Categoria: saude medicina droga

  • Três sinais de demência que nem todos conhecem

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    Médica alerta para alguns comportamentos que muitos não associam a esta doença.

    Source: Três sinais de demência que nem todos conhecem

  • HOSPITAIS-NAO-PAGARAM-AOS-BOMBEIROS.pdf

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  • Consumo de álcool mata quase 3 milhões de pessoas ao ano – O Fato Maringá

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    O consumo do álcool mata quase 3 milhões de pessoas ao ano, revelou a Organização Mundial da Saúde, OMS.

    Source: Consumo de álcool mata quase 3 milhões de pessoas ao ano – O Fato Maringá

  • A DOR DA PERDA

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    A dor da perda é uma das piores dores relatada pelo ser humano, a perda de um ente querido, de uma expectativa, de uma companhia. A perda, sob quais circunstâncias forem, implica a rutura de um vínculo que preenchia e completava.
    Deixa um espaço vazio, no qual muitas vezes o enlutado se vê perdido, desrealizado, deslocalizado, sem identidade.
    O luto, processo natural da vida, não pode ser calado, escondido, desrespeitado. O luto é um processo feito de tempo, vontades e desejos.
    Não podemos, porém, permitir que a pessoa enlutada se perca no vazio em que ficou, é preciso ser farol que sinaliza a realidade, onde a pessoa enlutada continua a ter um papel familiar e social, onde é amada, valorizada e necessária.
    Podemos ajudar dando suporte na manutenção do laço afetivo entre a pessoa enlutada e pessoa que partiu, visto que este laço não se perde com a morte, o amor não morre e as memórias são reais.
    Somos feitos de relações, somos a extensão daquele ente ou amigo que se perdeu fisicamente,somos outras formas de vida daquele que partiu.
    Superar o luto implica conseguir viver gradualmente com mais memórias felizes acerca da pessoa que morreu e com menos dor.
    Não existe uma forma correta de viver o luto, é um processo único, tanto na forma como no ritmo.
    Para passar pelo processo de luto, apoie-se nos seus familiares e amigos, fale acerca da pessoa que morreu, tente manter algumas rotinas habituais e práticas de autocuidado!
    Um psicólogo poderá ajudá-lo a passar por este processo.

    Fique bem pela sua saúde e a de todos os açorianos.
    Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

    Vera Silva *

     

    —————————————–

    CUIDADOS PALIATIVOS..

    É bem verdade que temos uma ideia distorcida quanto à natureza dos cuidados paliativos, num certo senso comum é o conjunto de cuidados associados a gente que vai morrer, já nada há a fazer. Uma jornalista pôs-se num encalço de diferentes situações de doença grave ou incurável, ouviu profissionais, doentes e familiares e nesta poderosa narrativa A morrer ou a viver? Histórias de cuidados paliativos, por Sofia Teixeira, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2024, afirma-se a convicção de que estas pessoas estão a viver e têm direito a serem cuidadas para terem o mínimo sofrimento e o máximo de apoio. Uma viagem em que se retratam cinco doentes, Nini, João, Francisco, Maria José e Djamila, e fica-nos uma certeza: há sempre algo mais a fazer. A autora diz-se que chegou ao fim do seu trabalho e ficou mais enriquecida, pois estar doente e pensar na morte ajuda-nos a refletir sobre a vida. “A vida não tem um final surpreendente. Este livro também não. A maioria dos seus protagonistas não teve a oportunidade de ler estas páginas. No entanto, deixaram a sua história, para que os outros a possam conhecer. Queria que este livro servisse que para quem o lê fizesse também a si próprio as perguntas que considera importantes, mesmo que não saiba as respostas.”

