Categoria: saude medicina droga

  • ÓRFÃOS DO SNS

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    ÓRFÃOS DO SNS
    Certamente, já habituados à minha poesia, estranham o título deste meu texto.
    Contudo, a minha indignação falou mais alto. Muitos são os órfãos do Serviço Nacional de Saúde por este Portugal fora.
    As “cadavéricas” promessas dos sucessivos governos para solucionar a falta de médicos nos centros de saúde, merece, uma vez mais, uma séria e razoável reflexão.
    Sublinho e destaco a adjectivação cadavéricas levando em consideração a longevidade desnutrida das promessas. A lividez indisfarçável dos governantes que inflam o peito com “soluções ruidosas” e crepitantes em períodos eleitorais.
    Após a sua eleição; o sonolento, conveniente e entediante silêncio ajuda a esquecer, melhor dizendo a amnésia selectiva ocorre subitamente. As moribundas palavras proferidas, aos ouvidos do cidadão sem médico de família, são promessas de mentes inférteis vazias de reais intenções para solucionar o problema.
    Dito isto, porque certamente já estão curiosos com este preâmbulo, passo a relatar o que observei e me deixou estupefacto no Centro de Saúde da minha área de residência.
    É do conhecimento geral que, centenas de milhares de portugueses não têm médico de família. Esperam e desesperam horas para conseguir uma consulta de recurso em condições desumanas às portas dos centros de saúde. Enfrentando os rigores do clima; doentes oncológicos, diabéticos, insuficientes cardíacos, etc, são resilientes numa espera que se inicia a altas horas da madrugada.
    No centro de saúde de Caneças às 4:30, já é possível deparar-mo-nos com idosos junto à porta do centro de saúde, cujo horário de abertura é às 8h da manhã. No entanto a resiliente espera destes órfãos do SNS não termina por aqui. É necessário aguardar a confirmação das vagas para as consultas de recurso, só anunciada após as 10:30 ou 11:00.
    Na realidade as ordens superiores é de que essa informação seja comunicada apenas às 14h.
    Como se tudo isto não fosse por sí só lamentável, os órfãos do SNS, mesmo com a abertura do centro de saúde às 8h são obrigados a esperar na rua (ordens superiores).
    Depois de informados do número de vagas disponíveis para a consulta de recurso, são obrigados a aguardar na rua (ordens superiores).
    O acesso ao interior só é permitido para uso das instalações sanitárias e/ou à máquina dispensadora de água.
    Gostaria de enfatizar para todos vós que, os órfãos do SNS recebem a informação pelo segurança no exterior do centro de saúde.
    Portanto, resumindo, os órfãos do SNS são descriminados em relação aos outros utentes do centro de saúde.
    Após questionar o porquê destas “ordens superiores” os argumentos apresentados para justificar tal procedimento são:
    – Não há cadeiras suficientes para todos.( Os órfãos do SNS tem o banco de jardim feito de madeira no exterior).
    – Os órfãos do SNS fazem muito barulho perturbando os utentes com médico de família. (Têm que esperar no exterior por causa da poluição sonora).
    – Nos dias de marcação de consultas, vacinação, etc. Há muita confusão. (Os órfãos do SNS são a origem da confusão).
    Conclusão: no centro de saúde de Caneças os utentes sem médico de família são cidadãos descriminados, insurgentes e tóxicos para o ambiente, são tratados como cidadãos de direitos reduzidos em comparação aos demais.
    Em Portugal, país da comunidade europeia, em pleno século XXI, existem chefias nos organismos públicos de um “dito” estado democrático que descriminam cidadãos de plenos direitos.
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  • Esplanadas fechadas, 90% das máquinas proibidas e corte de 70% nas vendas. Nova Lei do Tabaco ameaça setor dos cafés e restaurantes – Executive Digest

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    vamos todos fumar para o cesto da gávea!
    vai ser lindo – um país de ninhos de cegonha e artesãos de fumo.

