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Rogério, Mario Jorge and 2.1K others
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Few words in the world evoke such feelings of pain, loss, and suffering as “genocide.” Used to describe the most horrendous and detestable violations of human life, motivated by the most revolting manifestations of hate and prejudice conceivable, genocide is a word that should never be used lightly. It would be comforting to imagine genocide as a problem of the past that has since been solved, a barbaric habit that we as a species have evolved out of, but that is unfortunately far from the truth. Genocides continue to this day, and the future doesn’t promise an end to the misery either. It’s important to learn from our past, if we ever want to escape it. Read on to remember some of modern history’s darkest moments, in hopes that we’ll never have to relive them.
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Few words in the world evoke such feelings of pain, loss, and suffering as “genocide.” Used to describe the most horrendous and detestable violations of human life, motivated by the most revolting manifestations of hate and prejudice conceivable, genocide is a word that should never be used lightly. It would be comforting to imagine genocide as a problem of the past that has since been solved, a barbaric habit that we as a species have evolved out of, but that is unfortunately far from the truth. Genocides continue to this day, and the future doesn’t promise an end to the misery either. It’s important to learn from our past, if we ever want to escape it. Read on to remember some of modern history’s darkest moments, in hopes that we’ll never have to relive them.
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Em 1977, um oficial da Organização para a Libertação da Palestina disse a um jornal holandês:
“O povo palestiniano não existe. A criação de um Estado palestiniano é apenas um meio de continuar a nossa luta contra o Estado de Israel pela nossa unidade árabe. Na realidade, hoje não há diferença entre jordanos, palestinos, sírios e libaneses. Somente por razões políticas e tácticas falamos hoje sobre a existência de um povo palestiniano, uma vez que os interesses nacionais árabes exigem que postulemos a existência de um “povo palestiniano” distinto para se opor ao sionismo. Sim, a existência de uma identidade palestiniana separada existe apenas por razões tácticas, a Jordânia, que é um Estado soberano com fronteiras definidas, não pode reivindicar Haifa e Jaffa, enquanto, como palestiniano, posso, sem dúvida, exigir Haifa, Jaffa, Beer-Sheva e Jerusalém. No entanto, no momento em que reivindicarmos o nosso direito a toda a Palestina, não esperaremos nem um minuto para unir a Palestina e a Jordânia.”
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Foram os franceses no tempo da sua revolução que inventaram o padrão da condução pelo lado direito das estradas, isto em 1794.Com as invasões francesas, logo no início do século XIX, onde invadiram quase tudo à sua volta, levaram essa regra com eles.
Source: Jornal dos Clássicos – Conduzir pela esquerda ou pela direita?
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A rainha portuguesa que Nova Iorque derreteu
Às vezes, as viagens mais interessantes acontecem-nos mesmo à porta de casa. Pois imagine o leitor que fui dar um passeio à beira-Tejo e, sem sair de Lisboa, vi-me transportado para debates furiosos na Nova Iorque dos Anos 90. Tudo por causa duma rainha portuguesa. Uma rainha a ver o Mar da PalhaPois, se estiver perto de Lisboa e tiver umas horas, vá passear para o Parque Tejo, ali por baixo da Ponte Vasco da Gama. Se começar a percorrer o passadiço à beira-rio em direcção à Torre Vasco da Gama, encontrará uma estátua de bronze de uma mulher de cabelo desgrenhado — é a estátua de D. Catarina, a portuguesa que foi rainha de Inglaterra. Olhei para aquela figura peculiar. Li a placa que lá está a informar que aquela era uma reprodução de outra estátua construída em Nova Iorque em homenagem à rainha portuguesa que deu o nome ao bairro de Queens. Uma rainha que, dizem também por aí, ensinou aos ingleses o prazer do chá das cinco. Ora, não sei bem porquê, apeteceu-me ver uma imagem daquela estátua em Nova Iorque. Como não podia, naquele momento, teletransportar-me para o outro lado do oceano, procurei imagens da estátua original. Não encontrei. Fui a guias de Nova