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  • DOM ALEIXO CORTE-REAL -TIMOR

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    D. Aleixo Corte Real, um exemplo de fidelidade...
    Daniel Braga15 August 23:47

    D. Aleixo Corte Real, um exemplo de fidelidade e patriotismo

    «Resta-me citar os indígenas, quer chefes, quer simples habitantes da colónia, que, durante o período dos acontecimentos a que este relatório se refere, deram pelo seu procedimento para com a Pátria e para com os portugueses provas irrefutáveis da sua dedicação, da sua lealdade, do seu absoluto patriotismo.
    Avulta entre eles, como estrela de primeira grandeza, o liurai de Ainaro, circunscrição do Suro, D. Aleixo Corte Real. Para esse tive já a honra de fazer uma proposta especial, relatando sucintamente o que foi a acção desse grande chefe e como se manifestou, em termos excepcionalmente vincados, o seu extraordinário patriotismo. E o Governo da Nação premiou já condignamente, com o grau de comendador da Ordem Militar de Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, esse grande português.»

    Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho em Relatório dos
    Acontecimentos de Timor (1942-1945).

    Defendia e bem Teixeira de Pascoaes, em Arte de Ser Português, que a superioridade da raça não assenta em pressupostos biológicos, materialistas ou positivistas, mas sim num carácter puro, nobre e distinto, baseado na incorruptibilidade do espírito e de toda a essência metafísica do indivíduo. A Educação dos dias de hoje, bastante distinta daquela apregoada por Pascoaes em inícios do séc. XX, suprimiu por completo a noção de raça, desvirtuando e criminalizando o conceito, substituído pela vacuidade de um paradigma vazio, alheio a valores, identidades e princípios, alimentado pela adaptabilidade do ser humano, em jeito de darwinismo social, aos interesses da ordem vigente, mesmo quando esta desrespeita todos e quaisquer pressupostos éticos, culturais e até humanitários.
    Talvez por esta razão, figuras como D. Aleixo Corte Real se tenham tornado tão incomodas e por isso remetidas para um confortável esquecimento. Contudo, a fidelidade e sacra memória que devemos aos nossos antepassados, faz-nos hoje invocar a lembrança deste grande herói português.
    D. Aleixo Corte Real nasceu em 1886 na cidade de Ainaro, localizada e 78 km de Díli, capital do Timor Português. Inicialmente chamava-se Nai-Sesu, tendo adoptado o nome pelo qual ficaria conhecido apenas em 1931, ano em que se converteu ao catolicismo e foi baptizado.
    A sua fidelidade à pátria-mãe cedo começou a expressar-se quando, entre 1911 e 1912, combateu ao lado dos portugueses na sublevação de Manufahi. O seu papel de régulo conferiu-lhe um importante estatuto em toda a região, sendo um importante embaixador de Portugal naquele território. Porém, não foi devido ao seu relevante papel político-militar que o régulo timorense se destacou, mas sim pelo carácter e nobreza demonstrados ao revelar-se incorruptível aquando da invasão japonesa daquele território português, durante a II Guerra Mundial.
    Apesar da neutralidade portuguesa, o território do Timor Português foi inicialmente invadido por um contingente holandês e australiano, com a desculpa de que Portugal não defendia aquele espaço, estando desse modo vulnerável a uma ocupação nipónica. Este facto acabou por verificar-se, provavelmente devido à invasão preventiva perpetrada pelas tropas australianas e holandesas. Durante aproximadamente três anos o terror espalhou-se naquela província ultramarina. Descontentes com a presença proselitista e declaradamente hostil do imperialismo japonês, a maioria da população timorense colocou-se do lado da resistência a estes invasores, apoiados também por uma pequena franja de milícias autóctones, designadas de Colunas Negras. D. Aleixo Corte Real foi, tal como o seu irmão, um dos líderes da resistência contra a ocupação nipónica, tendo acabado cercado e capturado em 1943 pelas tropas japonesas e membros dessas milícias pró-nipónicas.
    Foi com sua captura e consequente sacrifício que o régulo alcançou a sua maior glória, mitificando-se, após enfrentar os seus algozes, negando-lhes a legitimidade sobre aquelas terra, depois de lhes negar a entrega da bandeira portuguesa. Este heróico e nobre acto custou-lhe a vida a si e à sua família que foi executada por um pelotão de fuzilamento japonês.
    Mesmo destino teve o seu irmão e outros chefes locais que se uniram na defesa dos interesses das suas gentes e da sua pátria: Portugal. D. Aleixo Corte Real tornou-se rapidamente um símbolo do patriotismo nacional e da união entre os diversos povos portugueses. A sua honra e fidelidade foram justamente lembrados pelo Estado Português, tornado-se D. Aleixo Corte Real uma personificação da heroicidade e ferocidade da alma portuguesa, fiel de si mesma e absolutamente incorruptível… em qualquer circunstância!