    Nini nasceu com neurofibromatose, teve cancro nas vias óticas com dois anos; depois de doze anos de paz, veio a leucemia, a doença não cedeu, Nini não desarma: “Vivo um dia de cada vez, agradeço o que tenho e não penso no que me falta.” Entram em ação os cuidados paliativos, Nini continua a ser seguida pela sua oncologista, mas passou a ser acompanhada também pela Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos Pediátricos do IPO do Porto. “A melhor maneira de explicar o que são Cuidados Paliativos é dizendo que oferecem a alguém muito doente o possível – quer do ponto científico, quer humano – exceto a cura da doença potencialmente fatal. Oferecem os cuidados necessários, adequados e proporcionais à situação. E se isso parece pouco é apenas porque nos habituámos a olhar a morte como um fracasso, em vez de uma inevitabilidade.” Por outras palavras, há sempre algo mais a fazer, estes cuidados são prestados por equipas multidisciplinares e interdisciplinares com médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, outras valências serão suscitadas, como assistentes espirituais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
    João tem o mesmo número de anos que de quilos: 14. Não faltam as dificuldades respiratórias, crises epiléticas diárias que não cedem aos quatro medicamentos antiepiléticos que toma e deformidades ósseas na anca e coluna, associadas à imobilidade e às alterações musculares. Não anda, não fala, não chora, não ri. Tem uma doença sem nome, a mãe é combativa. João é seguido pela Equipa Intra-hospitalar e Domiciliária de Suporte em Cuidados Paliativos do Hospital Pediátrico de Coimbra, equipa que segue doenças neurológicas, neuromusculares, genéticas ou metabólicas. A pediatra, Cândida Cancelinha, diz que a forma como o trabalho de equipa é explicado pelos colegas influencia muito a recetividade dos pais. A mãe de João tem esperança, a equipa visita o doente em casa quando ele piora, é um contacto direto, uma disponibilidade que não se encontra noutros serviços do hospital, a equipa dá uma resposta quando é necessária.
    Maria José tem 70 anos e nunca tinha estado doente, diagnosticaram-lhe um cancro nos ovários. Olhar para trás e não para a frente foi a forma que encontrou de viver o melhor que pode. É acompanhada pela Equipa Comunitária de Cuidados Paliativos Beja+, estava reticente, mas mudou de ideias quando recebeu a primeira visita da equipa em casa. A autora observa que quando a pessoa doente e a família conseguem reconhecer e apropriar-se do seu sofrimento conseguem também encontrar caminhos para o aliviar um pouco.
    Francisco Brandão Ferreira foi jornalista na Rádio Renascença e depois na RFM, reformou-se e a doença chegou depois de cinco anos, com um cancro no pulmão, a seguir foi detetada uma metástase no cérebro, faz quimioterapia. Descobriu-se que o seu cérebro entrara em autodestruição. Incapaz de andar, debilitado e confuso, do hospital passou para uma unidade de cuidados continuados. Por sugestão da médica de família, a mulher, Manuela, recorreu à LInQUE, uma cooperativa que conta com uma equipa multidisciplinar. Uma das fundadoras, a médica Elsa Mourão, depois da experiência que teve no INEM, o problema não era a morte das pessoas, era a morte desacompanhada, assume que uma das dificuldades de encarar esta realidade passa pela formação médica geral. E também aqui a autora observa que o tempo é um inimigo cruel de quem tem demência ou outras doenças progressivas. É graças aos cuidados paliativos que Manuela está consciente de que se aproxima o dia em que terá de fazer uma difícil transição: deixar de amar Francisco na sua presença para o amar na ausência.”
    A autora não se limita a esta verificação, procura saber o depois, volta a ouvir os cuidadores, e, quando possível, os doentes, caso de Maria José Mestre ou da Nini. Temos por último Djamila, autora e doente conversaram na Unidade de Cuidados Paliativos das Irmãs Hospitaleiras da Idanha, em Belas, Djamila tem um cancro no útero, já com metástases noutros órgãos, veio para Portugal à procura de soluções que já não existem na Guiné-Bissau. É uma paciente com necessidades complexas, pois não se consegue manter de pé, precisa de um rigoroso controlo sintomático, a urina e as fezes são drenadas diretamente para sacos externos. O médico paliativista Paulo Pina recorda que os pacientes chegam demasiado tarde; é que além dos sintomas físicos chegam com outras necessidades: fragilidades emocionais, dúvidas espirituais, uma família preocupada.
    É o momento propício para a autora discorrer sobre a amplitude dos cuidados paliativos:
    “A morte é cada vez menos um acontecimento inesperado, prematuro e repentino. Os números mostram que a maioria das pessoas não morre no decurso de eventos súbitos, como um ataque de coração fulminante ou um acidente de viação fatal, mas de doenças crónicas e prolongadas que causam sofrimento. Isso significa que morrer não é apenas um momento, mas um processo, que será mais ou menos penoso consoante as decisões médicas tomadas, os cuidados paliativos a que cada um tem acesso e a cultura familiar, social e comunitária em torno destes temas.” O epílogo da obra é uma peça de grande humanidade sobre quem morre e quem fica, avulta um mistério, quando a autora escrevia, Djamila continuava internada em Belas, pois há mistérios que nem as equipas médicas sabem explicar.
    De leitura obrigatória, mormente para quem é profissional de saúde ou tem a seu cargo doentes de longa duração ou mal incurável.

