Categoria: HUMOR Humour

  • O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO

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    O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO

    Ter humor é possuir a capacidade de entender a discrepância entre duas realidades: os factos e o sonho ou criatividade, as limitações do sistema e o poder da fantasia criadora. O humor é a forma de expressão em que ocorre um sentimento de alívio face às limitações dramáticas da existência e da tragédia, sinal da transcendência humana. O humor é libertador. Rir, mesmo parecendo fútil, é importante.

    Sorrir sobre o que nos rodeia é a oposição à norma. Só quem é capaz de relativizar as coisas sérias, pode ter humor. O maior inimigo é o fundamentalista e o dogmático. Ninguém viu um terrorista ou um severo conservador esboçar um sorriso. Geralmente são tristes como se fossem ao seu enterro, rostos crispados. Afirmou Nietzsche, “festejar é dizer: sejam bem-vindas todas as coisas. Pela festa o ser humano rompe a monotonia do quotidiano.” Façamos a festa…!

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    Não me espantam os blogues politicamente corretos pois vivo num mundo diferente. Sem questionar o feminismo (ou outros ismos) todas as piadas são objecionáveis por se basearem em estereótipos (humanos, animais, ambos ou nenhum). Depois dos defensores dos “ismos” terem colocado as objeções contra clichés de louras, alentejanos, judeus, cristãos, islâmicos, professores, animais (os que estão na mala dos carros com a esposa), o que fica: NADA. Acaba-se o humor. O humor usa a linguagem dos estereótipos.

    Desde 1980 vi surgir a censura, dissimulada em fundamentos aceitáveis, pretendendo sanitizar as mentes. Começou na Austrália quando o politicamente correto foi introduzido. Como tradutor profissional tive de o seguir, mas como ser inteligente (pensante) recuso-o hoje. Luto contra a discriminação, sob todas as formas, assédio sexual, político e outros, contra o salário de miséria e exploração (reminiscente da Revolução Industrial), contra as quotas ou falta delas nos elencos femininos do governo, a falta de acesso a pessoas com deficiências.

    Lute-se contra isso tudo mas deixem o humor de lado. Com o politicamente correto acaba-se o humor. Esse é o cerne da questão. Era a forma mais fascista de sanitizar a língua, o pensamento e a vida, criando uma sociedade assética e inócua. Todos iguais e cinzentos de acordo com a norma.

    Não é só no humor que a situação é preocupante, a educação merece aturada atenção. Há canudos, por encomenda, a passagem de iletrados, a massificação da ignorância, o entorpecimento da mente através de programação subliminar, preparada em gabinetes de psicologia de guerra, rumo ao Homo Novus, plano sabiamente arquitetado por maçonarias e Bilderberg.

    Do livro “A Verdadeira História do Clube Bilderberg” de Daniel Estulin (jornalista e especialista em comunicação há 13 anos investiga as atividades do Clube. Ganhou três prémios, EUA e Canadá, e aponta quem manipula na sombra as organizações. O livro foi editado em 28 países, 21 idiomas). “A história do Clube Bilderberg é a da subjugação da população.

    Um Estado que formula a Nova Ordem Mundial, invisível, omnipresente, que controla EUA, UE, OMS, ONU, Banco Mundial, FMI e similares. Nos últimos 50 anos, um grupo de poderosos reúne-se secretamente para planear as decisões que movem o mundo e depois acontecem. A ideia é uma sociedade dócil, de ignorância massificada, incapaz de pensar, argumentar, discursar.

    Os professores novos pertencem a essa “colheita.” Mais fácil manipulá-los, enganá-los e explorá-los. Quando introduzirem o salário universal, irão depender do Estado para desenvolver projetos e atividades, a teia se enrola, como uma cascavel. Nem Salazar nem Orwell conceberiam um plano tão maquiavélico, nem teriam meios de o implementar.

    Pergunta-se, ninguém dá conta? Alguns darão, mas como não podem escrever livremente, nem os jornais ou telejornais aceitariam um discurso crítico, o povo fica sem acesso a opiniões divergentes, incapaz de as equacionar e, como não tem capacidade de discernir não as distinguiria das notícias falsas. Infelizmente, são poucos os que me leem.

    Dentro de duas gerações, Portugal terá a população mais dócil e manipulável. Todos diplomados, licenciados, doutorados, mas sem literacia, sem capacidade de discernir ou pensar livre e criticamente. A nova ditadura, instaurada subrepticiamente como vírus informático, esconder-se-á sob o manto diáfano da democracia.

  • neorrealismo em são miguel

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    Neorealismo em São Miguel
    Com filhos, muito bons rapazes, na droga, um ainda na cadeia, uma filha na vida, chamemos-lhe simplesmente Maria,
    foi pedir dinheiro emprestado para comprar, em segunda mão, um vestido de noiva.
    Para oferecer à afilhada que irá casar com um primo direito de ambas.
    A afilhada, apesar dos seus dezasseis anos, parece quem tem uns trinta.
    Já abortou três vezes.
    Partilham a “password” da “Netflix” e do “Spotify”.
    Cresceu com a Autonomia política dos Açores.
    “Deram frutos a fé e a firmeza”, talvez o pior poema da Natália Correia.
    Votava no Bloco de Esquerda mas hoje é do Chega.
    O noivo da afilhada já foi condenado:
    por crimes contra a Autonomia, ninguém sabe bem, e as famas que tem serão má língua de quem tem inveja e não sabe o que é a felicidade dos outros.
    O noivo da afilhada votou em quem lhe deu emprego.
    Diz que está recuperado.
    O turismo é que foi a nossa salvação.
    Não é má pessoa mas aquele problema com o esposo é caso sério.
    Bebe por causa do marido.
    Que desde que lhe deixou de lhe dar “enxertos de pancada” arranjou uma amante no Campo de São Francisco, em Ponta Delgada, que depois de uma breve inspeção já não era uma amante, mas um amante.
    E já cumprimentou uma deputada. Ou deputado.
    Sem a nossa felicidade qual seria o assunto do dia?
    Nem só de futebol e Espírito Santo vive um povo.
    (ele a esposa fizeram muito pelos pobres, diz o jornalista subornado com uns subsídios)
    As indústrias dos Açores:
    foi ainda tirar as varizes para um hospital dos alegados ricos através de uma cunha.
    As histórias aspirações autonomistas.
    Roubou que se fartou. Heróis da liberdade de expressão.
    Deixou descendência.
    Ou a ressurreição do neorealismo açoriano.
    A preocupação com os sem-abrigo.
    O turismo será sempre a nossa salvação. Repete três vezes.
    (antes exportávamos mão-de-obra barata)
    Foto: Sete Cidades, via Lonely Planet.
    May be an image of lake, mountain and nature
    Mario Freitas
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