AO MINUTO: ‘Apagão’ informático pelo mundo; Por cá, há “constrangimentos”

Views: 0

 

 

A FALHA FOI AQUI May be an image of text that says 'Facebook.com/Gilneadarkatel This is the place in India where your calls are directed to when you have technical problems.'

A situação parece estar relacionada com uma atualização do sistema de segurança Falcon da CrowdStrike.

Source: AO MINUTO: ‘Apagão’ informático pelo mundo; Por cá, há “constrangimentos”

O primeiro mapa de Portugal

Views: 2

Recebeu este e-mail encaminhado? Subscreva aqui para mais

O primeiro mapa de Portugal

Ando a navegar pela Internet fora e vejo um mapa de Portugal que me deixa de boca aberta. Nunca tinha visto o país assim…

Marco Neves

Jul 18

LER NA APP

Lembro que estão abertas as inscrições para o Curso de Revisão de Português. Fecham no dia 21. Muito obrigado!

O mundo para cima ou para baixo

Há coisas que são como são há tanto tempo que parece ser impossível imaginá-las de outra maneira. Por cá, o sinal de STOP, por exemplo, tem uma peculiar forma octogonal e uma palavra inglesa no centro. Podia ser outra palavra ou outra forma? Sim, claro. Mas hoje já parece natural que seja assim — e não me parece razoável mudar o sinal agora (seria, aliás, bastante perigoso).

Enfim, que os sinais de trânsito são convenções é bastante claro. Aliás, conduzimos pela direita, mas há muitos países que decidiram conduzir à esquerda. Houve até países que mudaram a certa altura. Dois exemplos? A Suécia, nos anos 60 — e Portugal, nos anos 20 (sim, já conduzimos pela esquerda).

Talvez um pouco menos óbvia seja a ideia de que os relógios também são uma convenção, divididos como estão em doze partes, com o 12 lá em cima. Ainda há uns tempos escrevi sobre a curiosa história dos relógios que têm o 12 cá em baixo

Mas há mais convenções que, de tão usadas, já nos parecem naturais. Por exemplo, escrevemos da esquerda para a direita, mas poderíamos escrever da direita para a esquerda — como, aliás, fazem os árabes. Nem os livros têm uma direcção natural: a lombada está à esquerda nos livros em português, mas os livros japoneses têm a lombada do outro lado…

Tudo isto só para chegar à própria orientação do mundo: o Pólo Norte está lá em cima — mas poderia estar lá em baixo…

Todos temos na cabeça, de forma muito bem martelada, que o Norte fica em cima e o Sul fica em baixo. Ninguém diz que vai para baixo quando viaja de Lisboa para o Porto. Já dizer que vamos para cima quando viajamos do Algarve para Lisboa parece bem natural…

É difícil imaginar que o mundo fosse doutra maneira. Os australianos vivem lá em baixo, nós vivemos cá em cima.

E, no entanto, a Terra e todo o Sistema Solar estão a navegar pelo espaço sem que haja um tecto ou um chão… Uma das primeiras fotos do nosso planeta, tirada por astronautas em 1972, costuma aparecer na direcção “certa”, mas no original tinha o Sul por cima:

A fotografia, tal como aparece em revistas e livros, está com o Sul por baixo. Porquê? Para que ninguém estranhe…

Um continente exótico

Há tempos, li um livro — A History of the World in Twelve Maps — em que o autor (Jerry Brotton) afirmava ser difícil perceber por que razão o Norte acabou por ficar, de forma praticamente definitiva, na parte de cima dos mapas. Afinal, não é um facto universal.

Note-se, por exemplo, onde está a Europa na Tabula Rogeriana, mapa de al-Idrisi, cartógrafo muçulmano que viveu em Palermo e nasceu em Ceuta:

Uma das surpresas deste mapa é reparar como a Itália está deitada… Pois, curiosamente, se formos até ao Google Earth e virarmos a Europa ao contrário, também acabamos com uma Itália estranhamente deitada. É apenas um exemplo de como o mesmo mapa virado ao contrário tem um sabor muito diferente. Como quando repetimos uma palavra conhecida muitas vezes, o mapa começa a estranhar-nos, a parecer o resultado do trabalho de um escritor de fantasia…

Não sei se acontece com todos, mas ao olhar para este continente de pernas para o ar, começo a imaginar outras histórias, outras aventuras… As habituais associações que fazemos ao Norte e ao Sul começam, devagar, a cair. São terras exóticas, estas…

Não que o continente que temos não seja interessante por si. Tem, aliás, uma História demasiado interessante — e que assim promete continuar por muitos e bons séculos.

