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Emitida a 18 de abril a carta emitida em Lisboa com o respetivo cartão bancário chegou à Lomba da Maia, S Miguel, Açores a 31 de maio, com uma impressionante rapidez de 43 dias que demorou a atravessar o mar adamastor que nos separa de Lisboa, sem notícia de furacões, vulcões ou sismos e menos ainda de greves aéreas.. Quase que batia o recorde de cem dias da carta emitida pela MEEA (Associação de Jornalistas Australianos) em 8 de dezembro na Austrália e que aqui chegou a 19 de março, mas isso justifica-se pelos perigos do Pacífico infestado de tubarões. Nos tempos do infame Estado Novo uma carta do meu pai, do Porto a Díli, Timor, demorava normalmente quatro semanas usando a mala militar, sarcasticamente denominada Carreira das Índias Orientais.
Quanto à distribuição local de correio nesta costa norte de São Miguel, ao fim de 15 anos de um dedicado carteiro que até fazia sinais de luzes e me parava na estrada entre a Lomba da Maia e a Maia, para me entregar correspondência, passamos a um novo sistema em que um jovem carteiro voluntarioso usa a sua viatura particular (que ele ou a companheira conduzem), para distribuírem o correio, provavelmente uma vez em cada semana. Não adianta preencher a queixa no livro de reclamações, assim como de nada adiantaram os protestos de alguns deputados na Assembleia da República, foi isto que compraram e é isto que têm, graças a essa generosa venda a privados de uma das companhias de marca e de valor, e que eram os CTT, com uma tradição centenária de bem servir um país que mais parece uma manta de retalhos no que toca à distribuição postal.
Claro que, se trouxermos as naus e caravelas de volta estamos certos de que a qualidade do serviço irá melhorar, proporcionando serviços, pagos ao salário mínimo, aos desempregados e aos que recebem o rendimento de inserção social e, que não perderão a oportunidade de vida aventureira nas naus e caravelas, podendo simultaneamente desfrutar do prazer de utilização de smartphones entre escalas marítimas.
Desta forma poderiam evocar a memória de Pedro da Silva, o imortalizado carteiro português que ficou célebre no Canadá no século XVII, como Pierre da Sylva. Batizado na Igreja de São Julião em Lisboa em 1647, deixou Portugal em 1672 e chegou à Nova França, casando em 1677 e gerando 14 filhos. Em 1681, mudou para Sault-au-mattlot no Quebeque. A documentação revela que em julho 1693 recebeu 20 sols (20 libras), para transportar um pacote de Montreal para Quebeque e em dezembro 23, 1705 recebeu uma carta assinada por Jaecques Raudot, declarando-o o primeiro correio do Canadá. Depois, receberia permissão para transportar cartas de entidades privadas, sendo sempre pontual e cumpridor, diligente e leal, auferindo o privilégio de ser o mensageiro regular de mercadorias e de correspondência oficial do Governador-geral da Nova França, entre o Quebeque a Trois Rivières em Montreal. Pedro da Silva efetuou o transporte de correio e mercadorias pelo rio São Lourenço durante a guerra entre a França e os iroqueses, que apoiavam o império inglês, o que terá contribuído para que o rei francês Luís XIV o tenha nomeado como Mensageiro Real na Nova França. Em 2003[1] foi emitido um selo comemorativo e houve outras homenagens.
[1] Há um documentário histórico de homenagem ao primeiro carteiro do Canadá, realizado pelo produtor e realizador Bill Moniz, a biografia histórica assinada pelo investigador lusodescendente Carlos Taveira, ou a iniciativa dos Serviços Postais canadianos que lhe dedicaram no princípio do séc. XX um selo.
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Por vezes acontecem ideias a meio da noite ou em sonhos de despertares súbitos. Foi o que sucedeu quando totalmente exsudado despertei e entendi a máquina que move os humanos. Lembrei-me de todas as civilizações existentes na História Moderna desde a Grécia a Roma e mais recentes civilizações. Entendi agora pontos mais obscuros da teoria dos multiversos, ou universos paralelos e tudo que há de comum em toda a História da Humanidade.
Locke é considerado pelos seus críticos como sendo “o último grande filósofo que procura justificar a escravidão absoluta e perpétua”. Ao mesmo tempo que dizia que todos os homens são iguais, Locke defendia a escravidão a exemplo de Aristóteles, que foi o primeiro a fazer um tratado político defendendo a escravidão. Na época, era uma prática comum, e isso classificaria Locke como um homem da época – o que não diminuiria a importância das suas ideias, revolucionárias em relação ao seu tempo.
