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  • a ponte aérea de 1975

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    A PONTE AÉREA
    Em 1975 a frota da TAP viu-se envolvida numa das maiores operações de repatriamento da história da aviação mundial. Durante vários meses dezenas de tripulações de Boeing 747 e 707 fizeram verdadeiros prodígios para retirar de Angola (e Moçambique também) centenas de milhar de refugiados que escapavam à independência precipitada daqueles novos países e às guerras civis que entretanto se declaravam.
    Valia tudo. As tripulações chegavam a estar 26 horas consecutivas a trabalhar, descansando a conta gotas quando as circunstâncias o permitiam. Excesso de peso? Quem queria saber disso?
    Os Boeing 747 tinham 350 lugares mas raramente andavam com menos de 400 almas a bordo. Os B707 também “esticavam” conforme podiam. Era entrar gente enquanto houvesse espaço e fechar as portas logo que possível.
    A lotação dos aviões era frequentemente excedida e a maior parte das regras e procedimentos ficava em stand by; havia vidas para salvar, tudo o resto pouco interessava.
    Como se todo este esforço não bastasse, os tripulantes viviam em directo os dramas de milhares de famílias que de um dia para o outro perderam tudo o que haviam conquistado durante a vida e se dirigiam agora para um país que poucos conheciam e que só dificilmente teria condições para os receber.
    Não participei nessa operação, adequadamente conhecida por Ponte Aérea. Na altura voava Boeing 727, avião que não tinha autonomia para chegar a Luanda nem nada que se parecesse, mas todos os dias encontrava nas salas do aeroporto centenas de pessoas acabadas de chegar. Amontoavam-se em cima de malas e caixotes enquanto esperavam que alguém lhes arranjasse um lugar onde ficar. Só via olhares de incredulidade à minha volta. Como foi isto possível?
    Chegavam setecentos desalojados por dia e por vezes mais de mil. O aeroporto de Lisboa estava transformado num grande campo de refugiados, só que com menos condições que os verdadeiros campos de refugiados. Uma imensa tragédia desenrolava-se à frente dos nossos olhos e nós pouco ou nada podíamos fazer.
    A história desta Ponte Aérea nunca foi contada na sua verdadeira dimensão. O drama dos refugiados e o heroísmo daqueles que os salvaram da morte certa terá um dia que ser revelado aos portugueses em toda a sua crueza e sem quaisquer complexos.
    Sim, a TAP respondeu então à chamada sem olhar a sacrifícios e voltará a responder sempre que necessário.

     

    Arlindo Mu and 20 others
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  • 11 lugares descobertos por Portugal que poucos sabem

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    Sabia que foram os portugueses os primeiros a chegarem às “ilhas das especiarias”, as Molucas? Ou à ilha de Madagáscar? 11 lugares descobertos por Portugal.

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  • Parecem anedotas mas são casos verídicos da história de Portugal

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    Juízes analfabetos, dinheiro para estradas desviado, são histórias mirabolantes mas reais. Casos verídicos da história de Portugal que parecem anedotas.

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  • PICO QUER MELHORES LIGAÇÕES

