um submersível assassino

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Stockton Rush CEO da OceanGate é sem dúvida o grande responsável por este trágico final, foi avisado pelo seu engenheiro chefe que o submergivel não tinha condições estruturais violava todos os protocolos de segurança. Rush como resposta demitiu o engenheiro chefe e a sua equipe que não aceitaram promulgar a certificação, e escondeu esses aspectos aos turistas que embarcaram na aventura para a morte no Titan
Esposa de executivo da OceanGate que está em submarino desaparecido é descendente de casal morto no Titanic, diz jornal
G1.GLOBO.COM
Esposa de executivo da OceanGate que está em submarino desaparecido é descendente de casal morto no Titanic, diz jornal
Segundo o “The News York Times”, Wendy Rush é descendente de Isidor e Ida Straus, casal morto no naufrágio do Titanic, em 1912. Ela é esposa de Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate, que pilotava o submarino no momento do desaparecimento.
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mar

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AINDA O MAR
Regresso a este tema porque ele me parece demasiado importante.
A verdade é que, das duas uma, ou nós, os ilhéus de nascimento ou de adopção, que sabemos que o mundo é feito de água e de terra, fazemos o que podemos, e mais do que isso, para reduzir a ignorância geral sobre o mar e as relações profundas entre o mar e a terra, ou nos deixamos levar pela corrente de todos quantos, habitando em terra, visitam o mar, o comentam, lhe cantam poemas, mas não o percebem nem incluem no seu quotidiano.
Há muitos anos, estando a dar aulas na Escola do Magistério Primário de Angra do Heroísmo, perguntei a um aluno o comprimento aproximado da ilha de São Jorge. O raciocínio maravilhou-me:
“O Espírito Santo navega a tantos nós por hora, quando vai pelo canal entre o Pico e S. Jorge, demora tanto tempo entre o Topo e Calheta, se não parar em nenhuma fajã, a Calheta fica mais ou menos a meio da ilha, passando isso a quilómetros e dobrando a distância… é à volta de 50 de comprimento”.
Por certo repararam que o olhar sobre a terra foi feito a partir do mar e que o raciocínio saltava entre a água e o chão seco, com a agilidade e naturalidade de quem vê o mundo assim mesmo.
A questão que gostaria de deixar aqui, é a de que cantar loas ao mar, ou visitá-lo, para recolher plásticos em esforços de fim de semana, não basta.
Quando era pequeno, a gente aprendia coisas imensas acerca do mar. Saber da chuva a chegar, porque tinha ficado subitamente cinzento, ali, um bocadinho à direita, perceber se o peixe estava fresco, pelos olhos, apanhar ou não caranguejos, porque “esse é pequenino, deixa ficar para crescer”
O mundo estava povoado de coisas simples e ensinamentos vários, nascidos de uma vizinhança próxima, informada, relacional.
Agora, se é verdade que falamos dele, o facto é que, olhando os livros de ensino de agora, vejo demasiada distância, demasiado respeito biológico, demasiado conhecimento, mas menos sabedoria.
É mais fácil e frequente alguém saber coisas acerca de um canguru e de como nasce e cresce, do que acerca de uma baleia, de um cavalo-marinho, de um peixe voador ou de uma tartaruga.
E, no entanto, eles andam por aí próximo, muito mais que um canguru ou uma zebra. Só que permanecem ao lado de grande parte dos percursos escolares, por culpa de ninguém e de todos, porque deixamos que assim aconteça.
Acredito que é possível explicar matemática e física, conversar filosoficamente, cantar em francês ou inglês, elaborar um raciocínio ecológico não piegas, mas eficaz, inclusivo e fresco de ideias, com mar e terra à mistura. Sempre acreditei nisso e que devia ser uma coisa tão natural como respirar. Só falta levar à prática, mas isso temos de ser nós a fazê-lo.
(Publicado no Diário Insular e Açoriano Oriental de ontem, dia 17 de Junho de 2023)
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