Categoria: Historia religião teologia filosofia

  • RESTAURAR ´´E ISTO

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    por toda a europa cmeçam a surgir exemplos disto, em portugal ainda não, ,mas é pena…

     

    BEFORE AND AFTER IN NORWAY 😍
    An architectural miracle happened in Stavanger. Suddenly the old cute wooden house from 1878 was back. The architectural uprising is really doing well in Norway 🥰
    Beauty Matters!
    May be an image of 6 people and text that says "BEFORE 00o AFTER"
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  • não era uma vida fácil…a das prostitutas de luxo no Renascimento? – Mega Curioso

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    Conheça a histórias das cortesãs de alta classe que viveram na Veneza renascentista

    Source: Como era a vida das prostitutas de luxo no Renascimento? – Mega Curioso

  • Laudalino da Ponte Pacheco, o fotografo da Maia, São Miguel (Açores) – Dialnet

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    Autoría: Maria Emanuel Pacheco Vieira Soares de Albergaria.Localización: Cartas Diferentes: Revista Canaria de Patrimonio Documental. Nº. 19, 2023.Artículo de Revista en Dialnet.

    Source: Laudalino da Ponte Pacheco, o fotografo da Maia, São Miguel (Açores) – Dialnet

  • SIÃO TÃO PERTO E TÃO LONGE

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    Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "P.Gonçalo Portocarrero de Almada Ativar alertas Colunista Sião, tão perto e tão longe de Portugal* "Este outro Portugal, espalhado pelas sete sete partidas do mundo, que teima em resistir aos tiques da chamada globalização" 09 mar. 2024, 00:15"
    «Sião, tão longe, tão perto de Portugal
    “Este outro Portugal, espalhado pelas sete partidas do mundo, que teima em resistir aos tiques da chamada globalização”
    No passado dia 19, no Círculo Eça de Queiroz, tive o privilégio de assistir à excelente apresentação, pelo Professor Doutor Gonçalo Sampaio e Mello, da monumental obra sobre as “Relações entre Portugal e o Sião, 1782-1939”, de que é autor o Doutor Miguel Castelo-Branco.
    O Doutor Miguel Castelo-Branco, que fez o favor de estar também presente, referiu que dedicou a esta investigação 14 anos da sua vida. Por esta razão, foi viver para Banguecoque, onde aprendeu tailandês e consultou os principais arquivos e bibliotecas locais, bem como os do Camboja, França e Portugal. Graças a este imenso trabalho, pôde agora dar à estampa a esta volumosa publicação, que versa sobre as mais antigas relações entre uma nação europeia e o único Estado asiático jamais colonizado (o Sião, hoje Tailândia). Neste processo tiveram um especial papel os católicos da Tailândia, ou Protuket, cuja designação revela a sua relação com o nosso país.
    Talvez porque habituados, pela comunicação social, a produtos culturais superficiais, de rápido consumo, esta obra de Miguel Castelo-Branco passou quase desapercebida. Mesmo aqueles que, pelas suas funções de Estado, mais obrigados estariam a assinalar o seu mérito cultural, preferiram, como é habitual, comentar a espuma dos dias, em vez de reconhecerem este monumento à nossa História, e à nossa imemorial capacidade de estabelecer relações com os mais diversos povos e civilizações. É, infelizmente, o Alzheimer nacional …
    Como é sabido, as caravelas que rumaram em direcção às paragens africanas e asiáticas levavam, nas suas velas, a Cruz de Cristo e não as armas reais de Portugal. A empresa dos descobrimentos foi mais missionária do que política, mais católica do que nacional, mais expressiva do mandato evangélico, do que do propósito de construir um império colonial. A essa discreta, mas muito eficaz, presença portuguesa no extremo Oriente, deu-se o nome de Império Sombra, ou Império Informal, porque nele prevaleceu a iniciativa pessoal. Como escreveu Miguel Castelo-Branco, “tal Império não tinha sido nem comprado, nem conquistado, nem financiado por Goa, mas fora-se povoando de forma pacífica por indivíduos, a maioria dos quais soldados casados e retirados do serviço ativo, bem como por aventureiros (…). A unidade básica destas comunidades era o Bandel ou kampong, aldeamentos e povoações de dimensão e densidade populacional variável existentes sobretudo na fachada marítima da Ásia do Sul, do Sudeste-Asiático continental e da Insulíndia e ocupadas por populações religiosamente homogéneas.”
