Categoria: Historia religião teologia filosofia

  • a última ceia e a festa (festim) dos deuses

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    Uma boa explicação de João Paulo oliveira e Costa
    Entre a Última Ceia e a Festa dos deuses
    Na sequência da polémica causada por uma das cenas da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, muitos sabichões, inclusive comentadores das nossas televisões como Ana Gomes, criticaram a reacção dos católicos que se indignaram. Então esses católicos não sabiam que essa cena era uma adaptação de um quadro de um pintor neerlandês sobre o tema “O Festim dos deuses” e que não tinha nada a ver com a “Última Ceia” de Leonardo da Vinci?? Pois bem, fiz uma pequena investigação que agora partilho convosco com as respectivas imagens.
    Quadro 1 – Leonardo da Vinci pinta a fresco em Milão “A Última Ceia” (1495). Com o passar do tempo esta imagem torna-se um ícone desse episódio estruturador do Cristianismo. De acordo com o Evangelho, a Eucaristia foi instituída por Cristo nesse momento, que os católicos celebram sempre na Quinta Feira Santa.
    Quadro 2 – Rafael, em 1515, usa o mesmo envolvimento para pintar o festim dos deuses, num período em que a obra de Leonardo ainda não tinha ganhado a fama. Estamos no apogeu do Renascimento, no mesmo ambiente intelectual que ainda vai ser usado, por exemplo, por Camões em “Os Lusíadas” e a Igreja está sedenta de reforma.
    Mas essa reforma, desencadeada por Lutero a partir de 1517 vai trazer mais do que a reforma das instituições, que quase todos desejavam. Lutero nega a maior parte dos sacramentos, incluindo a Eucaristia e o mistério da consubstanciação.
    Certamente por isso, os artistas que continuaram a pintar o Festim dos Deuses, colocaram-no antes num jardim, separando a tradição greco-romana das novas polémicas suscitadas pela Reforma. A memória da Última Ceia ganhou um novo sentido desde então e passou a ser preservada.
    Quadro 3 – O festim dos deuses por Ticiano (1490-1576) (iniciado por Bellini (1436-1516), mas terminado por Ticiano que pintou precisamente a envolvência)
    Quadro 4 – O festim dos deuses por Rubens (1577-1640)
    Quadro 5 – O festim dos deuses atribuído a Jan van Balen e a Hendrik van Kessel, moradores na católica Antuérpia em meados do século XVII
    Outros temas semelhantes, como o triunfo de Baco por Velasquez (1629) também foram pintados na envolvência de um jardim.
    Os nossos simpáticos e inocentes organizadores dos Jogos desconhecem toda esta tradição católica ou pura e simplesmente ignoraram-na. Rubens? Ticiano? pfff
    Entretanto, em 1635, Jan Harmensz van Bijlert, neerlandês calvinista estabelecido em Utrecht, que visitara Itália e se deixou influenciar por Caravaggio, resolveu também pintar o festim dos deuses, mas ao contrário do que faziam os seus colegas católicos de Antuérpia, resolveu repor o Festim em torno de uma mesa, ao modo da icónica “Última Ceia”.
    Resumindo:
    O quadro de Bijlert não é “a” representação original do Festim dos deuses, que foi pintado em plena contra-reforma por católicos num outro enquadramento.
    O quadro de Bijlert, produzido em plena Guerra dos Trinta Anos, quando católicos e protestantes se enfrentavam cruelmente nos campos de batalha e disputavam sem quartel as questões teológicas nos púlpitos e nos livros, tem de ser entendido num enquadramento de afrontamento contra o mundo católico. Bijlert, que viajara por Itália, sabia o que estava a fazer.
    Os simpáticos organizadores dos Jogos talvez não soubessem esta pequena História que aqui vos alinhavei, mas a sua ignorância não os torna inocentes. Já os comentadores televisivos são de facto, na sua grande maioria, inocentes ignorantes.
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    https://blog.lusofonias.net/paris-2024/
  • bora lá criar uma nova religião

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    Luther didn’t like the Catholic Church and founded the Lutheran Church..
    Calvin disliked the Lutheran church and founded the Reformed or Calvinist church.
    Henry VIII didn’t like being denied his Catholic marriage and founded the Anglican Church.
    John Smith disliked the Anglican church and founded the Baptist church.
    William Miller didn’t like the Baptist church and founded the Adventist.
    Ellen G White really liked what William Miller said and founded the Seventh-day Adventist church..
    Charles T Russell didn’t like the Adventist church and founded Jehovah’s witnesses.
    Joseph Smith disliked the Methodist Church and founded the church of Jesus Christ of latter-day saints (the Mormons)
    John Wesley disliked the Anglican church and founded the Methodist church..
    Some pastors didn’t like the Methodist church and founded the Pentecostal church..
    Many did not like the Pentecostal church and founded thousands of churches as stop suffering, assemblies of God, light of the world, and a long etcetera.

