Categoria: saude medicina droga

  • Vacinação-VIP Paulo Simões

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    Vacinação-VIP
    Que grande alarido gerou a decisão do senhor Primeiro-ministro em dar prioridade a cerca de mil titulares de órgãos de soberania no plano de vacinação. E não é para menos! Dessa listinha de figuras que António Costa e o seu governo consideram imprescindíveis para a gestão da crise pandémica que estamos a viver, constam os 230 deputados da Assembleia da República, 308 presidentes de câmara, uma mão cheia de ministros, titulares do Ministério Publico e das magistraturas judiciais, bem como o Presidente da República, Presidente da Assembleia da Republica, Primeiro-ministro, ou seja, o Estado a tratar dos seus quando deveria ser exatamente ao contrário como muito bem lembrou Manuel Alegre ao afirmar em entrevista ao DN que “o Estado deve proteger os cidadãos e não proteger-se a si mesmo”.
    O que António Costa autorizou foi a criação de uma espécie de Plano-VIP de vacinação que abrange Altas Figuras do Estado ao pior estilo dos regimes totalitários e das realidades distópicas tantas vezes retratadas na literatura, na música e no cinema.
    Entende-se que o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-ministro e os presidentes das Regiões Autónomas sejam consideradas
    figuras prioritárias e que dessa lista constem ainda meia dúzia de entidades cuja função seja absolutamente fundamental para gerir a crise pandémica em curso, todos os outros devem ser vacinados de acordo com o plano geral definido para o país.
    António Costa deveria fazer um ato de contrição, amarrotar a lista e atirá-la para o lixo. Há milhares de portugueses a morrer, há milhares de portugueses nos hospitais, todos querem ser vacinados, todos querem voltar a viver sem medo, cabe ao Governo transmitir segurança e justiça, fazer cumprir as regras sem criar exceções absurdas. O que Costa fez foi aplicar ao pais a máxima Orwelliana de que somos todos iguais, mas uns são mais iguais do que os outros. Vamos aguardar e tomar boa nota de quem aceitou o convite VIP do Primeiro-ministro e quem o declinou … quem leu “O Triunfo dos Porcos” sabe como termina a história e a moral que ela encerra.
    Nos Açores e pelo que foi noticiado a meio da semana ficamos a saber que o governo regional não alinha em listinhas de vacinação VIP. Um bom exemplo que Lisboa poderia seguir.
    (Paulo Simões- Açoriano Oriental de 31/01/2021)
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    Ana Franco, Fábio Mendes and 56 others
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    • Muito obrigada pelo artigo. Espelha muito bem o porquê da nossa indignação
  • carta de enfermeira à sra ministra