    Esses bairros espontâneos de portugueses foram focos de irradiação da fé cristã: “bandeis houve-os absolutamente espontâneos, produto de assentamento de um punhado de portugueses que ganharam influência local, se submetiam aos governantes locais, lhes pagavam tributo, lhes exterminavam os inimigos e limpavam as costas de piratas. Eram tolerados, lucravam, permitia-se-lhes a prática da religião católica e, até, a assistência espiritual de padres ao serviço do Padroado.”
    Os portugueses não eram uma ameaça à independência e cultura locais, porque se misturavam com os indígenas e contribuíam para o seu bem comum. Foi neste contexto que a sua fé religiosa foi vivida e proposta, não como uma imposição, mas por contágio e atração. De facto, nada é mais alheio ao espírito cristão do que a imposição da fé pela força, pois só pode ser verdadeira se for aceite consciente e livremente.
    Como a presença cristã no extremo Oriente foi, durante muito tempo, exclusivamente portuguesa, as denominações nacional e cristã quase se identificaram. Como escreveu Castelo-Branco, “com a disseminação dos portugueses pela Ásia e o surgimento de comunidades cristãs nascidas da miscigenação entre naturais e portugueses, bem como da conversão de locais à religião dos forasteiros brancos, os cristãos mestiços e os conversos passaram a referir-se ao seu grupo com o autónimo que melhor correspondia à natureza da diferença: Protuket (Sião), Kristang ou Genti Kristang (península Malaia), Hoalang, ou ‘seguidores da religião dos portugueses’ (Vietname).”
    Como se deu a evangelização do reino de Sião, a actual Tailândia? “Seria importante frisar que (…) o nosso Fernão Mendes Pinto por lá andou em meados de Quinhentos, oferecendo os seus serviços como militar. Depois, o ‘Bandel dos portugueses do Sião’, que teria cerca 1000 habitantes em inícios do século XVII, recebeu sucessivas vagas de refugiados oriundos de Malaca (1641), de Macassar (1660), da Birmânia e até do Japão, atingindo cerca de 4000 habitantes em meados do século XVII.”
    Como explica Miguel Castelo-Branco, “sendo praticamente impossível a conversão de populações budistas ao cristianismo, a existência do catolicismo deve-se a uma estratégia de casamentos entre homens católicos e mulheres locais, cujos filhos se tornaram católicos luso-thais e, depois, católicos thais de ascendência portuguesa.” Era tal a importância dos nossos compatriotas na região que o português era uma das três línguas francas do comércio na região, com o malaio e o chinês.
    “Com a emergência do Estado moderno (século XIX), os Protuket mantiveram grande visibilidade, mercê do desempenho de funções no corpo do novo funcionalismo público (nos ministérios, nos tribunais, no ensino, nas alfândegas), mas também na introdução da modernidade tecnológica. Os introdutores da arte da fotografia foram Francisco Chit, protuket de Banguecoque e Joaquim António, natural de Macau estabelecido no Sião no último quartel do séculoXIX. Também nos negócios, foram importantes agentes económicos na internacionalização da economia siamesa, nomeadamente no descasque e exportação do arroz. Entre estas famílias de portugueses do Oriente importa destacar os Xavier, grandes empresários que, logo, ocuparam postos de elevada responsabilidade no Estado. Um deles, Celestino Maria Xavier, ascendeu a secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros – de facto ministro, pois os titulares eram irmãos e filhos do Rei e não exerciam as funções – e, depois, foi embaixador em Roma e representante do Sião na Liga das Nações.”
    Não obstante as populações de origem portuguesa terem sofrido um declínio acentuado pela acção convergente dos regimes coloniais britânico (Birmânia) e francês (Camboja), na Tailândia os luso-descendentes mantiveram a dignidade social e profissional. Do prestígio desses portugueses da diáspora dá conta o cemitério do bairro português de Bangkok, onde “repousam centos de homens e mulheres desta comunidade: os militares, mas também diplomatas, administradores e funcionários da coroa em cujas mãos residiu, durante quase um século, a sorte do Sião nos tempos difíceis em que o país, cercado por agressivas potências colonialistas, corria de sobressalto em sobressalto, para impedir a absorção no raj britânico, ou na Indochina Francesa”.