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  • CARTA DE ALBERT CAMUS AO SEU PROFESSOR DA ESCOLA PRIMÁRIA

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    CARTA DE ALBERT CAMUS AO SEU PROFESSOR DA ESCOLA PRIMÁRIA

     

    Logo após receber, em 1957, o Prémio Nobel da Literatura, Albert Camus (1913 – 1960) escreve uma breve carta a Louis Germain, seu professor numa escola pública de um bairro operário de Argel. Nela, o já consagrado escritor e filósofo franco-argelino, expõe a sua gratidão àquele que marcou a sua infância e que apostou desde cedo no seu talento.

    Camus tinha apenas um ano quando o pai morreu em combate, durante a I Grande Guerra. A mãe, analfabeta, educou os dois filhos num contexto de extrema pobreza. Na escola, Louis Germain prestava apoio e protegia o potencial do pequeno Albert, um apoio recordado num momento alto de aclamação.

    19 de novembro de 1957

    Caro Senhor Germain:

    Deixei extinguir-se um pouco o ruído que me rodeou todos estes dias antes de lhe vir falar com todo o coração. Acabam de me conceder uma honra excessiva, que não procurei nem solicitei. Mas quando me inteirei da notícia, o meu primeiro pensamento, depois de minha mãe, foi para o senhor. Sem você, sem a mão afetuosa que estendeu ao garoto pobre que eu era, sem os seus ensinamentos e exemplo, nada de tudo isso teria acontecido. Não imagino um mundo com essa espécie de honra. No entanto, constitui uma oportunidade para lhe dizer o que foi, e ainda é para mim, assegurar-lhe que os seus esforços, o seu trabalho e o coração generoso que sempre empregava ainda se encontram vivos num dos seus pequenos alunos que, apesar da idade, não deixou de ser o seu grato estudante. Abraço-o com todas as minhas forças.

    Albert Camus

  • justificação moral para o egoísmo

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    20 Years Ago on July 6th, 2002 – the brilliant economist and thinker John Kenneth Galbraith, gave an interview in which he said this perfect bit:
    “The modern conservative is engaged in one of man’s oldest exercises in moral philosophy; that is, the search for a superior moral justification for selfishness.”May be an image of 1 person
  • MIRADOURO DA ponta do escalvado

