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  • Covid-19: Portugal em 63.º em classificação de países na resposta à pandemia

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    Covid-19: Portugal em 63.º em classificação de países na resposta à pandemia
    Sydney, Austrália, 28 jan 2021 (Lusa) – Portugal ocupa o 63.º lugar numa classificação da resposta à pandemia da covid-19 em 98 países, de acordo com um estudo hoje publicado pelo instituto australiano Lowy.
    O estudo, que coloca a Nova Zelândia em primeiro lugar (com uma ‘nota’ de 94,4 valores em 100), o Vietname em segundo e Taiwan em terceiro, dá a Portugal uma avaliação de 38,9 valores, imediatamente abaixo de países como Canadá e Israel.
    Depois de Portugal surgem países como Bélgica (35,6), França (34,9), Rússia (32) e Espanha (31,2 valores).
    Os Estados Unidos (17,3 valores), Irão (15,9 valores), Colômbia (7,7 valores), México (6,5 valores) e Brasil (4,3 valores) são os países com piores respostas à pandemia, indicou o mesmo estudo.
    O estudo não incluiu a China por considerar não ter dados suficientes, de acordo com o instituto.
    Um ‘think thank’ sobre temas globais, com destaque para questões de política externa, defesa, assistência ao desenvolvimento e jornalismo, entre outros, o instituto Lowy analisou os dados nos 98 países nas 36 semanas seguintes à confirmação do 100.º caso da covid-19.
    Os dados, atualizados até 09 de janeiro, centraram-se em números de casos e mortes confirmadas, tanto em valores absolutos como por milhão de habitantes, o número de testes e o número de casos confirmados por testes realizados.
    Uma elevada taxa de mortalidade quando comparada com o número de testes realizados, por exemplo, foi ponderada negativamente para o estudo.
    Foi depois calculada uma média destes indicadores e transformada numa ‘nota’ de zero a 100 valores.
    Os dados mostraram importantes variações regionais, com Ásia e Pacífico a ser a zona do globo que quase sempre respondeu melhor à pandemia. A Europa registou inicialmente progressos significativos, mas no final do período em análise foi a região com pior desempenho.
    Noutro âmbito, o estudo mostrou que países com regimes totalitários tiveram uma melhor resposta à pandemia na fase inicial, mas o desempenho caiu pouco tempo depois, com democracias e regimes autoritários a convergir na fase final da análise.
    Os autores do estudo olharam para várias características dos países para ver se aspetos como o tamanho da população ou o desenvolvimento económico tiveram impacto na resposta à pandemia.
    “No início da pandemia, houve pouca diferença percetível no desempenho do país independentemente do tamanho da população. No entanto, as experiências entre populações grandes, médias e pequenas divergiram acentuadamente menos de um mês depois do 100.º caso”, referiu.
    Países mais pequenos, com populações de menos de dez milhões de pessoas, “superaram consistentemente os congéneres maiores” ao longo do ano, ainda que essa diferença se tenha desacentuado na reta final do período estudado.
    No que toca à capacidade económica, o estudo considerou não ser “de estranhar que os países com rendimentos ‘per capita’ mais elevados disponham de mais recursos para combater a pandemia”, tendo por isso, em média, um desempenho melhor que os em desenvolvimento.
    “Mas surpreende que muitos países em desenvolvimento tenham conseguido lidar com o surto inicial da pandemia e que as economias avançadas, no seu conjunto, tenham perdido a liderança até ao final de 2020, com infeções a reaparecerem em muitos locais que tinham alcançado um sucesso aparente na supressão das primeiras vagas da pandemia”, indicou.
    Os países ricos, devido ao impacto das viagens internacionais na transmissão do vírus, acabaram rapidamente “sobrecarregados”, enquanto os em desenvolvimento “tiveram mais tempo de vantagem, e muitas vezes um maior sentido de urgência, para implementar medidas preventivas após a dimensão e a gravidade da crise global terem sido conhecidas”.
    Medidas de ‘baixa tecnologia’ como ‘lockdowns’ (confinamentos), notou o estudo, “podem ter criado condições de igualdade entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento na gestão da covid-19”.
    Agora, porém, já no processo de vacinação, os autores sublinharam que os países mais ricos podem ter “uma vantagem decisiva nos esforços de recuperação de crises, deixando os países mais pobres a lutarem contra a pandemia por mais tempo”.
    A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
    Em Portugal, morreram 11.305 pessoas dos 668.951 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
    A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
    ASP // EJ
    Lusa/Fim
    Rosely Forganes, Tania Bettencourt Correia and 18 others
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  • na suécia é assim