    Como conclui Miguel Castelo-Branco, “assim é a Tailândia, tão perto e tão longe do Portugal distante. Só quem não conhece, só quem teima em viver no ar-condicionado e nos deslumbramentos de uma Europa onde não cabemos pode esquecer este outro Portugal espalhado pelas sete partidas do mundo, que teima em resistir aos tiques da chamada globalização e poderá ser, num futuro próximo e com a deslocação do eixo de mundo para a Ásia, um agente importante da intermediação entre os Estados emergentes”.»
    P. Gonçalo Portocarrero de Almada
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    «Sião, tão longe, tão perto de Portugal
    “Este outro Portugal, espalhado pelas sete partidas do mundo, que teima em resistir aos tiques da chamada globalização”
    No passado dia 19, no Círculo Eça de Queiroz, tive o privilégio de assistir à excelente apresentação, pelo Professor Doutor Gonçalo Sampaio e Mello, da monumental obra sobre as “Relações entre Portugal e o Sião, 1782-1939”, de que é autor o Doutor Miguel Castelo-Branco.
    O Doutor Miguel Castelo-Branco, que fez o favor de estar também presente, referiu que dedicou a esta investigação 14 anos da sua vida. Por esta razão, foi viver para Banguecoque, onde aprendeu tailandês e consultou os principais arquivos e bibliotecas locais, bem como os do Camboja, França e Portugal. Graças a este imenso trabalho, pôde agora dar à estampa a esta volumosa publicação, que versa sobre as mais antigas relações entre uma nação europeia e o único Estado asiático jamais colonizado (o Sião, hoje Tailândia). Neste processo tiveram um especial papel os católicos da Tailândia, ou Protuket, cuja designação revela a sua relação com o nosso país.
    Talvez porque habituados, pela comunicação social, a produtos culturais superficiais, de rápido consumo, esta obra de Miguel Castelo-Branco passou quase desapercebida. Mesmo aqueles que, pelas suas funções de Estado, mais obrigados estariam a assinalar o seu mérito cultural, preferiram, como é habitual, comentar a espuma dos dias, em vez de reconhecerem este monumento à nossa História, e à nossa imemorial capacidade de estabelecer relações com os mais diversos povos e civilizações. É, infelizmente, o Alzheimer nacional …
    Como é sabido, as caravelas que rumaram em direcção às paragens africanas e asiáticas levavam, nas suas velas, a Cruz de Cristo e não as armas reais de Portugal. A empresa dos descobrimentos foi mais missionária do que política, mais católica do que nacional, mais expressiva do mandato evangélico, do que do propósito de construir um império colonial. A essa discreta, mas muito eficaz, presença portuguesa no extremo Oriente, deu-se o nome de Império Sombra, ou Império Informal, porque nele prevaleceu a iniciativa pessoal. Como escreveu Miguel Castelo-Branco, “tal Império não tinha sido nem comprado, nem conquistado, nem financiado por Goa, mas fora-se povoando de forma pacífica por indivíduos, a maioria dos quais soldados casados e retirados do serviço ativo, bem como por aventureiros (…). A unidade básica destas comunidades era o Bandel ou kampong, aldeamentos e povoações de dimensão e densidade populacional variável existentes sobretudo na fachada marítima da Ásia do Sul, do Sudeste-Asiático continental e da Insulíndia e ocupadas por populações religiosamente homogéneas.”
    Esses bairros espontâneos de portugueses foram focos de irradiação da fé cristã: “bandeis houve-os absolutamente espontâneos, produto de assentamento de um punhado de portugueses que ganharam influência local, se submetiam aos governantes locais, lhes pagavam tributo, lhes exterminavam os inimigos e limpavam as costas de piratas. Eram tolerados, lucravam, permitia-se-lhes a prática da religião católica e, até, a assistência espiritual de padres ao serviço do Padroado.”