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    Copiei !!!
    Dona ministra,
    O meu nome é Bárbara e sou enfermeira.
    Sou enfermeira há 5 anos num país que não é o meu, não vim por minha escolha em busca de uma aventura ou de aprender uma nova língua.
    Vim porque, em 2015 quando me mudei, o meu país me oferecia 2,7€/h para fazer o meu trabalho, porque o meu país me dizia para sair e procurar oportunidades la fora.
    E la para fora fui. E cá continuo, pq em 5 anos subi sempre de “escalão” enquanto enfermeira.
    Porque em 5 anos sempre me foram dadas oportunidades de formação e crescimento dentro da minha profissão, inclusive pós graduações oferecidas pelo hospital.
    Fiquei porque em 5 anos era team leader e conseguia ver a minha carreira a transformar-se em algo.
    Ponderei ser especialista em uma qualquer especialidade, e tornou-se difícil escolher pq tenho a oportunidade de escolher qq uma das especialidades para trabalhar, e mudar quando quero.
    Fui ficando.
    Mas sempre com a mente no regresso.
    “Quando for melhor, isto não pode ficar assim pra sempre”, “irão abrir concursos”, “terão de investir na enfermagem, não pode acabar assim”.
    Nunca aconteceu.
    Veio o Covid e nada mais queria senão estar em Portugal, fazer o trabalho que estou a fazer, como enfermeira de cuidados intensivos mas em Portugal, ser útil, em Portugal.
    Veio a necessidade. Veio a valorização profissional (pelo menos os aplausos). Mas não veio a carreira, não vieram os contratos, não veio o convite para regressar.
    E aqui estou eu, e tantos, prontos a remar ao nosso querido paraíso à beira mar plantado assim que nos disserem “estamos prontos, venham”. E você pede aos reformados para ajudar? Você por acaso já fez um turno de enfermagem num hospital? Digo-lhe, às vezes mal aguento com 30 anos, nem
    Imagino como será com 65!
    Ah! Pois, não somos uma profissão com alto risco de desgaste…
    Pede ajuda ao estrangeiro? Esse estrangeiro a aproveitar a mão de obra dos enfermeiros portugueses? A esse estrangeiro que nos valoriza e apoio?
    Nao basta tomar conta da sua população, agora tem de tomar conta da vossa população doente. Eu não sou de intrigas mas algo vai mal no nosso Portugal.
    Mas não se preocupe, quando chegarem cá fora os seus doentes terão um tratamento de excelência, por profissionais de excelência e, como sorte, ainda lhes falam em português.
    Costumam dizer que o problema dos países são as pessoas que neles vivem, eu digo que são esses rabos (que um dia uma de nós enfermeiras vamos limpar) que se sentam em cadeiras de ouro e mandam dicas tão levianamente…
    Seguiam o exemplo da Nova Zelândia, cortem os vossos ordenados em 1/3. E cortem as cadeiras parlamentares pela mesma ordem. Cortem nos apoios à TAP. E invistam na saúde e bem estar da população, é para isso que aí estão.
    João Câmara and 3 others
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  • Ponta Delgada, Lagoa, Nordeste e Povoação deixam de ter recolher obrigatório

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    Mena Cabral

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    Ponta Delgada, Lagoa, Nordeste e Povoação deixam de ter recolher obrigatório
    NOREVISTA.PT
    Ponta Delgada, Lagoa, Nordeste e Povoação deixam de ter recolher obrigatório
  • vacinas e monopólio das farmacêuticas

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    José Luis Martín Galindo

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    Solo habrá vacunas para todos si acabamos con el monopolio de las farmacéuticas
    BLOGS.PUBLICO.ES
    Solo habrá vacunas para todos si acabamos con el monopolio de las farmacéuticas
    Reducir repentinamente el suministro, hacer públic
  • Diretora da Segurança Social demite-se após ter sido vacinada indevidamente | TVI24

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    127 pessoas desta instituição envolvidas na polémica. Natividade Coelho tinha sido uma das vacinadas

    Source: Diretora da Segurança Social demite-se após ter sido vacinada indevidamente | TVI24

  • Informação e dados pandémicos

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    Source: Informação e dados pandémicos

