Categoria: ChronicAçores

  • AS PONTES PORTUGUESAS DA ETIÓPIA

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    CHR

     

    AS PONTES PORTUGUÊSAS DA ETIÓPIA
    As probabilidades das pontes portuguesas da Etiópia, do século XVII, terem sido construídas também por artesãos e operários Goeses, são muitas. No seu livro “Viagem á Abissínia”, esse fato é relatado pelo padre Jerónimo Lobo 🐺.
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  • estacionamento e ecologia, uma proposta antiga 2017

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    . TURISMO, ESTACIONAMENTO, LIXO, RATAZANAS E CORTESIA, CRÓNICA 180, 16 AGO 2017

     

    A qualquer ponto da ilha de São Miguel onde se vá, encontra-se lixo e mais lixo e contentores a abarrotar…então ninguém pensou em alterar o esquema de recolha de lixo face ao aumento de pessoas, na ilha, praias, miradouros turísticos. Hoje à noite na Praia dos Moinhos em Porto Formoso o lixo amontoado servia de péssimo cartão-de-visita a quem nos visita…na ribeira ao lado havia ratazanas de tamanho bem nutrido a condizer com um anúncio que há meses anuncia uma desratização da ribeira (só se for no cartaz.).

    … Estacionamento por toda a parte, os parques não chegam, não há transportes coletivos, e os caçadores de votos não veem isto???? … eu vi e continuarei a ver.…e a alertar.

    … Criem depressa um serviço de “shuttle” = minibus (de 10, 15 ou 20 lugares) da Ribeira Grande e de Ponta Delgada para os miradouros e locais de mais turismo como a Lagoa do Fogo, Vista do Rei, Caldeiras, Caldeira Velha, etc.…a um preço simbólico de 50 cêntimos. Façam viagens de 15 em 15 ou de 30 em 30 minutos nos meses de junho a setembro, e mais espaçados no resto do ano. Proíbam os grandes autocarros de irem a esses locais. Depois fiscalizem e implementem uma luta sem cartel ao estacionamento selvagem (não multem, reboquem os carros da estrada como se faz nos países mais civilizados), mas criem alternativas, sem aumentar o número de estacionamentos permitidos, sem criarem novas obras, sem estragar a paisagem. O investimento é pequeno e os resultados seriam excelentes.

    Quanto ao lixo mudem a rotina que até pode funcionar nos meses mais calmos, mas nos de maior afluência de gente dão uma péssima imagem da ilha aos que nos visitam (e que queremos continuem a visitar). Façam recolhas diárias ou bidiárias nos locais de mais afluência, estabeleçam novos contratos mais flexíveis (isto não é ciência atómica, mero senso comum de quem nada sabe sobre o assunto). Intensifiquem as campanhas nas escolas e nas comunidades para não deitarem lixo para o chão, mas – simultaneamente – coloquem papeleiras e cinzeiros de 50 em 50 metros nas cidades, nas vilas e freguesias. Nos vários Fóruns (Fora) sobre os Açores leio diariamente preocupações semelhantes e sugestões…o turismo das companhias aéreas de baixo custo já cá está há uns meses largos, já houve tempo mais do que suficiente para uma atitude do GRA (governo da região) encarar soluções para uma afluência para a qual nem a ilha, nem a restauração, nem demais estruturas estavam preparadas…. Não nomeiem comissões para estudar o problema, vejam o que se faz noutras cidades (lá fora) e como resolveram estes problemas e copiem (não precisam reinventar a roda) …

    Uma última nota, muito urgente, gastem uns milhões a obrigar toda a gente na restauração a frequentar um curso (intensivo, mas essencial) de práticas de hotelaria, pois as pessoas (turistas) que atendem são as mesmas que garantem o seu salário no fim do mês. Os clientes são os seus verdadeiros patrões… mantenham as mesas limpas, esvaziem os cinzeiros e lavem-nos, nas zonas de fumadores. Não atendam as pessoas como se estivessem a fazer um frete, ajudem-nas a escolher os menus, sirvam a água com copos em vez de oferecerem garrafas sem copos ou perguntarem – na melhor das hipóteses “quer copo?”). Não precisam ser servis, mas corteses…educados… hospitaleiros…os resto a natureza já deu.

     

  • sem enganos no dia de enganos

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    . SEM ENGANOS, 1 ABR 2019, CRÓNICA 246

    Escrevo no dia em que dantes se celebravam as petas, e que perdeu a razão de ser. “Fake news” ocupam as notícias todos os dias dimanadas dos governos e da comunicação social. Quando evoco a adolescência, eram tempos bem mais singelos, conquanto não gostasse de os reviver no mesmo ambiente censório de mordaça em que se vivia. Salvaguardado isto, passamos da república monárquica ditatorial para a democracia monárquica ditatorial sem que as pessoas se tenham realmente apercebido de aspetos dinásticos que caraterizam estes anos de 25 de abril.

