Conjunto megalítico da Grota do Medo gera debate no Em Foco (Vídeo)
Publicado: 2013-05-08 13:40:52 | Actualizado: 2013-05-08 13:42:19
Por: RTP Açores
http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=32076&visual=3&layout=10&tm=7
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Há dois anos que os achados da Grota do Medo, na ilha Terceira, dividem a sociedade e a comunidade científica.
Quem construiu estas estas estruturas de pedra?
Já conhecido pelo conjunto megalítico da Grota do Medo, este complexo continua por desvendar: será uma estrutura pré-histórica? Serão construções mais recententes? Será obra da natureza?
Para o professor universitário Félix Rodrigues, estas pedras estranhas por ele encontradas numa mata no interior da ilha Terceira, “são propensas ao mistério”.
Félix Rodrigues, a antropóloga Antioneta Costa e o historiador Francisco Nogueira debatarem o complexo Megalítico da Grota do Medo, ontem, terça-feira, na RTP/Açores.
A harpoon tip dating to 35,000 years ago has been discovered on Timor, an island 250 miles northeast of Darwin, Australia. The ancient artifact, which was hewn from bone, is notable for its design, the complexity of which suggests humans in the region manufactured sophisticated weaponry earlier than previously believed.
Above: The location of Timor, an island at the southern end of Maritime Southeast Asia.
In the January 15th issue of the Journal of Human Evolution, researchers led by Australian National University archaeologist Sue O’Connor propose that the ancient inhabitants of Timor used harpoons to hunt large fish from boats. The notion that our ancestors were equipped to make meals of ocean animals 35,000 years ago is not, in itself, surprising; in 2011, another team led by O’Connor reported the discovery of a shelter in East Timor harboring the remains of pelagic and other fish species dating to 42,000 years ago – compelling evidence that early modern humans in the region successfully practiced deep-sea fishing.
Above: The world’s oldest fish hook, Credit: S. O’Connor.
Presented alongside the pelagic-fish-find was the world’s earliest definitive evidence for fishhook manufacture – an unmistakably J-shaped crook of carved seashell, dated to between 23,000 and 16,000 years ago. “Capturing pelagic fish such as tuna requires high levels of planning and complex maritime technology,” concluded the researchers at the time.
What makes the harpoon head noteworthy, then, is not necessarily its age or its implied use, but its design. At the base of the tip, which measures about one inch in length and half an inch across, are a series of worn notches and residue from a sticky substance. Together, these features suggest the point was secured to a wooden handle with rope and glue in an advanced weapon-making technique known as “hafting.”
Artist Angela Frost reconstructs what the harpoon tip might have looked like bound to the side of a shaft, or the center of a hollow length of bamboo.
O’Connor’s team describes the significance of the finding:
The artefact provides the earliest direct evidence for the use of this combination of hafting technologies in the wider region of Southeast Asia, Wallacea, Melanesia and Australasia, and is morphologically unparallelled [sic] in deposits of any age. By contrast, it bears a close morphological resemblance to certain bone artefacts from the Middle Stone Age of Africa and South Asia. Examination of ethnographic projectile technology from the region of Melanesia and Australasia shows that all of the technological elements observed in the Matja Kuru 2 artefact were in use historically in the region, including the unusual feature of bilateral notching to stabilize a hafted point. This artefact challenges the notion that complex bone-working and hafting technologies were a relatively late innovation in this part of the world.
Restos de casa costruída há 3 mil anos são encontrados na Amazônia do Equador
‘É a casa mais antiga de toda a Amazônia, mais antiga inclusive que as conhecidas no Brasil’, diz especialista
Por EFE
access_time14 set 2013, 09h09
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Amazônia (/)
Quito – Arqueólogos franceses e equatorianos descobriram na Amazônia do Equador os restos de uma casa construída há cerca de três mil anos, a mais antiga da região amazônica, segundo disse à Agência Efe o arqueólogo Stéphen Rostain, diretor da pesquisa.
“Encontramos buracos de fornos e vestígios de cerâmica e pedras”, disse Rostain ao explicar que o que acharam foram “as marcas da casa mais antiga da Amazônia no Equador”, perto de Puyo, na província de Pastaza.
Rostain detalhou que encontraram o lugar há dois anos e abriram o campo em julho quando cavaram um metro de profundidade e aproximadamente 90 metros quadrados de diâmetro.
A descoberta “é totalmente nova, ninguém tem conhecimento dela”, assegurou o especialista ao comentar que, quando fizeram as prospecções há dois anos, encontraram uma forma do que seria uma fornalha.
