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Em directo da redacção – Macau a meio caminho na transição plena para soberania chinesa

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Macau assinalava nesta sexta-feira metade do processo de transição de Portugal para a China, 25 anos, de um total de 50, no âmbito de uma região administrativa especial chinesa, como negociado entre…

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Macau vive entre a “evolução extraordinária” na economia e a “degradação grosseira” da liberdade

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Passaram 25 anos desde que Macau deixou de ser governado por Portugal. Daqui a 25 anos, a região administrativa especial passa a integrar de forma plena a República Popular da China. Como evoluiu?

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macau sem novos portugueses

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Cônsul-geral de Portugal vê com “optimismo realista” futuro dos portugueses.
O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong disse ver com “optimismo realista” futuro da presença dos portugueses no território, actualmente “bastante evidente” e em “lugares relevantes”.
No ano passado, as autoridades deixaram de aceitar novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território.
Perante a presença portuguesa na vida associativa, na advocacia, no ensino, na administração e nos tribunais, “em que há juízes portugueses a julgar”, é preciso “reconhecer que isto é invulgar, que significa um sucesso”, disse à Lusa Alexandre Leitão.
Isto “abre portas para um certo otimismo em relação ao futuro.
Obviamente, um optimismo realista, de quem sabe que Macau pertence à República Popular de China”, afirmou.
“Se tivermos presente que estamos na China, ainda que com condições especiais e que me parecem muito interessantes para a própria China, creio que […] temos razões para ver perspetivas de sucesso e áreas de crescimento da nossa presença,
da nossa participação em projectos como [a Área] da Grande Baía, como a Plataforma, Centro e Base da relação entre a China e os países de língua portuguesa, e até para o projecto de internacionalizar a economia portuguesa e ajudar à internacionalização da economia chinesa também”, assinalou o diplomata.
Sem esquecer “a competência e o conhecimento absolutamente ímpar que os macaenses têm da China”, tem-se “um ‘cocktail’ no que pode ser muito eficaz para que esta cidade, que é pequena na China, tenha uma relevância maior do que a sua estrita dimensão demográfica ou geográfica”.
“A China dá todos os sinais de querer ter uma relação especial com o universo lusófono.
E nós não temos, seriamente, nenhuma condição para pôr em causa aquilo que a China diz.
Acreditemos que aquilo que é proclamado é a intenção real e trabalhemos para isso com a China”, sublinhou.
No ano passado, Macau deixou de aceitar novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território.
As orientações eliminam uma prática firmada após a transição de Macau, em 1999.
A alternativa para um português garantir o bilhete de identidade de residente (BIR) passa por uma candidatura aos recentes programas de captação de quadros qualificados.
Outra hipótese é a emissão de um ‘blue card’, autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação.
Sobre esta questão, Alexandre Leitão afirmou ser um sinal.
“Obviamente, esta decisão foi um sinal.
E é um sinal que tem leituras, como todos os sinais.
E uma mudança súbita, depois da [pandemia da] covid-19, numa altura em que se falava da recuperação e da necessidade de diversificação económica, quando isso significa em qualquer cidade do mundo e da própria China, abertura”, considerou.
“Digamos que temos o direito de olhar para este sinal como algo frustrante e contrário às nossas expetativas e sobretudo de difícil compreensão pelo momento e pelo facto de que objetivamente são poucos os portugueses que vêm de Portugal procurar Macau”, salientou.
Alexandre Leitão disse acreditar “ser do interesse da região poder beneficiar do contributo qualificado de mais portugueses”.
Este sinal “autoriza leituras diversas”, como a de ser um esforço de normalização: “é evidente que Macau, mais uma vez, pertence à República Popular da China e, portanto, compreendo que seja para alguns discutível que os portugueses tenham um estatuto diferente de outros estrangeiros ou até de pessoas que vêm da China”, afirmou.
“Mas o meu papel aqui é defender os interesses da comunidade portuguesa e de Portugal e pôr em evidência aquilo que acredito ser a capacidade que os portugueses têm de trazer valor para o projeto de crescimento, diversificação de Macau, de integração e de contributo apreciável no projecto da Grande Baía e no projeto de plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”.
Os portugueses que “aqui estão e que não são nascidos aqui não são assim tantos e não são demais”, considerou.
Para o diplomata, trata-se de uma opção soberana de autoridades que têm plena competência para decidirem o que entendem: “não houve violação, na minha opinião, da Lei Básica nem nada disso”.
“Temos que separar o que é jurídico do que é político e eu estou aqui a fazer obviamente uma interpretação enviesada pelo facto de ser representante de Portugal e de defender os interesses portugueses”, assinalou.
Cerca de 155 mil pessoas têm nacionalidade portuguesa em Macau e Hong Kong, disse à Lusa.
De acordo com os censos de 2021, realizados no território, há mais de 2.200 pessoas nascidas em Portugal a viver em Macau. Lusa
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o futuro da economia de Macau

