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  • CAEM QUE NEM TORDOS OS MORTOS NÃO-COVID

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    Maria Helena Pereira Arruda to Açores Global
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    E disto ninguém fala! “O bastonário da Ordem dos Médicos não tem dúvidas: o excesso de mortalidade registado em julho (o maior número em 12 anos) deve-se aos doentes não-Covid que “ficaram para trás”.
    “O excesso de mortalidade deve-se aos doentes não-Covid que claramente ficaram atrasados. Ponto. Não vale a pena arranjar outras explicações”, afirma categoricamente Miguel Guimarães, em declarações à Renascença.
    Na opinião deste médico, a saúde deveria ter sido o primeiro setor a desconfinar, de modo a poder-se evitar males maiores decorrentes de doenças mais graves.
    Se, ao início, foi necessário concentrar todas as atenções no novo coronavírus, “passada esta fase de embate, quando decidimos desconfinar, a primeira coisa que tinha de descofinar não eram os restaurantes, era a saúde”.
    “Imediamente, tirar o medo das pessoas de ir aos hospitais”, porque “as pessoas tiveram medo”, afirma. Por isso, era preciso “ter logo uma pedagogia forte, preparar as unidades de saúde para a resposta, se necessário socorrer-nos do setor privado e social para ajudar, mas rapidamente pegarmos naqueles doentes todos que ficaram para trás”, defende.”
    Portugal registou mais mortes este ano em julho do que no mesmo mês do ano passado. A DGS aponta o calor como causa, mas o bastonário da Ordem dos Médicos tem outra perspetiva e explica-a à Renascença.

    RR.SAPO.PT
    Portugal registou mais mortes este ano em julho do que no mesmo mês do ano passado. A DGS aponta o calor como causa, mas o bastonário da Ordem dos Médicos tem outra perspetiva e explica-a à Renascença.
  • Timor apertado controlo e vigilância

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    Covid-19: Cidadãos estrangeiros que chegam a Timor-Leste reportam controlo e vigilância

