Categoria: Historia religião teologia filosofia

  • condados porto e portucale

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    QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS CONDADOS DO PORTO E DE PORTUGAL E PARA QUE SERVIAM?
    Portus Calle ou simplesmente Cale é citado desde os tempos dos romanos como um castro kallaikoi muito antigo localizado na margem sul da foz do Rio Douro. É o Castrum Antiquum de Cale ou Romanorum, que traduzindo ao português seria o Castro Antigo de Gaia ou dos Romanos. É este local muito apropriado para atracar navios de grande calado em ambas as margens do rio Douro, o Portus de Cale ou o Porto de Gaia.
    Portucale, é ao tempo dos suevos uma localidade fortificada junto à margem norte do rio Douro na sua foz onde a partir de 572 e não antes, os suevos vão estabelecer uma cabeça de bispado ou diocese denominada Portucale Castrum Novum ou Suevorum, que em tradução portuguesa corresponde a Castro Novo do Porto ou dos Suevos.
    Esta nova diocese sueva do Porto recebe o legado territorial da precedente diocese de Magnetum ou Meinedo que ficava um pouco mais para o interior e mais afastada do rio Douro e mais próxima do Tâmega.
    A territorialidade de Portucale ou diocese do Porto está balizada ao sul no rio Douro, ao norte no rio Ave e ao leste no Tâmega que desemboca no Douro. A oeste está o oceano Atlântico.
    A norte desta diocese do Porto está a de Braga a partir do Ave, assim como está Braga ao leste a partir do Tâmega e que vai até às terras dos astures de Miranda do Douro, Çamora (com outros nomes) e Aliste ( que é nome de rio, de paróquia e ponto cardinal leste).
    Por outro lado, o Portus Cale, que também é Portucale ou Portugale ou até mesmo Portugal é efectivamente a primeira paróquia ao sul da foz do rio Douro e pertence à também antiquíssima diocese de Coimbra na Lusitânia dos suevos do paroquial. Ou seja, a diocese de Coimbra fica no seguimento litoral sul à diocese do Porto ou Portucale Castrum Novum tem como primeira paróquia também Portucale Castrum Antiquum ao sul da foz do Douro. Estamos a seguir o raciocínio?
    Quando acaba o reino dos Suevos em 585, nas mãos do godo Leovigildo e logo a seguir do Recaredo que transforma Toledo na sua capital visigoda, as dioceses suevas são mantidas com certa estabilidade territorial e são em numero de 13.
    4 são na Lusitânia e 9 são na Gallaecia.
    Em termos visigodos são todas do reino.
    Em termos metropolitanos nem por isso.
    Em 666 ou pouco antes, aparece o bispo metropolitano de Merida, Oroncio, a reclamar dentro do reino godo de Chistavindo, aquelas 4 dioceses da Lusitânia que andavam sob a alçada de Braga na Gallaecia: Coimbra, Lamego, Viseu e Idanha. E dentro de Coimbra, aparece a paróquia Portucale como vimos atrás. E na Gallaecia mantém-se a diocese Portucale como também vimos atrás.
    Aliás nas actas suevas e visigodas dos vários concílios, o bispo do Porto e denominado como “portucalensis episcopo”.
    Se formos traduzir à letra nacionalista e independentista “tuga” do presente seria algo como o “bispo português” não é? Mas não, essa denominação era de facto, o “bispo portuense”.
    Após a fatídica e mais que previsível investida moura de 711 no corrupto, mais que volátil reino visigodo de Toledo, onde os reis pouco conseguiam aquecer o lugar, quanto mais organizar um império, a Gallaecia eclesiástica dos três conventus paroquiais, desagredada já das 4 dioceses lusitanas citadas entra por contacto com a derrota goda de Guadalete, em distorcida desorganização episcopal.
    As elites mais precavidas fojem para o norte lucence e iriense. As elites mais incautas desagregam-se e acabam por simplesmente desaparecer dos mapas territoriais a que pertenciam.
    Dentro das mais precavidas surgem o Arcebispo metropolitano de Braga que se aloja em Lugo. As elites de Tui e Ourense andarão refugiadas por Iria Flavia. O bispo do Porto não se sabe bem para onde foi.
    Mas é certo que as elites de Braga, Dume, Tui, Ourense e Porto, deixaram de estar in situ nas suas dioceses e apenas os homens do campo, artesãos e pequenos párocos de paróquias mais rurais e interiores se mantiveram a cultivar as terras e os homens nos locais de sempre.
    Quando passados 100 anos de distorcida passagem de mouros e cristãos pela Gallaecia com novas cidades inventadas e reinos potestativos não conformes com o que existia antes de 711, surge a oportunidade de varios cavaleiros vassalos dos reis de Oviedo e nomeadamente do Afonso III, tentarem presuriar os territorios eclesiasticos vacantes da Gallaecia e também aqueles da parte lusitana das 4 dioceses ao sul do Douro que já falamos.
    Braga é presuriada em 748 por Odoario de Lugo, pois o Arcebispo de Braga residia em Lugo e até era a mesma pessoa que o bispo de Lugo.