    Régulo D. Aleixo Corte Real junto da sua família.

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  • DOM BOSCO (TIMOR)

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    Aniversário de Dom Bosco 16/08/1815 –...
    Crispim Costa16 August 03:02
    Aniversário de Dom Bosco
    16/08/1815 – 16/08/2012

    Hoje é aniversário do nascimento de Dom Bosco. “Pai e Mestre da Juventude” como lhe chamou João Paulo II. O então Bispo de Dili, Dom Jaime Garcia Goulart de venerável memória confiou aos Salesianos no dia 31/01/1948 este pedaço da metade de ilha até então nunca tinha sido evangelizada. Conta a minha mãe que de quando em quando passava um sacerdote à cavalo com o lampião pendurado ao pescoço do animal. Provavelmente fazia pesquisa o como chegar junto à população. Havia uma escola em Lautém, sede da Circunscrição do mesmo nome antes da II Guerra Mundial. Lecionava nesta escola o pai de Dom Carlos Felipe Ximenes Belo, único professor para todo Lautém. Quando Dom Jaime ofereceu esta zona para os salesianos, Fuiloro como escola, praticamente não existia. Era um Posto Administrativo da Circunscrição com uma fortaleza destruída pela guerra. É lá que os salesianos tinham a sua primeira residência depois de serem acolhidos na nova residência do Administrador em Lospalos, porque os edifícios em Lutém também foram destruídos. O administrador daquele ano era senhor Olímpio. O senhor José Riberiro um irmão salesiano natural de Fátima conta que à noite através do tecto, dentro das barracas, podiam contar as estrelas e quando chovia embrulhavam-se com oleado e para a cabeça resguardava-se da guarda-chuva conforme onde pingava a água. Desde 1948 que ele está em Lospalos e fala muito bem Fataluku do que o próprio que neste momento está a relatar. Além dele, os primeiros pioneiros foram:
    Pe. Manuel Alves Preto, português
    Pe. Anibal Viggetti, italiano
    Senhor João Aranda, espanhol
    Senhor José Kusy, da Checoslováquia na altura.
    Meses depois Pe. José Bernardino Rodrigues, português.
    Seguiram se depois muitos mais salesianos para desenvolver a educação e a evangelização no Concelho de Lautém.
    Aos poucos, eles iam conhecendo Fuiloro e assim criar amizades com este povo. Não tarda, começaram a ensinar as crianças e os jovens que se abeiravam aos missionários. Através destes, vieram os pais e aos poucos eles deixaram “URU HO VATXU”=(sol e lua), para adorar o Criador de sol, até então por desvendar, o único Deus verdadeiro.
    Fuiloro neste momento é uma Escola Agrícola ao cuidado dos salesianos.
    Bem-haja, estes corajosos missionários que seguiram o exemplo do Bom Pastor deram a vida para que outros vivam. E muitos destes outros, depois de conhecer a verdade, ao longo deste tempo, nestes últimos 30 anos, também deram sua vida para que os seus irmãos vivam. Konis Santana, Solan, Txai, Bere-Malai-Laka, Hídeo, Varuloho, sem mencionar os vivos e muitos outros que passaram por esta pequena grande escola. A história não acaba aqui. É meu simples OBRIGADO neste dia de Dom Bosco ao Senhor da vida pelas vidas de muitas pessoas amigas que fizeram também parte na minha vida.