O nosso país deitado

Bem, olhemos para aquele país ali virado para o canto superior direito… Com o Google Earth, podemos virar o país ao contrário a nosso bel-prazer. Ficamos com o Minho cá em baixo e o Algarve lá bem em cima, onde as águas são mais quentes e, se subirmos mais um pouco, vamos parar, não à Galiza, mas a Marrocos:

Não sei bem porquê, mas olhar para o mapa assim leva-me a notar certas características do país: Lisboa parece-me mais distante do Minho do que pensava; ali, a meio, aquela reentrância espanhola no corpo do nosso país surge um pouco menos natural, mais recortada…

É um absurdo? Não faz sentido? Estamos habituados a imaginar um país que foi criado de cima para baixo, um país em que o mar está à esquerda. O contorno do país é, hoje, um dos símbolos nacionais. Mas, no fundo, podíamos ter acabado com uma imagem diferente. Afinal, os nossos primeiros mapas punham o Algarve nem em cima nem em baixo: ficava à esquerda!

Aqui está a Carta de Portugal de Fernando Álvaro Seco, na versão editada no Theatrum Orbis Terrarum de Abraham Ortelius, em Antuérpia, no ano de 1570 (houve uma versão do mesmo mapa publicada uma década antes):

Já foi há muito tempo? Pois, já no século XIX, ainda apanhamos Portugal assim deitado — mas desta vez de barriga para baixo:

Foi este estranhíssimo mapa que me levou a escrever esta crónica…

A verdade é que, se olharmos para o mapa do nosso país, de pernas para baixo, a fazer o pino, deitado ou na direcção habitual — o contorno é-nos tão confortável como a cama da infância. Conhecemos bem este mapa e desenhamo-lo com o dedo, a sorrir.

E com esta conversa toda, fiquei com uma vontade irreprimível de viajar. É o que dá olhar para mapas.

Obrigado por ler a página Certas Palavras.

Subscreva agora

Like
Comentário
Restack

© 2024 Marco Neves
548 Market Street PMB 72296, San Francisco, CA 94104
Cancelar subscrição

Governo dos Açores defende que evacuações médicas são trabalho do Estado

Views: 0

O presidente do Governo dos Açores defendeu hoje que as evacuações médicas são um “trabalho de responsabilidade” do Estado, após a Força Aérea ter revelado que a região tem uma dívida de 8 milhões de euros devido àquelas operações.

Source: Governo dos Açores defende que evacuações médicas são trabalho do Estado

PDL HOSPITAL MODULAR

Views: 0

Hospital modular vai custar mais de 12 milhões de euros
O projeto do hospital modular foi apresentado esta quarta-feira, 17 de julho, aos partidos políticos com representação parlamentar, tendo sido anunciado que o investimento na estrutura vai ter um custo superior a 12 milhões de euros, valor que ainda não contempla a contratualização de novos equipamentos para equipar o hospital.
A apresentação foi feita pelo presidente do Governo regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, juntamente com a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi. A sessão contou com a presença da direção clínica, direção de enfermagem e conselho de administração do Hospital Divino Espírito Santo (HDES).
José Manuel Bolieiro disse que “há um planeamento estratégico de longo prazo e uma opção de, na transitoriedade, termos excelência enquanto decorre um plano de funcionalidades para o HDES”.
Apesar de não ser um novo hospital, o “hospital modular terá caraterísticas de uma nova estrutura nos Açores”, sendo o hospital mais importante da região e de enorme importância e relevância no contexto nacional.
A estrutura será composta por diversas valências, incluindo urgência geral com capacidade para 12 ‘boxes’ de atendimento, duas salas de emergência, urgência pediátrica com seis camas de observação e um quarto de isolamento, duas enfermarias com capacidade mínima para 80 doentes, um serviço de imagiologia com equipamentos adequados, duas salas de bloco operatório com seis camas de recobro, uma unidade de cuidados intensivos e intermédios com capacidade para 12 doentes, incluindo um quarto de isolamento, e um bloco de partos, neonatologia e até nove camas para grávidas.
A secretária da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, apresentou o projeto da unidade, após a reunião com os partidos políticos, aos jornalistas.
A governante informou ainda estar previsto a conclusão de toda a estrutura do hospital modular até final de outubro, havendo o funcionamento da Urgência Geral já no final de agosto.
Atualmente, já estão nas imediações do HDES os painéis da estrutura modular da urgência geral e pediátrica (40 módulos), bem como da zona das enfermarias (mais 55 módulos).
O hospital modular servirá como estrutura de retaguarda, permitindo um reforço de capacidade durante as obras de reparação, redimensionamento e reorganização funcional da atual estrutura do HDES.
O projeto foi elaborado com a contribuição de ordens profissionais, peritos nacionais e o conselho de administração do HDES, mantendo o “foco nos objetivos e decisões responsáveis”.
May be an image of floor plan
All reactions:

Ana Isabel D’Arruda, Fátima Silva and 33 others

12
11
Like

 

Comment
Share
View more comments

Paolo Ferrer

Comprado ou alugado ?
Instalação provisória ou definitiva no local ?