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    E SE UMA RECOMENDACAO LHE DESSE UMA RESTRICÃO? ISSO É IMPULSE |
    Compreendo que a Suécia tenha voltado ao radar português e desta vez por razões mais agradáveis. Já ninguém diz que se tentam poupar pensões matando os mais velhos. Desse ponto de vista foi um progresso.
    É por isso natural que seja usada como uma espécie de exemplo contra o confinamento. Já menos natural é que para isso, muitos, precisem de relatar uma realidade que não existe.
    Se em Abril a imprensa nacional não fez um favor a ninguém, colocando a Suécia num Woodstock permanente, hoje, quem repete ad nauseum que a Suécia “sem confinamento, restricões e máscara” está em melhor situacão que Portugal, também não ajuda muito.
    De pouco serve contestar o caos das ambulâncias e a forma como a história nos foi contada (afinal era mais desorganizacão do que emergência) se, acabamos por fazer exactamente o mesmo e a destruir a credibilidade de um argumento.
    Vamos a ver se nos entendemos. É indiferente se tens um amigo que vive em Malmö, um primo de um conhecido que passou por Estocolmo ou um familiar que jura mesmo que não sei quê. Se repetes a frase “não tem restricões, apenas recomendacões”, estás a espalhar notícias falsas. Ponto final. E não estás a ajudar a que se percebam as verdadeiras razões da melhoria sueca nesta luta contra a pandemia.
    A Suécia é de facto um bom exemplo para que se perceba o erro do confinamento obrigatório, do problema social causado com a delacão incentivada e da falta de relacão entre as mortes e as escolas abertas. Pelos dias de hoje até pode ser um bom exemplo de como organizar o acesso às urgências. MAS PARA ISSO BASTA CONTAR A VERDADE E RELATAR OS FACTOS. Inventar realidades paralelas só enfraquece um argumento que por si só já é válido.
    Para evitar despejar as regras que são públicas e genéricas, explico-te o meu caso, que certamente não será muito diferente de outros milhares.
    1 – O meu empregador limita a um número muito reduzido as pessoas que podem estar no escritório. Estou em casa desde FEVEREIRO. Isto é uma restricão.
    2 – A minha filha está num sistema misto de ensino. Na escola e online. Isto é uma restricão.
    3 – Se o meu filho tosse na escola, é de imediato mandado para casa. Isto é uma restricão.
    4 – Se fizer um teste de covid, não posso sair de casa até receber o resultado. Isto é uma restricão.
    5 – Se estiver infectado, acertaste, tb n posso sair.
    6 – Se tiver algum familiar num lar, a partir de dada altura deixei de o poder ver. Isto é uma restricão.
    7 – Há meses que deixei de jogar futebol porque os campeonatos foram cancelados e os pavilhões fechados. Isto é uma restricão.
    8 – Quando me sentei à mesa num restaurante, perguntaram-me se as pessoas que estavam comigo eram familiares. Caso contrário as mesas seriam afastadas. Isto é uma restricão.
    9 – Quando vou a qualquer servico, as pessoas que me atendem estão atrás de um vidro ou plástico. Não são imaginários. É uma restricão.
    10 – Concertos e espectáculos foram cancelados. É uma restricão.
    11 – Ajuntamentos com mais de X pessoas foram proibídos. É uma restricão.