    Os portugueses não eram uma ameaça à independência e cultura locais, porque se misturavam com os indígenas e contribuíam para o seu bem comum. Foi neste contexto que a sua fé religiosa foi vivida e proposta, não como uma imposição, mas por contágio e atração. De facto, nada é mais alheio ao espírito cristão do que a imposição da fé pela força, pois só pode ser verdadeira se for aceite consciente e livremente.
    Como a presença cristã no extremo Oriente foi, durante muito tempo, exclusivamente portuguesa, as denominações nacional e cristã quase se identificaram. Como escreveu Castelo-Branco, “com a disseminação dos portugueses pela Ásia e o surgimento de comunidades cristãs nascidas da miscigenação entre naturais e portugueses, bem como da conversão de locais à religião dos forasteiros brancos, os cristãos mestiços e os conversos passaram a referir-se ao seu grupo com o autónimo que melhor correspondia à natureza da diferença: Protuket (Sião), Kristang ou Genti Kristang (península Malaia), Hoalang, ou ‘seguidores da religião dos portugueses’ (Vietname).”
    Como se deu a evangelização do reino de Sião, a actual Tailândia? “Seria importante frisar que (…) o nosso Fernão Mendes Pinto por lá andou em meados de Quinhentos, oferecendo os seus serviços como militar. Depois, o ‘Bandel dos portugueses do Sião’, que teria cerca 1000 habitantes em inícios do século XVII, recebeu sucessivas vagas de refugiados oriundos de Malaca (1641), de Macassar (1660), da Birmânia e até do Japão, atingindo cerca de 4000 habitantes em meados do século XVII.”
    Como explica Miguel Castelo-Branco, “sendo praticamente impossível a conversão de populações budistas ao cristianismo, a existência do catolicismo deve-se a uma estratégia de casamentos entre homens católicos e mulheres locais, cujos filhos se tornaram católicos luso-thais e, depois, católicos thais de ascendência portuguesa.” Era tal a importância dos nossos compatriotas na região que o português era uma das três línguas francas do comércio na região, com o malaio e o chinês.
    “Com a emergência do Estado moderno (século XIX), os Protuket mantiveram grande visibilidade, mercê do desempenho de funções no corpo do novo funcionalismo público (nos ministérios, nos tribunais, no ensino, nas alfândegas), mas também na introdução da modernidade tecnológica. Os introdutores da arte da fotografia foram Francisco Chit, protuket de Banguecoque e Joaquim António, natural de Macau estabelecido no Sião no último quartel do séculoXIX. Também nos negócios, foram importantes agentes económicos na internacionalização da economia siamesa, nomeadamente no descasque e exportação do arroz. Entre estas famílias de portugueses do Oriente importa destacar os Xavier, grandes empresários que, logo, ocuparam postos de elevada responsabilidade no Estado. Um deles, Celestino Maria Xavier, ascendeu a secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros – de facto ministro, pois os titulares eram irmãos e filhos do Rei e não exerciam as funções – e, depois, foi embaixador em Roma e representante do Sião na Liga das Nações.”
    Não obstante as populações de origem portuguesa terem sofrido um declínio acentuado pela acção convergente dos regimes coloniais britânico (Birmânia) e francês (Camboja), na Tailândia os luso-descendentes mantiveram a dignidade social e profissional. Do prestígio desses portugueses da diáspora dá conta o cemitério do bairro português de Bangkok, onde “repousam centos de homens e mulheres desta comunidade: os militares, mas também diplomatas, administradores e funcionários da coroa em cujas mãos residiu, durante quase um século, a sorte do Sião nos tempos difíceis em que o país, cercado por agressivas potências colonialistas, corria de sobressalto em sobressalto, para impedir a absorção no raj britânico, ou na Indochina Francesa”.
    Como conclui Miguel Castelo-Branco, “assim é a Tailândia, tão perto e tão longe do Portugal distante. Só quem não conhece, só quem teima em viver no ar-condicionado e nos deslumbramentos de uma Europa onde não cabemos pode esquecer este outro Portugal espalhado pelas sete partidas do mundo, que teima em resistir aos tiques da chamada globalização e poderá ser, num futuro próximo e com a deslocação do eixo de mundo para a Ásia, um agente importante da intermediação entre os Estados emergentes”.»
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  • DOM DINIS ERA GENEROSO COM AS AMANTES