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    Tinha escrito, a pedido da minha prima Manuela Pereira, o artigo que se segue e tentei a sua publicação no “Açoriano Oriental”. Honestamente, não sei se alguma vez o mesmo foi publicado. A pedido dela, vou publicá-lo aqui para o tornar acessível a todos quantos tenham curiosidade em saber quem era Manuel Correia dos Reis, entre eles os meus irmãos Lou Cruz, Marta Melo, Natalia Houle, Leonor Melo e Manuel Reis.
    Aqui vai ele:
    O Miradouro da Ponta do Escalvado
    Nos limites Oeste da Ilha de S. Miguel existe um miradouro muito singular que se tornou uma autêntica atração turística: o Miradouro da Ponta do Escalvado. Dali vê-se a Ponta da Ferraria, os Ilhéus dos Mosteiros, a Lomba Grande, a Lomba da Fonte e a localidade da Várzea, nos contrafortes do Vulcão das Sete Cidades, freguesia dos Ginetes, concelho de Ponta Delgada. O lugar, rodeado de pastagens, localiza-se a elevada altitude e tem como principal atividade económica a agricultura.
    Este miradoiro foi, em tempos, propriedade do meu avô Manuel Correia dos Reis que o cedeu, de oferta, à Junta de Freguesia dos Ginetes. Em todas as pastagens à volta ele tinha muitas vacas. Era um grande e bom agricultor que merecia o respeito de todos os seus trabalhadores e vizinhos.
    Manuel Correia dos Reis, casado com Emília da Glória Pavão e pai de Manuel, João, José, Maria Ascensão e de meu pai Gil de Almeida Correia dos Reis, acabou por adquirir duas casas em Ponta Delgada. Uma delas – que nunca cheguei a identificar – foi vendida aos Cogumbreiros, e a outra, para onde se mudou para ter um melhor acesso ao Hospital, ficava na Rua Teófilo Braga, com frente para a Rua da Alegria. Para isso desfez-se de três moios de terra. (Um moio é igual a 60 alqueires e um alqueire é igual a 1393 metros quadrados). Aí veio a falecer em 1947, um ano antes de eu nascer.
    Meu tio José, que faleceu em Santa Maria onde era barbeiro, contou-me uma vez que um dos empregados do meu avô lhe pedira dinheiro emprestado para custear a viagem de emigração para o Novo Mundo. Ter-lhe-á deixado como penhor alguns poucos terrenos que tinha. Meu avô cultivou-os e registou os proveitos auferidos. O que se sabe é que o pagamento do empréstimo nunca ocorreu. Meu avô continuou a amanhar as terras até que o amigo regressou a S. Miguel. A emigração não tinha resultado…. Estava na miséria e pensava que já tinha perdido todas as terras que penhorara a favor de meu avô. Vinha só pedir-lhe a esmola de um emprego! Para sua surpresa e alento, meu avô devolveu-lhe as terras. E ainda algum do dinheiro que sobrara da exploração delas, depois de se fazer pagar do dinheiro emprestado.
    Minha avó Emília da Glória Pavão Reis, esposa do meu avô, era uma mulher de armas. Tinha uma costela alemã. Numa obra de Carlos Melo Bento há uma referência aos Pavões de S. Miguel como descendentes de famílias alemãs. Eu tive algumas dúvidas sobre minha avó mas perguntei à minha prima Manuela, que vive nos Estados Unidos há mais de meio século, que confirmou essa informação.
    Minha avó tinha jeito para tudo. Na minha casa do aeroporto havia uma mobília de quarto de jantar que foi feita por ela. Só o soube tardiamente, numa altura em que todo o recheio dessa minha casa já tinha sido vendido, aquando da emigração da minha família, por falecimento do meu pai, em 1968. Era uma excelente eletricista, quando grande parte das pessoas nem sequer tinham acesso a esse bem nas suas casas. E também tinha uma padaria, que ficava situada no canto em frente da Rua da Alegria. Faleceu em 1958, tinha eu apenas dez anos. Mas tenho ideias da minha avó Emília quando ia a S. Miguel, embora não sejam as melhores: eu tinha medo dela! Tinha um ar austero, embora fosse uma avó exemplar para a minha prima Manuela, a quem levava muitas vezes a dar um passeio e a um banho no mar, ali próximo, na costa de Santa Clara.
    Vem isto tudo a propósito do Miradouro da Ponta do Escalvado. Depois de todas as diligências feitas pela minha prima junto das entidades oficiais, no sentido de ser colocada uma placa no Miradouro do Escalvado onde constasse o nome do doador Manuel Correia dos Reis, finalmente esse pedido surtiu efeito e, ao fim destes anos todos, após cerca de três quartos de século, a justiça fez-se e a placa já lá está afixada. Para isso, contou com a ajuda de uma amiga que vive em S. Miguel, que usando o conhecimento que tem com as entidades oficiais, conseguiu desbloquear o assunto.
    Incansável, a minha prima Manuela, já nonagenária e que vive nos Estados Unidos, resolveu vir de propósito a S. Miguel e juntar alguns familiares, entre netos, bisnetos e trinetos do doador Manuel Correia dos Reis, para tirar uma fotografia junto à placa do Miradouro, para memória futura.
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  • MONTE PALACE – A VERDADEIRA HISTÓRIA

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  • CENTENÁRIO D ARQUIMINIO DA COSTA

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    In Memoriam D Arquiminio

  • para liquidaR UM POVO

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    “Para liquidar os povos, começa-se por lhes tirar a memória. Destroem-se seus livros, sua cultura, sua história. E uma outra pessoa lhes escreve outros livros, lhes dá outra cultura e lhes inventa uma outra História.”
    – Milan Kundera. O Livro do Riso e do Esquecimento, 1978.
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  • O primeiro mapa de Portugal

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    O primeiro mapa de Portugal

    Ando a navegar pela Internet fora e vejo um mapa de Portugal que me deixa de boca aberta. Nunca tinha visto o país assim…

    Marco Neves

    Jul 18

    LER NA APP

    Lembro que estão abertas as inscrições para o Curso de Revisão de Português. Fecham no dia 21. Muito obrigado!

    O mundo para cima ou para baixo

    Há coisas que são como são há tanto tempo que parece ser impossível imaginá-las de outra maneira. Por cá, o sinal de STOP, por exemplo, tem uma peculiar forma octogonal e uma palavra inglesa no centro. Podia ser outra palavra ou outra forma? Sim, claro. Mas hoje já parece natural que seja assim — e não me parece razoável mudar o sinal agora (seria, aliás, bastante perigoso).

    Enfim, que os sinais de trânsito são convenções é bastante claro. Aliás, conduzimos pela direita, mas há muitos países que decidiram conduzir à esquerda. Houve até países que mudaram a certa altura. Dois exemplos? A Suécia, nos anos 60 — e Portugal, nos anos 20 (sim, já conduzimos pela esquerda).