    O Hermenegildo Guterres faz presuria de Coimbra em 878 ( e Portugale como já vimos) e muito provavelmente as restantes 3 dioceses ao sul do Douro.
    Por fim, mas não menos importante, Vimara Peres faz presuria na diocese de Portucale ou do Porto 10 anos antes que o Guterres em Coimbra, em 868.
    Como Braga era a sede metropolitana da Gallaecia não poderia sair da esfera dos Arcebispos e por isso não lhe é adstrito nenhum conde ou comitatus (condado). O seu território diocesano é vasto mas é puramente eclesiastico.
    Ao Vimara Peres é-lhe atribuido como Comitatus o território da diocese de Portucale ou Porto. Por isso, a Casa condal de Portucale não é a casa condal de Portugal. É a casa condal do Porto até chegarmos a 1071 com a morte do último conde dessa casa, o Nuno Mendes.
    Quando nos referimos ao Nuno Mendes como portucalense, é porque esse conde, tal como o bispo do Porto escrito em latim, é portucalense, mas não necessariamente um independentista português como gostam os tugas de lhe chamar com brios nacional socialistas do costume.
    Por isso vamos até ao García e ao momento imediatamente anterior ao Condado Portucalense.
    1090, ano da Morte do Garcia, rei de Portugal e da Gallaecia.
    E porquê Portugal e não Portucale como o Vimara Peres ou Nuno Mendes?
    Porque no ano de 1064, o Fernando Magno terminou as suas conquistas privativas das 4 dioceses lusitanas do reino suevo ( ver atrás quais), que nesse século e no anterior já se chamava de Portugal.
    Se não vejamos:
    1. Ramiro, em pleno século X , antes de ser rei de Oviedo e Leão na Gallaecia era o senhor do Portugalensis territorium em Viseu. Ou seja era o senhor de Portugal. Ou seja, era o senhor das terras desde Gaia até Idanha ao sul do Douro e porque também foi educado pelos senhores da nobreza de Coimbra.
    2. Em 1028, o Afonso V de Oviedo-Leão, que foi educado pelo Conde de Portucale ou Porto, Mendo Gonçalves, e casou com a sua filha Elvira, estava em Viseu, Portugal quando uma flecha o atingiu no peito.
    Daqui se pode verificar que o seu tutor era o conde do Porto, mas o local da sua morte era em Portugal ao sul do Douro. Portucale e Portugal são pois coisas distintas na mesma época. São territórios e potestades diferenciadas.
    Aquilo que as une, Portugal e Portucale é o ponto de inflexão na foz do Douro que é precisamente o ponto Portucale-Portucale como vimos desde o início deste texto.
    Assim, o Portugal do Rei Garcia não é a recuperação do condado do Porto do Nuno Mendes que morre na Batalha de Pedroso em Braga.
    O Portugal do Garcia são as 4 dioceses suevas ao sul do Douro que o Fernando Magno conquistou privativamente com o auxílio do moçárabe de Coimbra, Sesnando Davides e que desde 666 estavam sob a tutela da metrópole de Mérida que entretanto estava vacante, pelas razões conhecidas das investidas árabes ao sul e nomeadamente na denominada Taifa de Badalhouce que mais não é que a própria Lusitânia.
    Para descartar a hipótese de o conde do Porto, Nuno Mendes não era um independentista “portucalensis”, está documentado que o confisco das suas terras pelo Garcia após a sua morte na citada batalha de Pedroso, foi retrocedido por influência do rei Afonso VI e devolvidas essas terras a Loba Nunes e Sesnando Davides, filha e genro do malogrado vassalo leonês e conde do Porto, Nuno Mendes.
    Sesnando Davides foi inclusive agraciado com o titulo de governador de Toledo pelo Afonso VI. O condado de Portucale ou Porto era um aliado de peso do Reino de Oviedo-Leão desde todo o sempre.
    Por fim e para consolidar esta proposta diferenciadora entre Portucale e Portugal e de certa forma desconstruir os mitos nacionais socialistas que a envolvem, é importante referir que após a morte do Garcia num Mosteiro ou Prisão de Leão ou outro lugar mais recôndito em 1090, fica definido o Comitatus Portucalensis no amplo Espaço do Reino do Garcia, excepto a parte da Galiza lucense ou compostelana.
    E isso não será por acaso.
    O chanceler do Conde Raimundo é uma personalidade de tal forma poderosa e ambiciosa que nunca cederá espaço a uma Gallaecia unida sem que Compostela seja a sua centralidade metropolitana.
    E essa influência é tida em conta pelo próprio Afonso VI, que pelo seguro da sua própria existência decide dividir o Reino entre esse chanceler do Raimundo e aquele que demonstrou ser o único capaz de vencer batalhas ao sul, o conde Henrique, com o prémio de levar também a metrópole de toda a Gallaecia ironicamente restaurada ou retificada pelo irmão Garcia que entretanto morreu na prisão à sua guarda.
    O Condado portucalense leva o nome de Portugal assim como também o nome de Portucale. Uma parte é lusitana outra é galaica. Ambas são Portugal.
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    Christian Salles

