Categoria: Historia religião teologia filosofia

  • 1971 as cenas indecentes de vilar de mouros

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    FIFTY YEARS LATER
    Em 6 de agosto de 1971, há precisamente 50 anos, estava eu excitadíssimo, a começar a longa viagem feita à boleia – a última etapa num camião carregado de moços, moças e suínos (literalmente), lançado a alta velocidade e com os pneus a chiar nas curvas da estrada de Caminha – que me levaria ao Festival de Vilar de Mouros, o «Woodstock português» que aconteceu a 7 e a 8. Momento que marcou a experiência de uma geração de jovens acima de tudo completamente avessos ao «doce viver habitualmente» que Salazar tanto apreciara e do qual procurara fazer modelo de gerações. Esta fotografia não é novidade por aqui, mas regresso a ela como sinal de uma experiência inesquecível, marca de um tempo contraditório, agora a perfazer metade de um século (pois sou/era mesmo aquele rapaz deitado no chão, de mãos a servir de almofada, ali no canto inferior esquerdo).
    Escrevia então um relatório da PIDE/DGS, como sinal de uma incompreensão total fase ao que estava a acontecer:
    «Entre outros havia:
    – crianças de olhar parado indiferentes a tudo
    – grupos de homens, de mão na mão, a dançar de roda
    – um rapaz deitado, com as calças abaixadas no trazeiro
    – um sujeito tão drogado que teve de ser levado em braços, com rigidez nos músculos
    – relações sexuais entre 2 pares, todos debaixo do mesmo cobertor na zona mais iluminada
    – sujeitos que corriam aos gritos para todos os lados
    – bichas enormes a comprar laranjadas e esperando a vez nas retretes (havia 7 ou 8 provisórias) mas apesar disso, houve quem se aliviasse no recinto do espectáculo.
    – porcaria de todo o género no chão (restos de comida, lama, urina) e pessoas deitadas nas proximidades.
    Viam-se algumas bandeiras. Uma vermelha com uma mão amarela aberta no meio (um dos símbolos usados na América pelos anarquistas); outra branca, com a inscrição “somos do Porto” com raios a vermelho e uma estrela preta.
    A população da aldeia, e de toda a região, até Viana do Castelo, a uns 30 km de distância, estava revoltada contra os “cabeludos” e alguns até gritavam de longe ao passar “vai trabalhar”. Foram vistos alguns a comer com as mãos e a limparem os dedos à cabeleira.
    Viam-se cenas indecentes na via pública, atrás dos arbustos e à beira da estrada.»
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    Mário Pinto Ferreira

    O inicio felizmente continuado dos festivais de verão. Vilar de Mouros é o Pai de todos eles.
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  • quem são os dois homens que nunca largam o papa em portugal

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    São os dois homens mais próximas do Papa Francisco. Onde quer que o Papa vá, eles acompanham-no. São os dois leigos, casados e trabalham há vários anos no Vaticano. Um empurra a cadeira de rodas, o outro anda sempre com uma pequena mala na mão. Descubra porque é que são tão importantes.

    Source: quem são os dois homens que nunca largam o papa em portugal

  • MERCEARIA NA LOMBA DA MAIA

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    Mercearia histórica tornou-se atração na Lomba da Maia

    Memória viva do comércio da primeira metade do século XX, a Mercearia Popular é hoje um espaço museológico com venda de artesanato, que dinamiza a economia local e até já despertou a atenção de famosos