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  • FERNANDO SYLVAN POETA TIMORENSE

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    Fernando Sylvan, pseudónimo de Abílio Leopoldo...
    J M Domingues Silva15 August 15:33
    Fernando Sylvan, pseudónimo de Abílio Leopoldo Motta-Ferreira (Díli, 26 de Agosto de 1917 — Cascais,25 de Dezembro de 1993), foi um poeta, prosador e ensaísta timorense.
    (In Wikipédia)Biografia

    Nasceu em Díli, capital de Timor-Leste, contudo, passou a maior parte de sua vida em Portugal, onde morreu, na vila de Cascais. A distância geográfica entre Portugal e Timor não impediu Sylvan de continuar escrevendo sobre o seu país de origem, dissertando sobre suas lendas, tradições e folclore. Um de seus temas preferidos é a infância, período de sua vida que lhe deixou muitas saudades de Timor. Enfim, Fernando Sylvan é um dos grandes poetas da língua portuguesa e presidiu à Sociedade de Língua Portuguesa, em Portugal.

    Um de seus poemas mais conhecidos é Meninas e Meninos, publicado em 1979.
    Obra

    POESIA

    Vendaval. Porto, 1942 Oração. Porto, 1942 Os Poemas de Fernando Sylvan (capa de Neves e Sousa). Porto, 1945 7 Poemas de Timor (com vinheta de Azinhal Abelho e um desenho de João-Paulo na 1ª edição). Lisboa, 1965. 2ª edição, pirata. Lisboa, 1975. Mensagem do Terceiro Mundo (poema e traduções de Barry Lane Bianchi, Serge Farkas, Inácia Fiorillo e Marie-Louise Forsberg-Barrett para inglês, francês, italiano e sueco). Lisboa, 1972. Tempo Teimoso (capa da 1ª edição de Cipriano Dourado). Lisboa, 1974. 2ª edição, Lisboa, 1978 Meninas e Meninos, Lisboa, 1979 Cantogrito Maubere – 7 Novos Poemas de Timor-Leste (carta-prefácio de Maria Lamas, nota de Tina Sequeira, capa de Luís Rodrigues). Lisboa, 1981. Mulher ou o Livro do teu Nome (com 21 desenhos de Luís Rodrigues, prefácio de Tina Sequeira). Lisboa, 1982 A Voz Fagueira de Oan Timor (organização de Artur Marcos e Jorge Marrão, prefácio de Maria de Santa Cruz). Lisboa, 1993.

    PRESENÇA EM COLECTÂNEAS DE POESIA

    Enterrem Meu Coração no Ramelau (recolha de textos de Amável Fernandes, desenhos de José Zan Andrade e capa de António P. Domingues e Fortunato). Luanda, União dos Escritores Angolanos, 1982. Primeiro Livro de Poesia — Poemas em língua portuguesa para a infância e adolescência (selecção de Sophia de Mello Breyner Andresen, ilustrações de Júlio Resende). Lisboa, Caminho, 1991. Floriram Cravos Vermelhos — Antologia poética de expressão portuguesa em África e Ásia (por Xosé Lois García). A Corunha (Galiza), Espiral Maior, 1993.

    PROSA

    LIVROS

    O Ti Fateixa. Parede, 1951 Comunidade Pluri-Racial. Lisboa, 1962 Filosofia e Política no Destino de Portugal. Lisboa, 1963 A Universidade no Ultramar Português. Lisboa, 1963 O Racismo da Europa e a Paz no Mundo. Lisboa, 1964 Perspectiva de Nação Portuguesa. Lisboa, 1965 A Língua Portuguesa no Futuro da África. Braga, 1966 Comunismo e Conceito de Nação em África. Lisboa, 1969 Recordações de Infâncias (colaboração de Tina Sequeira). Lisboa, 1980 O Ciclo da Água (BD de Luís Rodrigues). Lisboa, 1987 Cantolenda Maubere/Hananuknanoik Maubere / The Legends of the Mauberes (traduções: para tétum, de Luís da Costa; para inglês, do Departamento de Projectos da Fundação Austronésia Borja da Costa. Ilustrações: 7 pinturas e 2 desenhos de António P. Domingues). Lisboa, 1988.