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“Sam Hou Fai irá promover a diversificação, combatendo o dinheiro ilegal”.
Enquanto juiz, natural da China Continental e sem ligações ao tecido empresarial do território, o novo Chefe do Executivo tem um perfil diferente dos seus antecessores, afirma o especialista em consultoria de risco político e corporativo, Steve Vickers.
Em entrevista ao PONTO FINAL, o CEO da Steve Vickers and Associates, afirma que, com esta nova liderança, abre-se, assim, outro caminho rumo à diversificação da economia, assente num pulso mais firme, numa ligação mais próxima a Pequim e num controlo mais rígido da fuga de capitais chineses.
– Publicou, recentemente, um artigo onde diz que o novo Chefe do Executivo de Macau, Sam Hou Fai, em comparação com os antecessores, será o que tem os maiores vínculos à China Continental. Que impacto terá isso na economia do território?
Todos os anteriores líderes de Macau, desde a transferência de administração de 1999, vieram de famílias ligadas ao sector empresarial do território.
Pelo contrário, este novo líder é um juiz, um homem mais directo, que não vem da comunidade empresarial, natural da China Continental.
É provável que, por isso, se oriente mais pelas políticas do China Continental do que os anteriores.
– Nesse artigo afirma que Sam Hou Fai irá lutar pela diversificação da economia do território. Considerando que também os seus antecessores a defenderam, quão diferente será o novo Chefe do Executivo?
Sam Hou Fai irá tentar a diversificação, mas, considerando que 85 por cento das receitas do Governo vêm do jogo, não é um trabalho fácil.
Sem dúvida, como disse no documento que escrevi, que será isso.
Macau é o único sítio na China onde se pode jogar — 85 por cento das receitas do jogo vêm do jogo e, pelo menos, 30 por cento da mão de obra é directamente empregada pelo jogo, talvez até 70 por cento, no total.
Torna Macau vulnerável.
Quando chegou a COVID-19, foi um desastre.
Têm surgido compromissos para pôr pressão nas concessionárias para pagar por áreas não ligadas ao jogo, como a cultura, desporto e tudo isso.
Se eu fosse um obrigacionista ou um grande accionista, não poria dinheiro em actividades que não estão ligadas ao jogo, poria por achar que o jogo é um bom ganho.
Ao mesmo tempo, a China está muito interessada em manter o controlo de capital, agarrando-se ao seu dinheiro e Macau faz tudo por facilitar a saída de capital.
Vai ser um trabalho difícil.
– Essa diversificação é uma tarefa impossível?
A curto prazo.
Mas, para ser justo para os grandes casinos, é como Jeckyll & Hyde.
Por exemplo, se pegarmos no Las Vegas Sands — eles construíram infra-estruturas desportivas, grandes hotéis, espaços para conferências, para além do jogo.
Pelo contrário, outros casinos, como o Wynn, são apenas espaços de jogo, com um hotel adjacente.
Temos de olhar de maneira diferente.
É difícil.
As tentativas de deter a saída de capital por parte do Governo Central estão a aumentar.
Vi, muito recentemente, mais ou menos 10.000 pessoas detidas por troca de dinheiro ilegal, em Macau, o que é a continuação das actividades dos anteriores operadores junkets.
O novo Chefe de Executivo está a reflectir a política nacional de Pequim.
Nem sequer é um trabalho difícil, é mais um trabalho para o Tom Cruise [no filme “Missão Impossível”].
É, por isso, que não estou impressionado com as oportunidades de sucesso e de grande lucro para os casinos.
Não creio que vão falir, mas os dias de Yabba-Dabba-Doo! [grito de alegria usado na série “Os Flintstones” e depois em “Zé Colmeia”] já passaram.
A indústria de jogo vai ficar estável, vai ter ofertas de emprego, mas as pressões para serem forçados a contribuir para actividades não ligadas ao jogo vão torná-la menos atractiva.
– Ho Iat Seng, na renovação com as concessionárias do jogo, já tinha imposto que fossem obrigadas a canalizar parte do dinheiro em actividades de outras áreas, incluindo a revitalização do património do território. Teve algum impacto?
Para ser justo com ele, ele tentou e mexeu um pouco com isso.
Macau tem estado dependente do jogo há tanto tempo.