    Comer tripas?
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  • ROSTO DE CÃO NA HISTÓRIA

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    O ilhéu de Rosto de Cão
    No povoamento pertenceu ao João de Prestes.
    Toda a Fajã Baixo era dele e só foi freguesia em 1911.
    No livro IV Saudades da Terra Capitulo XLII página 170 escreveu o Doutor Gaspar Frutuoso “Na outra parte deste ilhéu, da banda do norte, estão algumas quatro ou cinco covas, algumas já desfeitas e quebradas, estreitas nas bocas e tão grandes dentro como jarras ou tinagens sevilhanas, cavadas no tufo,que no tempo antigo fez ali um João de Preste cavouqueiro, para encovar e guardar, como a granel, seu trigo.” Eu estou ao pé de uma antiga cova de guardar trigo e no tempo da II Guerra Mundial 1935 a 1945 serviu de ninho de metralhadoras. Nas escadas do ilhéu tem uma cova que serve de escada. E no tempo de guerra algumas covas foram aproveitadas para defesa da entrada do Porto de Doutor António Oliveira Salazar. Este ilhéu devia ter o nome de João de Prestes porque está na História dos Açores. E nos Prestes de Cima deve ser feita justiça que já devia estar como Rua de João de Prestes.
    Curiosidades: As tinagens sevilhanas são muito parecidas ao nosso talhão de barro as covas tinham por dentro esta configuração e levavam cerca de 4 alqueires de trigo. Aqui neste ilhéu de João de Prestes tem duas histórias a das covas de guardar trigo e a outra militar.

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  • DrURZELINA O NAUFRÁGIO DO IRISKY