    SEPARATAS

    Da Pedagogia Portuguesa e do Desvalor dos Exames. Lisboa, 1959 Relação dos Idiomas Basco e Português. Lisboa, 1959 Arte de Amar Portugal. Lisboa, 1960 A Língua e a Filosofia na Estrutura da Comunidade. Lisboa, 1962 O Espaço Cultural Luso-Brasileiro. 2ª edição. Lisboa, 1963 Obscina Narodov Timora. Moscovo, 1964 Como Vive, Morre e Ressuscita o Povo Timor. Lisboa, 1965 Aspects of the Folk-stories in Portuguese East Africa. Atenas, 1965 Função Teleológica da Língua Portuguesa. Coimbra, 1966 A Verdadeira Dimensão do Verdadeiro Homem. Braga, 1969 A Instrução de Base no Ultramar. Lisboa, 1973 Língua Portuguesa e seu ponto de angústia hoje. Lisboa, 1978

    PARTES DE LIVROS

    O Ideal Português no Mundo. Lisboa, 1962 Perspectivas de Portugal. Lisboa, 1964

    TEATRO

    Duas Leis, peça em 3 actos, escrita em 1949 e representada em 1957 Culpados, peça em 2 actos, escrita em 1957
    Prémios

    Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (postumamente)

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  • PONTE PEDRINHA AUTOR TIMORENSE

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    ANDANÇAS DE UM TIMORENSE Prefácio de José...
    Daniel Braga15 August 15:11
    ANDANÇAS DE UM TIMORENSE
    Prefácio de José CraveirinhaAutor: Ponte Pedrinha(hENRIQUE bORGES)
    Temas: Lusofonia, Literatura
    Colecção: Timor – História, Política e Literatura
    Ano:1998

    Sinopse:
    «Andanças de um Timorense é […] a voz que faz o som; o som que se torna a Palavra, o Silogismo, a Alusão, a Temporalidade e o momento do Vazio ou da Vitória; da Mensagem, da Beleza e da pura respiração. E sem curvar a cabeça ao inspirar o encanto da redescoberta, a negação da letargia e o redescobrir da luz do sol no belo espaço de uma Pátria, a Pátria autêntica», eis algumas palavras de José Craveirinha sobre este primeiro romance do luso-timorense Ponte Pedrinha.

    PONTE PEDRINHA
    Ponte Pedrinha é o pseudónimo literário de Henrique Borges, natural da vila de Same, situada na região montanhosa de centro de Timor-Leste. O Autor pertence a uma família luso-timorense que se vê obrigada a abandonar Timor-Leste em 1975, na sequência da guerra civil, tendo-se refugiado primeiro na Austrália e depois em Portugal, a partir de 1976.Membro da Resistência Timorense, integra neste momento o corpo diplomático de Timor-Leste em Portugal.

    (in Apresentação de Andanças de um Timorense de Ponte Pedrinha – Henriqueta Maria Gonçalves / Secção de Letras / UTAD)

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  • ESTÁTUA PERDIDA DE DOM BOAVENTURA DE MANUFAHI

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    Sábado, 6 de Agosto de 2011 Lá fui eu, mais...
    J M Domingues Silva15 August 11:55
    Sábado, 6 de Agosto de 2011
    Aqui está ela!…

    Note-se o nome de “D. Boaventura” escrito no “kaibauk” preso na testa
    Nem tudo o que parece é… O dedo esticado
    é o indicador e não o anelar,
    como se pode confirmar na foto acima…
    Localização da estátua; vejam-se as coordenadas
    na parte de baixo da imagem do Google

    Qual a história desta estátua? Onde deveria estar e não está? Mais perguntas para perguntar… Alguém sabe as respostas?

    Lá fui eu, mais uma vez, perscrutar a cidade…
    … em busca de uma estátua “perdida”! 🙂
    Expliquemo-nos!
    Há dias um amigo mostrou no seu mural do FB uma estátua (metálica) identificada como sendo de D. Boaventura de Manufahi e que estaria “perdida” algures em Fatuhada, um dos bairros de Dili. Estavam reunidas todas as condições para me pôr em campo e ir “xeretar” a região.E hoje, sábado, lá fui eu. 8h30m da manhã, mais ou menos, saí do hotel e segui a pista que o meu amigo R.Fonseca me tinha dado: dois quarteirões antes da embaixada australiana virar à direita e procurar a dita cuja.