    Depois há a parte prática da coisa. As recomendacões. Ao contrário do que acontece em Portugal, não é necessário que o vizinho do 3 esq coloque uma foto minha no FB a passear o cão ou ter um polícia a puxar-me as cuecas, para cumprir o que me é pedido. Portanto, se o governo me pede, ou RECOMENDA, que eu limite os meus contactos ao núcleo familiar, eu cumpro. E como tal, não encontro um único amigo em Gotemburgo há largos meses. Ou seja, qual é a diferenca entre uma RESTRICÃO ou uma RECOMENDACÃO? Se cumprires ambas, então a diferenca é…exactamente, nenhuma.
    O que significa, por outras palavras, que as pessoas confinam sem a polícia correr o pessoal à bastonada.
    E claro, como em todo o lado, há quem cumpra mais e quem cumpra menos. Mas tudo somado, entre as recomendacões cumpridas e as restricões impostas, a populacão faz a sua parte. O governo protege os mais idosos e o SNS organiza-se com uma triagem para o acesso às urgências, garantindo que só lá chega quem precisa. É isso que explica a ausência de caos no momento e a reducão das mortes. NÃO É ANDAREM TODOS AO MONTE!
    E quando passam para o nível seguinte, de partilhar festas e ajuntamentos no Brasil e dizer que “tal como na Suécia”, estão apenas a engrossar as fileiras de negacionistas e a fazer nada, mas absolutamente nada, para que no nosso país se perceba porque é que o confinamento é errado.
    Há número que explicam as mortes, que não as relacionam com as escolas ou que indicam em que tipos de confinamentos a propagacão aumentou. Há informacão fidedigna publicada pelos INEs de cada país e estudos feitos por especialistas. São essas as fontes de informacão. Não é o teu primo, nem o amigo do teu amigo que como não vê polícias na rua, faz o que lhe pedem para não fazer.
    Aprendam com os erros da Suécia (lares) e observem o que por cá se faz de bom (dados tornados públicos, respeito do distanciamento ou até a organizacão do SNS). Mas não repitam os disparates ditos em Abril nem tentem difundir uma realidade que não existe. Deixem isso ao cargo do jornalista pela verdade que ele já faz, e de bom grado, essas figuras tristes sozinho.
    Há restrições na Suécia, há recomendações, há pessoas em casa (a trabalhar) e até há quem use máscara (não é obrigatório).
    E mesmo assim há liberdade, há circulação, há respeito pelas distâncias, há redução do número de mortos e há protecção da economia.
    Se querem ajudar, não inventem. Percebam a realidade.
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    Ana Nogueira Santos Loura and 81 others
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    • Na Suécia Há restaurantes fechados? Há lojas fechadas? Há restrição de horários? Há círculos no chão a dizer fique aqui? Há layoffs? Há proibição de deslocação entre concelhos? Há recolher obrigatório? Há crianças obrigadas a usar máscaras? Há funcionários dos lares q ser enviados para casa em massa quando há testes positivos? Quantos testes PCR se fazem por dia? Há suspensão de cirurgias e tratamentos “menos importantes”? Queria saber.
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      • Rute

