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Cidades de 2.500 anos são descobertas na Amazônia
Jan 12
Sensor a laser identificou rede de cidades antigas ligadas por estradas na Amazônia equatoriana. Foto: Antoine Dorison/AP/picture alliance
Por DW.
A ideia de que a Amazônia era pouco habitada antes da chegada dos europeus cai cada vez mais por terra. Arqueólogos descobriram um conjunto de antigas cidades que abrigaram milhares de pessoas há cerca de 2.500 anos – e que estão hoje escondidas debaixo da floresta.
Uma série de estradas enterradas e montes de terra no Equador foi notada pela primeira vez há mais de duas décadas pelo arqueólogo Stéphen Rostain. Mas, à época, “eu não tinha certeza de como tudo se encaixava”, disse o francês, um dos pesquisadores que relataram a descoberta na revista científica Science na quinta-feira (11/01).
Um mapeamento recente realizado com tecnologia de sensor a laser revelou que esses locais faziam parte de uma densa rede de cidades ligadas por estradas e canais, escondida nas encostas arborizadas dos Andes e que durou cerca de mil anos.
“Era um vale perdido de cidades”, afirmou Rostain, que é diretor de pesquisa no Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. “É incrível.”
Os assentamentos no Vale do Upano, no leste do Equador, foram ocupados entre cerca de 500 a.C. e 300 a 600 d.C. – um período mais ou menos contemporâneo ao Império Romano na Europa.
É mais de mil anos antes do que qualquer outra sociedade complexa da Amazônia que se tinha conhecimento. Machu Picchu, no Peru, por exemplo, foi construída no século 15. A descoberta, portanto, muda o que se sabia sobre a história das civilizações antigas amazônicas, que, segundo as evidências até então, teriam vivido como nômades ou em pequenos assentamentos.
“Estamos falando de urbanismo”
Os pesquisadores identificaram cinco grandes assentamentos e dez menores em 300 quilômetros quadrados, cada um densamente preenchido por estruturas residenciais e cerimoniais. Eles encontraram evidências de 6 mil montes de terra que teriam sido a base dessas construções.
As cidades eram intercaladas por campos agrícolas retangulares e cercadas por terraços nas encostas, onde os habitantes plantavam diferentes itens, como milho, mandioca e batata doce – encontrados em escavações anteriores na região.
A área fica à sombra de um vulcão que possibilitou solos ricos para agricultura – mas que também pode ter levado à destruição da sociedade.
Estradas largas e retas ligavam as cidades umas às outras, e as ruas corriam entre as casas e os bairros de cada assentamento. As maiores estradas tinham 10 metros de largura e se estendiam por 10 a 20 quilômetros.
“Estamos falando de urbanismo”, afirma o coautor do estudo Fernando Mejía, arqueólogo da Pontifícia Universidade Católica do Equador.
Uma sociedade complexa
Embora seja difícil estimar as populações, o local abrigava pelo menos 10 mil habitantes, possivelmente até 15 mil ou 30 mil em seu auge, segundo o arqueólogo Antoine Dorison, coautor do estudo. O número é comparável à população estimada de Londres na era romana.
“Isso mostra uma ocupação muito densa e uma sociedade extremamente complexa”, afirmou o arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida, que não participou do estudo.
José Iriarte, arqueólogo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, disse que teria sido necessário um sistema elaborado de trabalho organizado para construir todas essas estradas e milhares de montes de terra.
“Os incas e os maias construíam com pedra, mas a população na Amazônia geralmente não tinha pedra disponível para construir – construía com lama. Ainda assim, é uma quantidade imensa de trabalho”, afirmou Iriarte, que não participou da pesquisa.
A Amazônia é frequentemente vista como uma “região selvagem intocada com apenas pequenos grupos de pessoas. Mas as descobertas recentes nos mostraram como o passado é realmente muito mais complexo”, completou o arqueólogo.
A tecnologia de mapeamento
A nova descoberta no Equador foi possível graças a uma tecnologia de mapeamento chamada Lidar. Ela permite que os pesquisadores vejam através da cobertura florestal e reconstruam os antigos locais abaixo dela.
“[Lidar] está revolucionando nossa compreensão da Amazônia nos tempos pré-colombianos”, disse Carla Jaimes Betancourt, arqueóloga da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do estudo.
A descoberta de uma rede urbana tão antiga no Vale do Upano destaca a diversidade há muito não reconhecida das antigas culturas amazônicas, que os arqueólogos estão apenas começando a reconstruir.
Recentemente, cientistas encontraram evidências de sociedades da floresta tropical que antecederam o contato europeu em outros lugares da Amazônia, inclusive no Brasil e na Bolívia.
“Sempre houve uma diversidade incrível de pessoas e assentamentos na Amazônia, não apenas uma única forma de viver”, disse Rostain. “Estamos apenas aprendendo mais sobre eles.”
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Marcílio Antonio Silva