Iorque: nada. Procurei no Google Maps. Nada. Por momentos, pensei em ir para o aeroporto e meter-me num avião para procurar a estátua a pé pelas ruas de Queens, mas lembrei-me de que tinha de ir buscar os meus filhos à escola. Cocei a cabeça: mas que raio? Como é que nós temos aqui à beira-Tejo uma réplica de uma estátua que não aparece em lado nenhum na Internet? Será essa estátua a única que ninguém fotografou? Pus o telemóvel no bolso e continuei a passear. A pele escura da rainhaEm casa, procurei melhor. Encontrei então este artigo do The New York Times que me explicou o que se passou: The Statue That Never Was. A estátua que nunca chegou a existir… A história conta-se rapidamente: no final dos Anos 80, uma associação de portugueses propôs a criação de uma estátua para honrar a rainha portuguesa que deu o nome ao bairro de Queens. O projecto ganhou apoios e avançou. Os autarcas de Queens acharam, certamente, que uma estátua daquelas seria bem-vista pela comunidade portuguesa, o que dá sempre jeito. Para a criação da estátua foi escolhida a escultora Audrey Flack, que se lançou ao trabalho e criou os modelos necessários para a criação da gigantesca rainha de bronze. A obra foi-se fazendo ao longo dos Anos 90, até que a pobre da rainha foi atingida por um belo dum furacão mediático. De repente, a estátua não era bem-vinda. Vários activistas denunciaram a rainha como uma monarca britânica ligada ao tráfico de escravos. Em manifestações públicas e artigos furiosos, houve quem também apontasse para o facto de não haver qualquer documento que ligue a rainha ao nome do bairro. Chegou a haver reuniões públicas empolgadas e manifestantes a agitar cartazes com o simpático apodo «Slave Queen». A câmara do Borough de Queens acabou por retirar o apoio ao projecto. A escultora ficou inconsolável: não só tinha investigado a rainha e concluído que era uma personagem admirável, como tinha sido cuidadosa em incluir na face características de várias raças, o que nos pode parecer estranho se não nos lembrarmos que as estátuas são símbolos. Aliás, segundo a escultora, na entrevista ao The New York Times, a rainha era gozada em Inglaterra por ter «dark Portuguese skin»: pele escura à portuguesa. A estátua era, para pessoas diferentes, um símbolo da escravatura e do domínio colonial britânico ou uma homenagem à multiculturalidade de Nova Iorque. Tivesse existido, seria também a maior estátua criada por uma mulher em exposição num espaço público. Uma rainha para todos os gostos e todos os desgostos. O problema é que as estátuas não são como os gatos dentro de certas caixas: ou bem que existem ou bem que não… Uma estátua derretidaEnfim, a fúria mediática, a falta de apoio político e as manifestações secaram o financiamento da estátua. Não havia dinheiro para construir aquela monarca de bronze. A fundição onde estava a ser construída não tinha dinheiro para pagar à escultora. Ainda tentou terminar o projecto pagando (menos) a um outro escultor, mas Audrey Flack levou o caso até aos tribunais: a estátua seria dela ou não seria. Não foi. A rainha de bronze acabou derretida. Uma das réplicas rumou a Lisboa, onde aportou no Mar da Palha, com o seu cabelo desgrenhado e feições de todo o mundo na cara. Porque trago esta história para aqui? Bem, primeiro é interessante notar que as grandes discussões sobre estátuas e afins não são de agora. O espaço público das cidades também se faz destes conflitos, desta luta pelas memórias de pedra. Depois, é um bom aviso: não convém confiar muito na história simplificada das placas e dos guias turísticos. Muitos ficarão mesmo convencidos que a estátua lisboeta é uma réplica de uma estátua que existe mesmo em Nova Iorque. Ora, a D. Catarina de bronze, ali a olhar para o Mar da Palha, não tem gémea em Queens. Aquelas lutas autárquicas nova-iorquinas acabaram por oferecer a Lisboa uma lembrança da rainha que daqui saiu há muito tempo para ensinar os ingleses a beber chá. Ou será que a história do chá também não é bem assim? Fica para outro dia e para outras viagens… Crónica publicada originalmente em 2018. Imagem inicial por Metro Centric (Oriente) [CC BY 2.0 ], via Wikimedia Commons. Assine para receber todos os artigos e apoiar o meu trabalho. Muito obrigado! Os meus últimos livros são Atlas Histórico da Escrita e A Portuguesa que Odiava o Catalão. Oiça também os programas em que participo:
© 2023 Marco Neves |
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