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    Doação feita por D. Dinis da vila de Mirandela a uma amante em compra do seu corpo – 28 de Junho de 1301
    «Em nome de Deus amen. Conhoçam quantos esta carta virem e leer ouvirem que eu dom Deniz pella graça de Deus Rey de Portugall e do Algarve com ho infante dom Afomso meu filho primeiro herdeiro dou e outorgo a vos Branca Lourenço a minha villa de Mirandella com todos seus termhos velhos e novos, dereictos e dereicturas, rendas, padroados e com todo o dereito e jur reall que eu ey e de dereicto devo a aver em essa villa e em seus termhos velhos e novos que vos ajades e possoyades em toda vossa vida. E se Deus tever por bem que eu aja de vos filho ou filha ou filhas a vossa morte fique a dicta villa com todos seus termhos velhos e novos e pertenças e com todo dereyto reall ao filho ou filhos, filha ou filhas se ho eu de vos ouver. E mando e outorgo que aquel ou aquelles que dese filho ou filhos filha ou filhas se ho eu de vos ouver decenderem de dereicta linha liidimamente aja ou ajam a dicta villa com seus termhos velhos e novos e dereictos e padroados como dicto he. E se esse filho ou filhos, filha ou filhas se o eu de vos ouver ou aquelles que delles descenderem de dereicta linha liidimamente morrerem sem filhos liidimos a sobredicta villa com seus termhos, padroados e dereictos torne-se aa coroa do Regno com todos seus melhoramentos livremente e sem embargo nenhum.
    E esto vos faço por compra de vosso corpo. E todollos Reys de Portugal que depos mi veerem que aguardarem e manteverem esta doaçam que eu faço e nunca comtra ella veerem em todo nem em parte ajam a beençam de Deus e a minha pera todo sempre; e se alguns dos Reis de Portugal que depos mi veerem nom aguardarem e manteverem esta minha doaçam e contra ella veerem em todo ou em parte aja a maldiçam de Deus e a minha pera todo sempre.
    E por esta doaçam seer mais firme e mais stavel e nunca viir em dovida dei a vos Branca Lourenço esta minha carta seellada do meu seello do chumbo.
    Feita em Lixboa viinte e oyto dias de Joynho. El Rey o mandou.
    Afomsso Martins a fez era de mil trezentos trinta nove annos»
    [Seguem as assinaturas dos confirmantes] (253).
    ———-
    (253) Além-Douro, livro 2.°, fl. 274 v.
    ———-
    MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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  • Rui Rio teria ido atrás de Sá Carneiro para o PS. “Foi um 31, quase me matavam” – ZAP Notícias