A escravidão não é coisa do passado e de países pobres, e nunca foi tão lucrativa. O alerta vem do advogado, autor e ativista Siddharth Kara, um dos principais especialistas do mundo em tráfico de pessoas e escravidão, temas que estuda e leciona na Universidade de Harvard. “Nenhum país é imune e somos todos cúmplices. A escravidão permeia a economia global mais do que em qualquer momento do passado”, diz ele.
A estimativa é que a indústria da escravidão gere lucros de 150 biliões de dólares por ano. Há 21 milhões de escravos no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Nos últimos 18 anos, Kara entrevistou mais de 5 mil pessoas que estão ou estiveram nestas condições em mais de 50 países. Mas afinal de que escravidão falamos, pois existem tantas formas e variadas manifestações? Há uma forma generalizada e comum a quase todos: “Nunca ninguém foi verdadeiramente livre” por mais aparência de liberdade que existisse, como foi o caso das gerações que viveram entre 1960 e 2000, considerado, por alguns, o período em que mais liberdadezinhas tiveram os humanos no mundo ocidental.
Desde sempre sujeita a normas e convenções, com mais ou menos liberdade de opções, a humanidade esteve sempre sujeita aos desígnios da pequena minoria mandante que dita os moldes da escravidão de cada era, desde a fixação do trabalho, à remuneração, recompensas por bom comportamento dos súbditos, à existência ou não de tempos de lazer, desde que a engrenagem produtiva não seja afetada. Ninguém escapa, nem mesmo os que, pretensamente, vivem off-the-grid (fora da rede), pois continuam a necessitar de bens produzidos pelo sistema e o sistema de “barter”, troca direta, nem sempre é possível para aquisição do que precisam para viverem fora da rede. Isto é verdade em todas as ocupações e profissões e os desprovidos são os desempregados, sem-abrigo e outros que fugiram ao ciclo produtivo, com toda a liberdade de fazerem o que quiserem desde que seja gratuito, o que os limita a viverem à sombra da bananeira, nalguma ilha deserta e tropical, rica em produtos para a alimentação, vestuário e outras necessidades primárias. E todos sabemos que isto só é possível em literatura ou em casos, muito isolados. Os senhores do mundo, usam os instrumentos ao seu dispor desde a escravatura materialista das sociedades contemporâneas à religião, à contrainformação, aos espetáculos circenses que reproduzem a velha máxima romana de “política do pão e circo (panem et circenses) ” que vai dos mundiais de futebol, a desportos de massas, anestesiando as massas e dando fuga a sentimentos reprimidos.
Aborígenes australianos em cativeiro séc. XIX-XX.
Basta averiguar o mito das férias. Se estiver numa ocupação produtiva remunerada, provavelmente recebe um montante extra para gastar, caso contrário se viver, como eu, na Lomba da Maia, sem dinheiro extra nem carro, terá de ir a pé 4 km até à Praia da Viola e chamará a isso férias, ou aproveitará esse tempo livre para cuidar da casa, pintá-la, renová-la com o seu trabalho gratuito e chama a isso de férias. Se entrou num esquema de crédito ao consumo, nunca mais se libertará do ciclo vicioso de trabalhar para pagar ao banco o que pediu emprestado e os juros exorbitantes da invenção a que chamam dinheiro.
Em qualquer outra esfera da vida será o mesmo. Endividou-se para estudar, então trabalhe, explorado para reembolsar a banca, a mesma que não vai à falência e sobrevive explorando-o a si e aos dinheiros dos demais. Seria uma vida mais livre e menos escrava antes de se ter inventado o dinheiro? Não temos relatos fidedignos … Se depois desta curta resenha ainda pensa que não é um escravo, pense nos antepassados e imagine como será o futuro dos seus descendentes e verá como é apto o título desta crónica. E se pensa que os mandantes e donos disto tudo são livres desengane-se, sem os escravos perpétuos eles nada são e têm de se certificar constantemente de que há escravos suficientes para manterem o sistema a funcionar. Por mais oleado que o esquema esteja terão sempre de inventar novas normas e retribuições, fake news, para que a roda dentada da engrenagem continue a funcionar. E os poetas, sonhadores, escritores, enganam-se pensando que ao escreverem isto são livres, mas é só na realidade virtual da escrita que atingem esse modicum enganoso de liberdade.
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