    Desconhecendo a geografia do local, acabei por me meter na Rua da Mesquita e, claro, não dei com nada. Virei para o interior do bairro e andei às voltas mas… nada!
    Acabei por ir até à embaixada e então voltar para trás e só então dei com a entrada de uma rua, meio manhosa, que era a segunda depois da embaixada. Meti-me por ela e fui andando e nada de estátua.
    Quando começava a pensar que a estátua se tinha esfumado, verifiquei que a rua estreitava com um prédio que quase fecha a rua. Ultrapassei-o e… ó pra ela! Lá estava a estátua, de pé, assente no chão.
    Aqui está ela!…

    (in O Livro das Contradições) http://livrodascontradisoens.blogspot.pt/2011/08/la-fui-eu-mais-uma-vez-perscrutar.html

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  • MORREU O ÚLTIMO SOBREVIVENTE TIMORENSE DA 2ª GRANDE GUERRA

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    Rufino Alves Correia, considerado o último...
    J M Domingues Silva15 August 11:37
    Rufino Alves Correia, considerado o último sobrevivente dos timorenses que combateram ao lado das forças australianas na II Guerra Mundial morreu quarta-feira e foi hoje 22 Abril 2010 a enterrar, com honras militares, no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Rufino Alves Correia, que tinha 94 anos, integrou em 1942 a 2ª companhia independente, uma unidade de elite, como soldado, na guerra de guerrilha das tropas australianas atrás das linhas inimigas. Os jovens timorenses eram geralmente incumbidos de fornecer informações, de tratar do abastecimento alimentar e de encontrar abrigo nas aldeias. Rufino Correia foi um dos poucos timorenses a participar diretamente em ações de combate, nomeadamente no ataque às posições nipónicas na cidade de Díli pelo pelotão B, segundo Paul Cleary, jornalista e escritor australiano, autor de “Os homens que saíram do chão”. O Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, na impossibilidade de estar presente nas exéquias, enviou de Phnom Penh, onde se encontra em visita oficial, uma mensagem de condolências, prestando tributo “a um verdadeiro herói que demonstrou uma bravura extraordinária em jovem”. “Rufino emergiu do período mais trágico da história da Humanidade como uma inspiração geracional”, refere Ramos-Horta na sua mensagem, lembrando que “nunca esqueceu os amigos australianos nem foi jamais esquecido pelos soldados australianos a quem serviu”. O Chefe de Estado timorense havia condecorado Rufino Alves Correia com a Medalha Presidencial de Mérito, por ocasião do 10. aniversário da consulta popular que determinou a independência, a 30 de agosto de 1999, “pelo serviço que prestou a Timor-Leste e à Humanidade”.

    Notícia da Lusa

    No medal for a Timor war hero

    Lindsay Murdoch, DarwinApril 23, 2010

    SIXTY-FOUR years was not enough time for Australia to award a medal to Rufino Alves Correia for his heroism when he was shot and wounded while trying to protect Australian commandos in World War II.

    Mr Correia, 90, was buried in Dili yesterday, six months after a petition signed by 24,000 people was presented to federal MPs asking them to back an award to honour the sacrifices Timorese made to help the Australians.

    Between 40,000 and 50,000 Timorese – in a population of only 650,000 – were killed or starved to death in Japanese-occupied East Timor.

    Mr Correia was one of the last surviving ”criados” who fought alongside Australians.

    Australian soldiers deployed in East Timor yesterday presided over his funeral, a rare honour for a non-Australian citizen.

    But Canberra is still considering the petition for a special Timorese Order of Australia that was organised last year by East Timor’s Mary Mackillop mission. ”Sadly, Rufino died without the full recognition he deserved for his bravery,” said Mary Mackillop’s Susan Connelly. She said there has not been adequate recognition of the assistance the Timorese gave the Australians. Mr Correia, known as Rufino, was proud of the time he spent with the Australian commandos. Every year he would attend the Anzac Day service in Dili.

    ”Rufino has never forgotten his Australian friends and similarly has never been forgotten by the Australian soldiers he served beside,” East Timor President Jose Ramos Horta said yesterday.

    But in 2006, before Mr Correia travelled to Melbourne to take part in an Anzac Day parade, he told The Age that he always wondered why the Australians ”never came back to help us after the war”.