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    Em entrevista ao JPN, Rui Rio falou sobre a infância, a juventude, a vida política autárquica e nacional. Diz que em Portugal se exige de um líder da oposição o que ele não tem condições para dar e que a política, hoje, não se recomenda. Confessa que foi na Câmara do Porto que conquistou a eleição “com mais valor” e recorda um episódio caricato – na altura, muito sério – que lhe provou quão solitário pode ser o lugar de um político. Nasceu no Porto, em 1957, e começou a “carreira profissional aos quatro anos”. Foi com essa idade que

    Source: Rui Rio teria ido atrás de Sá Carneiro para o PS. “Foi um 31, quase me matavam” – ZAP Notícias

  • mijar no penico

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    (Copiado do Rodrigo AC)
    Pensando e relatando a vida há sessenta anos
    Nasci em 1955, na aldeia onde não havia, água corrente, electricidade e muitas vezes pouca lenha para o lume.
    Tudo se poupava, os fósforos, o petróleo e as velas de estiarina.
    As casas eram pequenas e os móvéis escassos, assim como as roupas e calçado que passava de uns irmãos para os outros, assim como os livros.
    As maçãs, as peras, toda a fruta e verdura era a da estação, mas não havia carne e peixe, à parte de sardinhas, algum frango nas festas e a carne da salgadeira não se comia porque não se podia comprar.
    As pessoas compravam meio quilo de massa ou arroz, um quarteirão de azeite e dez tostões de cevada.
    Não havia, na maior parte das casas, quarto de banho, as fraldas tal como as de hoje não existiam e muita gente da minha geração foi criada com farrapos velhos até começar a andar.
    A escola era uma casa velha, para onde mais de noventa por cento dos alunos iam descalços, com roupas pouco recomendadas e muitas vezes o cabelo sem pentear e a cara cheia de moncos, a casa de banho era debaixo da vinha e das laranjeiras do Manel Pessegueiro.
    Muitas meninas não usavam cuecas (calcinhas), quando o frio era muito urinavam pelas pernas abaixo para aquecer os pés.
    Os medicamentos eram escassos, inexistentes, diria eu, por estes lados.
    Médicos? Os médico eram poucos, e a pagar, mas por aqui havia uma santa mulher, a Olivinha, que era a enfermeira, a parteira e aquela que nos curava as feridas e nos punha as injecções.
    Férias? Nada disso existia, os poucos que tinham direito a elas aproveitavam para trabalhar e fazer pequenas obras em casa para não pagar a um jornaleiro.
    Nós, desde tenra idade, eramos ensinados a trabalhar, pastar o gado, acarretar água e lenha, ir á “benda” e fazer tudo que os pais ou avós mandavam, a palavra “não”, não existia e o respeito e obediência aos mais velhos era obrigatório.
    Os professores eram venerados, mesmo que depois de umas quantas reguadas o tema não fosse interessante.
    A roupa era dividida, a do domingo e a da semana, não havia transgressões e a canalha não tinha prendas, no máximo um arroz de frango e um leite creme no dia do aniversário.
    Carro? Carros eram os dos bois para ajudarem no transporte de tudo que uma casa de lavoura necessitava e todos da familia colaboravam nos trabalhos sazonais, a vindima, a desfolhada, malhar o centeio e o feijão ou ripar a azeitona.
    Quem fazia os recados eram as crianças que como já disse eram ensinados a trabalhar desde bem pequenos.
    A gente andava a pé e ía de umas freguesias para as outras fazer as coisas necessárias.
    As mulheres, essas, ficavam prenhas e pariam quando chegava a hora, sozinhas ou com a ajuda da parteira, e neste tempo as familias tinham por norma um rancho de filhos.
    Reformas? Ai reformas! Quem conhecia esta palavra, a reforma era trabalhar até cair, não havia subsídios de parto, de malandros nem de coisa nenhuma, era trabalhar até morrer.
    Ah! E agora, agora que tudo mostra indícios de riqueza e de grandeza, em festas e banquetes, em casarios e carrões, a luxos e desperdicios obscenos, agora está tudo mal.
    Nunca o mundo viveu como agora, com direitos, bem viver, desperdiçando e gritando que não se pode viver.
    Mas fazem ideia o que é viver há 60 anos?
    Afinal só quem vem lá de trás pode avaliar a sorte de nascer neste tempo.
    (Manoella de Calheiros)
    P. S.
    Seria pedagógico ensinar às novas gerações a saber e conhecer estes caminhos, embora alguns da minha geração se neguem a admitir que mijavam no penico.
    (Via Carlos Sousa)
    Roubado a Tita Alvarez
  • Curiosidades fronteiriças: Estrada da Petisqueira

