Centro Interpretativo do Balneário Romano de São Pedro do Sul

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Centro Interpretativo do Balneário Romano de São Pedro do Sul abre portas
São Pedro do Sul, Viseu, 12 mai 2023 (Lusa) – O Centro Interpretativo do Balneário Romano das Termas de São Pedro do Sul abriu hoje oficialmente as portas, assinalando o fim de uma obra que custou mais de 1,8 milhões de euros e que passou por vários imprevistos.
O presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, disse que só passados quase quatro anos após a inauguração do edifício do balneário romano é que houve “condições para a sua musealização”.
Segundo Vítor Figueiredo, depois da inauguração em agosto de 2019, houve uma cheia no Rio Vouga como já não se registava há mais de 80 anos e “que danificou grande parte do edifício”, tendo-se depois seguido o período de pandemia de covid-19.
O secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel, lembrou que o balneário começou a ser utilizado há dois mil anos, num local que é atualmente “o maior centro termal do país e um dos maiores polos turísticos do país”, no distrito de Viseu.
“Esta é uma memória coletiva que importa preservar, de São Pedro do Sul e do país. E, por isso, este trabalho que aqui foi feito, com todo o custo, com toda a demora e com todas as dificuldades, deve ser elogiado pelo Governo”, afirmou Carlos Miguel, realçando a importância das câmaras municipais na “preservação da cultura e do património”.
Esta obra contou com uma comparticipação de 85% do Centro 2020, de 7,5% da Direção Regional da Cultura do Centro e de 7,5% da Câmara Municipal de São Pedro do Sul.
A diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, admitiu que o processo que permitiu chegar à abertura do Centro Interpretativo do Balneário Romano das Termas de São Pedro do Sul “esteve longe de ser fácil”.
“Esteve longe de ser fácil na reflexão exigida e nos avanços e recuos que são necessários quando trabalhamos a fragilidade de peças e pedras com este tempo todo que nos antecede”, referiu.
Suzana Menezes elogiou o esforço feito pelo município de São Pedro do Sul “para recuperar este património com a dignidade que ele merece”.
“Todos nós hoje somos herdeiros destas pedras e, por isso, somos naturalmente responsáveis por elas: pela sua proteção, pela sua conservação e, sobretudo, por entregá-las à geração futura”, defendeu.
O técnico do município Nuno Oliveira explicou que o balneário foi fundado no século I depois de Cristo, “teve uma grande ampliação e requalificação no século II e ainda continuava em atividade no século IV”, tendo depois “a fama e a excelência das águas medicinais” atraído a monarquia portuguesa.
Segundo Nuno Oliveira, o rei D. Afonso Henriques “procurou nestas águas alívio para um ferimento que sofreu na perna durante a batalha de Badajoz”, o rei D. Manuel I “mandou transformar completamente os edifícios romanos e medievais para o Real Hospital das Caldas de Lafões” e a rainha D. Amélia usou o espaço para tratamentos ao longo de quatro temporadas.
Ao longo dos séculos “aconteceram obras de ampliação, de reabilitação”, contou Nuno Oliveira, explicando que, no século XX, o espaço “perdeu a sua função medicinal” e funcionou como escola primária, depósito e arrecadação de materiais, café e capela.
O espaço começou a ser estudado arqueologicamente nos anos 50 do século XX. Em 1995, quando este monumento nacional já estava “fechado e a degradar-se, sofreu uma violentíssima derrocada na fachada virada ao rio” devido a uma cheia e “ficou quase 30 anos votado ao abandono”, sendo visível “um cenário de ruína, com pedras espalhadas por todo o lado, mato, lixo e vegetação a invadir a área arqueológica”, acrescentou.
O técnico frisou que, “agora, é um lugar de cultura, para o património, para o turismo, para a educação e a ciência”, com informação e equipamento multimédia para “dar a conhecer a história de uma maneira cativante”.
AMF // JEF
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Detetada presença humana nos Açores centenas de anos antes da chegada dos portugueses | Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

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Um estudo multidisciplinar, da autoria de vários cientistas europeus e norte-americanos, reconstrói as condições em que os Açores foram habitados pela primeira vez e o impacto da presença humana nos ecossistemas.