“As fornalhas construídas com pedras são geralmente muito antigas, de entre 1.800 e 500 a.C.. Tiramos algumas amostras que nos remeteram a uma data de há três mil anos, e este ano encontramos todas as marcas de pilastras com as quais conseguimos reconstruir (em papel) a casa”, disse.
Em uma gráfica, o especialista mostrou os pontos que disse corresponderem às marcas das pilastras. “Reconstituindo isso, temos uma casa em formato oval, parecida às casas atuais, mas a diferença é que essa tem três mil anos. É a casa mais antiga de toda a Amazônia (…), mais antiga inclusive que as conhecidas no Brasil”, afirmou.
A “maior descoberta”, disse, foi o fato de, quando a casa foi construída, terem usado o tronco de uma árvore como pilastra, colocando-o de cabeça para baixo, enterrado na camada freática: “Isso economiza o trabalho humano, não é necessário talhar o tronco e assim a árvore não cresce novamente”, comentou.
As marcas achadas mostram que a casa foi construída no formato oval, com 17 metros de comprimento e 11 de largura. “A sua construção é um pouco parecida com a atual dos achuar e dos quichua”, e a maior diferença é a fornalha feita de pedra, disse o diretor do projeto, que comentou que deram o nome de Pambay à cultura da zona pelo rio próximo.
Entre outras coisas, a organização do III Encontro Internacional de Arqueologia Amazônica, que é realizado nesta semana em Quito, não lhe permitiu avançar mais no estudo de dados vinculados com o achado: “Agora sabemos como mais ou menos era a casa dos moradores de há três mil anos”.
“Ao sabermos as plantas que comiam vamos saber qual era a sua dieta; com a cerâmica, vamos conhecer sua arte, pelo tipo de lugar onde construíram a casa, conheceremos a relação que tinham com o meio ambiente”, declarou.
O especialista francês, que começou com as escavações há mais de 15 anos no Equador, diz sentir-se “feliz” pela descoberta e garante que “tocar algo que não foi tocado durante três mil anos sempre é um prazer”.
“Somos procuradores de tesouros, como se fossemos umas crianças”, comentou entre risos quem sugeriu a criação de um museu na região onde foi feita a descoberta.
O especialista francês garantiu que ainda há muito por descobrir da Amazônia, onde há savanas, pântanos, montanhas e uma grande biodiversidade. “São sete milhões de quilômetros quadrados, ou seja, o tamanho dos Estados Unidos ou da Europa”, exemplificou.
“Na Europa digamos que há 30 idiomas e dez famílias lingüísticas. Na Amazônia, no mesmo território, atualmente temos 200 idiomas e 80 famílias lingüísticas”, comentou, acrescentando que, por outro lado, existe essa diversidade pois os indígenas eram nômades.
Segundo ele, não se sabe muito da rede de caminhos que havia pela Amazônia e lamentou que esta ainda seja vista como um “mundo selvagem” onde agora a densidade da população é de 0,5 habitantes por quilômetro quadrado, mas onde havia lugares “com 10, 15, 20 habitantes por quilômetro quadrado; até 100 no litoral das Guyanas”, disse.
“Estou falando de uma Amazônia muito povoada, todos interligados, mas com idiomas diferentes. Era como a rede da web, mas com seres humanos”, disse Rostain, que lembra que, quando começou, há 35 anos, a trabalhar na Amazônia, havia “menos de 10” arqueólogos trabalhando nos sete milhões de quilômetros quadrados. Agora são centenas neste “continente verde”, concluiu. EFE
A descoberta “é totalmente nova, ninguém tem conhecimento dela”, afirma arqueólogo que achou residência
Opera Mundi – Arqueólogos franceses e equatorianos descobriram na Amazônia do Equador os restos de uma casa construída há cerca de três mil anos, a mais antiga da região amazônica, segundo disse à Agência Efe o arqueólogo Stéphen Rostain, diretor da pesquisa.
“Encontramos buracos de fornos e vestígios de cerâmica e pedras”, disse Rostain, ao explicar que o que acharam foram “as marcas da casa mais antiga da Amazônia no Equador”, perto de Puyo, na província de Pastaza. O arqueólogo detalhou que encontraram o lugar há dois anos e abriram o campo em julho, quando cavaram um metro de profundidade e aproximadamente 90 metros quadrados de diâmetro.
A descoberta “é totalmente nova, ninguém tem conhecimento dela”, assegurou o especialista ao comentar que, quando fizeram as prospecções há dois anos, encontraram uma forma do que seria uma fornalha.
“As fornalhas construídas com pedras são geralmente muito antigas, de entre 1.800 e 500 a.C.. Tiramos algumas amostras que nos remeteram a uma data de há três mil anos, e este ano encontramos todas as marcas de pilastras com as quais conseguimos reconstruir (em papel) a casa”, disse.