    Talvez um pouco menos óbvia seja a ideia de que os relógios também são uma convenção, divididos como estão em doze partes, com o 12 lá em cima. Ainda há uns tempos escrevi sobre a curiosa história dos relógios que têm o 12 cá em baixo

    Mas há mais convenções que, de tão usadas, já nos parecem naturais. Por exemplo, escrevemos da esquerda para a direita, mas poderíamos escrever da direita para a esquerda — como, aliás, fazem os árabes. Nem os livros têm uma direcção natural: a lombada está à esquerda nos livros em português, mas os livros japoneses têm a lombada do outro lado…

    Tudo isto só para chegar à própria orientação do mundo: o Pólo Norte está lá em cima — mas poderia estar lá em baixo…

    Todos temos na cabeça, de forma muito bem martelada, que o Norte fica em cima e o Sul fica em baixo. Ninguém diz que vai para baixo quando viaja de Lisboa para o Porto. Já dizer que vamos para cima quando viajamos do Algarve para Lisboa parece bem natural…

    É difícil imaginar que o mundo fosse doutra maneira. Os australianos vivem lá em baixo, nós vivemos cá em cima.

    E, no entanto, a Terra e todo o Sistema Solar estão a navegar pelo espaço sem que haja um tecto ou um chão… Uma das primeiras fotos do nosso planeta, tirada por astronautas em 1972, costuma aparecer na direcção “certa”, mas no original tinha o Sul por cima:

    A fotografia, tal como aparece em revistas e livros, está com o Sul por baixo. Porquê? Para que ninguém estranhe…

    Um continente exótico

    Há tempos, li um livro — A History of the World in Twelve Maps — em que o autor (Jerry Brotton) afirmava ser difícil perceber por que razão o Norte acabou por ficar, de forma praticamente definitiva, na parte de cima dos mapas. Afinal, não é um facto universal.

    Note-se, por exemplo, onde está a Europa na Tabula Rogeriana, mapa de al-Idrisi, cartógrafo muçulmano que viveu em Palermo e nasceu em Ceuta:

    Uma das surpresas deste mapa é reparar como a Itália está deitada… Pois, curiosamente, se formos até ao Google Earth e virarmos a Europa ao contrário, também acabamos com uma Itália estranhamente deitada. É apenas um exemplo de como o mesmo mapa virado ao contrário tem um sabor muito diferente. Como quando repetimos uma palavra conhecida muitas vezes, o mapa começa a estranhar-nos, a parecer o resultado do trabalho de um escritor de fantasia…

    Não sei se acontece com todos, mas ao olhar para este continente de pernas para o ar, começo a imaginar outras histórias, outras aventuras… As habituais associações que fazemos ao Norte e ao Sul começam, devagar, a cair. São terras exóticas, estas…

    Não que o continente que temos não seja interessante por si. Tem, aliás, uma História demasiado interessante — e que assim promete continuar por muitos e bons séculos.

    O nosso país deitado

    Bem, olhemos para aquele país ali virado para o canto superior direito… Com o Google Earth, podemos virar o país ao contrário a nosso bel-prazer. Ficamos com o Minho cá em baixo e o Algarve lá bem em cima, onde as águas são mais quentes e, se subirmos mais um pouco, vamos parar, não à Galiza, mas a Marrocos:

    Não sei bem porquê, mas olhar para o mapa assim leva-me a notar certas características do país: Lisboa parece-me mais distante do Minho do que pensava; ali, a meio, aquela reentrância espanhola no corpo do nosso país surge um pouco menos natural, mais recortada…

    É um absurdo? Não faz sentido? Estamos habituados a imaginar um país que foi criado de cima para baixo, um país em que o mar está à esquerda. O contorno do país é, hoje, um dos símbolos nacionais. Mas, no fundo, podíamos ter acabado com uma imagem diferente. Afinal, os nossos primeiros mapas punham o Algarve nem em cima nem em baixo: ficava à esquerda!

    Aqui está a Carta de Portugal de Fernando Álvaro Seco, na versão editada no Theatrum Orbis Terrarum de Abraham Ortelius, em Antuérpia, no ano de 1570 (houve uma versão do mesmo mapa publicada uma década antes):

    Já foi há muito tempo? Pois, já no século XIX, ainda apanhamos Portugal assim deitado — mas desta vez de barriga para baixo:

    Foi este estranhíssimo mapa que me levou a escrever esta crónica…

    A verdade é que, se olharmos para o mapa do nosso país, de pernas para baixo, a fazer o pino, deitado ou na direcção habitual — o contorno é-nos tão confortável como a cama da infância. Conhecemos bem este mapa e desenhamo-lo com o dedo, a sorrir.

    E com esta conversa toda, fiquei com uma vontade irreprimível de viajar. É o que dá olhar para mapas.

    Obrigado por ler a página Certas Palavras.

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