        , os restaurantes reduziram horários e tiveram q cumprir regras de distanciamento (nestes casos as autoridades controlaram). Há marcas no chão, desinfectantes por todo o lado e o pedido a que apenas um membro da família vá às compras. Todo o meu departamento esteve em layoff, menos 5 pessoas (eu fui uma delas). Não há proibicão de deslocacão mas já nos foi pedido que não nos afastássemos mais de 2h de distancia de casa (e no verão a europa toda baniu a entrada a suecos). Não há recolher obrigatório nem criancas obrigadas a usar máscaras. Quem tem teste positivo fica em casa, venha de que profissão vier. Não sei como está a questão das cirurgias.

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        • 10 h
      • Tiago Franco

        …estou indeciso, mas acho que é falso. O texto explica bem a razão porque nos devemos afastar de discussões cov+ até à próxima vaga. Já basta o cheiro a naftalina dos Decretos, para ainda ter de decidir qual dos dois extremos se tornou mais idiota.

        Eu ia responder à senhora sobre os testes mas a configuração do perfil nao me convence. De qualquer forma, há dados compilados e publicados sobre aquelas questões. E dá a ideia de que a SW não entrou para este embrulho pq países como ES e PT têm dados observados enquanto esse apenas define projecçõe (no caso dos testes).
        Image may contain: text that says "Total deaths Daily deaths Tests shows the number Portugal Hospital resource use Infections and testing tests reported each day, averaged over the last three days Mask use 50k Estimated infections Socia account for reporting delays. To prevent resurgence Confirmed infections Tests Scenario Projection Today 30k 10k+ Aug 20 Dec Observed Date Current projection"
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        • 9 h
      • Basicamente é isto: na Suécia o governo recomenda e os suecos cumprem. Em Portugal responsabiliza-se o governo por não pôr um polícia atrás de cada português…
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      • Jose Mendes

        não é bem assim

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  • Vacinação-VIP Paulo Simões

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    Vacinação-VIP
    Que grande alarido gerou a decisão do senhor Primeiro-ministro em dar prioridade a cerca de mil titulares de órgãos de soberania no plano de vacinação. E não é para menos! Dessa listinha de figuras que António Costa e o seu governo consideram imprescindíveis para a gestão da crise pandémica que estamos a viver, constam os 230 deputados da Assembleia da República, 308 presidentes de câmara, uma mão cheia de ministros, titulares do Ministério Publico e das magistraturas judiciais, bem como o Presidente da República, Presidente da Assembleia da Republica, Primeiro-ministro, ou seja, o Estado a tratar dos seus quando deveria ser exatamente ao contrário como muito bem lembrou Manuel Alegre ao afirmar em entrevista ao DN que “o Estado deve proteger os cidadãos e não proteger-se a si mesmo”.
    O que António Costa autorizou foi a criação de uma espécie de Plano-VIP de vacinação que abrange Altas Figuras do Estado ao pior estilo dos regimes totalitários e das realidades distópicas tantas vezes retratadas na literatura, na música e no cinema.
    Entende-se que o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-ministro e os presidentes das Regiões Autónomas sejam consideradas
    figuras prioritárias e que dessa lista constem ainda meia dúzia de entidades cuja função seja absolutamente fundamental para gerir a crise pandémica em curso, todos os outros devem ser vacinados de acordo com o plano geral definido para o país.
    António Costa deveria fazer um ato de contrição, amarrotar a lista e atirá-la para o lixo. Há milhares de portugueses a morrer, há milhares de portugueses nos hospitais, todos querem ser vacinados, todos querem voltar a viver sem medo, cabe ao Governo transmitir segurança e justiça, fazer cumprir as regras sem criar exceções absurdas. O que Costa fez foi aplicar ao pais a máxima Orwelliana de que somos todos iguais, mas uns são mais iguais do que os outros. Vamos aguardar e tomar boa nota de quem aceitou o convite VIP do Primeiro-ministro e quem o declinou … quem leu “O Triunfo dos Porcos” sabe como termina a história e a moral que ela encerra.
    Nos Açores e pelo que foi noticiado a meio da semana ficamos a saber que o governo regional não alinha em listinhas de vacinação VIP. Um bom exemplo que Lisboa poderia seguir.
    (Paulo Simões- Açoriano Oriental de 31/01/2021)
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    Ana Franco, Fábio Mendes and 56 others
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    • Muito obrigada pelo artigo. Espelha muito bem o porquê da nossa indignação
  • carta de enfermeira à sra ministra

