Views: 0
Arquivo da Categoria: Historia religião teologia filosofia
DOM DINIS ERA GENEROSO COM AS AMANTES
Views: 2
Doação feita por D. Dinis da vila de Mirandela a uma amante em compra do seu corpo – 28 de Junho de 1301
E esto vos faço por compra de vosso corpo. E todollos Reys de Portugal que depos mi veerem que aguardarem e manteverem esta doaçam que eu faço e nunca comtra ella veerem em todo nem em parte ajam a beençam de Deus e a minha pera todo sempre; e se alguns dos Reis de Portugal que depos mi veerem nom aguardarem e manteverem esta minha doaçam e contra ella veerem em todo ou em parte aja a maldiçam de Deus e a minha pera todo sempre.
Afomsso Martins a fez era de mil trezentos trinta nove annos»
[Seguem as assinaturas dos confirmantes] (253).
![May be an image of 2 people](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/426870717_24885352087746355_4310074949914177788_n.jpg?_nc_cat=109&ccb=1-7&_nc_sid=c42490&_nc_ohc=cG5ZnNa1KokAX-yNT2j&_nc_oc=AQlZKZMuT0vAqhyhZpjWlV_hHGMupGEOmqwJu_y-j0fYUjYa5Avm8PO3s24T0fuQ4mA&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AfCk-FtE8AA0yvUjfSvlQiFkiaEPOdc52t6ejDOhjkrYGw&oe=65CB3298)
Rui Rio teria ido atrás de Sá Carneiro para o PS. “Foi um 31, quase me matavam” – ZAP Notícias
Views: 0
Em entrevista ao JPN, Rui Rio falou sobre a infância, a juventude, a vida política autárquica e nacional. Diz que em Portugal se exige de um líder da oposição o que ele não tem condições para dar e que a política, hoje, não se recomenda. Confessa que foi na Câmara do Porto que conquistou a eleição “com mais valor” e recorda um episódio caricato – na altura, muito sério – que lhe provou quão solitário pode ser o lugar de um político. Nasceu no Porto, em 1957, e começou a “carreira profissional aos quatro anos”. Foi com essa idade que
Source: Rui Rio teria ido atrás de Sá Carneiro para o PS. “Foi um 31, quase me matavam” – ZAP Notícias
mijar no penico
Views: 0
Curiosidades fronteiriças: Estrada da Petisqueira
Views: 0
Curiosidades fronteiriças: Estrada da Petisqueira
É o caso da EM1039 que liga a Petisqueira à EN308 e daí a Deilão, sede da junta de freguesia, e a Bragança, capital do concelho. Esta estrada não é mais do que uma pequena estrada municipal que parece mesmo um caminho a nenhures, em uma região de lombas (não é por acaso que esta região recebe o nome de Lombada), com um pequeno planalto que em esta parte do território entra em um declive suave mas contínuo que faz com que a altitude, que no entroncamento com a EN308 é de 900 m., desça até os 690 m. já na Petisqueira.
Segundo a antropóloga Paula Godinho, Professora na Universidade Nova de Lisboa e talvez a melhor especialista em contrabando e fronteiras da Península Ibérica, esta estrada era conhecida por «estrada das forças armadas» e foi construída no PREC (Processo Revolucionário em Curso, que decorreu entre Abril de 1974 e Novembro de 1975), já que até esse momento o único elo de ligação com o território português era um caminho que só dava para a passagem de burros. Daí a forte interacção entre esta aldeia e as aldeias vizinhas de Riomanzanas e Villarino de Manzanas, na região alistana, muito mais próximas, o que se reflecte nas tradições populares, muito semelhantes, como tem posto em relevo o estudioso das tradições transmontanas António Tiza. Um exemplo disso é a celebração conjunta da festa em honra de Nossa Senhora de Fátima com Villarino nas margens do rio Maçãs, ou os falares raianos (ou o que resta deles) da Petisqueira, dentro do chamado dialecto maçaneiro, de origem asturo-leonesa.
Mas tem uma particularidade: uma boa parte da estrada está limitada pela fronteira de forma que podemos observar vários marcos fronteiriços ao longo da mesma e, ao lado, uns sinais de reserva de caça da Junta de Castela e Leão, já que estamos mesmo no limite com a província de Zamora, na região de Aliste. Parar nesta estrada, desligar o carro e ficar em silêncio faz com que, de repente, sintamos uma estranha solidão, uma sensação de sermos insignificantes, de estarmos mesmo sós, no meio daquelas lombas cheias de urzes, giestas e tojos, absolutamente sem árvores nenhumas, sem vermos aldeias por perto (ficam escondidinhas no fundo dos vales) e onde não há vivalma. Imaginem isso em uma manhã de Inverno, com um vento frio de rachar a passar pelo meu rosto. Eis que foi assim que eu me senti, mas em paz comigo mesmo. Afinal estava mesmo numa terra de ninguém e era possível usufruir de uma certa aura de liberdade, mesmo que fosse apenas uma ilusão, abstraindo-me do resto do mundo. Se puderem, experimentem no vosso local favorito. Vale a pena!