    Com 87 anos de existência, a Mercearia Popular foi outrora o centro da vida comercial da Freguesia da Lomba da Maia e é hoje um espaço museológico, visitado por locais e turistas e onde os artesãos da freguesia expõem e vendem os seus produtos, dinamizando a economia local.
    Fundada em 1936 por António Rebelo, a Mercearia Popular é hoje, praticamente inalterada, uma das mais antigas e típicas mercearias da ilha de São Miguel e uma memória viva do comércio da primeira metade do século XX, antes da era dos equipamentos eletrónicos e dos produtos embalados. Depois de passar de geração em geração como um espaço de referência na freguesia da Lomba da Maia, a Mercearia Popular acabou por encerrar já no século XXI, com a crise financeira e face à abertura um pouco por toda a ilha de São Miguel de novos e mais modernos espaços comerciais.
    Em 2016, numa parceria entre o proprietário da mercearia, José Manuel Pimentel, a Junta de Freguesia da Lomba da Maia e a Câmara Municipal da Ribeira Grande, foi possível reabrir a Mercearia Popular, agora gerida pela Junta de Freguesia, como espaço museológico e ponto de venda de artesanato local.
    Conforme explica em declarações ao Açoriano Oriental o presidente da Junta de Freguesia da Lomba da Maia, Alberto Ponte, neste momento, a Mercearia Popular é um espaço “que tem tido muito sucesso” e que tem funcionado como uma forma de “ajudar os artesãos”, ao mesmo tempo que se “mantém viva a cultura” da freguesia e um espaço histórico aberto.
    Além disso, como a passagem pelo centro da freguesia e pela Mercearia Popular está incluída no trilho pedestre da Barquinha, “passam aqui muitos turistas que compram muita coisa”, afirma Alberto Ponte. Mas também os emigrantes, que normalmente regressam à Lomba da Maia durante o período do verão, mostram muito interesse na Mercearia Popular, que faz lembrar a vida no tempo em que saíram dos Açores, o que os leva a comprar os produtos artesanais, que levam como lembrança para os familiares e amigos na América do Norte.
    E a fama da Mercearia Popular chegou também até ao continente português, tendo recebido já a visita de famosos, como foi o caso de Catarina Portas, fundadora da rede de lojas “A Vida Portuguesa”, que mostrou interesse no espaço e nos seus produtos, tendo deixado uma mensagem no Livro de Honra.
    Trilhos, moinhos e ondas gigantes na Lomba da Maia
    Os trilhos pedestres da Praia da Viola e da Barquinha e o facto da Lomba da Maia ter uma ligação direta à SCUT, têm ajudado a desenvolver o turismo nesta freguesia da zona nascente do Concelho da Ribeira Grande.
    A recuperação recente de um conjunto de cinco moinhos de água no trilho da Praia da Viola reforçou ainda mais o interesse pela freguesia da Lomba da Maia, que entrou também no circuito do surf de ondas gigantes quando em 2017 João de Macedo surfou uma onda no Pico da Viola, que correu o mundo.
    • Rui Jorge Cabral
    in, Açoriano Oriental, 05 de Agosto / 2023
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  • Boccaccio – In: “Decameron”.

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    May be pop art

    “…há muitos homens e muitas mulheres suficientemente tolos para acreditar que, pondo-se uma touca branca na cabeça de uma jovem e uma cogula preta em suas costas, ela deixa de ser mulher e de sentir os desejos femininos, como se, ao torná-la freira, a fizessem tornar-se de pedra; e, se por acaso ouvem algo contra essa crença, irritam-se como se tivesse sido cometido algum mal enorme e criminoso contra a natureza, não considerando nem levando em conta a si mesmos– que a plena liberdade de fazer o que querem não consegue saciar–, nem a grande força do ócio e da solidão.”
    — Boccaccio – In: “Decameron”.
    (Arte: Camille Clovis Trouille – “Rêve Claustral”, 1952)

    “…há muitos homens e muitas mulheres suficientemente tolos para acreditar que, pondo-se uma touca branca na cabeça de uma jovem e uma cogula preta em suas costas, ela deixa de ser mulher e de sentir os desejos femininos, como se, ao torná-la freira, a fizessem tornar-se de pedra; e, se por acaso ouvem algo contra essa crença, irritam-se como se tivesse sido cometido algum mal enorme e criminoso contra a natureza, não considerando nem levando em conta a si mesmos– que a plena liberdade de fazer o que querem não consegue saciar–, nem a grande força do ócio e da solidão.”
    — Boccaccio – In: “Decameron”.
    (Arte: Camille Clovis Trouille – “Rêve Claustral”, 1952)

  • a agonia do estado laico (eu, ateu me espanto com tudo isto)