    Díli, 05 ago 2020 (Lusa) – Cidadãos estrangeiros, incluindo portugueses, que regressaram a Timor-Leste nas últimas semanas, reportaram à Lusa um apertado e cuidado sistema de controlo e vigilância sanitária à chegada e durante o período de quarentena.
    Pessoas que viajaram diretamente da Austrália e de outros países, nomeadamente de Portugal, recorrendo a um voo do Programa Alimentar Mundial (PAM), indicaram que além do controlo no aeroporto, são visitados e contactados regularmente por equipas do Ministério da Saúde.
    Visitas surpresa para confirmar que estão a cumprir a quarentena obrigatória – quer em hotéis quer nas suas casas, mediante uma aprovação prévia – e contactos regulares para saber do estado de saúde fazem parte das medidas de segurança e prevenção da covid-19.
    Portugueses que chegaram a Díli a 22 de julho – viajaram até à Malásia em voos comerciais e posteriormente entre Kuala Lumpur e Timor-Leste no voo do PAM – explicaram à Lusa que houve controlo e vigilância apertada desde o momento que chegam à ilha.
    Um controlo que começa ainda antes da chegada, com inspeções rigorosas aos locais, casas privada ou hotéis, que têm que ser previamente inspecionados e certificados pelo Ministério da Saúde.
    Responsáveis portugueses que acompanharam esse processo, notam que a inspeção é “detalhada”, com informação dada aos vizinhos, aos senhorios e determinação clara de que não pode haver quais contactos.
    Susana Soares, professora na Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) ao abrigo do Projeto FOCO do Camões – e que viajou com dois filhos menores para Díli – explicou que no voo até Kuala Lumpur, na companhia Qatar, lhes foram dadas máscaras e viseiras, que usaram permanentemente e durante as escalas.
    “Quando chegamos foi-nos medida a temperatura, tivemos que apresentar o teste com resultado negativo e preencher uma declaração médica”, contou à Lusa.
    “No meu caso tinha sido feito um pedido para ficar em minha casa que foi inspecionada antes. A equipa verificou tudo, foram-nos ditas as regras que incluem que só uma pessoa nos podia trazer mantimentos que tinha que deixar à porta”, disse.
    Susana Soares disse que durante a quarentena, que ainda decorre – está à espera da confirmação do resultado dos testes – foi contactada telefonicamente várias vezes e visitada por equipas do Ministério da Saúde.
    “Não sabíamos quando eram as visitas. Tiraram a temperatura e, oito dias depois, fizeram o teste”, referiu.
    Outra cidadã portuguesa, que viajou com a filha no mesmo avião – e que está a cumprir quarentena num hotel previamente autorizado em Díli – contou à Lusa uma experiência idêntica.
    “Viemos diretamente para o hotel, onde ficamos num quarto numa zona separada. A ementa é-nos dada por WhatsApp, fazemos os pedidos e a comida é deixada à porta em embalagens descartáveis”, referiu.
    “Ninguém entra no quarto, nem para fazer a limpeza”, referiu.
    O teste foi feito nove dias depois de chegar com visitas de equipas “devidamente protegidas” que antes tinha feito verificações do estado de saúde, incluindo medir a temperatura.
    “Estamos agora à espera do resultado para podermos sair. Só assim podemos sair”, referiu.
    Martin Breen, advogado australiano, e que recentemente completou a sua quarentena, explicou à Lusa que os sistemas implementados em Timor-Leste “chegam a ser melhores que na Austrália”, com várias medidas à chegada e durante a quarentena.
    Breen explicou à Lusa que o controlo começa na Austrália onde a Border Force – unidade que reúne imigração e alfandega – exige a apresentação de um teste negativo de covid-19 com menos de três dias.
    “Foi preciso ter autorização prévia da Border Force e isso é registado e verificado quando chegamos ao aeroporto em Darwin”, referiu.
    À chegada a Díli, explicou, os passageiros – que têm que usar máscaras permanentemente – saem “um por um” do avião, são desinfetados, preenchem uma declaração médica, voltam a apresentar o resultado negativo do teste.
    “No meu caso tinha uma autorização prévia para ficar em autoquarentena. O local onde ia ficar foi inspecionado e validado. O carro onde viajei foi desinfetado e as minhas malas também”, referiu.
    “O senhorio e os vizinhos foram informados de que ia ficar em isolamento e a comida era-me trazida e deixada fora da porta”, explicou.
    Breen nota que durante a quarentena foi visitado duas vezes, sem marcação prévia – quer para confirmar que a quarentena estava a ser cumprida quer para medir temperatura e fazer novo teste de covid-19.
    “Depois do resultado negativo ser confirmado, fui buscar o resultado e deram-me uma carta a confirmar esse resultado”, afirmou.
    “Foi tudo conduzido de forma muito profissional e todos nós cumprimos para minimizar o risco de trazer a covid-19 para Timor-Leste. O sistema de vigilância parece estar a funcionar”, referiu.

    ASP//MIM
    Lusa/Fim

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  • o cancro na paisagem CALHETA PERO DE TEIVE

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    BE-Açores dá uma grande lição ao PS e ao PSD

    O Bloco de Esquerda (BE) anunciou que realiza hoje uma “cerimónia” de “inauguração” do espaço público da Calheta de Pêro de Teive, em Ponta Delgada.
    Às 15:45, no miradouro da zona este da Rua do Calhau (junto às galerias comerciais inacabadas da Calheta Pêro de Teive), o BE-Açores promove uma ação pública para, a propósito da visita estatutária do Governo Regional à ilha de São Miguel, assinalar os sucessivos atrasos no processo de demolição daquelas estruturas abandonadas e da requalificação do espaço.
    Muito bem! Só posso aplaudir! Haja algum partido – da direita ou da esquerda – que assuma a causa da Calheta de Pêro de Teive! O BE, deste modo, dá uma grande lição ao PS e ao PSD, que têm andado sempre “juntinhos” nesta matéria, protegendo-se mutuamente e prometendo o que até hoje nunca cumpriram.

  • Açores: Os misteriosos primeiros residentes. Brevemente em ARCHEOLOGIE MAGAZINE

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    A 21 de Agosto de 2020 será publicado na revista holandesa ARCHEOLOGIE MAGAZINE, um artigo da autoria de Félix Rodrigues e Henk van Oosten, destacado com o título “AÇORES: OS MISTERIOSOS PRIMEIROS RESIDENTES” (AZOREN: DE MYSTERIEUZE EERSTE BEWONERS). Nele abordam-se factos, artefactos, construções e novas datações sobr

    Source: Açores: Os misteriosos primeiros residentes. Brevemente em ARCHEOLOGIE MAGAZINE

  • PRESIDÊNCIAS ABERTAS DOUTROS TEMPOS

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    • Pedro Figueiredo O presidente Mário Soares e mulher, em férias no Algarve. Lembro-me desta foto ser primeira página do semanário Tal e Qual. Dizia-se que a sereia era natural da Indonésia…🙂
    • Cristiano Toste Onde está o problema..
  • eua nucleares e o afundamento ao largo dos açores

