A CRETINICE WOKE, NOVA CENSURA


Inglaterra

Livros da autora de “Os Cinco” escondidos nas bibliotecas para não ofenderem leitores

Livros da autora de “Os Cinco” escondidos nas bibliotecas para não ofenderem leitores

Versões originais de algumas das mais de 700 coleções da escritora britânica EnidBlyton foram removidas das prateleiras das bibliotecas de Devon, em Inglaterra, e armazenadas de forma a que o público não “tropece” em linguagem “desatualizada” que possa ser ofensiva para os leitores. Entre esses livros estão os famosos livros de mistério e aventura para o público juvenil “Os Cinco”.

A partir de agora, nas prateleiras das bibliotecas de Devon, em Inglaterra, apenas estarão disponíveis publicamente trabalhos editados recentemente, de onde terão sido já removidos termos ofensivos. Embora listados no catálogo da biblioteca online, os leitores só terão acesso às edições anteriores dos textos se as solicitarem especificamente aos bibliotecários. E ao fazê-lo, haverá um “sistema de aviso informal para recordar os leitores da linguagem contida na versão antiga”, adianta o “TheTelegraph”.

Esta medida foi revelada em documentos do Conselho do Condado de Devon que explicam que a LibraryUnlimited – que administra o serviço de biblioteca do município – audita regularmente os livros, substituindo-os por versões alteradas. Os documentos revelam ainda que, quando os títulos populares contêm linguagem “cada vez mais desatualizada”, as bibliotecas compram versões novas e editadas.

A área proibida das bibliotecas também contém outros livros que foram alvo de funcionários ou clientes, como a autobiografia de Tommy Robinson, fundador da Liga de Defesa Inglesa de extrema-direita.

“Se as bibliotecas públicas insistirem em ter uma política de censura, os utilizadores, especialmente crianças e os seus pais ou responsáveis, devem ser claramente informados de que o acervo da biblioteca pode não ser abrangente devido a essa política”, disse Byrn Harris, consultor jurídico da FreeSpeechUnion, acrescentando que o raciocínio para os livros serem retirados da vista do público era de “relevância duvidosa”, apesar das muitas críticas às obras de Blyton.

Alterações às palavras e expressões

EnidBlyton escreveu mais de 700 livros, incluindo títulos como “Os Cinco” e “Noddy”, desde o final dos anos 1930 até à sua morte em 1968. Em 2010, a editora Hodder confirmou que as obras seriam atualizadas para torná-las “intemporais”.

Em janeiro do ano passado, Jacqueline Wilson reescreveu “Os Habitantes da Árvore Longínqua” para remover “expectativas sexista”‘ de personagens femininas. Neste caso, tarefas domésticas para as meninas foram substituídas por uma lição sobre igualdade de género. No mês seguinte, alteraram-se as palavras “queer” e “gay”, bem como “castanho” – em referência à cor da pele da personagem – nos livros “Os Cinco” e “O Colégio das Quatro Torres”. A descrição de “um menino pescador de rosto moreno”, por exemplo, foi alterada para “um menino pescador bronzeado”.

Exemplos de racismo nos livros incluem “A Boneca Negra” de 1966, no qual o personagem principal Sambo só é aceite pelo dono “quando o rosto preto feio é lavado pela chuva”.

EnglishHeritage admite racismo e xenofobia

De acordo com a BBC, a EnglishHeritage disse, em 2021, não haver planos para remover uma placa azul para a autora EnidBlyton, apesar de admitir que trabalho é racista e xenófobo. A placa no exterior da sua antiga casa no sudoeste de Londres foi instalada em 1997, 29 anos após a sua morte aos 71 anos.

A EnglishHeritage afirma também que a editora Macmillan se recusou a publicar “O mistério que nunca existiu” por causa de sua “xenofobia antiquada” em relação a personagens estrangeiros.

  • Dina Leite

    Também os li todos. Eram uma delícia… Estamos na era dos “iluminados” – parvos armados em espertos, como ainda há pouco li algures… 😏🤨
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    • 9 h
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  • Maria João Ruivo

    É insuportável. Já não se pode. No que depender de mim, as crianças da família hão de lê-los todos. Foram uma das coisas boas da minha infância. Os hipócritas a usar o lápis ridículo da censura. Espero que as pessoas acordem e reajam a estas idiotices que vão minando os cérebros.
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    • 8 h

APAGAR AS MEMÓRIAS DO PASSADO

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【A CAUSA DAS COISAS】

APAGAR AS MEMÓRIAS DO PASSADO É O MESMO QUE APAGAR A HISTÓRIA

SE É POR AÍ QUE QUEREM ENVEREDAR, OS PUTINS OS MEDVEDEVES E COMANDITA, ESTÃO A GANHAR A GUERRA CONTRA A HUMANIDADE

Parece que anda por aí uns quantos iluminados que resolveram se atirar aos livros da Enid Blyton e no que me toca, acho que os li todos e ainda tenho uns quantos nas prateleiras, ao lado da série dos sete, enfim.