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    O NAVIO IRISKY ( extrato do meu livro ” VÉU DA ILHA!
    Com o primeiro canto do galo, o relógio biológico de João já dera sinais, que desperto mas de olhos fechados iterava numa modorra de deleite o último e agradabilíssimo sonho. – Um, dois, três toca a levantar vai à realidade da vida – disse mentalmente e, acto contínuo dirigiu-se ao balcão onde respirou um ar inebriante mescla de odores campestres e marinhos. Sentado na cadeira preferida foi dando conta do mundo que o rodeava: os melros e canários que cantavam nas faias, os cheiros, a luz diáfana que gradualmente aumentava por detrás da erucária, os cheiros e sobretudo um movimento inusitado na estrada de terra despertou-lhe atenção. – Que diabo aconteceu para aí, ele são carroças, burros, gente a pé!
    Foi ao canto do balcão ver o que se passava e ao ver o João Brasil perguntou-lhe: – Ó João para onde vais? – O interpelado respondeu: – vou tratar de duas vaquinhas que meu pai me comprou, pois acabei a escola e é preciso trabalhar. – Mas há qualquer novidade pois a rua está muito movimentada para o habitual – disse mestre João. – Então não sabe que encalhou um navio na fajã? O pescador ficou frio pois pensou logo no submarino e no seu negócio que ia por água abaixo. – Ó rapaz não ouvi nada, conta lá o que aconteceu.
    – Pois foi assim – disse João Brasil: – acordei sobressaltado com a sensação que algo de trágico quebrava a letargia do pedaço de costa onde nada acontecia, pareceu-me ouvir gritos, vozes, o ruído de um motor, uma luz
    que se reflectia na parede do quarto. Estremunhado esfreguei os olhos para me certificar que não sonhava, saltei da cama entreabrindo a porta, chamando-me logo a atenção uma luz inusitada por cima das canas, à beira da rocha. Vesti umas calças e um casaco e fui desvendar aquele mistério. Seriam perto das cinco pois já havia pessoas no adro da igreja esperando a missa que o padre Faria celebra neste mês das almas.
    Pela canada (rua mais estreita) vinha o João Pombo com um petromax, aquela luz produzida com carbureto, acompanhado do António Pombo. – Ó João Tomás o que aconteceu? – Perguntei eu. – Parece que um navio encalhou na Pedra Negra, queres vir connosco João? Lá descemos a terra do ti Malagueta chegando ao Barbio (bravio)
    Ao chegar à beira da água deparei-me com um monstro cinzento, jazendo meio de lado como que moribundo a poucos metros da costa, parecia uma baleia à espera de ser derretida para extrair o óleo, pasmado olhei para aquilo quando uma voz me interpelou: – já vistes João o trabalho que está ai armado! – Era o Luís do Pano que havia interrompido a pesca para observar o espectáculo daquele navio ali encalhado.
    De bordo começaram a gritar e a fazer sinais dando a entender que iam lançar uma retenida. O Luís apanhou-a começando a puxar um cabo de aço que passou à volta de um penedo fixando-o com uma manilha – eles talvez querem desembarcar agarrados a este cabo – comentou o Luís. Entretanto chegou perto do navio o José São João e o Joaquim Tesinha que iam num barquito a remos pescar aos sargos para a Fajã do Negro. Acto contínuo um homem que depois vim a saber ser o imediato, suspendeu-se do cabo começando a galgar a distância que mediava do navio à costa, infelizmente a meio caminho faltou-lhe as forças e caiu à água. O quépi que usava incendiou-se ao contacto com ela, pois estava preparado com um produto para se poder localizar o náufrago. Paulatinamente foram passando neste cabo de vai e vem, onde fora montada uma cadeira toda a tripulação, que foi acolhida nas casas da freguesia, isto é tudo o que sei. Agora vou embora pois vai ficando tarde.
    João correu para o portão e pôs-se a caminho para observar in loquo o espectáculo, onde chegou uma boa meia hora depois. Imediatamente descansou o juízo o barco encalhado não era o submarino, mas sim um navio de reabastecimento britânico, por ali ficou a observar tendo visto mais tarde a tripulação viajar uma camioneta para a vila das Velas para serem recolhidas por outro navio.
    Manuel já acabara os preparativos matinais e vasculhando nos escaninhos da memória relembrou o que os velhos contavam misto talvez de veracidade e lenda, pois quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto. “Esta embarcação em vez de se dirigir ao porto de Velas provavelmente por erro cartográfico aproou à baía de Entre – os – Morros onde fundeou ali ao lobrigarem dois ilhéus na costa lançaram um foguete com um cabo. Os nativos Patrício e um amigo começaram a puxar o cabo que se foi amontoando nas rochas, os ingleses acharam que já era cabo a mais e deram duas voltas com ele num cabeço, suspendendo assim a manobra, Então o Patrício puxou da navalha cortou o cabo e os dois parceiros enrolando – o apressaram – se a sair do local levando a preciosa corda consigo.
    Quando ao navio depois de perder uma âncora conseguiu chegar ao porto da vila das Velas. Na praça dirigiram-se à pensão da Silvina onde depois de muito beberem envolveram-se numa cena de pancadaria com pescadores locais. A causa da rixa foi uma empregada Sofia que os ingleses começaram a assediar e que foi socorrida por clientes da tasca, que fora da faina do mar por lá se quedavam entre eles havia o Cristiano, o Batata, o José Maria, o Cacete, o Manfredo. De parte a parte houve mazelas e voos pelas escadas e janelas, mas felizmente quando acalmou não havia vítimas.
    O “Irisky” assim se chamava o navio, encalhou na Baía da Fajã do Negro, no dia 11 de Novembro do ano de 1945 era de reabastecimento da Marinha Real Britânica. O calendário litúrgico apontava o dia como sendo de S, Martinho e a tripulação festejara – o na Praia da Vitória, provavelmente com uns copos a mais, quem fazia o quarto adormeceu sobre o leme, levando-o para os rochedos.
    Um emissário foi avisar as autoridades do sucedido à Urzelina, tendo comparecido no local os guardas-fiscais Viegas e Chininha que tomaram conta da ocorrência. Mais tarde chegaram das Velas funcionários alfandegários comandados pelo Dr. Sá.
    O navio sinistrado manteve-se durante muito tempo à superfície, tendo sido bastante visitado pela população local. Muitas pessoas “salvaram” cobertores, louça, ferro e madeiras deste barco.