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    Curiosidades fronteiriças: Estrada da Petisqueira
    A Raia está cheia de pequenas curiosidades fronteiriças que costumam passar desapercebidas para quem não liga a estas coisas ou quem não repara em pequenos pormenores a não ser que seja uma pessoa viciada em fronteiras, é claro!
    É o caso da EM1039 que liga a Petisqueira à EN308 e daí a Deilão, sede da junta de freguesia, e a Bragança, capital do concelho. Esta estrada não é mais do que uma pequena estrada municipal que parece mesmo um caminho a nenhures, em uma região de lombas (não é por acaso que esta região recebe o nome de Lombada), com um pequeno planalto que em esta parte do território entra em um declive suave mas contínuo que faz com que a altitude, que no entroncamento com a EN308 é de 900 m., desça até os 690 m. já na Petisqueira.
    Segundo a antropóloga Paula Godinho, Professora na Universidade Nova de Lisboa e talvez a melhor especialista em contrabando e fronteiras da Península Ibérica, esta estrada era conhecida por «estrada das forças armadas» e foi construída no PREC (Processo Revolucionário em Curso, que decorreu entre Abril de 1974 e Novembro de 1975), já que até esse momento o único elo de ligação com o território português era um caminho que só dava para a passagem de burros. Daí a forte interacção entre esta aldeia e as aldeias vizinhas de Riomanzanas e Villarino de Manzanas, na região alistana, muito mais próximas, o que se reflecte nas tradições populares, muito semelhantes, como tem posto em relevo o estudioso das tradições transmontanas António Tiza. Um exemplo disso é a celebração conjunta da festa em honra de Nossa Senhora de Fátima com Villarino nas margens do rio Maçãs, ou os falares raianos (ou o que resta deles) da Petisqueira, dentro do chamado dialecto maçaneiro, de origem asturo-leonesa.
    Mas tem uma particularidade: uma boa parte da estrada está limitada pela fronteira de forma que podemos observar vários marcos fronteiriços ao longo da mesma e, ao lado, uns sinais de reserva de caça da Junta de Castela e Leão, já que estamos mesmo no limite com a província de Zamora, na região de Aliste. Parar nesta estrada, desligar o carro e ficar em silêncio faz com que, de repente, sintamos uma estranha solidão, uma sensação de sermos insignificantes, de estarmos mesmo sós, no meio daquelas lombas cheias de urzes, giestas e tojos, absolutamente sem árvores nenhumas, sem vermos aldeias por perto (ficam escondidinhas no fundo dos vales) e onde não há vivalma. Imaginem isso em uma manhã de Inverno, com um vento frio de rachar a passar pelo meu rosto. Eis que foi assim que eu me senti, mas em paz comigo mesmo. Afinal estava mesmo numa terra de ninguém e era possível usufruir de uma certa aura de liberdade, mesmo que fosse apenas uma ilusão, abstraindo-me do resto do mundo. Se puderem, experimentem no vosso local favorito. Vale a pena!

    in:historiasdaraia.blogspot.pt

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