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A título exemplificativo, releva-se que, no passado dia 8 de fevereiro, a temperatura média da superfície do mar na principal área de génese de furacões era 0,6 graus Celsius mais elevada do que a registada em qualquer outro ano. Concomitantemente, a previsão da diminuição da intensidade do vento para as próximas semanas no Oceano Atlântico implica que as temperaturas da superfície do mar deverão aumentar durante a próxima Primavera.
E não é de somenos importância relembrar que no ano de 2023 registou-se a quarta mais ativa época de furacões no Atlântico, apesar de, nessa altura, o “El Niño” se encontrar numa fase de forte desenvolvimento.
A confirmar-se que a anomalia da TSM no Atlântico tropical seja mais acentuada do que a de 2023, é expectável que a tendência de aquecimento adicional – que se espera vir a consolidar-se na região oriental do Atlântico tropical – contribua para que estação de furacões 2024 se inicie mais cedo e seja muito ativa, havendo meteorologistas que prevêem a ocorrência de, pelo menos, 25 tempestades nomeadas e 8 grandes furacões para a época deste ano.
Se esse quadro meteorológico se concretizar, desde logo fazemos votos de que as trajetórias das tempestades tropicais previstas não atinjam lugares habitados e, em particular, as que evoluam para latitudes mais altas passem muito ao largo das nossas ilhas.
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DADOS RECENTES APONTAM, COM ELEVADO GRAU DE PROBABILIDADE, PARA UMA MUITO ATIVA ESTAÇÃO DE FURACÕES NO ATLÂNTICO EM 2024
O primeiro indicador a ter em conta refere-se à evolução do “fenómeno” meteorológico conhecido por “El Niño” que, presentemente, poderá ter atingido o pico de atividade na região oriental do Pacífico tropical e, provavelmente, encontrar-se-á já em processo de transição para a fase do desenvolvimento de outro “fenómeno” meteorológico que, ciclicamente lhe sucede, conhecido por “La Niña”, que condicionará o início oficial da estação de furacões no Atlântico, a 1 de junho.
Os efeitos da “La Niña” deverão tornar-se mais evidentes à medida em que a época de furacões for avançando até ao seu termo oficial, a 30 de Novembro.
Esses efeitos da “La Niña”, no Pacífico oriental, tenderão a propiciar o potencial desenvolvimento de sistemas tropicais no Atlântico porque provocam a diminuição da intensidade dos ventos nas camadas superiores da atmosfera e que, na ausência de anomalias, inibem o desenvolvimento de perturbações tropicais sobre o Atlântico.
Por outro lado, os registos recentes das temperaturas da superfície do mar (TSM) apresentam um valor médio acima do normal em extensas áreas do Atlântico (foram registados valores recorde da TSM em muitas áreas durante a época de furacões do ano passado) e é preocupante a confirmação de que os valores actuais de anomalia da TSM estão a aumentar rapidamente nas proximidades de Cabo Verde, tal como está acontecer em toda a região oriental do Atlântico tropical.
A título exemplificativo, releva-se que, no passado dia 8 de fevereiro, a temperatura média da superfície do mar na principal área de génese de furacões era 0,6 graus Celsius mais elevada do que a registada em qualquer outro ano. Concomitantemente, a previsão da diminuição da intensidade do vento para as próximas semanas no Oceano Atlântico implica que as temperaturas da superfície do mar deverão aumentar durante a próxima Primavera.
E não é de somenos importância relembrar que no ano de 2023 registou-se a quarta mais ativa época de furacões no Atlântico, apesar de, nessa altura, o “El Niño” se encontrar numa fase de forte desenvolvimento.
A confirmar-se que a anomalia da TSM no Atlântico tropical seja mais acentuada do que a de 2023, é expectável que a tendência de aquecimento adicional – que se espera vir a consolidar-se na região oriental do Atlântico tropical – contribua para que estação de furacões 2024 se inicie mais cedo e seja muito ativa, havendo meteorologistas que prevêem a ocorrência de, pelo menos, 25 tempestades nomeadas e 8 grandes furacões para a época deste ano.
Se esse quadro meteorológico se concretizar, desde logo fazemos votos de que as trajetórias das tempestades tropicais previstas não atinjam lugares habitados e, em particular, as que evoluam para latitudes mais altas passem muito ao largo das nossas ilhas.