    Muitas tentativas foram feitas para desencalhar o barco, depois de ser comprado pelo conhecido armador baleeiro picoense José Cristiano e um brasileiro de nome Vidago. O mergulhador Mourinho foi chamado para tentar pôr o navio a flutuar, nele trabalhou vários dias tendo como fiel Mário Deodato, mas sem sucesso, juntou-se depois uma brigada vinda do Faial entre os quais o mergulhador Toni que nele colocou umas chapas, logrando pôr o barco a flutuar, que foi bem espiado, aguardando o rebocador Cachalote que o levaria para a Horta.
    Na madrugada do dia seguinte levantou-se forte temporal que partiu o navio em três. Muitos anos depois ainda se podem encontrar restos deste navio no fundo da Baía do Negro. Eu próprio já os vi na caça submarina.
    Alguns mecanismos foram retirados do navio nomeadamente dois guinchos, (cabrestante) que o empresário baleeiro colocou na fábrica de transformação da baleia no Cais do Pico da ilha do mesmo nome, para alar os cetáceos pela rampa que dava do mar para a fábrica.
    Vieram ferreiros do Pico cortar chapa para seu uso, tendo um deles acabado por se fixar nos Terreiros; era muito hábil em chaparia para carros de bois, na confecção de arados americanos, e outras ferramentas bem como bom ferrador de animais. O João Ataíde que também foi visitar o local do naufrágio, pela mão do pai disse-me que este artífice era conhecido pelo “Tas te Lembrando”
    O comandante do navio em sinal de gratidão à população das Manadas mandou ao padre Faria o valor de mil escudos para distribuir pelos paroquianos. Uma boa soma se pensarmos que um homem ganhava dez escudos por dia ou um alqueire de milho. No entanto o padre e a população resolveram comprar um crucifixo para a igreja, pois a quantia depois de dividida seria irrisória.
    Mais tarde veio um navio buscar a sineta de bordo para a colocar num museu, mas não a encontrou, quem sabe se não estaria já derretida para fazer os famosos patacos falsos, que acabaram por apelidar os habitantes da ilha de S. Jorge. A outra versão dos patacos é esta:
    “ É comum atribuir-se a conotação pejorativa à identificação dos Jorgenses com “patacos falsos”.O seu sentido é incorrecto! Na verdade trata-se antes sim de um elogio.
    No passado e em data desconhecida, a moeda “o pataco” era cunhada em oiro. Por altura da sua substituição por moedas de bronze, com o mesmo valor facial, pretendia-se que a nova moeda fosse entrando em circulação, ao mesmo tempo que se recolhia a antiga bem mais valiosa. É aqui que o Jorgense se apercebe da diferença der valor entre os dois metais e vai guardando em casa as moedas que saem de circulação, e que passam a ser consideradas falsas, passando a usar as novas para os seus gastos. Os “patacos falsos” eram evidentemente mais valiosos e por isso mais apreciados do que a moeda corrente e considerada verdadeira. A partir de então negociava-se em S. Jorge por forma mais ou menos regateada o número de moedas de ouro a entregar na compra de um terreno, de uma casa, etc.Daí a alcunha dos “patacos falsos” “
    O senhor Cabral emigrante vindo da América, admirado por falar americano, ao visitar o local traduziu o nome Irisky como “herança do céu”.
    (O naufrágio também foi usado nas festas do Espírito Santo, por Artur Manco como tema para lançar bando – cantigas de critica a ocorrências nas festas ou no local – segundo o senhor João Brasil morador no Porto da Manadas que foi um simpático contador e auxiliar do que tinha presenciado neste naufrágio)
    “ Vindas heranças do céu
    Dum país que está em guerra
    Uns sortiam-se a bordo
    Outros roubavam em terra
    Blusas e samarras
    De boa lã estrangeira
    Passaram por contrabando
    há tempos pela ribeira
    Na mordomia passada
    Houve ratos de tal tamanho
    Que esconderam talhadas de queijo
    Num lenço sujo de ranho”
    Em Abril de 2013 – O mar revolveu o fundo pondo a descoberto e espalhados pelo fundo, os destroços do barco.
    “A Fajã do Negro é possivelmente uma das mais pequenas e menos conhecidas fajãs da ilha de São Jorge, Açores. Localiza-se na freguesia das Manadas, Concelho de Velas, costa Sul. Fica entre o Porto das Manadas e a fajã das Almas.
    Os acessos são dois e bastante difíceis. Um é feito por um atalho que desce pelas terras e depois pelo calhau, o outro só pode ser de barco!
    Actualmente esta fajã é procurada para a pesca e para a apanha de lapa, que são abundantes na Baía do Negro.
    A origem do estranho nome desta fajã: “Negro” provém do facto de nela ter habitado um negro que para ali foi exilado há muitos séculos.
    Existe aqui um sítio a que chamam “As Casinhas”, onde provavelmente terá existido casas.
    As culturas ali feitas eram a vinha de verdelho, a bananeira, a figueira, a laranjeira e a figueira do Inferno cujo fruto é usado desde sempre para fazer xarope para a tosse.
    Hoje apenas existem algumas figueiras por entre as pedras do calhau. A vinha que foi a principal cultura desta fajã, obrigava a que as uvas fossem transportadas em cestos, pelo calhau, para a fajã das Almas, onde se fazia o vinho.
    Nesta fajã desaguam a Ribeira do Jogo e a Ribeira do Guadalupe, que só correm quando chove muito nas serras a montante.
    Casinhas, Enchoveira (por ser um bom pesqueiro de anchova) e Ilhéu são nomes de lugares que ainda hoje são conhecidos como referência de pesqueiros. Os peixes mais apanhados foram desde sempre: o sargo, a tainha, a veja, o carapau a boga, a salema, a garoupa e a abrótea”.
    Esta é a miscelânea oral e escrita que tentei recolher, descerrando mais um véu deste episódio, ali mesmo à vista do pescador que não cabia em si de contente, por poder continuar com o seu negócio de reabastecimento, pois embora sabendo-o efémero ainda lhe iria render bom dinheiro por mais tempo.
    O navio irisky posto a flutuar pelos mergulhadores
    – Vou pôr pés a caminho pois está quase na hora de almoço e ainda não fiz nada para o ganhar – pensou João, abandonando o local do sinistro, com a alma mais lavada do que ao chegar.
    s
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  • arsénio puim chaves