    Mário Beja Santos

  • saude-e-covid.pdf

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  • AÇORES, TURISTAS E CÃMARAS HIPERBÁRICAS

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    Uns amigos estrangeiros, que queriam vir conhecer os Açores para fazer mergulho, perguntaram-me hoje a que distância fica dos principais spots de mergulho a câmara hiperbárica. Eu disse -lhes que fica a 1429km ou 2 horas de voo comercial ou para aí umas 6 horas em voo de baixa altitude no caso de ter de ser. Já não vêm. Vão para um destino muito mais evoluído: Tanzânia.
    Acontece que eu já tive a sorte de estar em Zanzibar, local onde não há carne refrigerada à venda, nem as escolas têm janelas, mas sabem bem que se querem ter turismo têm de ter infraestruturas, e onde há uma, pelo menos, câmara hiperbárica.
    Não há qualquer problema, está tudo bem, que continuem as marchas. Acho que hoje é São Pedro. É aproveitar e rezar que isto corra bem.
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    Jose Manuel Fonseca

    De facto, também acho que os Açores estavam melhor sem escolas nem hospitais mas com câmara hiperbárica… 😃😃😃
    • 14 hours ago
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    André Silveira

    Jose Manuel Fonseca hospital já não têm, câmara hiperbárica também não, só falta mesmo partir as janelas. É esse o meu ponto.
    • 14 hours ago
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  • o regresso do covid

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    May be an image of text
    A Direção Regional da Saúde alerta para a tendência crescente de episódios de urgência por COVID-19 em todas as regiões e grupos etários, conforme reportado pela Direção-Geral da Saúde. Embora o impacto atual na procura dos serviços de saúde e na mortalidade geral seja limitado, a tendência de crescimento observada e o período festivo de maior contacto entre as pessoas exigem medidas adicionais de prevenção.
    Se tiver sintomas de infeção respiratória – tosse, febre, dor de cabeça, dificuldade respiratória – siga estas recomendações:
    Use máscara, mantenha distanciamento físico e evite ambientes fechados ou aglomerados;
    Adote a etiqueta respiratória: ao tossir ou espirrar, tape o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o braço. Depois, deite o lenço no lixo e lave as mãos, ou use uma solução alcoólica com pelo menos 60% de álcool;
    Lave e/ou desinfete as mãos frequentemente;
    ️ Mantenha os espaços ventilados;
    Em caso de persistência dos sintomas, ligue para a Linha de Saúde Açores: .
    A saúde de todos depende da colaboração de cada um de nós. Reforce as medidas de prevenção e cuide-se!
  • a água no corpo humano