  • COVID O TESTEMUNHO DA MÉDICA ISABEL DO CARMO COMO DOENTE

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    O testemunho de Isabel do Carmo, médica e professora da faculdade de Medicina, que esteve 10 dias com Covid no Hospital de Santa Maria
    OBRIGATÓRIO LER
    Eu, médica, observadora diferenciada, estive internada com o diagnóstico de covid-19 durante dez dias nas enfermarias do Hospital de Santa Maria e penso que o meu testemunho pode servir de alerta e de um enorme reconhecimento. Alerta para o risco real e actual (rastrear e confinar é preciso). E dar graças à vida pela existência do nosso Serviço Nacional de Saúde.
    Estive a trabalhar e a ver doentes até ao dia 23 de Dezembro, com todo o cuidado, e não foi por aí que o vírus entrou. No dia 24, juntámo-nos seis adultos e três crianças e, apesar das máscaras e das distâncias, alguma imprudência abriu por momentos a porta ao invisível. Contaminámo-nos todos e, fiados na falsa segurança do teste simples, alguns de nós multiplicaram o contágio. Os mais jovens mantiveram a sua energia transbordante, os de idade intermédia tiveram muitos sintomas, mas trataram-se em casa, os mais velhos reagiram de acordo com os factores de risco. E foi assim que ao décimo dia de febre e outras queixas o meu colega do Centro de Saúde me ordenou, e bem, que fosse à urgência covid. Se não tivesse ido tinha morrido e esse é o primeiro alerta a manifestar.
    Há um momento, determinado empiricamente, em que se conclui, por estatística, que é assim. Não vale a pena correr contra as probabilidades. Claro que foi muito incómodo, muito frio, muito desaconchegado, esperar por ser chamada no pequeno telheiro improvisado no piso das entradas. Fica melhor quem está dentro das ambulâncias, que têm suporte de oxigénio e macas ou cadeiras. Esta condição de espera, este ponto de entrada, seria possível melhorar fisicamente? Talvez. Mas os doentes chegam e não podem ser mandados para trás. Seria possível desviar um meteorito que caísse em cima das nossas cabeças? Só para os encartados e teóricos comentadores, que, eles, preveriam tudo.
    Resolveu-se: agora temos o hospital de campanha. Todavia, foi por ali que me salvei. Quando finalmente dei entrada no Covidário, ganhei direito a um cadeirão, a uma máscara de oxigénio e à segurança de ter entrado no circuito. Desde esse momento fui sempre a senhora Isabel, idêntica a todos os outros e nunca, e bem, a médica da casa. Algumas horas depois entrei numa box, com WC e uma porta com grande janelão de vidro. As dimensões comparei-as com outras de outras “boxes” de há muitos anos. Idênticas, mas o janelão e o calor humano pertencem a outro universo. Fiz então uma TAC num dispositivo colocado no Covidário. E é aí o extraordinário. Nunca ao longo de tantos anos de clínica tive conhecimento de tal quadro – os meus pulmões estavam infiltrados de alto a baixo e dos dois lados com múltiplos focos de inflamação, que não deixavam o oxigénio atravessar os alvéolos e passar para o sangue, onde ele é necessário à vida. Sintomas? Poucos. Mas lá estava o oxímetro a mostrar níveis baixos. Aqui reside um grande risco. Esta “hipoxemia feliz” mata. Assim morreu o pai de uma colega minha com 50% de saturação e poucos sintomas. Foi, a partir do nada ou da experiência inicial da China, que os protocolos foram sendo estabelecidos. De madrugada saí do Covidário e fui rapidamente internada nas enfermarias covid, Medicina 2C. Fizeram-me aquilo que está protocolado que se faça: oxigénio, corticóides, broncodilatadores, antibiótico se necessário. Para os meus companheiros de enfermaria, alguns hemodialisados, diabéticos, transplantados, cada protocolo era diferente. No mesmo piso, para além da porta de separação havia mais enfermaria covid, havia a zona dos intensivos e havia a zona dos intermédios com máscara permanente de oxigénio, onde ficou o Carlos Antunes e donde partiu para sempre no dia 19 de Janeiro.
    Aquilo a que assisti de serenidade, de eficácia, de competência, ficará para sempre marcado como um momento muito alto da minha vida. Sei que as pessoas todas juntas não somam inteligências, multiplicam. É um fenómeno que faz parte da natureza humana, assim a humanidade sobreviveu. Observei a entrada regular e harmoniosa das assistentes operacionais, dos enfermeiros, dos fisioterapeutas, dos jovens médicos internos e das chefes seniores. Cada um sabe o gesto que tem que fazer, o equipamento em que tem que mexer, o registo necessário, a colheita de sangue a horas, a administração do medicamento. E… sabe também informar. Explica o que vai fazer e porquê.