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    Saiu hoje, na revista do jornal Expresso, uma reportagem sobre ARSÉNIO CHAVES PUIM e a sua oposição ao Estado Novo e à Guerra Colonial, que culminou na sua detenção na Guiné em 1971.

    Poderão ler a reportagem na íntegra aqui:
    https://drive.google.com/file/d/1yBa1BsK9fapeCKVfZruOL1RG1BdK2cH_/view?usp=sharing

  • S TOMÉ E PRINCÍPE E O CACAU NA CAMPANHA INGLESA

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    José Bárbara Branco

    O livro que Francisco Mantero publicou (“A Mão D’Obra em S.Thomé e Príncipe, 1910. Edição do Autor. Lisboa: Typ. do Annuario Commercial) e que tenho na minha biblioteca, é um extraordinário trabalho de investigação, ordenamento´e compilação de factos e estatísticas, desmontando os argumentos dos Ingleses (com a Cadbury em destaque) que, sob a capa de humanitarismo, queriam consolidar o monopólio mundial da produção, transformação e comércio do cacau e seus derivados.
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  • Dodó: a fantástica ave que os portugueses caçaram até à extinção | VortexMag

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    O dodó era uma ave de grande porte que vivia na Ilha Maurícia e foi caçada até à extinção por marinheiros portugueses. Conheça a sua história.

    Source: Dodó: a fantástica ave que os portugueses caçaram até à extinção | VortexMag

  • ARSÉNIO CHAVES PUIM faz hoje 86 anos

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    Subject:

    Re: “Daqui e dali – do que é nosso”

    From:

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com>

    Date:

    9/05/2023, 1:29 pm

    To:

    undisclosed-recipients:;

     

    O nosso ARSÉNIO CHAVES PUIM faz hoje 86 anos! PARABÉNS!!🎂
    Que nos continue a presenciar com o seu conhecimento sobre Santa Maria, e nos faça companhia por mais anos, com muita saúde e alegria!

    A propósito, já compraram o livro dele?
    https://www.facebook.com/1444694334/videos/a.10207171445471537/926246701320958

    Beijinhos e abraços,

    Ângela

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia quarta, 5/04/2023 à(s) 00:38:

    Olá a todos,

     

    Segue mais um recorte “daqui e dali“:

    Postura 29: Acerca dos vendeiros não darem de comer nem de beber a escravos e a moços de solda, nem assi a jogos de cartas.
    – in Posturas Camarárias de Vila do Porto (1780-1800)
    Fonte: Instituto Histórico da Ilha Terceira

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia quarta, 1/03/2023 à(s) 15:07:

    Olá a todos,

     

    Segue mais um recorte “daqui e dali“:

    1618 – Carta Regia — reparo e fortificação da Ilha de Santa Maria
    – in: Chancelaria de D. Filipe II (1598-1621), Livro 1613-1619.
    – Fonte: https://dre.pt/

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia terça, 29/11/2022 à(s) 23:02:

    Olá a todos,

     

    Segue mais um recorte “daqui e dali“:

    1962: Saem 110 contos ao Pepe*!

    – in: “Diário de Notícias” (EUA), 1962-06-08.

    – Fonte: https://www.lib.umassd.edu/

    * Filho de artistas circenses, ele grego, ela italiana, José Elisabeth nasceu a 23-12-1910 em Santiago do Cacém. No final dos anos 30, José Elizabeth (Pepe) deixou a vida do circo e fixou-se em Ponta Delgada, onde passou a exercer a profissão de fotógrafo, registando as gentes e os locais de São Miguel ao longo de 10 anos. Em 1949, fixou-se definitivamente em Santa Maria, atraído pela forte agitação que ali se vivia, com a presença dos militares norte-americanos, registando os aspectos em torno do Aeroporto, e do resto da ilha. Seguiram-lhe os passos o filho Max Brix Elisabeth, e actualmente o neto Pepe Brix.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 23/10/2022 à(s) 00:28:

    Olá a todos,

     

    Segue mais um recorte “daqui e dali“:

     

    Postura 48: Acerca de se não lavarem roupas e mais imundices na ribeira pública, havendo falta de água no chafariz desta Vila

    – in Posturas Camarárias de Vila do Porto (1780-1800)