    Nesses idos uma peta bem contada raramente se tornava verdade, mas hoje as petas do dia-a-dia são as verdades indissolutas com que nos presenteiam os governantes, senhores e donos dos nossos quotidianos, submetidos que estamos, já não como servos da gleba mas sim servos da banca, no adágio dos 40 (40 anos de trabalho, 40 anos de descontos e 40% de vencimentos na reforma). Hoje todos acreditam nas petas, mesmo sem ser 1º de abril e raramente alguém questiona a verdade dado que esta perdeu o valor.

    Há petas universais, em nome delas quais se fizeram guerras, se mataram milhares, se criaram milhões de refugiados, se destruíram países. Líderes apeados, outros por apear, governos fantoche e fantoches no governo, a ignorância subiu ao poder, diria Brecht se fosse vivo, ao ouvir que um terço dos americanos acredita que a terra é plana.

    Os farsantes e falsários de religiões, seitas e demais congregações enriquecem à custa dessas hordas de ignorantes, capazes de se atirarem do precipício abaixo como se seguissem o flautista de Hamelin, enleados na melopeia de inverdades. Há uma pequena elite grisalha de pessoas (não é a peste grisalha) que ainda usa cérebro e pugna pela cultura, educação, capacidade de discernimento, de discussão, de questionar as premissas e tirar conclusões, cada vez mais, confinada ao nicho de votos em branco, esmagados pela força opressora das maiorias carneirentas, sem capacidade nem peso para aumentar a massa crítica dos concidadãos que seguem fingindo ser livres sob o cajado opressor da sociedade que os manipula.

    Bertolt Brecht terá dito: “Os cidadãos irão um dia lamentar não só as palavras e atos dos políticos, mas também o terrível silêncio da maioria”…

    Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu.

    Como não sou judeu, não me incomodei.

    No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista.

    Como não sou comunista, não me incomodei.

    No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico.

    Como não sou católico, não me incomodei.

    No quarto dia, vieram e levaram-me a mim.

    Já não havia mais ninguém para reclamar.”

    Quando decidimos ser ignorantes, alguém decide em nosso lugar, tornamo-nos manipuláveis. O escritor Baltasar Gracian disse “a ignorância é a zona de conforto em que nos sentimos muito à vontade. Talvez nem nos sintamos confortáveis, mas o medo do que está fora e desafia as nossas crenças, é tão forte que nos mantém paralisados. Escolhemos a ignorância. Afinal a cultura é o que nos distingue do polvo ou da alface.

    Os que podem e são donos disto tudo, enviarão os rebentos para escolas elitistas privadas onde aprenderão a dominar os restantes, confinados a uma escola pública, sem rei nem roque. Ainda há dias, alertei uma professora para um clamoroso erro num enorme cartaz, encolheu os ombros “deixe lá, já está e ninguém vai notar!”

  • memorias-de-macau-chrys-c.pdf

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  • CRÓNICA 453 A INVASÃO DE OLIVENÇA

    CRÓNICA 453 A INVASÃO DE OLIVENÇA

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    CRÓNICA 453 A INVASÃO DE OLIVENÇA maio 2022

    Quando a Turquia invadiu e anexou o Chipre para proteger os descendentes turcos, quer a Grécia quer a Turquia eram da NATO e a ilha 50 anos depois continua dividida.

    Quando a Indonésia invadiu e anexou Timor era para combater os (seis) comunistas que lá viviam.

    Quando a Rússia invadiu e anexou parte da Ucrânia em 2022 era para a libertar dos nazis.

    Creio que usando esta nova Doutrina Putin ninguém levaria a mal se Portugal invadisse e anexasse Olivença, até porque sempre foi nossa e legalmente é nossa há séculos. Temos de defender os descendentes de portugueses que ali vivem dos espanhóis que a ocuparam ilegalmente. Não creio que a NATO viesse a intervir militarmente para nos expulsar

    A 7 de maio celebraram-se 205 anos sobre a assinatura da Ata final do Tratado de Viena, em que Espanha se comprometeu à restituição de Olivença.

    Derrotadas as ambições napoleónicas, reuniu-se o Congresso de Viena (setº 1814) com as principais potências da Europa à época – Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia -, e Portugal, Espanha, Suécia, França. Os trabalhos prolongaram-se sendo a Ata Final assinada em 9 de junho.

    Do Congresso de Viena haveria de emergir uma nova ordem europeia que regularia as Relações Internacionais no continente, a Ata Final do Congresso de Viena, no seu art.º 105, prescrevia:

    “As potências, reconhecendo a justiça das reclamações formuladas por S.A.R. o Príncipe-Regente de Portugal e do Brasil, sobre a vila de Olivença e os outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz de 1801, e visando a restituição desses objetos, como uma das medidas apropriadas a assegurar entre os dois reinos da Península [Ibérica], aquela boa harmonia completa e estável que deve ser mantida entre todas as partes da Europa, … de seus arranjos, se engajam formalmente a empregar dentro das vias de conciliação os seus esforços os mais eficazes, a fim de que a retrocessão dos ditos territórios em favor de Portugal seja efetuada; e as potências reconhecem, ainda que isso de qualquer uma delas, que este arranjo deva ter lugar o mais prontamente possível.”