in:historiasdaraia.blogspot.pt
![May be an image of road, horizon, fog and grass](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/425386279_24831350249813206_8711442988628336919_n.jpg?_nc_cat=100&ccb=1-7&_nc_sid=c42490&_nc_ohc=NT98_Z9Qa0AAX9MUQLg&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AfCkMVdU8rdmEAx2Tsapmx0UovRinbZ1O0S_cEH8W17cjw&oe=65C30727)
uma fronteira esquecida que era apenas portugal
Views: 4
Fronteiras: Moimenta da Raia/S. Cibrão de Hermisende
Partindo de Hermisende, temos de atravessar a ponte da Veiga, ponte medieval situada sobre o rio Tuela, um dos dois rios, que junto com o Rabaçal formam o Tua pouco antes de chegar a Mirandela. Daí há uma subida íngreme na que S. Cibrão fica de lado, visto que temos de passar de pouco mais de 790 m. no fundo do vale até quase os 1 000 m. passando a meia encosta da Serra do Marabón, serra que separa a província de Zamora da Galiza. Daí chegamos a um planalto granítico que desce em suave declive entre os 1 100 e os 900 m., flanqueado pela Serra do Marabón e a Serra da Coroa, situando-se Moimenta da Raia a uma altitude algo inferior aos 900 m., na parte mais baixa do planalto pouco antes de chegarmos às íngremes encostas quase em arribas do vale do Tuela.
Esta situação entre a Galiza, Leão e Portugal deu lugar a pontos como o chamado Penedo dos Três Reinos, não muito longe deste ponto fronteiriço, se bem na realidade o reino da Galiza tinha o seu limite oriental na Portela do Padornelo e as províncias do Antigo Regime mantiveram esta situação até 1833, com a reforma provincial de Javier de Burgos, que deu o território entre esta portela e a Portela da Canda, à província de Zamora. Os penedos graníticos fazem, pois, parte da paisagem deste planalto porque a sua elevada altitude faz com que abundem afloramentos rochosos e uma paisagem quase desoladora de estevas, urzes, giestas ou tojos, ou seja, grandes extensões de mato açoitados por um vento geado no Inverno e pelo calor intenso no Verão.
Daí a importância do fumeiro na região, aquém e além fronteiras, que beneficia destas temperaturas baixas que resultam ideais para o fabrico de enchidos e, no concelho de Vinhais, da cria do porco bísaro, verdadeira iguaria e marca identificadora da região. Como muitas aldeias, esta região sofreu com intensidade a emigração, mas manteve certos usos comunitários hoje em declínio e que, infelizmente, decerto morrerão com a extinção das gerações mais velhas, dedicadas à agricultura e à pecuária, numa economia típica de subsistência.
Do ponto de vista cultural importa salientar o facto de as relações transfronteiriças terem sido muito intensas, o que se traduziu numa mistura de traços do ponto de vista etnográfico e linguístico. As fronteiras na região realmente não foram bem delimitadas até ao Tratado de Limites de 1864. Já as Inquirições de D. Afonso III de 1258 mostravam que Portugal estava na posse da aldeia de Manzalvos e metade da aldeia de Cádavos, actualmente do concelho de A Mezquita, na Galiza. Relativamente à S. Cibrão é comummente aceite que esta aldeia junto com Hermisende e Teixeira pertenceram à coroa portuguesa até 1640, se bem Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal e grande estudioso do distrito de Bragança, mostra que a documentação histórica não nos permite afirmar tal hipótese, sendo que talvez tenham sido perdidas ao longo do século XVI.
Seja como for, a dominação portuguesa deixou a sua marca na língua falada na região. A mal chamada Alta Sanábria ou Sanábria galega é na realidade a região das Portelas e o galego é a língua principal de uso, para além do castelhano oficial. No entanto, nestas três aldeias de S. Cibrão, Hermisende e Teixeira há quem afirme que é falado um galego com traços portugueses ou um português em descomposição, com traços galegos. Do ponto de vista filológico, S. Cibrão pertencerá ao grupo do chamado «portelego central», tendo perdido o uso do esse sibilante sonoro, que ainda se mantém nas aldeias de Hermisende e Teixeira, do grupo do «portelego oriental». Os seus habitantes não se consideram sanabreses, mas antes porteixos.
Em resumo, uma região de confluência de culturas que vale a pena visitar quanto mais não seja que pelas suas paisagens, o contacto com a Natureza ou o património cultural e humano. Embora o Verão seja a melhor estação para visitar, quer pelas suas melhores condições meteorológicas, quer pelo facto de haver uma vida mais animada com os emigrantes que voltam de férias e as romarias, eu gosto particularmente no Inverno, quando esse vento frio acaricia o meu rosto e sinto algo de purificador nisso, no meio do cheiro do mato e o fumo da lenha das casas lentamente queimada na lareira para aquecê-la ou até mesmo cozinhar pratos fortes e consistentes. Vai um bom cozido ou umas fatiazinhas de salpicão de porco bísaro?
in:historiasdaraia.blogspot.pt
![May be an image of grass](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/425467138_24831332743148290_4970177837736646389_n.jpg?_nc_cat=108&ccb=1-7&_nc_sid=c42490&_nc_ohc=nondFX_1MHsAX99V4ki&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AfAcJNLA2vVlAW5s9gwG9xkBJvauEYi6bujDlW0xctJa1A&oe=65C29DCE)