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    « (…) O envolvimento do Estado (Governo e autarquias) no financiamento e organização da Jornada Mundial da Juventude da Igreja católica é, provavelmente, a mais grave violação do princípio constitucional da separação do Estado e das Igrejas desde que foi institucionalizada a democracia. Por três ordens de questões.
    A primeira é de moralidade social. Apesar de ninguém querer fornecer dados globais da despesa pública com este evento da Igreja católica, os números conhecidos apontam para bem mais de 80 milhões de euros. O Governo e as autarquias de Lisboa e Loures forneceram terrenos, prepararam infraestruturas, fizeram pontes, construíram palcos megalómanos, asseguraram telecomunicações, mobilizaram forças de segurança à escala nacional, arranjaram transportes, cortaram trânsitos e acessos para que a Igreja católica pudesse levar a cabo a sua majestática mobilização religiosa. De tal forma que soa estranha ao discurso desclericalizante e de justiça social do Papa Francisco.
    Num país com um dos mais altos índices de desigualdade e dos mais baixos salários da União Europeia e com gravíssimos problemas de acesso à habitação ou de sustentação de serviços públicos essenciais, investir somas do erário público deste montante como privilégio cerimonial de uma crença religiosa é social e politicamente imoral.
    Poupem-nos às justificações deliquescentes dos idílicos jardins floridos que vão ficar, ou às mais cínicas piscando o olho às expectantes negociatas do turismo e do alojamento local. Precisamente o que se reclamaria de gasto público tamanho é que fosse aplicado no interesse geral, ou seja, que ajudasse a resolver algumas das mais urgentes prioridades que enfrenta o país. Por isso, obrigado, Bordalo II.
    A segunda é uma questão de princípio e de legalidade. Ao apadrinhar financeira e politicamente a mobilização religiosa da Igreja católica, ao atribuir-lhe um tratamento que configura um enorme privilégio sustentado pelos dinheiros públicos, o Governo e as autarquias que se lhe associaram violam abertamente a natureza laica do Estado, constitucionalmente estabelecida. E com isso atentam contra o princípio democrático e também constitucional da liberdade religiosa e de crença, pois a primeira condição para ela existir é a neutralidade religiosa do Estado. Neste melancólico entardecer das democracias, parece que em Portugal se vai regressando, sem protesto de quase ninguém, aos tempos do neorregalismo funcional em matéria de relações do Estado com a Igreja católica que caracterizaram a ditadura estado-novista.
    A terceira é a questão da atitude simbólica de quem nos representa. Quando o Presidente da República faz questão de misturar sistematicamente no exercício das suas funções o seu papel de chefe do Estado com o de exuberante coadjutor da hierarquia católica; quando o primeiro-ministro socialista entende, enquanto chefe do Governo e sem vislumbre de estados de alma, participar nas missas papais; quando o presidente da Câmara de Lisboa, fingindo trazer a cruz da procissão às costas, se desdobra em exteriorizações patéticas de uma devoção toda ela bafejada pelo espírito mais prosaico de caça ao voto; quando os partidos parlamentares (com as honrosas exceções do Bloco e do Livre) se acotovelam para ficarem na fila da frente das cerimónias eclesiais; perante um tão beatífico cenário de unção religiosa por parte dos que deviam ser os primeiros a respeitar e a fazer respeitar a neutralidade religiosa das instituições públicas, eu pergunto se é possível deixar de pensar que estamos, despreocupadamente, a assistir à agonia do Estado laico enquanto pilar fundamental do regime democrático.
    No que me toca, sou um cidadão republicano, ateu e socialista, e consequentemente convicto defensor da liberdade de crenças e descrenças. Por isso mesmo, não concebo que os impostos pagos por todos sirvam para financiar as espaventosas cerimónias religiosas só de alguns. Mesmo que estes se considerem religião maioritária. E precisamente por isso mesmo..»
    [Fernando Rosas, “Público”, 2/08/2023]
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    A agonia do Estado laico
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    • €80 milhões de dinheiro público para vir cá o Papa? Vamos lá analisar melhor, porque eu até acho que no fundo estamos a ser abençoados. Sigam: @casaeumdireito Dia 1 de Abril saímos à rua.
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      €80 milhões de dinheiro público para vir cá o Papa? Vamos lá analisar melhor, porque eu até acho que no fundo estamos a ser abençoados. Sigam: @casaeumdireito Dia 1 de Abril saímos à rua.

