Categoria: Historia religião teologia filosofia

  • CORVO O DESASTRE DE HÁ 82 ANOS

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    Faz hoje oitenta e doiis anos que, saiu do porto das Lajes das Flores, pela segunda vez, a lancha “Senhora das Vitórias” escalando os portos de Santa Cruz e da Fajã Grande, tendo-se demorado mais neste último porto devido ao facto dos passageiros serem, na sua maioria, desta freguesia. Daqui, e transportando 34 passageiros e 5 tripulantes, rumou à ilha do Corvo para a festa de Nossa Senhora dos Milagres.
    Contrariando a vontade do mestre, António de Almeida, já avisado pelo cabo do Mar de Santa Cruz que deveria chegar ao Corvo antes do anoitecer, o dono da embarcação, António André de Freitas, achou que, devido ao excelente tempo que se fazia sentir e à vontade dos passageiros de assistir à festa, não havia qualquer perigo, mesmo que chegassem ao Corvo já depois do anoitecer.
    Assim, após uma excelente viagem, a “Francesa” aproximou-se do Corvo por volta das 21 horas, quando na ilha se realizava a procissão de velas, provocando todas aquelas velas acesas um lindo efeito para quem se aproximava da ilha pelo mar e contagiando, também, os que a bordo da embarcação se encontravam que começaram a cantar entusiasticamente o “Avé Canta Portugal”.
    Quando se preparava para acostar na ilha, o mestre da lancha, influenciado ou enganado pelas luzes de archotes utilizadas por corvinos que se encontravam a apanhar caranguejos nas rochas ao norte do Porto do Boqueirão, encalhou a embarcação numa baixa, confundindo o local dos archotes com o porto que julgava estarem eles a iluminar.
    No início, o roncar da lancha na rocha deu a impressão aos passageiros que haviam encostado ao cais, até porque estava extremamente escuro. Só momentos depois se aperceberam do que realmente havia acontecido. Houve então uma grande gritaria e confusão, com todos a tentarem salvar-se. Um marinheiro, nadando para terra, conseguiu pedir socorro, já que o naufrágio ocorrera a apenas cerca de 30 metros da costa. Mal se aperceberam de tão terrível tragédia, os corvinos juntaram-se no porto do Boqueirão e, apesar de incrédulos com tudo o que estava acontecendo, reagiram de imediato. De terra foi lançada ao mar uma embarcação que, para além de recuperar os vivos, recolhia os mortos.
    Ninguém conseguia acreditar no que estava acontecendo. Os cânticos deram lugar a choros ininterruptos, as lágrimas corriam incessantemente nos rostos pálidos de toda a população.
    As crianças agarravam-se às mães sem perceberem muito bem o que se estava a passar. Estas, por sua vez, benziam-se e percorriam as contas dos rosários numa lengalenga sincronizada e contínua. Os homens, num frenesim constante, percorriam as rochas e os destroços, numa tentativa desesperada de encontrar mais sobreviventes.
    A consternação e incredulidade eram gerais.
    Como balanço final do ocorrido, registaram-se nove mortos e oito desaparecidos. Os corpos foram levados para a Casa do Divino Espírito Santo, onde foram solenemente velados, tendo sido sepultados, no dia seguinte, no cemitério do Corvo.
    Apesar de nunca mais ter sido esquecida esta grande tragédia e, como forma de a perpetuar no tempo, a partir de 2006 e, por iniciativa do padre Alexandre Medeiros, todos os anos no dia 14 de Agosto a imagem de Nossa Senhora dos Milagres sai em procissão da igreja até ao porto do Boqueirão, onde é atirada uma coroa de flores como forma de homenagear todos os que naquele fatídico dia perderam a vida.
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    Maria Antónia Fraga, Pierre Sousa Lima and 49 others

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  • The “bullet” bras of the 1950s

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    The “bullet” bras of the 1950s are fascinating and iconic of this era. Here are several detailed points on this topic:
    1. **Origin and Design**
    – **Invention**: “Bullet” bras were invented in the 1940s, but gained popularity in the 1950s.
    – **Design**: Their distinctive conical shape is achieved through circular or spiral seams around the bra cut. This design offered extra support and forward projection, creating a highly distinctive silhouette.
    2. **Popularity and Cultural Influence**
    – **Hollywood**: These bras became famous thanks to Hollywood “sweater girls,” like Lana Turner and Marilyn Monroe, who wore them under tight sweaters2. It contributed to their popularity and adoption by the general public.
    – **Fashion**: They were considered an early version of push-up bras, intended to showcase the feminine shapes that were very in vogue at the time.
    3. **Historical Context**
    – **Post-War**: After World War II, there was a desire to return to femininity and glamour, which led to the adoption of more accentuated and structured clothing styles.
    – **Advertisement**: Advertisements back in the day highlighted these bras as must-have fashion items to achieve the ideal silhouette.
    4. **Fabrication and Materials**
    – **Materials**: “Bullet” bras were often made from rigid fabrics to maintain their tapered shape.
    – **Seams**: Reinforced seams added not only support but also the rigidity needed to maintain the sharp shape.
    5. **Impact and Legacy**
    – **Modern Fashion**: Although their popularity declined in the 1960s with the advent of bras offering a more natural shape, the “bullet” bras have undergone a revival thanks to designers like Jean Paul Gaultier, who brought them back to the taste of the day in the 1990s.
    – **Pop Culture**: Madonna among others wore a “bullet” bra designed by Gaultier on her Blond Ambition tour in 1990, which revived interest in this vintage style.
    These bras are not only a symbol of 1950s fashion, but also a reflection of cultural norms and beauty ideals of the time.