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    Copiei !!!
    Dona ministra,
    O meu nome é Bárbara e sou enfermeira.
    Sou enfermeira há 5 anos num país que não é o meu, não vim por minha escolha em busca de uma aventura ou de aprender uma nova língua.
    Vim porque, em 2015 quando me mudei, o meu país me oferecia 2,7€/h para fazer o meu trabalho, porque o meu país me dizia para sair e procurar oportunidades la fora.
    E la para fora fui. E cá continuo, pq em 5 anos subi sempre de “escalão” enquanto enfermeira.
    Porque em 5 anos sempre me foram dadas oportunidades de formação e crescimento dentro da minha profissão, inclusive pós graduações oferecidas pelo hospital.
    Fiquei porque em 5 anos era team leader e conseguia ver a minha carreira a transformar-se em algo.
    Ponderei ser especialista em uma qualquer especialidade, e tornou-se difícil escolher pq tenho a oportunidade de escolher qq uma das especialidades para trabalhar, e mudar quando quero.
    Fui ficando.
    Mas sempre com a mente no regresso.
    “Quando for melhor, isto não pode ficar assim pra sempre”, “irão abrir concursos”, “terão de investir na enfermagem, não pode acabar assim”.
    Nunca aconteceu.
    Veio o Covid e nada mais queria senão estar em Portugal, fazer o trabalho que estou a fazer, como enfermeira de cuidados intensivos mas em Portugal, ser útil, em Portugal.
    Veio a necessidade. Veio a valorização profissional (pelo menos os aplausos). Mas não veio a carreira, não vieram os contratos, não veio o convite para regressar.
    E aqui estou eu, e tantos, prontos a remar ao nosso querido paraíso à beira mar plantado assim que nos disserem “estamos prontos, venham”. E você pede aos reformados para ajudar? Você por acaso já fez um turno de enfermagem num hospital? Digo-lhe, às vezes mal aguento com 30 anos, nem
    Imagino como será com 65!
    Ah! Pois, não somos uma profissão com alto risco de desgaste…
    Pede ajuda ao estrangeiro? Esse estrangeiro a aproveitar a mão de obra dos enfermeiros portugueses? A esse estrangeiro que nos valoriza e apoio?
    Nao basta tomar conta da sua população, agora tem de tomar conta da vossa população doente. Eu não sou de intrigas mas algo vai mal no nosso Portugal.
    Mas não se preocupe, quando chegarem cá fora os seus doentes terão um tratamento de excelência, por profissionais de excelência e, como sorte, ainda lhes falam em português.
    Costumam dizer que o problema dos países são as pessoas que neles vivem, eu digo que são esses rabos (que um dia uma de nós enfermeiras vamos limpar) que se sentam em cadeiras de ouro e mandam dicas tão levianamente…
    Seguiam o exemplo da Nova Zelândia, cortem os vossos ordenados em 1/3. E cortem as cadeiras parlamentares pela mesma ordem. Cortem nos apoios à TAP. E invistam na saúde e bem estar da população, é para isso que aí estão.
    João Câmara and 3 others
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  • Ponta Delgada, Lagoa, Nordeste e Povoação deixam de ter recolher obrigatório

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    Mena Cabral

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    Ponta Delgada, Lagoa, Nordeste e Povoação deixam de ter recolher obrigatório
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  • vacinas e monopólio das farmacêuticas

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    José Luis Martín Galindo

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    Solo habrá vacunas para todos si acabamos con el monopolio de las farmacéuticas
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    Solo habrá vacunas para todos si acabamos con el monopolio de las farmacéuticas
    Reducir repentinamente el suministro, hacer públic
  • Diretora da Segurança Social demite-se após ter sido vacinada indevidamente | TVI24

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    127 pessoas desta instituição envolvidas na polémica. Natividade Coelho tinha sido uma das vacinadas

    Source: Diretora da Segurança Social demite-se após ter sido vacinada indevidamente | TVI24