Source: Detetada presença humana nos Açores centenas de anos antes da chegada dos portugueses | Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Enterramentos infantis e muralha pré-romana descobertos em Conímbriga

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Sondagens que seriam só de suporte a um projeto de conservação da muralha de Conímbriga acabaram por revelar algumas surpresas, como parte de um muro que se supunha existir antes da ocupação romana e enterramentos infantis, uma raridade.

Source: Enterramentos infantis e muralha pré-romana descobertos em Conímbriga

ALFABETO DE ALVÃO

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O ENIGMÁTICO ALFABETO IBÉRICO – ALVÃO E GLOZEL
Para os epigrafistas, a escrita, implicando um alto grau de síntese e de abstracção, teria nascido no Oriente. Mais afirmavam que a origem do alfabeto propriamente dito seria fenícia. Porém, a descoberta de inscrições ibéricas encontradas em dólmens e em fragmentos de cerâmica, bem como o achado arqueológico de Glozel, cujas inscrições eram aparentadas àquelas, vieram revolucionar todos os conceitos tidos até então como certos.
Em 1891, Estácio da Veiga defendeu a tese de que o “alfabeto, longe de ter tido origem, como é suposição corrente, na Fenícia, provinha da Península Ibérica.” Essa sua tese viu-se reforçada com a descoberta, em 1894, pelos abades José Brenha e Rafael Rodrigues, de inscrições aparentemente alfabéticas numa anta de Carrazedo de Alvão, próximo de Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes).
Este alfabeto, denominado de Alvão, é constituído por dezenas de sinais e símbolos que traduzem não só fonemas como também ideias complexas no âmbito do simbolismo universal. Mendes Corrêa reconheceu a autenticidade do alfabeto do Alvão, o que demonstra a existência de um alfabeto ocidental próprio.
Em 1925, a jazida arqueológica de Glozel, no sul de França, estudada por Antonin Morlet, revelou inúmeros objectos e placas de argila cobertos de sinais alfabetiformes. O arqueólogo francês, conta-nos Mendes Corrêa, “conseguiu encontrar cerca de 100 caracteres diferentes, considerando-os como pertencentes a um primitivo alfabeto neolítico ocidental, do qual teriam derivado, com as simplificações necessárias, vários alfabetos mediterrânicos, os quais estariam assim longe de se deverem considerar os mais antigos.”
Vários arqueólogos de nomeada, como Leite de Vasconcelos, o abade de Breuil ou Salomon Reinach, debruçaram-se sobre esta surpreendente descoberta. Reinach, ao cabo de dois dias de investigações, declarou: “Afirmo sem hesitações, já que não posso recusar o testemunho dos meus próprios olhos e a evidência das descobertas feitas na minha presença, que todos estes objectos, por mais extraordinário que possa parecer, são autênticos, sem retoques, todos da mesma origem.”
A analogia das pedras de Glozel (França) com as de Alvão é por demais significativa, a ponto de S. Reinach afirmar que “Glozel e Alvão confirmam-se mutuamente. Duvidei, já não duvido”. Numa carta dirigida a Leite de Vasconcelos, o arqueólogo alemão acentuou “o facto de terem sido os portugueses os verdadeiros precursores nesta ordem de descobertas relativas às origens do alfabeto”.
Para Mendes Corrêa, esses sinais alfabéticos encontrados na Península, bem como no sul de França “…demonstravam a tese da existência de uma remota escrita pré-histórica na Europa Ocidental (…). Em caso algum a escrita ibérica poderá considerar-se derivada do alfabeto fenício. A maior parte dos caracteres ibéricos não está representada na escrita fenícia. Portanto, ou se trata de escritas com origens distintas, ou foi a fenícia que derivou da ibérica, e não esta daquela.”
in “Templários”, Vol. 2, Eduardo Amarante
Consultar também o “Código Linguístico Hieroglífico Lusibérico” em: https://www.apeiron-edicoes.com/…/novidade-codico…/

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Eric comeu um teleósteo desconhecido. E morreu

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Uma equipa de paleontólogos australianos concluiu que, pouco tempo antes de morrer, Eric comeu um peixe teleósteo de espécie desconhecida. Não se preocupe, Eric é um Umoonasaurus demoscyllus — e aconteceu há alguns milhões de anos. Uma análise da última refeição de um plesiossauro conhecido como

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