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    • José Mário Costa

      « (…) Somos um Estado laico no verbo constitucional, mas não na prática. É perturbador ver cerimónias de inauguração de obras públicas com o alto patrocínio de representantes do Estado sujeitas à bênção do bispo da diocese. Não se pode invocar o “costume”, porque a deslaicização do Estado teria fraturado os ossos desse costume. A menos que seja apenas por superstição (abençoar a obra para lhe emprestar sorte divina) e entramos no domínio do paganismo. É intrigante ver jornalistas muito excitados com o conclave da juventude católica a entrevistarem um membro do clero ou uma jovem peregrina, parecendo que os plumitivos saíram diretamente de um convento para a redação do canal televisivo. É inaceitável que um Presidente da República não tenha conseguido despir a sotaina metafórica depois de ter sido eleito, como se representasse a hierarquia eclesiástica antes de representar quase 11 milhões de cidadãos.
      Podem os católicos invocar que o catolicismo é a religião dominante e que os seus direitos de manifestação de fé devem ser defendidos. Esses direitos não estão em causa. Acredito que nem o “anticlerical primário” defenderá o encerramento de locais de culto e a perseguição de católicos (a menos que gravite na órbita de supressão das liberdades, que os há). Os privilégios que a Igreja continua a ter não batem certo com a Constituição, deixando-a num patamar superior em relação a outras confissões religiosas. O laicismo do Estado não é respeitado e os privilégios dos católicos violam a igualdade entre as confissões religiosas. Esse é um dever de um Estado laico: sem haver religião oficial, todas as confissões religiosas têm (ou deviam ter) os mesmos direitos. Sem inventariar os fieis para aplicar leis de proporcionalidade que não são reconhecidas pela Constituição.
      Não se pode tolher a liberdade de credo e, portanto, não se pode impedir que um católico se despeça dizendo “se Deus quiser”. Pela mesma medida, pode alguém ficar indisposto se um ateu (talvez imediatamente abjurado como anticlerical primário) ripostar no avesso da moeda, declarando “até amanhã, sem o dedo de Deus”? Pode um ateu formular todas estas interrogações sem que os católicos o encostem a um canto, acusando-o de reconhecer Deus pela simples negação da sua existência? Pode um ateu não levar com o camartelo do anticlericalismo (e primário, se for para o menoscabar) ao notar a excitação decretada pela comunicação social quando noticia os preparativos para as JMJ? (Como se a manifestação dissesse respeito a uma maioria de cidadãos, não sendo esse o caso, a atestar pelos estudos recentes que identificam um retrocesso do catolicismo e o emagrecimento das hostes dos católicos.)
      Pode um ateu propor uma subscrição pública para ser devolvida à República Portuguesa a laicidade constitucional sem ser atirado para o anticlericalismo primário?»
      [Paulo Vila Maior, “Público”, 3/08/2023]
      PUBLICO.PT
      Pode-se perguntar pela laicidade sem se ser acusado de anticlericalismo?

      Pode-se perguntar pela laicidade sem se ser acusado de anticlericalismo?

  • prefiro woodstock à JMJ….Unique Woodstock Photos from the Iconic Music Festival – Past Chronicles

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    A review of vintage photos straight out of the historical Woodstock music festival of 1969 in Bethel, New York.

    Source: Unique Woodstock Photos from the Iconic Music Festival – Past Chronicles

  • Fenícios nos Açores

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    INSCRIÇÕES FENÍCIAS DESCOBERTAS NOS AÇORES
    Muito antes da chegada dos portugueses aos Açores, os fenícios já tinham estabelecido colónias e entrepostos comerciais nas ilhas. Este facto poderá ser corroborado pelas descobertas feitas no século XVI ao terem sido encontradas inscrições fenícias numa gruta na Ilha Terceira, nas Quatro Ribeiras; em 1976, um amuleto com caracteres fenícios na ilha de São Miguel; e, em 2010 e 2011 nas Ilhas Terceira, Flores e Corvo dezenas de hipogeus (estruturas escavadas na rocha e usadas no Mediterrâneo como sepulturas).
    Também nos chegou a informação da célebre indicação da existência na ilha do Corvo, quando os portugueses lá aportaram pela primeira vez, de uma estátua de um cavaleiro. A primeira referência conhecida sobre esta estátua, é do século XIV, num mapa datado de 1375, que está arquivado na Biblioteca Ambrosiana em Milão, elaborado pelos irmãos Francesco e Dominico Pizzigani.
    in “PORTUGUESES, AFINAL, QUEM SOMOS?”, José Garrido
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    Maria José Lacerda, Roberto Medeiros and 1.1K others

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  • Cartazes contra abusos sexuais na Igreja

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    JMJ: Cartazes contra abusos sexuais na Igreja colocados em Lisboa, Loures e Algés
    Lisboa, 02 ago 2023 (Lusa) – Cartazes em que se denunciam os abusos sexuais a crianças na Igreja portuguesa surgiram hoje de manhã em três locais de Lisboa, Loures e Algés.
    Uma das promotoras dos cartazes, Telma Tavares, publicou na rede X (ex-Twitter) uma mensagem: “A cidade está deserta E alguém escreveu em toda a parte Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas”.
    “Mais de 4.800 crianças abusadas pela Igreja católica em Portugal” é a frase, em inglês, ilustrada por 4.800 pontos que representam cada uma das vítimas, e colocada em cartazes em Lisboa, Loures e Algés.
    A publicação na rede social X mostra as fotos dos três cartazes.
    A ideia deste movimento “This is our memorial” (Este é o nosso memorial) nasceu no Twitter e os promotores fizeram uma recolha de fundos que permitiu a colocação dos cartazes.
    A iniciativa surgiu no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começou na terça-feira em Lisboa e que se prolonga até domingo.
    O Papa Francisco chegou hoje a Portugal, onde permanecerá até domingo, com uma visita a Fátima no sábado.
    NS // SSS
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  • açores,clero em movimento

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    Mais Movimentos No Clero Açoriano