    As novas regras da Lei do Tabaco, ontem aprovadas em Conselho de Ministros, e que visam reduzir a venda deste produto, estão a gerar polémica e são alvo de pesadas críticas de empresários e representa

    Source: Esplanadas fechadas, 90% das máquinas proibidas e corte de 70% nas vendas. Nova Lei do Tabaco ameaça setor dos cafés e restaurantes – Executive Digest

  • LEI DO TABACO

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    Grande, poeta!
    Declaração de interesses: não fumo.
    Pode ser uma imagem de texto que diz "NOVALEDO LEI DO TABACO PROIBIDO FUMAR EM ESPLANADAS E PÁTIOS EXTERIORES DE RESTAURANTES E BARES REPÚBLICA PORTUGUESA"

    “ZEITGEIST”
    Escrevi e publiquei este poema há uns 25 anos, no início da onda moralista e proibicionista que hoje parece dominar o mundo – e cujo sinal mais recente consiste nesta lei que nos irá roubar o prazer de fumar um cigarro numa esplanada. O poema é de 1997 ou 98 e talvez esteja datado aqui ou ali, mas mantém alguma actualidade. Partilho-o sem mais comentários:
    ZEITGEIST
    Os meus contemporâneos falam muito
    e dizem: “Então é assim”
    com o ar desenvolto de quem se alimenta
    do som da própria voz, quando começam
    a explicar longamente as actuais tendências
    das artes ou das letras ou das sociedades
    a pouco e pouco iguais umas às outras
    neste primeiro mundo em que nascemos,
    agora que o segundo deixou de existir
    e que o terceiro, mais guerra, menos fome,
    continua abstracto, em folclore distante.
    // Parece que está morta a metafísica
    e que a verdade adormeceu, sonâmbula,
    nos corredores vazios onde, às escuras
    se vão cruzando alguns milhões de frases
    dos meus contemporâneos. Todavia,
    falam de tudo com o entusiasmo
    de quem lança “propostas” decisivas
    e percorre as “vertentes” de novos caminhos
    para a humanidade, enquanto saboreiam
    a cerveja sem álcool, o café
    sem cafeína e sobretudo
    o amor sem amor, para conservarem
    o equilíbrio físico e mental.
    // Os meus contemporâneos dizem quase sempre
    que não são moralistas, e é por isso
    que forçam toda a gente, mesmo quem não quer,
    a ser livre, saudável e feliz:
    proíbem o tabaco e o açúcar
    e se estão tristes tomam comprimidos
    porque a alegria é uma questão de química
    e convém tê-la a horas certas, como
    o prazer vigiado por preservativos
    e outros sempre obrigatórios cintos de segurança.
    // Quando contemplo os meus contemporâneos
    entre as conversas trendy e os lugares da moda,
    “tropeço de ternura”, queria ser
    pelo menos tão ingénuo como eles,
    partilhar cada frémito das bocas,
    a labareda vã das gargalhadas
    pela madrugada fora. No entanto,
    assedia-me a acédia de ficar
    assim, mais preguiçoso que um Oblomov
    à escala portuguesa – ó doce anestesia
    a invadir-me o corpo, a libertar-me
    desse feitiço a que se chama o “espírito
    do tempo” em que vivemos, sob escombros
    de um céu desmoronado em mil pequenos cacos
    ainda luminosos, virtuais
    estrelas que se apagam e acendem
    à flor de todos os écrans
    que os meus contemporâneos ligam e desligam
    cada dia que passa, nunca se esquecendo
    de carregar nas teclas necessárias
    para a operação “save”
    e assim alcançarem a eternidade.

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  • Vai ser proibido fumar ao ar livre em escolas, hospitais e espaços desportivos

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    O Governo quer proibir o fumo ao ar livre em escolas, hospitais ou recintos desportivos já a partir de outubro. Data em que tem de entrar em vigor também a diretiva que vem equiparar o tabaco aquecido ao tabaco tradicional.