    O meu conhecimento dos espaços das urgências cresceu comigo organicamente. Fiz urgências nos bairros pobres de Lisboa, fiz no Hospital do Barreiro actos clínicos que não passavam pela cabeça de uma miúda de vinte e poucos anos, antes da classificação de Manchester andei de papel na mão a fazer triagem na sala de espera, vi crescer o Serviço de Observações das Urgências de Santa Maria com a Teresa Rodrigues a decidir os gestos urgentes. E lá continua ela a salvar gente. Sofri com os “directos” e culpabilizei-me. Vi o Carlos França instalar finalmente os Cuidados Intensivos. Vi tudo? Não. Não vi nada. Porque bastou o ano de 2020 e o inimigo ultra invisível para perceber que há uma coisa que de facto é um “milagre”: a capacidade de auto-organização, rápida, eficaz, criativa, serena. Era possível fazer tudo isto com requisição civil? Tenho dúvidas. É a cultura que está para trás que explica o “milagre”.
    Com as minhas amigas enfermeiras conversávamos por vezes sobre os “territórios”. Pois o milagre também desenhou territórios. Quer isto dizer que reina a paz nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde? Não. Esta onda organizada de espaços e de recursos humanos palpita como um corpo que pede respiração. O director da Medicina, Lacerda, vai buscar enfermarias a todo o lado possível, converte serviços e adapta-os. A Sandra Brás supervisiona como um arcanjo os vários espaços e equipamentos covid-19. Os meus colegas dos Cuidados Intensivos, com 85% de lotação, estão no limite, ou seja, na zona das necessárias e rápidas escolhas. Estes doentes não são pneumonias habituais. Têm mais demora de cama (quanta?), têm uso de equipamentos que não existiam antes.
    Os meus colegas não estão desesperados, nem aflitos, estão profundamente preocupados, esgotados também, a situação é dinâmica, é preciso fazer opções técnicas. Quando lançam o alarme cá para fora não é um pedido de socorro para eles. É dizer que só o confinamento melhora o problema. É explicar que quanto mais infectados, mais sintomáticos. Entre estes aumentam os de risco e quanto mais risco mais cuidados intensivos. E há uma linha vermelha que percorre este chão e é móvel – a das mortes evitáveis.
    Na minha enfermaria, por sinal toda de afrodescendentes, senti no mais fundo da noite que alguém abandonava a Montanha Mágica. Com serenidade. Sem obstinação. É também uma escolha. No dia seguinte a animada Inalda, assistente operacional de São Tomé (já sou efectiva!), a enfermeira Ana, a enfermeira Marta, nos doentes o Sr. C. que ficou meu amigo e é de Cabo Verde, a Dona A., de Luanda, o Sr. D. que também é de Luanda e já venceu muitas coisas, corpos que já foram desejados, já se reproduziram, são a humanidade que ali está. A médica de Medicina Interna, Dra. Patrícia Howell Monteiro, que ainda foi contratada em exclusividade (2008/2009?), é o pilar sólido e sustentável que orienta o Henrique Barbacena, o Renato e o Francisco, que hão-de fazer o exame da especialidade proximamente. Para onde irão? O Renato está a sofrer nos cuidados intensivos, a dar o máximo. O Henrique é também professor de Farmacologia, tive o privilégio que me explicasse coisas sobre vírus. E ausculta à velha maneira, como eu. Conseguimos ter um momento para conversar e a propósito da vida e do ultra invisível contou-me como lera apaixonadamente a Estranha ordem das coisas, do Damásio, livro que a chefe Patrícia lhe ofereceu. Há muitos anos, o António Damásio também foi da nossa incubadora, o Hospital de Santa Maria. E, a propósito, eu e o Henrique conversámos sobre a dinâmica da vida, a necessidade de não fazer classificações mecanicistas. E reganhei a grande esperança do aviso da tal frase do Abel Salazar: “Um médico que só sabe Medicina, então não sabe Medicina.” Estes sabem Medicina e são uma das estruturas do SNS.
    Médica, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa, membro do grupo Estamos do Lado da Solução
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    AnaBela Terceira and 7 others
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