Introduziu algumas obrigações junto das operadoras de jogo, há promessas de quase 15 mil milhões de dólares norte-americanos em actividades não ligadas ao jogo, como conferências e entretenimento.
Isso é tudo óptimo, mas não teve um efeito significativo.
– Com Sam Hou Fai, quais são os riscos para as operadoras de jogo?
Têm de perceber que há algumas coisas que não vão ser toleradas.
Os junkets, que cresceram em Macau por muitos anos, eram homens do crime organizado.
Há pessoas que ainda vêm daí, que estão envolvidas em trocas de dinheiro ilegais, casas de penhores, lojas de joalharia e lojas de luxo, que continuam por aí, e estão todos dependentes de apenas uma coisa: a saída de capitais da China Continental.
É crítico assegurar o controlo dos capitais chineses.
Um dia — esta é a minha previsão e posso estar errado — mas acredito que, um dia, o Governo Central vai simplesmente dizer que o jogo é ok, podem continuar com o jogo, mas tudo precisa de ser feito em RMB, não em dólares de Hong Kong ou dólares norte-americanos.
Esse não vai ser um bom dia para os casinos.
– O que é que isso irá significar?
Significa que posso ir de ferry até Macau esta tarde em 45 minutos, com um bolso cheio de dólares de Hong Kong, e apenas jogar em dólares de Hong Kong, ou posso vir da China Continental e trocar o meu dinheiro por dólares de Hong Kong.
Macau continua a ser um lugar fácil para o dinheiro sair da China Continental.
Eventualmente, o Governo ficará cansado disso, já que a economia não está em boas condições, há crescente ênfase num mais apertado controlo estatal e, assim, há menos flexibilidade.
As coisas estão a mudar.
A saída de capitais é um grande problema.
Ser forçado a diversificar ou, pelo menos, em paralelo com outras coisas.
Há muita pressão para co-investir em actividades não relacionadas com o jogo e, no geral, há um esforço para conter a saída de capitais da China Continental.
Não é o fim do mundo, não digo que tudo acabou, mas não vai ser tão excitante como costumava ser.
– Isto deverá acontecer já com Sam Hou Fai?
Ele vai começar em força.
Estão todos alinhados com a China Continental.
Apesar de Macau ter oficialmente regressado à China em 1999, na realidade, desde 1966, está a ser gerida pelos chineses.
Durante a Revolução Cultural, houve motins em Macau e o Governo português até fez esforços para devolver Macau antes e os chineses não quiseram.
Dizer que está a acontecer devido a Sam Hou Fai não é verdade, o nível de controlo sempre foi muito grande, pelo menos desde 1966.
– Nesse caso, o que irá mudar com o novo Chefe do Executivo?
É um antigo juiz, é duro, tem uma boa reputação como honesto.
Não é uma das famílias de Macau e suspeito que sofrerá menos pressão dos pares.
Acredito que Sam Hou Fai irá promover a diversificação por via do combate ao dinheiro ilegal e os casinos que se comprometeram a pagar estes milhares de milhões de dólares em actividades não relacionadas com o jogo vão ser encorajados a fazer a sua contribuição.
– O que precisam de fazer os operadores?
Não só precisam de fazer, como também de serem vistos a fazer, para não apanharem demasiado pancada.
O Governo não vai eliminar a indústria do jogo, mas quer mudar algo, para que outros sectores se transformem em grandes empregadores.
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BENSAUDE COMPRA HOTEL DA CALOURA

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NOTÍCIA I Bensaúde compra Caloura Hotel Resort
A Bensaúde acaba de adquirir o Caloura Hotel Resort – passa a ser o sexto hotel em São Miguel, o décimo no geral.
O Hotel está localizado na costa sul da ilha de São Miguel, na baía da Baixa da Areia, numa área natural protegida com acesso direto ao mar e às piscinas naturais. Dispõe de 80 quartos, piscina exterior, ginásio, sauna, campo de ténis e restaurante.
A unidade hoteleira com 46 anos tem sido ao longo dos anos alvo de várias melhorias.
O grupo Bensaúde vê nesta aquisição a possibilidade de reforçar a sua posição no mercado da hotelaria açoriana.
A hotelaria açoriana que recebeu nos primeiros nove meses do ano cerca de 3,5 milhões de dormidas, um acréscimo de 11,2% face a 2023.
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