    Era deste modo, cancelado o Tratado de Badajoz, imposto a Portugal no contexto da Guerra Peninsular no final da chamada Guerra das Laranjas, pela força conjunta napoleónica e bourbónica. A 7 de maio de 1817 a Espanha ratifica a Ata Final. Decorridos dois séculos, da ilegitimidade da sua posse sobre as terras oliventinas e da justeza das reclamações portuguesas, o Estado vizinho não soube honrar a sua palavra. A usurpação de Olivença, constitui grosseiro atropelo à História. OLIVENÇA É TERRA PORTUGUESA e por isso ninguém levaria a mal se lá fossemos invadir e ocupar, sem precisarmos de exércitos ou outros meios belicosos…

     

    Chrys Chrystello, drchryschrystello@journalist.com

    Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713

    [Australian Journalists’ Association – MEEA]

    Diário dos Açores (desde 2018)

    Diário de Trás-os-Montes (desde 2005)

    Tribuna das Ilhas (desde 2019)

    Jornal LusoPress Québec, Canadá (desde 2020)

    Jornal do Pico (desde 2021)

     

  • FORTUNAS, PROMESSAS E A CULTURA QUE NÃO TEMOS maio 20º22

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    CRÓNICA 452 FORTUNAS, PROMESSAS E A CULTURA QUE NÃO TEMOS maio 20º22

     

    O meu vizinho de infância cresceu a comprar e vender e assim enriqueceu e dividiu a sua riqueza por entre filhos e netos. Eu, que nunca tive jeito para o negócio, cresci a escrever palavras em pedaços de papel, muitos dos quais se transformaram em livros que poucos liam e que filhos e netos não apreciavam. Sempre entendi que eram fortunas e riquezas distintas havendo a probabilidade de os escritos perdurarem no tempo, enquanto os bens materiais do meu vizinho se poderiam esfumar ou serem dilapidados por filhos e netos como vi ao longo da minha vida.

    A riqueza dos povos e nações é semelhante e só aqueles que cuidam da sua história, património e legado cultural estão fadados a ter um futuro, os restantes serão um mero rodapé na história tal como os Sumérios, Gregos, Troianos, Romanos e tantos mais.

    Vem isto a propósito da situação calamitosa de abandono, desprezo e desdém por entidades culturais não-governamentais, de utilidade pública e demais produtores de cultura nas suas múltiplas vertentes. Para a AICL, associação dos colóquios da lusofonia, que desde 2002 realizou 36 colóquios (dois ao ano, um fora e outro nos Açores, desde 2006) a situação só não é pior pelo modelo de quotização e de pagamento de inscrições nos nossos eventos, pois se dependêssemos do investimento governamental já teríamos fechado portas. Tudo começou com o cessante Diretor Regional e Secretária Regional que receberam, comprovadamente, por escrito, as nossas candidaturas para 2021 e depois com enorme desplante declararam não as terem recebido e portanto não seríamos elegíveis. Idêntico despautério sucedeu com apoios a fundo perdido de 2021.

    Não se tratava de montantes exorbitantes, até porque os apoios aos colóquios raramente excedem mil euros !!!! que nos permite pagar a deslocação e estadia a um autor de fora da região e nada mais. Trata-se do ato em si, repulsivo, castigador talvez por sermos críticos de uma região onde a cultura é tratada como um dano colateral da governação.

    Nada disto seria importante se não tivéssemos programado para 2022, ano em que celebramos 20 anos de colóquios, um enorme evento em outubro, em Ponta Delgada com mais de 50 autores açorianos presentes e pela primeira vez necessitávamos de um apoio condigno. Sabemos pela comunicação social que os apoios deste ano (que já vai quase a meio, e se deveriam ter tornado públicos em janeiro) que nem apoios, nem comissão de análise dos mesmos, nem data prevista seja para o que for. nem tampouco foi nomeado um novo diretor na nova Direção de Assuntos Culturais no seio da Secretaria da EDUCAÇÃO.

    Ótimo cartão de visita para quem quer Ponta Delgada como capital da Cultura 2027…relembro as palavras sinceras do Presidente do Governo Regional na cerimónia de abertura do 34º colóquio junho 2021 em Ponta Delgada, onde pela primeira vez esteve presente um Presidente do GRA), o Dr José Manuel Bolieiro salientou o “mundo sem geografia” que é a Lusofonia..O Governo dos Açores, prosseguiu, “estará ao lado” da AICL para “todas as realizações de futuro”, asseverou ainda o Presidente do Governo. Iniciativas como esta “valem pela qualidade que representam” na literatura e também na “identidade lusófona”, até porque “transportam para o presente todo o legado poético” e “inspiram novas gerações a darem valor e a conheceram aqueles que deram raiz à Açorianidade, Portugalidade e Lusofonia”. José Manuel Bolieiro elogiou ainda a “resiliência” da AICL, presidida por Chrys Chrystello, elogiando ainda a “simbólica data” de arranque do colóquio deste ano e o “inspirador lugar” do mesmo: o Centro de Estudos Natália Correia, na Fajã de Baixo.

    Perguntarei, parafraseando Drummond de Andrade “E agora, José?”

     

     

     

    Chrys Chrystello, drchryschrystello@journalist.com

    Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713

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