    Source: Vai ser proibido fumar ao ar livre em escolas, hospitais e espaços desportivos

  • droga fentanil devasta eua

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    NOVO TÍTULO E CORREÇÃO: Droga fentanil devasta EUA e já é principal causa de morte entre menores de 50
    (NOVA VERSÃO PARA CORRIGIR NO TÍTULO E NO PRIMEIRO PARÁGRAFO A IDADE RELATIVA ÀS MORTES COM FENTANIL. A DROGA É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE ENTRE MENORES DE 50 ANOS, NÃO ENTRE MAIORES DE 50.)
    *** Ana Rita Guerra, da agência Lusa ***
    Los Angeles, 08 mai 2023 (Lusa) – Os Estados Unidos assinalam em 09 de maio o Dia Nacional de Consciencialização sobre o Fentanil, uma droga sintética altamente viciante que já é a principal causa de morte entre menores de 50 anos.
    Os efeitos do opiáceo, 50 vezes mais potente que a heroína, são visíveis nas ruas de duas das cidades mais ricas do país, Los Angeles e São Francisco, onde alguns bairros estão transformados em zonas de consumo a céu aberto.
    “A maioria do que era o negócio da heroína é agora de fentanil”, disse à Lusa Dean Shold, cofundador da organização sem fins lucrativos FentCheck. “Tornou-se mais económico para os cartéis, porque conseguem produzir fentanil mais facilmente que as papoilas para a heroína”.
    A FentCheck opera sobretudo em São Francisco e Oakland, na parte norte da Califórnia, para prevenir overdoses acidentais. A organização distribui gratuitamente testes para despistar a contaminação de drogas recreativas com o poderoso opiáceo, disponibilizando-os em bares, restaurantes e até livrarias e bibliotecas.
    “O fentanil é muito potente. Dois miligramas podem matar uma pessoa”, sublinhou Shold. A FentCheck criou o programa à imagem do que foi feito nos anos 80 durante a epidemia de VIH, em que se multiplicaram os recipientes com preservativos em bares e restaurantes. Desta vez, os recipientes contêm testes gratuitos, que dão resultados em dois minutos.
    “Isto é focado nas pessoas que podem usar cocaína ou MDMA numa festa, que experimentam drogas a que não estão habituadas, de fornecedores a quem não normalmente não compram”, explicou. “São os utilizadores mais vulneráveis porque não têm tolerância aos opiáceos”.
    Estas overdoses acidentais acontecem quando os consumidores usam drogas que foram contaminadas com fentanil, agora conhecido como a “heroína sintética”, que entra nos Estados Unidos sobretudo a partir da fronteira com o México.
    O alvo prioritário é a faixa etária entre os 30 e os 34 anos, onde se têm registado mais overdoses, mas Dean Shold explica que há um risco crescente entre adolescentes, que usam a rede social preferida da Geração Z, TikTok, para encontrarem traficantes de várias substâncias ilícitas.
    “Estamos a ver adolescentes a receberem comprimidos encomendados no TikTok. Isso é algo muito assustador”, disse Dean Shold. Os testes oferecidos pela FentCheck servem para testar se estas e outras substâncias ilícitas estão contaminadas, sem um elemento recriminatório.
    “Não queremos julgar. Muitos pais dizem para simplesmente não usarem drogas, e isso não funciona”, afirmou o responsável. “Não acreditamos que a única resposta é a abstinência”.
    Shold indicou que evidência disso mesmo é o falhanço das últimas décadas, em que todas as estratégias para mitigar o consumo de drogas fracassaram.
    Mas o uso de testes tem um efeito preventivo comprovado, que a organização contabilizou comparando os números de overdoses nas suas zonas de atuação, publicados pelo Departamento de Saúde Pública da Califórnia.
    “Temos de fornecer estes recursos porque dizer apenas ‘não usem drogas’ não tem funcionado”, disse Shold, considerando óbvio que “perdemos a guerra contra as drogas”.
    Segundo a Drug Enforcement Administration (DEA), o fentanil é agora a causa número um de morte entre americanos com menos de 50 anos. Em 2021, 106 mil pessoas morreram de overdoses e destas, mais de 70 mil foram vítimas do fentanil.