Em uma gráfica, o especialista mostrou os pontos que disse corresponderem às marcas das pilastras. “Reconstituindo isso, temos uma casa em formato oval, parecida às casas atuais, mas a diferença é que essa tem três mil anos. É a casa mais antiga de toda a Amazônia (…), mais antiga inclusive que as conhecidas no Brasil”, afirmou.
Tronco como pilastra
A “maior descoberta”, disse, foi o fato de, quando a casa foi construída, terem usado o tronco de uma árvore como pilastra, colocando-o de cabeça para baixo, enterrado na camada freática: “Isso economiza o trabalho humano, não é necessário talhar o tronco e assim a árvore não cresce novamente”, comentou.
As marcas achadas mostram que a casa foi construída no formato oval, com 17 metros de comprimento e 11 de largura. “A sua construção é um pouco parecida com a atual dos achuar e dos quichua”, e a maior diferença é a fornalha feita de pedra, disse o diretor do projeto, que comentou que deram o nome de Pambay à cultura da zona pelo rio próximo.
Entre outras coisas, a organização do III Encontro Internacional de Arqueologia Amazônica, que é realizado nesta semana em Quito, não lhe permitiu avançar mais no estudo de dados vinculados com o achado: “Agora sabemos como mais ou menos era a casa dos moradores de há três mil anos”.
“Ao sabermos as plantas que comiam vamos saber qual era a sua dieta; com a cerâmica, vamos conhecer sua arte, pelo tipo de lugar onde construíram a casa, conheceremos a relação que tinham com o meio ambiente”, declarou.
O especialista francês, que começou com as escavações há mais de 15 anos no Equador, diz sentir-se “feliz” pela descoberta e garante que “tocar algo que não foi tocado durante três mil anos sempre é um prazer”.
“Somos procuradores de tesouros, como se fossemos umas crianças”, comentou entre risos quem sugeriu a criação de um museu na região onde foi feita a descoberta.
“Muito o que descobrir”
O especialista francês garantiu que ainda há muito por descobrir da Amazônia, onde há savanas, pântanos, montanhas e uma grande biodiversidade. “São sete milhões de quilômetros quadrados, ou seja, o tamanho dos Estados Unidos ou da Europa”, exemplificou.
“Na Europa digamos que há 30 idiomas e dez famílias lingüísticas. Na Amazônia, no mesmo território, atualmente temos 200 idiomas e 80 famílias lingüísticas”, comentou, acrescentando que, por outro lado, existe essa diversidade pois os indígenas eram nômades.
Segundo ele, não se sabe muito da rede de caminhos que havia pela Amazônia e lamentou que esta ainda seja vista como um “mundo selvagem” onde agora a densidade da população é de 0,5 habitantes por quilômetro quadrado, mas onde havia lugares “com 10, 15, 20 habitantes por quilômetro quadrado; até 100 no litoral das Guyanas”, disse.
“Estou falando de uma Amazônia muito povoada, todos interligados, mas com idiomas diferentes. Era como a rede da web, mas com seres humanos”, disse Rostain, que lembra que, quando começou, há 35 anos, a trabalhar na Amazônia, havia “menos de 10″ arqueólogos trabalhando nos sete milhões de quilômetros quadrados. Agora são centenas neste “continente verde”, concluiu.
Regulus regulus sanctae-mariaeVaurie, 1954 é uma subespécie de estrelinha, conhecida pelo nome comum de estrelinha-de-santa-maria, endémica na ilha de Santa Maria, nos Açores.23 A ave é a mais pequena do género Regulus, sendo residente não-migratória na zona do Pico Alto na região central da ilha.4 A subespécie aparente ser radiação evolutiva recente da população do oeste da Europa.5
É uma espécie discreta, que se movimenta na copa das árvores, o que torna a sua observação bastante difícil. Com um comprimento de apenas 8 a 9 cm e uma envergadura de 13 a 15 cm, é tão leve que pesa menos de 5 gramas (quatro ou cinco vezes menos que um vulgar pardal), sendo considerada a ave mais pequena da Europa. Alimenta-se de insectos, vermes e aranhas.
A plumagem é castanha-esverdeada, as asas pretas com margens esbranquiçadas na parte superior. Apresenta coloração esbranquiçada na garganta, com o peito e o abdómen acastanhado a creme. As patas são cinza-escuro a pretas. O bico é curto, preto e fino. Os olhos são comparativamente grandes, com cor preta brilhante, contrastando fortemente com a a cor das penas circundantes. No topo da cabeça apresenta uma lista característica, de cor amarela brilhante nas fêmeas e alaranjada nos machos.6 É esta mancha amarelada no topo da cabeça que mereceu o nome de estrelinha. A subespécie mariense é a menor da espécie, de cores menos vivas e com o ventre esbranquiçado.