  • Informação e dados pandémicos

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  • COVID O TESTEMUNHO DA MÉDICA ISABEL DO CARMO COMO DOENTE

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    O testemunho de Isabel do Carmo, médica e professora da faculdade de Medicina, que esteve 10 dias com Covid no Hospital de Santa Maria
    OBRIGATÓRIO LER
    Eu, médica, observadora diferenciada, estive internada com o diagnóstico de covid-19 durante dez dias nas enfermarias do Hospital de Santa Maria e penso que o meu testemunho pode servir de alerta e de um enorme reconhecimento. Alerta para o risco real e actual (rastrear e confinar é preciso). E dar graças à vida pela existência do nosso Serviço Nacional de Saúde.
    Estive a trabalhar e a ver doentes até ao dia 23 de Dezembro, com todo o cuidado, e não foi por aí que o vírus entrou. No dia 24, juntámo-nos seis adultos e três crianças e, apesar das máscaras e das distâncias, alguma imprudência abriu por momentos a porta ao invisível. Contaminámo-nos todos e, fiados na falsa segurança do teste simples, alguns de nós multiplicaram o contágio. Os mais jovens mantiveram a sua energia transbordante, os de idade intermédia tiveram muitos sintomas, mas trataram-se em casa, os mais velhos reagiram de acordo com os factores de risco. E foi assim que ao décimo dia de febre e outras queixas o meu colega do Centro de Saúde me ordenou, e bem, que fosse à urgência covid. Se não tivesse ido tinha morrido e esse é o primeiro alerta a manifestar.
    Há um momento, determinado empiricamente, em que se conclui, por estatística, que é assim. Não vale a pena correr contra as probabilidades. Claro que foi muito incómodo, muito frio, muito desaconchegado, esperar por ser chamada no pequeno telheiro improvisado no piso das entradas. Fica melhor quem está dentro das ambulâncias, que têm suporte de oxigénio e macas ou cadeiras. Esta condição de espera, este ponto de entrada, seria possível melhorar fisicamente? Talvez. Mas os doentes chegam e não podem ser mandados para trás. Seria possível desviar um meteorito que caísse em cima das nossas cabeças? Só para os encartados e teóricos comentadores, que, eles, preveriam tudo.
    Resolveu-se: agora temos o hospital de campanha. Todavia, foi por ali que me salvei. Quando finalmente dei entrada no Covidário, ganhei direito a um cadeirão, a uma máscara de oxigénio e à segurança de ter entrado no circuito. Desde esse momento fui sempre a senhora Isabel, idêntica a todos os outros e nunca, e bem, a médica da casa. Algumas horas depois entrei numa box, com WC e uma porta com grande janelão de vidro. As dimensões comparei-as com outras de outras “boxes” de há muitos anos. Idênticas, mas o janelão e o calor humano pertencem a outro universo. Fiz então uma TAC num dispositivo colocado no Covidário. E é aí o extraordinário. Nunca ao longo de tantos anos de clínica tive conhecimento de tal quadro – os meus pulmões estavam infiltrados de alto a baixo e dos dois lados com múltiplos focos de inflamação, que não deixavam o oxigénio atravessar os alvéolos e passar para o sangue, onde ele é necessário à vida. Sintomas? Poucos. Mas lá estava o oxímetro a mostrar níveis baixos. Aqui reside um grande risco. Esta “hipoxemia feliz” mata. Assim morreu o pai de uma colega minha com 50% de saturação e poucos sintomas. Foi, a partir do nada ou da experiência inicial da China, que os protocolos foram sendo estabelecidos. De madrugada saí do Covidário e fui rapidamente internada nas enfermarias covid, Medicina 2C. Fizeram-me aquilo que está protocolado que se faça: oxigénio, corticóides, broncodilatadores, antibiótico se necessário. Para os meus companheiros de enfermaria, alguns hemodialisados, diabéticos, transplantados, cada protocolo era diferente. No mesmo piso, para além da porta de separação havia mais enfermaria covid, havia a zona dos intensivos e havia a zona dos intermédios com máscara permanente de oxigénio, onde ficou o Carlos Antunes e donde partiu para sempre no dia 19 de Janeiro.