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Que riqueza…
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geomonumento a preservar

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À atenção da Câmara Municipal de Vila do Bispo. Mexam-se.
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DISCORDÂNCIA ANGULAR DA PRAIA DO TELHEIRO
Mais do que um simples geossítio, insisto em dizer, a discordância angular da Praia do Telheiro (Vila do Bispo) é um Geomonumento a distinguir à escala mundial, ainda desprotegido de qualquer disposição legal. Considero-o muitíssimo mais importante do que o internacionalmente conhecido, de Siccar Point, na Escócia, descrito em 1788, por James Hutton, o “pai da moderna Geologia”, e que figura em tudo o que é manual de geologia, por esse mundo fora, como exemplificação de uma discordância angular.
Em traços muito gerais, este Geomonumento conta a seguinte história:
Houve aqui, há centenas de milhões de anos, um muito antigo oceano entre dois continentes em aproximação, que acabou por se fechar na sequência da colisão que os uniu, dando origem à formação de uma grande cadeia de montanhas, parte dela estendendo-se pelo que é hoje o sul da Europa, incluindo a Península Ibérica. Acabada de elevar há cerca de 280 milhões de anos, foi em grade parte arrasada pela erosão, num processo que terminou criando planuras relativamente áridas no interior de um vastíssimo continente. Foi sobre a parte destas planuras, a que corresponde o actual território português, que, há uns 210 a 220 milhões de anos se depositaram areias (por vezes argilas e cascalheiras) avermelhadas (por impregnação de óxido de ferro). As dezenas de milhões de anos, que levaram à erosão da citada cadeia de montanhas, estão representadas no dito geomonumento pela superfície de descontinuidade que separa as camadas (xistos e grauvaques) enrugadas da citada montanha, das camadas de arenito (areia consolidada) vermelho, que se lhes sobrepõem. Tal superfície de descontinuidade é, pois, uma discordância que adjectivamos de angular, uma vez que não há paralelismo entre as camadas das duas entidades.
Uma boa descrição do significado geológico desta magnífica ocorrência, feita por geólogos para geólogos, pode ser lida em www.dct.uminho.pt/pogp/telheiro/telheiro.html
Foto de João Duarte
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nos açores Pedra que servia de âncora Há mais de 5 mil anos.

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Pedra que servia de âncora Há mais de 5 mil anos.
A primeira imagem da pedra de basalto negro, com cerca de 70kg, encontrada no Calhau do Poço Largo em Vila Franca do Campo, fotografada por Guy Costa. Curiosidade: esse tipo de pedra com um ou dois furos serviam na navegação antiga nomeadamente os Cartagineses “Fenícios” há mais de 5 mil anos. Segundo o doutor Gaspar Frutuoso no livro quarto Saudades da terra, logo no primeiro capítulo nesse livro escreveu que foram os Cartagineses a descobrir todas as ilhas dos Açores. Se tiveram curiosidades leiam o primeiro capítulo.
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Helena M. Olyveyra

Dei muitas voltas a cabeça para saber para que servia uma com três buracos e não chegava lá.
Perguntando aqui e ali vim a descobrir que era uma âncora e também foi encontrada em vila franca.