Os ninhos são esféricos, muito compactos, externamente de musgos, o interior com gramíneas e penas. O período de reprodução é entre Abril e Julho, com uma postura 9 a 11 ovos, brancos, sem manchas o pontos, com 12,5 mm por 10,5 mm. O período de incubação é de 15 a 17 dias, com os primeiros voos a partir dos 17 a 22 dias.
Apesar de não existir informação pormenorizada sobre a distribuição e abundância da subespécie R. r. sanctae-mariae, a nidificação ocorre preferencialmente sobre Erica azorica e ocupa preferencialmente zonas de mato misto onde esteja presente a E. azorica e o Viburnum tinus,3 pois o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia) já quase não existe na ilha de Santa Maria.
Apesar de um recente estudo sobre as subespécies insulares de Regulus regulus,4 o estatuto taxonómico das subespécies açorianas carece de maior clarificação, já que a semelhança com o bis-bis madeirense e o longo isolamento genético que parece ter existido pode indicar especiação das populações açorianas.
Estando a população confinada à região montanhosa central da ilha de Santa Maria (ilha que na totalidade tem 97,4 km² de área), a subespécie encontra-se criticamente em perigo, satisfazendo os critérios B1ab(iii) das normas da IUCN para avaliação do estado de conservação das populações de vertebrados.7 O habitat da subespécie está limitado às encostas do Pico Alto e às zona florestadas da costa norte em torno do Barreiro da Faneca, tendo ocorrido nas últimas décadas um acentuado declínio da extensão e qualidade das áreas disponíveis para a espécie. Neste contexto, os principais factores de ameaça são a substituição da floresta nativa por mata de criptoméria, a implantação de pastagens e a rápida expansão de algumas espécies de plantas invasoras.
↑ ab Bannerman, D.A. & Bannerman, W.M. (1966) Birds of the Atlantic Islands. Vol. 3 – A History of the Birds of the Azores. Oliver & Boyd. Edimburgo e Londres.
↑ ab Päckert, Martin; & Martens, Jochen. (2004). Song dialects on the Atlantic islands: goldcrests of the Azores (Regulus regulus azoricus, R. r. sanctae-mariae, R. r. inermis). Journal of Ornithology145(1): 23-30.[1]
↑ Knecht, S. & Scheer, U., “Die Vogel der Azoren”. Zool. Beitr.. 22: 275-296. Bonn, 1971.
↑ Carlos Pereira, Aves dos Açores. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, 2010.
Nome comum: Estrelinha de Poupa ou Estrelinha de Santa Maria. Estatuto de Conservação: Em perigo. Endémica dos Açores: Sim. Distribuição nos Açores: A …
Jan 11, 2012 – O nosso amigo, Professor José de Melo, publicou recentemente no seu blogue Naturmariense, um artigo sobre a “Estrelinha de Santa Maria” …
Monumentos de pedras, erguidas há muitos milhares de anos, são encontrados aos montes na Europa, sendo Stonehenge o mais conhecido de todos, embora não o mais comum. Menires e Dolmens são encontrados também na França, Portugal e Itália. Curiosamente, o Brasil também possui um raro dólmen, localizado na Bahia, conhecido como Pedra de Santana.
Os Megálitos (do grego mega, megalos = grande, e lithos = pedra) são monumentos erigidos por sociedades neolíticas europeias, produzidos entre o V e o III milênios A.E.C. São geralmente de cunho ritualístico, funerário ou astronômico, cuja tecnologia para construção muitas vezes é desconhecida e gera controvérsias entre especialistas.
Monumento Megalítico de Carnac, França
O Brasil também possui um inusitado monumento megalítico, talvez o único de toda a América do Sul, localizado no povoado de Santana, no município de Paramirim, interior da Bahia. Trata-se de um dólmen (nome derivado do bretão dol = mesa; e men = pedra) constituído por uma câmara formada por uma grande laje pousada sobre pedras verticais que a sustentam, provavelmente de cunho ritualístico. Não se sabe exatamente quem o construiu, usando que tipo de técnica. Provavelmente tenham lançado mão do uso de alavancas para suspender o enorme bloco enquanto encaixavam as pedras menores de sustentação, o que seria um feito colossal para a época, devido ao enorme peso do monumento.
Este é um dos mais curiosos sítios arqueológicos brasileiros. Um monumento ritualístico de pedras totalmente singular, já que não existe nenhum outro dólmen no continente, somente na distante Europa. Não fazia parte da tradição de nossos indígenas erigir monumentos deste tipo, o que torna a construção ainda mais enigmática.