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  • CM DE PDL VIVE NUMA REALIDADE VIRTUAL…ORA LEIAM…

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    Estudantes e pessoas com mais de 65 anos vão viajar de graça na rede de mini-bus
    A Assembleia Municipal de Ponta Delgada vai apreciar, na reunião ordinária de Sexta-feira, um regulamento para que as pessoas com mais de 65 anos e os estudantes, independentemente de serem do primeiro ciclo ou do ensino universitário, fiquem isentos do pagamento do bilhete na rede mini-bus.”
    Se o regulamento for aprovado na Assembleia Municipal, “a partir de agora, estudantes e pessoas com mais de 65 anos, poderão circular de forma gratuita” nos mini-bus, acentuou o autarca.
    Pedro Nascimento Cabral explicou ao nosso jornal que o concurso de mini-bus em vigor termina em 2026 e a Câmara Municipal, “dentro daquilo que é um plano de mobilidade para a cidade, está a programar uma reformulação das linhas do mini-bus, podendo alarga-las a outras localidades do concelho de Ponta Delgada, permitindo uma maior agilização e uma mobilidade mais eficiente por parte da população.”
    Revelou que, com a reformulação que a Câmara vai fazer das linhas, “irá investir também na aquisição do número de mini-bus que se mostrar necessário para termos uma linha muito eficiente para o próximo concurso público que nós vamos fazer.”
    Outro dos temas que vai estar em debate na reunião da Assembleia Municipal de Sexta-feira é um apoio de um milhão de euros da Câmara Municipal para a construção das residências universitárias. “Entendemos que é muito importante a ligação entre Ponta Delgada e a Universidade dos Açores, pelo que queremos ter uma cidade onde haja facilidade para os nossos estudantes pernoitarem durante os seus estudos superiores, usufruindo de uma cidade cada vez mais amiga dos estudantes.”
    Compensação aos comerciantes
    do Mercado da Graça
    A Câmara Municipal de Ponta Delgada vai levar também à Assembleia Municipal de Ponta Delgada de Sexta-feira o regulamento de compensação aos comerciantes do Mercado da Graça que foi aprovado, por unanimidade, em reunião da autarquia.
    A Câmara Municipal de Ponta Delgada entendeu compensar os comerciantes do Mercado da Graça, fruto do longo tempo em que as obras estão a decorrer, das vicissitudes da obra. A autarquia utilizou um critério semelhante ao que aconteceu na Câmara Municipal do Porto com o Mercado do Bulhão: definir uma compensação aos comerciantes através da sua quebra de facturação.
    A autarquia abriu uma audiência de interessados durante os 30 dias úteis previstos na lei, e neste período, “verificou-se, dos 57 a 58 comerciantes do mercado, a posição, ou digamos, a apresentação de sugestões por parte de três comerciantes. Isto significa que “a esmagadora maioria nada teve a opor ou a requerer ao regulamento” que vai agora à Assembleia Municipal.
    Dia do Município a 2 de Abril?
    Por outro lado, a Iniciativa Liberal vai apresentar na Assembleia Municipal de Sexta-feira uma iniciativa para que o Dia do Município seja assinalado no dia 2 de Abril, Segunda-feira do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
    Contactado pelo Correio dos Açores, o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro do Nascimento Cabral, afirma que “há motivos a favor e motivos contra” a proposta do IL e a autarquia defende que haja “uma verdade ocultação por parte dos munícipes de Ponta Delgada, através de um referendo, para verificar se a esmagadora maioria deles concorda com essa situação.” Esta “é uma decisão que, na minha perspectiva, deve ser perguntada aos próprios munícipes de Ponta delgada e não deixar isto nas amarras de uma maioria política. Acho que esta situação merecia uma consulta pública para percebermos se as coisas como estão, estão bem, ou se a população preferia mudar”, afirmou Pedro do Nascimento Cabral ao ‘Correio dos Açores.
    Ponta Delgada “é uma cidade segura” apesar
    da mendicidade para o consumo de drogas