    Read more: http://www.theage.com.au/national/no-medal-for-a-timor-war-hero-20100422-tfva.html#ixzz1cAlBDmpv

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  • LUIS CARDOSO E RUY CINATTI (TIMOR)

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    Crónica de uma travessia – A época do...
    Daniel Braga14 August 21:41
    Crónica de uma travessia – A época do Ai-Dik-Funam
    (Autor: Luís Cardoso)
    Editora: Publicações Dom Quixote

    Apreciação:
    (Urbano Tavares Rodrigues, 1997)

    Timor não tem ainda uma literatura. Há, é certo, os poemas de Xanana Gusmão, que são interessantes e são dele, que lhes confere um valor especial. E há ainda a poesia, cheia de boa vontade e sentimento nacionalista, de Fernando Sylvan, artisticamente fraca, muito oratória e  romântica, com uns pós de pitoresco. Este livro de Luís Cardoso, Crónica de Uma Travessia, subtitulado “A Época do Ai-Dik-Funam”, sob certos aspectos fascinante, participa da biografia, do romance e efectivamente da crónica. Narra as peripécias do autor, desde a infância timorense, no campo, à viagem com o pai, enfermeiro, para a ilha de Ataúro, à vinda para o exílio em Portugal, os estudos de Agronomia, a participação no Conselho Nacional da Resistência Maubere, o convívio com os timorenses do Vale do Jamor. Pelo meio da narrativa, em que se equilibram o relato e o comentário de acontecimentos e aparecem pessoas e nomes como o de Ramos Horta, o de Manuel Carrascalão e se fala em Zeca Afonso, em Adriano Correia de Oliveira, etc., equilibram o realismo e o fantástico (este intimamente associado às vivências de Timor, mas também a um modo de viver e sentir). Passa neste livro um sopro de mistério, através do entrosamento de duas culturas, uma delas ainda carregada de elementos mágicos.
    José Eduardo Agualusa tem razão quando aponta em Luís Cardoso, no seu prefácio, um escritor a caminho da sua obra.

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    Rui Cinnati Não era timorense, mas amou Timor...
    Daniel Braga14 August 20:57
    Rui Cinnati
    Não era timorense, mas amou Timor como ningem

    Rui Vaz Monteiro Gomes Cinatti (1915-1986) nasceu em Londres e faleceu em Lisboa. Licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa em 1941, partiu para a Inglaterra onde estudou Etnologia e Antropologia em Oxford. Entre 1943 e 1945 desempenhou o cargo de meteorologista aeronáutico da Pan-American Airways e entre 1946 e 1948 exerceu a função de chefe de gabinete do então governador do Timor Português . Exercerá pouco depois o cargo de chefe dos Serviços da Agricultura do Governo de Timor. Seria mais tarde nomeado investigador da Junta de Investigação do Ultramar. Em 1967 instala-se definitivamente em Lisboa. Entre 1940 e 1953 coordena com Tomás Kim e José Blanc de Portugal os Cadernos de Poesia. Obras principais: Ossonobó (1936), Nós Não Somos Deste Mundo (1941), Anoitecendo a Vida Recomeça (1942), Poemas Escolhidos (1951), O Livro do Nómada Meu Amigo (1966), Sete Septetos (1967), Crónica Cabo-Verdeana (1967), O Tédio Recompensado (1968), Borda d’Alma (1970), Uma Sequência Timorense (1970), Memória Descritiva (1971), Conversa de Rotina (Sociedade de Expansão Cultural, Colecção de Poesia “Convergência”, 1973), Os Poemas do Itinerário Angolano (1974), Paisagens Timorenses com Vultos (1974), Cravo Singular (1974), Timor-Amor (1974), O A Fazer, Faz-se (1976), Import-Export (1976), Lembranças para São Tomé e Príncipe – 1972 (1979), Poemas (1981), Manhã Imensa (1982).

    Ruy Cinatti: Poeta, “Agrónomo e Etnólogo”, Instigador de Pesquisas em Timor
    (Autor: Cláudia Castelo)

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  • Uma descendente de açorianos na família imperial brasileira

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    Uma descendente de açorianos na família imperial brasileira

    Apesar de pouco visualizados, os Açores contribuíram com gente na colonização de terras conquistada por Portugal, de forma sempre constante, em todas as épocas da sua história. No Brasil, com exceção do sul do país, onde a colonização ilhoa foi marcante, a presença açoriana se apresentou de uma forma diluída, mas frequente na base da formação das famílias brasileiras.

    Em leitura recente, no livro de Genealogia das Quatro Ilhas (Pico-Faial-Flores e Corvo – Vol. II) encontrei um fato interessante que veio corroborar esta evidencia. Na família Imperial Brasileira há uma Senhora que tem raízes familiares no Arquipélago açoriano. Chama-se Maritza Ribas Bokel.