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  • onde eram os jardins suspensos da babilónia?

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    VOCÊ SABIA QUE OS JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA, NO IRAQUE, NÃO FORAM CONSTRUÍDOS NA BABILÔNIA?
    Descubra o mistério por trás da sua verdadeira localização.
    👇Os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, têm fascinado a humanidade por séculos. No entanto, um detalhe surpreendente e pouco conhecido é que esses jardins podem não ter estado na Babilônia. Pesquisas recentes sugerem que a verdadeira localização dos jardins estava na cidade de Nínive, no norte do Iraque. Essa teoria se baseia em estudos de textos antigos e novas evidências arqueológicas que apontam para o rei assírio Senaqueribe como o verdadeiro criador dessa maravilha.
    Segundo os historiadores, os Jardins Suspensos não eram simplesmente um feito arquitetônico, mas também uma proeza de engenharia avançada. Diz-se que os terraços dos jardins eram sustentados por enormes colunas e que a irrigação era realizada por meio de um complexo sistema de roldanas e bombas que transportava água do rio Eufrates. Esse sistema permitia que a água fluísse para os terraços mais altos, criando uma cascata de verde no meio da paisagem árida mesopotâmica.A ideia de que Senaqueribe, e não Nabucodonosor II, foi o responsável pelos jardins adiciona uma camada de intriga à sua história.
    Senaqueribe é conhecido por ter construído um impressionante palácio em Nínive, que ele descreveu em seus escritos como um “palácio sem rival”. As descrições de seus jardins, com sistemas de irrigação elaborados e vegetação exuberante, se assemelham muito às descrições dos Jardins Suspensos. Isso levou alguns arqueólogos a reconsiderar a localização tradicionalmente aceita desses jardins.
    Para o viajante moderno, explorar as ruínas da Babilônia ou Nínive no Iraque pode ser uma experiência inesquecível, mas é crucial planejar com cuidado. O Iraque é um país com uma rica história, mas também com desafios de segurança. É vital consultar as recomendações de viagem do seu país e considerar a contratação de guias locais que conheçam bem a região e possam proporcionar uma experiência segura e enriquecedora.Além dos Jardins Suspensos, o Iraque abriga uma infinidade de locais históricos e culturais que merecem ser visitados. Na Babilônia, você pode encontrar os restos do icônico Portão de Ishtar e do Templo de Marduk.
    Em Nínive, as ruínas do palácio de Senaqueribe e as impressionantes esculturas de touros alados oferecem um vislumbre do esplendor do antigo império assírio. Esses locais proporcionam uma conexão tangível com o passado e permitem apreciar a grandeza das civilizações antigas.Para aproveitar ao máximo sua visita, é recomendável vestir-se adequadamente para o clima quente e levar água suficiente.
    Além disso, estar acompanhado de um guia local não só melhora a segurança, mas também enriquece a experiência ao fornecer contextos históricos e culturais que de outra forma poderiam passar despercebidos. Explorar os mercados locais e experimentar a gastronomia da região também adiciona uma dimensão única à sua viagem, permitindo-lhe vivenciar a hospitalidade e a cultura iraquiana de primeira mão.
    Viajar para o Iraque para descobrir os mistérios dos Jardins Suspensos é uma oportunidade única de se conectar com uma civilização antiga e explorar uma das maravilhas do mundo. Esta viagem permitirá que você mergulhe na história e aprecie a majestade de um legado impressionante.
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    Mario Jorge Costa

  • Carta régia de D. Afonso V dando licença ao Infante D. Henrique para povoar as sete ilhas dos Açores (1439)

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  • miudezas temperadas j soares

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    Miudezas Temperadas J Soares

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    Victor Rui Dores O Pastorinho De Ponta Garça

  • QUANDO LA (LOS ANGELES) ERA UM CAMPO DE POÇOS DE PETRÓLEO

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    The Hidden Oil Rigs of L.A. 😱
    Before Los Angeles was known for making movies, it was known for making something else; oil.
    Believe it or not, L.A. used to be a small seaside town until the late 1800’s. In 1892, Edward L. Doheny discovered the first successful oil well near present-day Dodger Stadium. The Los Angeles Oil Field became California’s top producing oil field and in 1901, there were 200 separate oil companies active there.
    Over time though, the city was being built on top of these oil fields. While Los Angeles doesn’t look like the oil giant it once was, there are still a number of active drill sites all over the city. These oil rigs are hidden in plain view on high school campuses, attached to shopping malls, and located inside buildings that otherwise look like regular office buildings.
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    Todd W Michael