    Aquilo a que assisti de serenidade, de eficácia, de competência, ficará para sempre marcado como um momento muito alto da minha vida. Sei que as pessoas todas juntas não somam inteligências, multiplicam. É um fenómeno que faz parte da natureza humana, assim a humanidade sobreviveu. Observei a entrada regular e harmoniosa das assistentes operacionais, dos enfermeiros, dos fisioterapeutas, dos jovens médicos internos e das chefes seniores. Cada um sabe o gesto que tem que fazer, o equipamento em que tem que mexer, o registo necessário, a colheita de sangue a horas, a administração do medicamento. E… sabe também informar. Explica o que vai fazer e porquê.
    O meu conhecimento dos espaços das urgências cresceu comigo organicamente. Fiz urgências nos bairros pobres de Lisboa, fiz no Hospital do Barreiro actos clínicos que não passavam pela cabeça de uma miúda de vinte e poucos anos, antes da classificação de Manchester andei de papel na mão a fazer triagem na sala de espera, vi crescer o Serviço de Observações das Urgências de Santa Maria com a Teresa Rodrigues a decidir os gestos urgentes. E lá continua ela a salvar gente. Sofri com os “directos” e culpabilizei-me. Vi o Carlos França instalar finalmente os Cuidados Intensivos. Vi tudo? Não. Não vi nada. Porque bastou o ano de 2020 e o inimigo ultra invisível para perceber que há uma coisa que de facto é um “milagre”: a capacidade de auto-organização, rápida, eficaz, criativa, serena. Era possível fazer tudo isto com requisição civil? Tenho dúvidas. É a cultura que está para trás que explica o “milagre”.
    Com as minhas amigas enfermeiras conversávamos por vezes sobre os “territórios”. Pois o milagre também desenhou territórios. Quer isto dizer que reina a paz nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde? Não. Esta onda organizada de espaços e de recursos humanos palpita como um corpo que pede respiração. O director da Medicina, Lacerda, vai buscar enfermarias a todo o lado possível, converte serviços e adapta-os. A Sandra Brás supervisiona como um arcanjo os vários espaços e equipamentos covid-19. Os meus colegas dos Cuidados Intensivos, com 85% de lotação, estão no limite, ou seja, na zona das necessárias e rápidas escolhas. Estes doentes não são pneumonias habituais. Têm mais demora de cama (quanta?), têm uso de equipamentos que não existiam antes.
    Os meus colegas não estão desesperados, nem aflitos, estão profundamente preocupados, esgotados também, a situação é dinâmica, é preciso fazer opções técnicas. Quando lançam o alarme cá para fora não é um pedido de socorro para eles. É dizer que só o confinamento melhora o problema. É explicar que quanto mais infectados, mais sintomáticos. Entre estes aumentam os de risco e quanto mais risco mais cuidados intensivos. E há uma linha vermelha que percorre este chão e é móvel – a das mortes evitáveis.
    Na minha enfermaria, por sinal toda de afrodescendentes, senti no mais fundo da noite que alguém abandonava a Montanha Mágica. Com serenidade. Sem obstinação. É também uma escolha. No dia seguinte a animada Inalda, assistente operacional de São Tomé (já sou efectiva!), a enfermeira Ana, a enfermeira Marta, nos doentes o Sr. C. que ficou meu amigo e é de Cabo Verde, a Dona A., de Luanda, o Sr. D. que também é de Luanda e já venceu muitas coisas, corpos que já foram desejados, já se reproduziram, são a humanidade que ali está. A médica de Medicina Interna, Dra. Patrícia Howell Monteiro, que ainda foi contratada em exclusividade (2008/2009?), é o pilar sólido e sustentável que orienta o Henrique Barbacena, o Renato e o Francisco, que hão-de fazer o exame da especialidade proximamente. Para onde irão? O Renato está a sofrer nos cuidados intensivos, a dar o máximo. O Henrique é também professor de Farmacologia, tive o privilégio que me explicasse coisas sobre vírus. E ausculta à velha maneira, como eu. Conseguimos ter um momento para conversar e a propósito da vida e do ultra invisível contou-me como lera apaixonadamente a Estranha ordem das coisas, do Damásio, livro que a chefe Patrícia lhe ofereceu. Há muitos anos, o António Damásio também foi da nossa incubadora, o Hospital de Santa Maria. E, a propósito, eu e o Henrique conversámos sobre a dinâmica da vida, a necessidade de não fazer classificações mecanicistas. E reganhei a grande esperança do aviso da tal frase do Abel Salazar: “Um médico que só sabe Medicina, então não sabe Medicina.” Estes sabem Medicina e são uma das estruturas do SNS.
    Médica, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa, membro do grupo Estamos do Lado da Solução
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