    Fonte: Instituto Histórico da Ilha Terceira

     

     

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 24/04/2022 à(s) 02:32:

    Olá a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “Daqui & Dali“:

    1928: Longa vida e desafogada ao Baluarte.
    Recorte do jornal «A Colónia Portuguesa», edição de 24-04-1928.
    Fonte: https://www.lib.umassd.edu/


    25-01-1928
    Nasceu pela mão do professor José de Medeiros Moniz “O Baluarte”, um quinzenário que assumia como compromisso ser «um humilde intérprete do povo, um acérrimo defensor da verdade e da justiça». A 1ª Série (1928-1930) teve como 1º director o seu fundador José de Medeiros Moniz, 2º director António Morais Cordeiro, e 3º director José do Carmo Pacheco.
    01-05-1977
    Renasceu graças ao seu 4º director Arsénio Chaves Puim e seus associados, com o objectivo da defesa «dos interesses e da promoção da ilha de Santa Maria». Esta 2ª Série (1977-2016) contou também como 5º director José Dinis Resendes e como 6º director João de Sousa Braga.
    01-11-1980
    Por questões legais, e uma vez que já se encontrava registado no país outro jornal denominado “O Baluarte”, o jornal passou a partir desta data (Nº. 43 da IIª série) a designar-se “O Baluarte de Santa Maria”.
    Fevereiro de 2017
    Após uma breve pausa, o jornal retomou a sua actividade com o director Domingos Barbosa, contando actualmente com Sandra Reis como sua directora.
    O ‘Baluarte’, citando e parafraseando João de Sousa Braga*, não foi nem é apenas fruto do trabalho dos seus directores. Foi e será também fruto do trabalho e da generosidade dos muitos colaboradores, dos jornalistas e funcionários, dos anunciantes, e, claro, dos seus assinantes dentro e fora da ilha.
    E continuamos a trilhar caminho…
    *«A passagem de testemunho da edição do jornal O Baluarte de Santa Maria», in “O Baluarte de Santa Maria, edição de Março de 2017, pág. 3.

    Cumprimentos,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 24/04/2022 à(s) 01:28:

    Olá a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“:

    1967: Porto de abrigo.
    Recorte do jornal «Diario de Noticias», New Bedford, edição de 29-03-1967.
    Fonte: https://www.lib.umassd.edu/

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 12/03/2022 à(s) 10:30:

    Olá a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    1957: “Longe, tão longe”*…

     

    – Fonte: FIGUEIREDO, Jaime de, “IMPÉRIOS MARIENSES – Folclore Açoriano”, C. de Oliveira Limitada (Editores), Lisboa, 1957, pág. 13.

    *título de canção de Mário Mariante.

    —-

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 19/02/2022 à(s) 05:07:

    Olá a todos,

     

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali”.

     

    1493: a procissão da gente de Colombo à capela mais próxima.

    – in «Occidente – Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro», N.º 568, 01-10-1894, pp. 226, 228.

    Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

    Beijinhos e abraços,

     

    Ângela Loura

     

    A segunda, 14 de fev de 2022, 23:55, Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu:

    Olá a todos,

     

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

     

    1946: “escândalo” em dia de São Valentim.

    – in «Correspondência recebida», 14-02-1946.
    – Fonte: Livro de correspondência recebida da Secção Pedagógica da Delegação Escolar de Vila do Porto, 1940-1950 | https://bit.ly/3BjelPs

     

    Beijinhos e abraços,

     

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 4/12/2021 à(s) 16:21:

    Olá a todos,

     

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

     

    1963: Santa Maria Food Drop

     

    Beijinhos e abraços,

     

    Ângela Loura

    1963: Santa Maria Food Drop

    «Nome da operação: “Santa Maria Island Food Drop”

    Data: 15-03-1963

    Operação: Seis semanas de fortes ventos e ondas contínuas durante os meses de fevereiro e março impediram os navios portugueses de transportar alimentos para a Ilha de Santa Maria, nos Açores. Lembrando que os aviões dos EUA já tinham transportado alimentos para os Açores como parte de uma política de ajuda externa “People to People”, as autoridades da ilha pediram ajuda aos EUA.

    Em meados de Março, o East Trpt AF desviou um 17º Esquadrão de Transporte Aéreo C – 124 Globemaster para a Base das Lajes nos Açores para um transporte aéreo de emergência. A 15 de Março, o avião lançou quase cinco toneladas de batatas, cebolas, laranjas e outros alimentos para os habitantes de Santa Maria, ajudando-os a sobreviver até à retomada dos transportes marítimos.»

    (trad. livre)

    Fonte: HAULMAN, Daniel Lee, The United States Air Force and Humanitarian Airlift Operations, 1947-1994, Air Force History and Museums Program, Washington, D.C., 1998, pág. 248.