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    Ainda hoje a US Navy não admite que o USS “Scorpion” transportava dois torpedos com ogivas nucleares ASTOR. O USS “Scorpion” naufragou a 400 milhas a sudoeste dos Açores em plena Guerra Fria, matando 99 tripulantes. Repousa a pouco mais de três quilómetros de profundidade 🤔

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  • O BURRO ANÃO DA GRACIOSA

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    O realizador Gonçalo Tocha está a preparar um documentário dedicado ao burro anão, típico da Graciosa.

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    Gonçalo Tocha is with Jorge Espínola and 2 others.

    7ª fase Graciosa.
    Burricos bebés de 2 e 6 semanas. Criadores que tomam conta, com esmero, da espécie. Muitos visitantes na Quinta dos Burros. A ronda feita pelas résteas de alhos com o Corneta e família na Vila da Praia, com o Valentino na Brasileira, no café Galeão, na tasca do Bolas, na Luz e nas Almas. A apanha de alhos e os muros de 600 metros de alhos a secar do Jorge Espinola. Uma festa nas Pedras Brancas com cantorias, arrematações, petiscos e passeios de burro no Café do Mourinho, com a Confraria do Catarino. O mestre carpinteiro Agostinho na sua oficina. Malhar feijão no Rebentão e aventajar feijão na Fonte do Mato. Os campos de milho sem fim. O Açaflor. As algas na Folga e na Praia. As meloas quase prontas para colher. A partida no cais. A doce ilha Graciosa vista do mar ao crepúsculo.
    Com Associação Intercultural Cross-Over, Burro da Graciosa, Quinta do Corneta, Confraria do Catarino, CAFÉ mourinho

  • A HISTÓRIA DA RAINHA QUE DEU NOME A UMA RUA ONDE MOREI

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    Paulo Marques

    MARIA PIA (1847 – 1911): PRINCESA ITALIANA, RAINHA DE PORTUGAL
    (3º e último episódio)
    Maria Pia interessava-se mais pelos filhos, pela educação destes, do que pela política, e mais pela política do que pelos assuntos domésticos, por norma, atribuídos exclusivamente à mulher, que nada a motivavam. Gostava de pintar, de desenhar, de fotografar, de ler revistas e livros, de brincar com os seus cães e gatos, de fazer caminhadas, de andar a cavalo e até de bicicleta. A intriga palaciana não lhe interessava: uma corte sobretudo preocupada com prerrogativas, honrarias e dinheiro; a má-língua, a maldade, a mediocridade de muitos dos seus súbditos, exasperavam-na; as críticas ferozes da imprensa punham-na fora de si.

    Foi muito criticada, sobretudo pelos seus gastos excessivos, mas foi muito amada também. Conquistou a simpatia do povo com a bondade natural do seu coração impressionável pela fome, pela dor, pela miséria.

    A certa altura começou a circular que a rainha mantinha uma relação extraconjugal com Tomás de Sousa Rosa, um capitão de cavalaria, oficial de D. Luís. Embora a rainha se defendesse que o homem era um amigo, um confidente que a ouvia, lhe dava conselhos e com quem gostava de conversar (pese embora a sua vaidade se alimentar do olhar reconhecido do militar ante a sua beleza), o rei acabou por repreendê-la e dar ordens para o afastamento do militar.

    Quer com o filho Carlos que não se inibia de a criticar pessoalmente ou de tentar exercer sobre ela algum autoritarismo, quer com a nora Amélia a quem não agradavam os seus gastos, as suas despesas excessivas, quer com a cunhada Antónia, desde sempre a grande confidente e defensora do rei, o seu relacionamento foi sempre conflituoso. Só com Afonso, o filho mais novo, a sua relação foi sempre boa e próxima. Entre as várias damas da corte que a acompanhavam ou com quem conviveu, elegeu como grande amiga a condessa de Rio Maior, Maria Isabel d’ Anunciação: uma ótima companheira, divertida e com conversas muito inteligentes.

    Entretanto, Luís, com o seu estado de saúde muito frágil, vinha dando cada vez mais sinais de que não andava bem. Os médicos conversaram com a mulher preparando-a para a inevitabilidade da morte. Maria Pia foi, então, incansável nas atenções que lhe reservou.