    Pedro Nascimento Cabral considerou, nas declarações ao Correio dos Açores, que a cidade de Ponta Delgada “é, felizmente, uma cidade segura em comparação com outros centros urbanos que nós conhecemos, não só no país mas no arquipélago da Madeira.”
    Em sua opinião, Ponta Delgada “ainda está longe de índices de criminalidade violenta como homicídios, assaltos à mão armada.”
    Admitiu, contudo, que existe em Ponta Delgada “uma criminalidade que está muito ligada ao consumo das ditas drogas sintéticas, que têm, de facto, prejudicado muito a nossa juventude.”
    Esta realidade, referiu, “obriga a uma actuação articulada por parte da Câmara Municipal de Ponta Delgada com o Governo Regional dos Açores e também com instituições de solidariedade social.”
    Realça, a propósito, o facto de a autarquia ter investido, no último Orçamento, cerca de 10.6 milhões de euros em funções sociais, incluindo um conjunto de protocolos com mais de 60 instituições particulares de solidariedade social para acompanhar a situação dos sem-abrigo numa densidade que ocorre em Ponta Delgada.”
    Mendicidade para a droga
    Pedro Nascimento Cabral alertou para o facto de Ponta Delgada “receber pessoas em situação de sem-abrigo e mendicidade de todos os outros concelhos de São Miguel. Há pessoas que vêm da Povoação, Nordeste, Vila Franca, Ribeira Grande com uma postura de pedir ou de assumir uma posição de mendicidade para as dependências.”
    “Nós sabemos”, prosseguiu, que “muitas dessas situações não são situações de verdadeira pobreza como acontecia há uns anos atrás. Víamos que as pessoas pediam dinheiro para ajudar a comprar comida. Felizmente a Câmara Municipal de Ponta Delgada e as instituições particulares têm, neste momento, condições e uma rede muito importante de acolhimento, de alimentação e de higienização.”
    “O que se passa é que há em Ponta Delgada uma forte dependência da mendicidade organizada para o consumo de produtos estupefacientes,” disse.
    O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada esteve recentemente, reunido com a Presidente da Câmara do Funchal, Cristina Pedra e foi entendimento de ambos que “existe um conjunto de situações que são transversais às duas cidades, Ponta Delgada e Funchal, não só em termos de sem-abrigo mas também de dependências, de acessibilidades, de qualidade de vida que obrigam a termos uma posição conjunta para termos mais voz perante o Estado Português.”
    Nesta perspectiva, foi assinada entre Pedro do Nascimento Cabral e Cristina Pedra Nessa uma carta dirigida ao Ministro da Administração Interna solicitando uma reunião, “de forma a termos um estatuto diferente no âmbito da Policia Municipal, quer de Ponta Delgada quer do Funchal, para poderem incluir agentes da Policia de Segurança Pública nos seus quadros, orientando aqui também uma certa actuação da Polícia Municipal nesses fenómenos criminais com que nos vamos deparando.”
    “A cidade de Ponta Delgada poderia estar melhor?”, questiona o Presidente da Câmara para, depois, responder: “claro que podia. Mas naturalmente que temos todos de fazer um esforço muito grande, até porque 60 ou 70% das situações de sem-abrigo que temos aqui em Ponta Delgada são provenientes de outros concelhos e muitos deles estão associados a doenças mentais. Nós oferecemos ajuda, nós queremos retira-los da rua e muitos deles recusam-se a receber esta ajuda e preferem permanecer aqui na cidade de Ponta Delgada.”
    “Nós não podemos ser aqui o único sempre a acolher os sem-abrigo. Nós precisamos de estender esta rede pelos outros concelhos da ilha de São Miguel, permitindo que haja outros centros de acolhimento na Lagoa, Ribeira Grande, Vila Franca ou Povoação onde também permita reter e dar um apoio mais directo a essas pessoas que se encaminham todas para Ponta Delgada, porque é o centro mais desenvolvido e onde há mais actividade económica e onde há mais possibilidade de pessoas a quem pedir dinheiro para as dependências. Alargar aqui esta rede, desconcentrando-a de Ponta Delgada. Enquanto for assim, continuaremos a ter Ponta Delgada como centro onde todo ou grande parte da população que vem aqui pedir esmola vem dos outros concelhos também,” salientou Pedro do Nascimento Cabral.