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    Empresários do Pico pedem a Bolieiro melhores ligações aéreas e marítimas nas novas OSP
    O Presidente da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico, remeteu uma carta ao Presidente do Governo Regional dos Açores e ao Secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, relativamente ao “Modelo de Obrigações de Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Viaturas”, defendendo melhores ligações aéreas e marítimas no triângulo.
    Rui Lima diz que o novo modelo de Obrigações de Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Viaturas, tem a sua face mais visível na eliminação da ligação marítima de viaturas e passageiros entre os três grupos do arquipélago dos Açores. Entendemos a medida, como consequência da introdução da “tarifa Açores” nas ligações aéreas, sendo essa, uma opção político/estratégica do Governo dos Açores, e da sua responsabilidade, que encaramos como uma decisão legítima, que respeitamos”.
    “Alertamos contudo para a necessidade de uma eficiente resposta, na programação da SATA, para que a Ilha do Pico tenha uma resposta atempadamente eficiente, no número de lugares disponíveis, e não recorrendo, como normalmente, às listas de espera e voos extra. Situação sobremaneira penalizadora para uma eficiente programação turística e empresarial”, lê-se na missiva a que tivemos acesso. Os empresários do Pico dizem que, no que diz respeito, às ligações entre as Ilhas do Faial, Pico e São Jorge, “o transporte, quer de passageiros, quer de viaturas, entre estas três ilhas, logicamente, não sofre qualquer benefício com a “tarifa Açores”, por via aérea, uma vez que histórica, tradicional e naturalmente, a sua proximidade “obriga” a que esse transporte se faça, via marítima. Contudo, o enorme sucesso da medida (tarifa Açores), nomeadamente a enorme procura pelas ilhas do “triângulo”, não pode nem deve ser descuidada a qualidade desse serviço, a rápida e eficiente mobilidade, entre as três ilhas, sendo obrigatória a sua atualização e projeção futura, sob pena de se condicionar, futuramente, o sucesso da “tarifa Açores” nestes destinos
    específicos”.
    E acrescenta: “Entendemos portanto, que devem ser mantidas no Verão e essencialmente nos “picos” de procura, no mínimo, a ligação bi-diária entre estas três ilhas, bem como a criação de condições, a curto prazo, para a fixação de um barco nas Velas, que permita de forma permanente, a ligação Velas/São Roque e Madalena/Horta”.
    “Como nota, julgamos elementar, que para esse objetivo ser real e eficiente, terá que se ter em conta a ligação terrestre entre São Roque e Madalena através do ajuste das OSP existentes, do transporte coletivo de passageiros na ilha do Pico (nomeadamente na Carreira do Norte). Relativamente a essa ligação permanente Velas/São Roque, bem como das duas ligações diárias, nos meses de grande procura, não conseguimos encontrar essa garantia, no documento agora a concurso”, sublinha a carta.
    Rui Lima recorda que se trata de um universo de cerca de 36.000 pessoas, “em que o triângulo deixou há muito de ser a mera localização geográfica das três ilhas, mas a uma realidade, social e económica, em que a eficiente mobilidade, será crucial para o seu desenvolvimento. É do senso comum, ter a noção que para além do bem-estar da população residente e das trocas comerciais já existentes, a grande maioria dos visitantes que se deslocam a uma ilha, visita ou pretende visitar as restantes”.
    E ACIP conclui: “O mar que nos separa, é o encanto das três ilhas, mas será também, obrigatoriamente, o que as tem de unir, de forma eficiente, objetiva e sem qualquer tipo de dúvida ou receio. Cabe ao Governo Regional, potenciar a mobilidade eficiente, entre estas três ilhas, algo que no documento em discussão, não vemos com uma efetiva garantia.
    Mais do que concordar ou discordar com o documento, entendemos como pertinente, realizar uma chamada de atenção, incidindo em pontos que entendemos como essenciais, para o futuro do tecido empresarial da ilha do Pico e que sendo da inteira responsabilidade do Governo dos Açores, não nos demitimos de reivindicar ou apelar a uma estratégia, que será marcante na nossa vivência, nomeadamente a garantia de viagens bi diárias e a linha Velas/São Roque”.
    (Diário dos Açores de 28/08/2021)
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  • A ÚLTIMA RAINHA AFEGÃ

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    Como as coisas mudam…
    Para pior!
    O nome da mulher desta foto é Soraya Tarzi e embora muitos não saibam ela foi a primeira e última rainha consorte do Afeganistão durante o século XX. Soraya nasceu em 1899 na Síria, que então fazia parte do Império Otomano, filha do político e intelectual Mahmud Beg Tarzi que proporcionou a Soraya uma educação moderna e ocidental. Em 1913 após voltar ao Afeganistão a jovem conheceu o Príncipe Herdeiro Amanullah Khan com quem teve uma grande afinidade. No mesmo ano Amanullah, que era solteiro, decidiu tomar Soraya como esposa. Em 1919 após a ascensão do marido ao trono afegão Soraya se dedicou ao projeto de modernização do país. Refinada e determinada ela defendeu direitos básicos das mulheres como trabalhar e estudar. Além disso Soraya foi a primeira consorte de um monarca muçulmano a aparecer em público. Soraya até mesmo chegou a discursar em algumas ocasiões. Ela também participou de vários eventos ao lado de seu marido. Suas atitudes aliadas as reformas implantadas por seu marido foram o entrave de uma revolta por parte dos afegãos tradicionalistas. Em 1929 Amanullah Khan abdicou do trono para evitar um derramamento de sangue e Soraya o seguiu no exílio. Ela faleceu em 1968 em Roma, Itália.
    Fonte: MULHERES NA HISTÓRIA
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  • investigadores portugueses descobrem compostos que podem reduzir a Covid-19 a uma constipação

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    Cecília Arraiano, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, explica que estes compostos “não curam, mas diminuem a reação à doença”.
    Investigadores portugueses descobrem compostos que podem reduzir a Covid-19 a uma constipação
    RTP.PT
    Investigadores portugueses descobrem compostos que podem reduzir a Covid-19 a uma constipação
    Uma equipa de investigadores portugueses do Instituto
  • Página Global: Abate de árvores e poluição preocupam ambientalistas

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    Source: Página Global: Abate de árvores e poluição preocupam ambientalistas