    A 19 de outubro de 1889 morreu D. Luís, após uma dolorosa agonia, o que causou na rainha um profundíssimo desgosto. Cada vez mais era afetada por emoções contrastantes: ora uma profunda tristeza que a levava a ficar completamente sem ânimo, abatida, chorando por tudo e por nada, ora uma enorme excitação, uma energia descontrolada, uma alegria exuberante.
    Sucedeu-lhe o filho primogénito Carlos, que se casara há apenas três anos com a princesa francesa Maria Amélia de Orleães, de quem tinha um filho, Luís Filipe (Manuel, o segundo filho, nasceria cerca de um mês depois). Com a morte do marido e a ascensão do filho, Maria Pia tornou-se na rainha-mãe de Portugal.

    Carlos, rei aos vinte e sete anos, herdou uma monarquia desacreditada, uma coroa endividada ao erário público, uma corte medíocre, um défice gigantesco e uma dívida externa galopante, um sistema político esgotado, uma classe política incompetente e corrupta, uma forte oposição dos republicanos cada vez com maior implementação na Europa e maior número de simpatizantes no país.

    O desfecho trágico era inevitável. Atravessando um dos mais conturbados períodos da vida política nacional, acusado de mau político, bon vivant, mulherengo, gastador, comezainas, traidor e conivente com os interesses ingleses, desatento dos problemas do país e distante do povo, o rei nunca soube fazer-se compreender, foi sempre mal-amado. A última gota de água foi quando, em 1906, nomeou o ditador João Franco como primeiro-ministro.

    Na tarde de sábado do primeiro dia de fevereiro de 1908, D. Carlos I e o príncipe herdeiro, Luís Filipe são assassinados no Terreiro do Paço, em Lisboa, no interior de um landau em que se faziam transportar, por dois homens membros da Carbonária, uma sociedade secreta e revolucionária associada à Maçonaria e ao Partido Republicano.

    Foi sem glória que o país se despediu do rei. Poucos choraram convictamente a morte do monarca e os assassinos foram consagrados heróis nacionais. No dia seguinte ao funeral, a notícia da morte do rei e do príncipe real foi dada displicentemente enquanto os ardinas apregoavam pelas ruas: «Olha os retratos do Costa e do Buíça. Olha o retrato dos mártires.»

    A dolorosa perda do filho e do neto, vítimas de tão horrorosa tragédia, abalou-a profundamente, tornando-a meia-demente.
    Durante o breve reinado do neto mais novo, D. Manuel II, manteve-se praticamente retirada e quase sempre acompanhada do segundo filho, Afonso.

    No dia da revolução republicana, a 5 de outubro de 1910, a rainha que se encontrava no palácio da Ajuda foi escoltada para a Tapada de Mafra e daí levada até à praia dos Pescadores, na Ericeira, donde partiria com o filho Afonso, a nora Amélia e o neto Manuel, a bordo do iate D. Amélia, para o exílio.

    Mal sabia a rainha que exatamente 48 anos depois de ter chegado a Portugal (a 5 de outubro de 1862), com tanta pompa e festividade, teria agora de abandonar o país, em silêncio, às escondidas, humilhantemente. Dizem que protestava, que se recusava a abandonar o país, que ofereceu resistência e que embrulhada numa triste manta, com um pão debaixo do braço, triste, assustada, evidenciando claros sinais de loucura, acabou por entrar na barca que a haveria de conduzir ao iate real. Tudo sob o olhar atónito da população que observava do topo da falésia, no muro das ribas, tão insólito acontecimento.

    Depois de uma vida tão pouco feliz, de tanto sofrimento, de um destino tão trágico, de ter visto partir todos os irmãos, mãe, pai, o marido, um filho, um neto… era a sua vez. Morreu no dia 5 de julho de 1911, no palácio de Stupinigi, em Turim, Itália, na terra onde nascera à sessenta e três anos atrás.

    Faleceu na companhia do filho Afonso, da prima, a rainha Margarida, viúva do seu irmão Humberto, da sua querida amiga a condessa de Belas, que a acompanhou nos últimos tempos e da nora Amélia, que veio de Londres para a visitar.

    Já muito doente, enferma, acamada, quando o filho percebeu que dava os últimos suspiros, a seu pedido, ergueu-a da cama e virou-a para que os seus olhos ficassem de frente para a janela e pudessem fechar-se de vez, virados para Portugal, o seu país.
    O seu corpo foi sepultado no panteão real dos Saboias, na Basílica de Superga, em Turim.