    Com milhares de viciados, overdoses acidentais e cada vez mais adolescentes em risco, o combate a esta crise passou para a linha da frente das prioridades em vários estados. Em março, o governador da Califórnia Gavin Newsom anunciou um “plano estratégico” com 96,5 milhões de dólares alocados ao problema.
    “Mais de 150 pessoas morrem por dia no nosso país de overdoses e envenenamentos relacionados com opiáceos sintéticos como o fentanil”, disse Newsom, na apresentação do plano.
    “A nossa abordagem alargada vai expandir os esforços de fiscalização para repelir as organizações criminais transnacionais que traficam este veneno nas nossas comunidades”, continuou, “ao mesmo tempo que damos prioridade a estratégias de redução de danos para reduzir as overdoses e ajudar com compaixão aqueles que lutam contra o vício”.
    A FentCheck é precisamente uma das várias organizações não-governamentais e sem fins lucrativos que trabalham na contenção de danos no terreno.
    Só em 2022, distribuiu 50 mil testes e tem feito um trabalho de aproximação aos consumidores e aos funcionários dos estabelecimentos, que está a treinar no uso de Narcan, um antídoto que reverte a overdose.
    “Estamos sempre a reabastecer os recipientes com testes e isso dá-nos oportunidade de falar com os empregados de bar, com os clientes, e por vezes direcioná-los a programas de MAT [medication-assisted treatment]”, explicou Shold.
    A organização vai começar a distribuir testes em Nova Iorque e pretende expandir de forma dramática a sua cobertura em Los Angeles, onde agora está limitada a West Hollywood.
    Los Angeles tem assistido a um agudizar da situação, com as mortes por fentanil no condado a aumentarem 14 vezes nos últimos cinco anos.
    Na Universidade do Sul da Califórnia (USC) a organização sem fins lucrativos TACO (Team Awareness Combatting Operation) está a ensinar os estudantes a usarem o antídoto Narcan, a testarem as drogas e a perceberem os potenciais efeitos.
    A consciencialização dos riscos tornou-se mais urgente quando, em setembro passado, uma adolescente de 15 anos foi encontrada morta na escola secundária Bernstein, em Hollywood, depois de consumir percocet (uma combinação de oxycodone e acetaminophen) contaminado com fentanil.
    Mesmo quando o desfecho não é trágico, a pessoa pode ficar acidentalmente viciada, explicou Dean Shold.
    “Qualquer opiáceo pode viciar em cerca de três dias”, frisou. “Consideramos que, ao encorajar o teste de drogas e o não consumo se tiverem fentanil, evitamos que mais pessoas fiquem viciadas em opiáceos”.
    O responsável está otimista quanto ao progresso de algumas medidas, como a disseminação dos testes e a despenalização de algumas drogas, mas tem noção da gravidade da situação.
    “Metemo-nos num beco de onde é difícil sair”.
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  • Câmaras hiperbáricas dos hospitais dos Açores estão sem certificação – Jornal Açores 9

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    As três câmaras hiperbáricas existentes nas unidades de saúde dos Açores, estão sem certificação, embora só duas delas estejam a ser utilizadas regularmente para tratar acidentes de mergulho ou para curar feridas, admitiu hoje fonte do executivo. “As câmaras hiperbáricas estão disponíveis e acessíveis ao público e aos utentes sem qualquer impedimento, pese embora a […]

    Source: Câmaras hiperbáricas dos hospitais dos Açores estão sem certificação – Jornal Açores 9

  • Homem alcoolizado tentou andar de carro na linha de comboios de Cascais

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    PSP foi obrigada a suspender a circulação de comboios.

    Source: Homem alcoolizado tentou andar de carro na linha de comboios de Cascais

  • doença do refluxo gástrico

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