    D. Maritza Ribas Bokel nasceu no Rio de Janeiro a 29/04/61. É paisagista e casada com D. Alberto Maria José João Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança e Wittels Bach (Jundiaí do Sul, PR – 23/06/1957) nascido Príncipe do Brasil, e que renunciou aos eventuais direitos ao trono Imperial, assim como a sua descendência.

    É filha de.

    D. Marisa Bulcão Ribas (RJ, 28/08/1930) e de Jaddo Barbosa Bokel (Campinas SP). É filha de

    D. Guilhermina Cavalcanti Bulcão (RJ) casada com José da Rocha Ribas (RJ). Poetisa. Filha de

    Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão (Cachoeira BA, n. 1852) Médico, vice-almirante, e de D. Maria José Cavalcanti Lins.

    É filho de

    Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão (S. Francisco- BA, n.1830) fidalgo da Casa Imperial e de D. Inácia Calmon Du Pin e Almeida (f em Vila da Cachoeira, BA em 1892). Filho de

    José Araújo de Aragão Bulcão (n em 1795, e f em 1865, Salvador, BA), Segundo barão de São Francisco e de D. Ana Rita Cavalcanti e Albuquerque (f em Salvador em 1869). Filho de

    Joaquim Inácio Siqueira Bulcão (n. em 1768, S. Francisco, BA, e falecido em Salvador em 1829) Primeiro Barão de São Francisco e de D. Joaquina de Maurícia de São Miguel e Aragão (n. São Francisco, BA em 1773 e f. 1862). Filho de

    Baltazar da Costa Bulcão (n. em N. Senhora do Monte do Recôncavo, BA em 1721 e f. após 1763) Capitão-mor e de D. Maria Joana de Jesus e Aragão ). Filho de

    José da Costa Bulcão (n. em N. Sra do Monte do Recôncavo, BA e f. em 1776 em Salvador, BA) Senhor de Engenhos e de D. Maria de Souza de Aragão (n. e f. na BA). Filho de

    Baltazar da Costa Bulcão (n. em N. Sra do Monte do Recôncavo, BA e falecido a 1718) Senhor de engenhos de Açúcar e Capitão de Ordenanças e de D. Maria de Gões Mendonça (n. BA). Filho de

    Gaspar de Faria Bulcão (n. em Castelo Branco, Faial e f. na Fazenda Água Boa, BA, Brasil em 21/03/ 1690) e de Guiomar da Costa (f. na Fazenda Água Boa, BA em 11/01/ 1690). Filho de

    Sebastião de Faria Bulcão (Faial) e de Maria de Ávila (Faial). Filho de

    Sebastião Dutra de Faria Bulcão (f. a 1650- Faial)) e de Madalena Dutra (f. 1645- Faial)). Filho de

    Gaspar de Faria (n. no terceiro quartel do século XVI e falecido com testamento de mão comum de 9/01/1620, Faial) e de Violante de Utra.

    Nota: Gaspar de Faria- desconhecemos no Faial a sua ascendência. Supõe-se ser do Continente. Era casado com Violante d’Utra ( Faial).

    Violante d`Utra (Faial, m. a 27/08/1645) era filha do fidalgo flamengo Gaspar Gonçalves Bulcão que fez assento no Faial (desconhecendo-se a sua ascendência) e de outa Violante d’ Utra ( Faial)

    Violante d’Utra ( Faial) era filha de Antonio Utra Nunes e Francisca Gaspar Machado.

    Antonio Utra Nunes era filho de Nuno Fernandes e de Jorgina d’Utra, irmã do primeiro donatário da Ilha do Faial, Jorge d’Utra (Joss Van Hurtere) e filha de Leo Van Hurtere, senhor do senhorio feudal da Aghebrone (Haeghebrouc), flamengos de Bruges.

    Maria Eduarda Fagundes

    Uberaba, 31/07/2012

    Referencia bibliográfica:

    Famílias Faialenses (Marcelino Lima)

    Genealogia das Quatro Ilhas (Faial-Pico-Flores. Corvo).

