, que já foi secretário-geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975), criticou também João Lourenço, também presidente do MPLA, por “atirar-se” às empresas dos filhos do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos.
    “Há toda uma série de questões que, de forma geral, são levantados pelo esboço da acusação da UNITA que, pelo menos, dão a sensação de que afinal a oposição tem a noção e está a levantar a situação da gravidade das questões que se passam no país na pessoa do Presidente João Lourenço”, insistiu.
    A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) apresentou, na quarta-feira, uma proposta de iniciativa de processo de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço, por alegadamente ter “subvertido o processo democrático no país e consolidar um regime autoritário que atenta contra a paz”.
    A iniciativa de “Impeachment” (destituição) de João Lourenço foi apresentada em conferência de imprensa pelo grupo parlamentar da UNITA.
    Fundamentos doutrinários, político constitucionais e políticos de desempenho constituem os eixos da iniciativa da UNITA, referindo que a governação de João Lourenço “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”.
    E em reação, o MPLA acusou, na quinta-feira, a UNITA de ser “irresponsável” e de querer ascender ao poder “sem legitimação”, afirmando que os seus deputados vão tomar providências para impedir que o parlamento angolano seja instrumentalizado.
    Para a iniciativa da UNITA – que conta apenas com 90 deputados – passar no crivo do plenário do parlamento, onde o MPLA detém a maioria, dois terços de deputados em efetividade de funções deveriam votar favoravelmente.
    Questionado se a iniciativa da UNITA tem condições para avançar, ante a maioria parlamentar do MPLA, Marcolino Moco referiu que mesmo que a iniciativa pode não resultar do ponto de vista legislativo, em termos políticos ela tem “um grande alcance”.
    “Esse tipo de atos nem sempre tem o valor pelas consequências que possam ter, eu, por exemplo, sou jurista, mas não só formalista, olho o direito e a justiça não como um valor em si, mas como um meio”, notou.
    Mas, em termos políticos, prosseguiu, “não é preciso as consequências desta ação venham a ser efetivas, o que a princípio olhando para o plano constitucional, sobretudo no plano material, continua a não haver coragem no seio do MPLA”, apontou.
    Em relação à reação do MPLA, Marcolino Moco considerou que esta reflete o “mesmo comportamento destes (dirigentes) alegarem serem os inventores da democracia e fundadores da nação”.
    “Já vimos a resposta agora do MPLA, que reflete o mesmo comportamento, de que eles que são os inventores da democracia, eles são os fundadores da nação, um conceito completamente errado e que deve ser abandonado se queremos ter efetivamente um país para todos”, defendeu.
    Marcolino Moco acrescentou: “Ninguém fundou a nação, este é um slogan político que não é de todo proibido de se dizer, mas não pode ser aceite como algo efetivo, ninguém criou a nação, ela criou-se ao longo da história”.
    DYAS // PJA
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