    Videovigilância para
    combater vandalismo
    Apesar desta realidade, Ponta Delgada é uma cidade “tranquila para os turistas. Temos de ser objectivos nesta visão. Ponta Delgada é uma cidade acolhedora, é uma cidade que está aberta ao turismo. Que não tem problemas gravíssimos que obrigam rondas constantes por parte da PSP ou da Policia Municipal, numa cidade quase vigilante permanentemente em várias zonas. Há zonas boas, outras más, como acontece em qualquer outra cidade”.
    Por isso, afirma o autarca, “também desencadeamos um processo que é muito importante para nós, que é o processo de videovigilância, para poder auxiliar os meios policiais na detecção da prevaricação criminal, mas sobretudo – e esta é que é a função importante deste mecanismo de videovigilância -, no sentido de haver uma dissuasão verdadeira na prática de ilícitos de mera ordenação social. São com estes ilícitos que somos constantemente, ou com bastante frequência, confrontados, que são situações de vandalismo. Seja pela destruição de bens públicos, pelo facto de termos aqui, a partir de certas horas da noite, jovens embriagados que cometem actos que não são condizentes com a sua condição humana.”
    O processo de videovigilância está, neste momento, no Ministério da Administração Interna, a aguardar o parecer final da Comissão Nacional de Protecção de Dados que afere também da privacidade da circulação das pessoas “no sentido de podermos implementar, quando tivermos luz verde por parte do Governo da República.”
    Fecho de ruas: entre a polémica
    e a actual realidade
    Questionadoo Presidente da Câmara de Ponta Delgada sobre se convenceu os comerciantes do centro histórico sobre o fecho de ruas ao trânsito, Pedro Nascimento Cabral respondeu: “Temos aqui o coração de Ponta Delgada e não tínhamos espaços públicos condizentes com aquilo que exige a qualidade de vida dos nossos munícipes e das pessoas que aqui trabalham ou nos visitam.”
    “Temos aqui três monumentos que são muitos importantes para nós: a Igreja da Matriz, as Porta da Cidade e a Câmara Municipal e houve a necessidade de criar aqui uma verdadeira praça onde os munícipes pudessem descansar, passear, livres daquilo que é a circulação automóvel no centro histórico.”
    “O que se passou foi que, naturalmente, quando se tomou esta medida, e quando se tomam medidas disruptivas, as pessoas, naturalmente, estranham. Essas medidas não podem surtir efeitos no dia a seguir, com um simples estalar de dedos. É preciso que, depois, toda a sociedade se acomode a este novo paradigma que introduzimos em Ponta Delgada.”
    “Hoje, de facto,” conclui Pedro do Nascimento Cabral, “o que nós temos assistido é que ao contrário daqueles que apregoavam que seria o fim de Ponta Delgada, (esta medida vai fazer três anos que não existe trânsito no centro histórico de Ponta Delgada) temos assistido é a um desenvolvimento cada vez maior do comércio, da restauração e das esplanadas aqui no nosso centro histórico.”
    “Ao longo desses anos todos não tivemos conhecimento de despedimentos colectivos, de processos de empresas que fecharam no centro histórico de Ponta Delgada, pelo contrário. Há aqui um forte investimento no centro histórico, para além das unidades hoteleiras, que quatro unidades hoteleiras estão a investir milhares de euros aqui no centro histórico, temos aqui estabelecimentos que vão abrindo aos poucos e poucos. O último até foi aqui na semana passada, um estabelecimento comercial no Largo Vasco Bensaude, aproveitando também aquela zona que fizemos aqui da praça, permitindo que este espaço público seja aproveitado pelos nossos comerciantes para a exposição dos seus produtos, para organização de exposições semanais. Tudo aquilo que um espaço público, livre de trânsito, pode oferecer que é qualidade de vida.”
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