Pelos vistos, a partir de agora, nas prateleiras das bibliotecas de Devon, em Inglaterra, apenas estarão disponíveis publicamente trabalhos editados recentemente, de onde terão sido já removidos termos ofensivos…

Ao todo, Enid Blyton escreveu cerca de 700 livros e cerca de 2.000 contos, além de poemas e inúmeros artigos de revistas. Em 1950, ela abriu sua própria empresa limitada, a Darrell Waters Ltd., para administrar a fortuna que estava acumulando. Além de escrever, ela investiu muita energia e tempo na arrecadação de fundos para caridade. Encorajou milhares de seus jovens fãs a fazerem o mesmo, por meio de clubes especiais que ela criou. Eles arrecadaram grandes quantias para apoiar a instituição de caridade PDSA e várias instituições de caridade dedicadas a ajudar crianças com deficiências.

Apesar da controversa e estúpida decisão, continua sendo uma das autoras infantis mais vendidas e amadas do mundo. As vendas de seus livros ultrapassam 500 milhões de exemplares e foram traduzidos para mais de 40 idiomas. Muitas de suas histórias foram adaptadas em shows de grande sucesso, séries de TV e filmes, em todo o mundo. No Reino Unido, este autor amplamente amado continua a vender mais de um livro a cada minuto.

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QUANDO ACORDAREM SERÁ TARDE, OLHEM +PARA ISTO: Livros da autora de ″Os Cinco″ escondidos nas bibliotecas para não ofenderem leitores

Versões originais de algumas das mais de 700 coleções da escritora britânica Enid Blyton foram removidas das prateleiras das bibliotecas de Devon, em Inglaterra, e armazenadas de forma a que o público não “tropece” em linguagem “desatualizada” que possa ser ofensiva para os leitores. Entre esses livros estão os famosos livros de mistério e aventura para o público juvenil “Os Cinco”.

Source: Livros da autora de ″Os Cinco″ escondidos nas bibliotecas para não ofenderem leitores

Bibliotecas em Inglaterra escondem livros de Enid Blyton por terem linguagem ofensiva – Observador

As bibliotecas públicas no condado de Devon estão a armazenar edições antigas das obras de Enid Blyton em zonas fora do acesso dos seus utilizadores. Em causa está a o uso de “linguagem ofensiva”.

Source: Bibliotecas em Inglaterra escondem livros de Enid Blyton por terem linguagem ofensiva – Observador

sanitizar língua e literatura o elogio da estupidez

O ELOGIO DA ESTUPIDEZ
Fragmento do artigo de opinião «Limpar livros de pecados linguísticos, ou o elogio da estupidez», de Maria João Marques. A propósito da hieginização censória dos romances de Roald Dahl e de Ian Fleming, o criador de 007.
«(…) Sou do tempo em que se lia livros para aprender, conhecer vidas diferentes, espreitar a natureza humana, saber de culturas de sítios distantes, atormentarmo-nos com injustiças e prisões (metafóricas) que, pessoalmente, desconhecemos. No fundo, para ver o outro. Tanto assim é que ler ficção é um dos melhores treinos para desenvolver a empatia e o pensamento crítico.
Atualmente, presumo, deve ler-se livros para estupidificar. Os leitores não podem ser confrontados com o que é ofensivo e fora das lentes atuais. Não devem aprender que o mundo nem sempre foi como é agora, as circunstâncias políticas e sociais mudam, e o quadro de valores das comunidades evolui. Estão arredados do princípio fundamental da leitura: um texto é sempre construído, e só assim se percebe, dentro do seu contexto.
Ao invés, promovem-se criaturas que nem na literatura de ficção aguentam realidades ofensivas (mas que boa preparação para a vida). Se há pessoas incapazes de ler os livros como foram escritos, melhor que não os leiam e deixem os livros intactos para quem gosta de os ler. O problema não é a linguagem datada de muitos livros. É a vontade, apresentada em nome do bem, de apagar o que não nos agrada. Se não gostam do conteúdo por ser racista, antissemita, machista, colonialista ou com pecados do catecismo woke, há solução fácil: não comprar e não ler. Todas as livrarias têm oferta de livros sobre auras e anjos e parecidos. Com sorte até estão em promoção.»
Rui Bebiano
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