    Jorge Forjaz e Antonio Ornelas Mendes (2012)

     

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  • OS PROFESSORES POR JOSÉ LUÍS PEIXOTO (2011)

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    Os professores, por José Luís Peixoto

    Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança.
    ARTIGO | 15 OUTUBRO, 2011 – 00:17

    Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios - José Luís Peixotohttp://www.esquerda.net/artigo/os-professores-por-jos%C3%A9-lu%C3%ADs-peixoto

    Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios – José Luís Peixoto

    O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.

    O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.

    Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.

    Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.

    Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.

    Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.

    Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.

    Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011

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    Comentários

    Por: luisa lemos 20 Julho, 2012 – 20:23

    Obrigada mais uma vez José Luís. Cada texto que escreve sobre a minha profissão/ vocação enche-me de prazer e orgulho. Todos os maus tratos passam para segundo plano quando alguém “ergue a voz” para mostrar ao mundo que nos rodeia a forma como nos sentimos e a razão de termos escolhido esta profissão há alguns (muitos)anos. É sempre um prazer ler as suas crónicas. Por favor não deixe de o fazer em nenhuma circunstância.

    Por: Maria Olímpia L.B. Alves 29 Outubro, 2011 – 20:06

    José Luís Peixoto,

    Muito fora do comum este seu artigo!!
    Deve ser um homem raro, de uma sensibilidade extrema e muito lúcido.
    É gratificante lê-lo.
    Agradeço a clareza e a destreza da escrita.

    Sempre pensei que não ensinava nada… limitava-me a mostrar caminhos ou modos de ver.

    Sendo como é, seguiu os caminhos que escolheu e foi bem sucedido.

    Obrigada,

    Por: Rita 21 Outubro, 2011 – 17:57

    Obrigada José Luís Peixoto!!! Com estas palavras sinto-me reconfortada , consigo esquecer-me dos males que senti nos final dos 40 anos que trabalhei, como docente. Fui PROFESSORA! Infelizmente tive de abandonar e não por culpa dos alunos. Esses, passados tantos anos, continuam a sentir a mesma amizade que partilhámos na sala, reconhecem a importância que para eles tive. Somos colegas/amigos ou simplements amigos. Infelizmente colegas há que não atingem o verdadeiro sentido da sua missão… esses sim conduzem o ensino/ professor ao estado actual.

    Por: José Cadeco 19 Outubro, 2011 – 23:02

    Obrigado

    Por: Paula Oliveira 18 Outubro, 2011 – 23:22

    Parabéns pelo seu artigo!
    Como dizia o autor,

    “Há palavras que nos beijam
    (…)
    De repente coloridas
    Entre palavras sem cor,”
    (…)

    Por: marisa luz 16 Outubro, 2011 – 15:56

    este artigo…foi musica para os meus ouvidos…bem haja

    Por: Isabel Raminhos 16 Outubro, 2011 – 15:44

    Obrigada José Luís Peixoto pelas palavras que dedicou aos professores, numa altura em que estes têm sido tratados com tanta injustiça e tanta ingratidão. Também eu sou professora há vinte e oito anos, profissão à qual me dediquei inteiramente, acreditando que podia contribuir para a criação de uma sociedade mais justa e mais fraterna, onde cada cidadão valha como a pessoa que é e não como um simples número numa qualquer contagem estatística. Porém, aquilo a que tenho assistido é a um ataque sem limites à figura do professor, ao seu trabalho e à sua dedicação. Por isso a desilusão é grande. Ainda bem que “mesmo na noite mais triste, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”. Bem haja.

    Por: Filomena Amorim 15 Outubro, 2011 – 22:35

    Parabéns, José Luís Peixoto, pelo seu artigo. Muito obrigada.
    Filomena Amorim

    Por: Margarida 15 Outubro, 2011 – 20:20

    Parabéns e obrigada ao autor deste artigo, José Luís Peixoto! Agradeço não só porque sou professora neste país, hoje, aqui e desde há trinta e tal anos… mas também porque é verdadeiramente quando estou no desempenho daquilo que entendo que é a minha verdadeira missão, que consigo esquecer-me dos “males” do mundo e do meu, agora, pobre país! E neste texto consigo sentir-me gratificada, tanto quanto quando encontro e revejo antigos alunos, ou melhor dizendo, me encontram, os jovens que me “passaram pelas mãos” e que fazem questão de fazer o favor de me lembrar que um dia fui alguém nas suas vidas!
    Bem haja!
    Margarida