    The LA Basin is the richest oil basin in the world.
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  • RAUL BRANDÃO SETE CIDADES

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    1 de Agosto 2024
    18 horas
    Sete Cidades
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  • a última ceia e a festa (festim) dos deuses

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    Uma boa explicação de João Paulo oliveira e Costa
    Entre a Última Ceia e a Festa dos deuses
    Na sequência da polémica causada por uma das cenas da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, muitos sabichões, inclusive comentadores das nossas televisões como Ana Gomes, criticaram a reacção dos católicos que se indignaram. Então esses católicos não sabiam que essa cena era uma adaptação de um quadro de um pintor neerlandês sobre o tema “O Festim dos deuses” e que não tinha nada a ver com a “Última Ceia” de Leonardo da Vinci?? Pois bem, fiz uma pequena investigação que agora partilho convosco com as respectivas imagens.
    Quadro 1 – Leonardo da Vinci pinta a fresco em Milão “A Última Ceia” (1495). Com o passar do tempo esta imagem torna-se um ícone desse episódio estruturador do Cristianismo. De acordo com o Evangelho, a Eucaristia foi instituída por Cristo nesse momento, que os católicos celebram sempre na Quinta Feira Santa.
    Quadro 2 – Rafael, em 1515, usa o mesmo envolvimento para pintar o festim dos deuses, num período em que a obra de Leonardo ainda não tinha ganhado a fama. Estamos no apogeu do Renascimento, no mesmo ambiente intelectual que ainda vai ser usado, por exemplo, por Camões em “Os Lusíadas” e a Igreja está sedenta de reforma.
    Mas essa reforma, desencadeada por Lutero a partir de 1517 vai trazer mais do que a reforma das instituições, que quase todos desejavam. Lutero nega a maior parte dos sacramentos, incluindo a Eucaristia e o mistério da consubstanciação.
    Certamente por isso, os artistas que continuaram a pintar o Festim dos Deuses, colocaram-no antes num jardim, separando a tradição greco-romana das novas polémicas suscitadas pela Reforma. A memória da Última Ceia ganhou um novo sentido desde então e passou a ser preservada.
    Quadro 3 – O festim dos deuses por Ticiano (1490-1576) (iniciado por Bellini (1436-1516), mas terminado por Ticiano que pintou precisamente a envolvência)
    Quadro 4 – O festim dos deuses por Rubens (1577-1640)
    Quadro 5 – O festim dos deuses atribuído a Jan van Balen e a Hendrik van Kessel, moradores na católica Antuérpia em meados do século XVII
    Outros temas semelhantes, como o triunfo de Baco por Velasquez (1629) também foram pintados na envolvência de um jardim.
    Os nossos simpáticos e inocentes organizadores dos Jogos desconhecem toda esta tradição católica ou pura e simplesmente ignoraram-na. Rubens? Ticiano? pfff
    Entretanto, em 1635, Jan Harmensz van Bijlert, neerlandês calvinista estabelecido em Utrecht, que visitara Itália e se deixou influenciar por Caravaggio, resolveu também pintar o festim dos deuses, mas ao contrário do que faziam os seus colegas católicos de Antuérpia, resolveu repor o Festim em torno de uma mesa, ao modo da icónica “Última Ceia”.
    Resumindo:
    O quadro de Bijlert não é “a” representação original do Festim dos deuses, que foi pintado em plena contra-reforma por católicos num outro enquadramento.
    O quadro de Bijlert, produzido em plena Guerra dos Trinta Anos, quando católicos e protestantes se enfrentavam cruelmente nos campos de batalha e disputavam sem quartel as questões teológicas nos púlpitos e nos livros, tem de ser entendido num enquadramento de afrontamento contra o mundo católico. Bijlert, que viajara por Itália, sabia o que estava a fazer.
    Os simpáticos organizadores dos Jogos talvez não soubessem esta pequena História que aqui vos alinhavei, mas a sua ignorância não os torna inocentes. Já os comentadores televisivos são de facto, na sua grande maioria, inocentes ignorantes.
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    https://blog.lusofonias.net/paris-2024/
  • bora lá criar uma nova religião

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    Luther didn’t like the Catholic Church and founded the Lutheran Church..
    Calvin disliked the Lutheran church and founded the Reformed or Calvinist church.
    Henry VIII didn’t like being denied his Catholic marriage and founded the Anglican Church.
    John Smith disliked the Anglican church and founded the Baptist church.
    William Miller didn’t like the Baptist church and founded the Adventist.
    Ellen G White really liked what William Miller said and founded the Seventh-day Adventist church..
    Charles T Russell didn’t like the Adventist church and founded Jehovah’s witnesses.
    Joseph Smith disliked the Methodist Church and founded the church of Jesus Christ of latter-day saints (the Mormons)
    John Wesley disliked the Anglican church and founded the Methodist church..
    Some pastors didn’t like the Methodist church and founded the Pentecostal church..
    Many did not like the Pentecostal church and founded thousands of churches as stop suffering, assemblies of God, light of the world, and a long etcetera.

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