    Dada a falta de fontes locais referentes a este período, recorri a fontes alternativas. A partir do blogue do Sr. Luís Miguel Correia*, e com a ajuda do próprio (a quem desde já deixo o meu agradecimento!), foi possível verificar que o paquete “Ponta Delgada” terá feito escala em Santa Maria no dia 20 de Fevereiro, regressando à mesma apenas no dia 19 de Março.

    * Para quem tiver interesse pelo tema, considerem adquirir o livro “Paquetes dos Açores / Azores Passenger Ships“, de Luís Miguel Correia.

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 21/11/2021 à(s) 12:08:

    Olá a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1954: O charuto voador.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 21/11/2021 à(s) 01:57:

    Boa noite a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1853: Bona fide.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia terça, 16/11/2021 à(s) 00:13:

    Boa noite a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1946: Exorbitâncias na “Pequena América”

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 14/11/2021 à(s) 19:40:

    Boa noite a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1910: A biblioteca.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 13/11/2021 à(s) 16:08:

    Boa tarde a todos,

    Por vezes, ao escrever de cor (pensamos nós), a coisa sai mal.

    O irmão deste Alberto (n. 1861, Vila do Porto) a que se refere a rua Sousa Pinto em Lisboa não se chama António, mas sim José Júlio (n. 1856, Angra do Heroísmo). António (n. 1846, Porto) era o irmão mais velho (também artista), que fez vida no Brasil.

    .

    Sobre o resultado desta demanda do governo francês, ainda não encontrei nada que confirme se sempre terá sido condecorado. Li algures que terá sido condecorado Officier de la Légion d’Honneur, mas na base de dados Leonore só encontrei o seu irmão José Júlio, pelo que aguardo confirmação por parte da chancelaria.

    Fica a correcção.

    Cumprimentos,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 13/11/2021 à(s) 01:43:

    Boa noite a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1924: Où es-tu, Alberto?.

    (acompanhado do seu assento de baptismo)

    Conhecem a Rua Sousa Pinto, em Lisboa? É o irmão dele, o António Sousa Pinto.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia quarta, 10/11/2021 à(s) 01:35:

    Boa noite a todos,

    Segue em anexo mais um recorte “daqui e dali“.

    – 1919: «6 mil e tantas almas desamparadas da sciencia!»

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia domingo, 7/11/2021 à(s) 01:45:

    Boa noite a todos,

    Seguem em anexo mais alguns recortes “daqui e dali”.

    – 1887: A morte de um «patrício nosso»
    – 1988: Desafectação de terreno do domínio público aeroportuário e cedência ao Clube Asas do Atlântico.
    – 1910: Alexander Hill Gray, o «cultor de rosas».

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sexta, 5/11/2021 à(s) 01:47:

    Boa noite a todos,

    Seguem em anexo mais um recorte “daqui e dali”.

    – 1910: Catástrofe em São Lourenço.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia sábado, 30/10/2021 à(s) 02:09:

    Boa noite,

    Seguem em anexo o próximo recorte “daqui e dali“.

    – Sismo ocorrido em 1937, que afectou as freguesias de São Pedro e de Santo Espírito.
    – «As chuvas que cairam no meado de Julho, fizeram grande beneficio aos campos d’esta ilha. (…) Em fim se nao houver transtorno é um anno feliz para os marienses.» (1885)

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia quinta, 28/10/2021 à(s) 00:36:

    Olá a todos,

    Dando continuidade à partilha dos recortes, neste e-mail dou por concluída a partilha de recortes do livro do padre Jacinto Monteiro.

    Os mesmos encontram-se já publicados no blog.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Em anexo:
    – Os ‘saca-rolhas’
    – “IES”
    – A Boleia
    – Dona Virgínia
    – Milagre da Ermida de Nossa Senhora da Conceição
    – Banho de Feijoada

    Ângela Loura <angelaloura@gmail.com> escreveu no dia quarta, 27/10/2021 à(s) 20:19:

    Olá a todos, espero que se encontrem bem.

    A pedido de algumas pessoas que têm acompanhado as minhas publicações de recortes relacionados com Santa Maria num álbum a que chamei “Daqui e dali – do que é nosso” no Facebook, e que me chamaram a atenção para o facto de alguns interessados por estes recortes não terem acesso ao Facebook, faço então chegar estes mesmos recortes por e-mail. Como já são alguns, vou enviando às “mijas”.

    À medida que for enviando por e-mail, vou também publicando num blog que criei propositadamente para arquivar estes recortes.

    Espero que os que ainda não conhecem gostem, e, se for caso disso, encaminhem para os vossos amigos.

    Beijinhos e abraços,

    Ângela Loura

    Em anexo:

    – O Epitáfio misterioso

    – Macabros entaipados

    – “O povo de Santa Maria : seu falar e suas vivências” / Arsénio Chaves Puim