Categoria: AICL Lusofonia Chrys Nini diversos

  • café made in Azores

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    Um café nos Açores

    mesamarcada.blogs.sapo.pt


    Um café nos Açores

    por Duarte Calvão, em 22.07.13

    Regressado de umas curtas férias nos Açores, que me levaram ao Faial, Pico e São Jorge, qual não foi o meu espanto ao descobrir nesta última ilha a existência de café, numa pequena produção na Fajã dos Vimes, na costa sul. Quando me informaram, no Posto de Turismo de Velas, não dei grande importância, pensando tratar-se de alguma curiosidade apenas botânica, sem significado para apreciadores. No entanto, ao chegar lá descendo as íngremes e belas estradas desta ilha comprida e alta, fiquei surpreendido com a qualidade do que me serviram no Café Nunes, um óptimo expresso aromático e encorpado.

    Fomos atendidos ao balcão por um rapaz muito simpático e bem educado, como é comum nestas paragens atlânticas, que depois vim a saber ser Mário Nunes (na foto, em baixo), filho de Manuel Nunes, que há cerca de 15 anos tomou conta desta propriedade e desenvolveu o cultivo de alguns pés nas traseiras do seu pequeno café, que já por lá existiam há bastante tempo (trazidos provavelmente do Brasil por um bisavô), de variedade arabica. Mário Nunes de imediato se disponibilizou para nos mostrar a “plantação” (na foto, em cima) e o local em que o café é seco ao sol. Depois, é torrado “na sertã” em casa da família, contígua ao café, que tem ainda no andar superior uma pequena loja de tapetes e colchas feitos pela mãe e pela madrinha.

    Impressionado pela qualidade do café, perguntei logo se não estavam a pensar comercializá-lo ali ou até no continente, mesmo sendo óbvio que a produção é muito escassa. Porém, os números que Mário Nunes me deu não deixam espaço para ilusões: entre 50 kg e 100 kg por ano…Mas, como as coisas têm corrido bem, estão a ver se conseguem aumentar a produção, por isso, talvez, um dia, quem sabe…Para já, toda a produção é absorvida localmente, mesmo que vendida um pouco mais caro, a um euro o expresso.

    Esta escassez tem a vantagem de nos fazer visitar a Ilha de São Jorge, onde, como é sabido, há outros trunfos gastronómicos fortes como o célebre queijo DOP ou a fábrica de conservas Santa Catarina, que usa apenas atum pescado com a técnica salto e vara, amiga do ambiente, que até já lhe valeu um prémio da Greenpeace. Mas sobretudo de conhecer locais belíssimos, como esta Fajã dos Vimes, e gente do melhor que há, gente que nós continentais até já estranhamos pelo modo civilizado e culto como falam, pela correcção com que nos tratam, pelo justificado orgulho que têm na sua terra.
    Para despedida, deixo uma fotografia dos preparos da festa e procissão, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, que iam decorrer essa noite. Apesar de se prever mau tempo, não faltava boa disposição e entusiasmo nos trabalhos. Infelizmente, não pude ficar, tive que apanhar o barco ao fim da tarde para regressar ao Pico, mas espero um dia voltar, para ver como anda o magnífico Café Nunes e assistir à festa.

     

    Nota 1: não ia preparado para o que ia encontrar, não tomei notas, e por isso escrevo as informações de memória, peço já desculpa se cometi alguma imprecisão

    Nota 2: Fotografias de Cristina Gomes

    • Chrys Chrystello já falei sobre isto há ano no ChrónicAçores…um segredo bem guardado
  • ANTERO E OS COLÓQUIOS DA LUSOFONIA

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    A proposta de Vasco Pereira da Costa no 13º colóquio da lusofonia em Floripa (Brasil) vai avançar com o candidato à Câmara de Ponta Delgada Dr José Contente, segunda noticia o Diário dos Açores a propósito da reunião que tivemos com o candidato há dias

    VER PROPOSTA ORIGINAL AQUI conclusoes brasil2010

    PAG6DIARIO 2013-08-02

  • morreu 1º reitor da UAçores

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    Morreu José Enes, fundador, professor e primeiro reitor da Universidade dos Açores.
    in açoriano orinetal

    V

    Faleceu hoje em Lisboa José Enes, o primeiro reitor da Universidade dos Açores (UAç).
    José Enes Pereira Cardoso tinha 89 anos e era natural das Lajes do Pico, segundo noticiou a RTP-Açores. Era considerado um grande pensador açoriano e um dos mais importantes filósofos portugueses do Século XX.
    Com formação em escolástica tomista pela Universidade Gregoriana de Roma, José Enes foi professor da Universidade Católica Portuguesa e fundador, professor e primeiro reitor da Universidade dos Açores, um cargo que exerceu entre 1976 e 1982. Ao longo de uma vida literária com meio século, publicou sete livros.
    A letra ‘Montanha’, musicada por Emílio Porto e interpretada pelo grupo coral das Lajes do Pico, foi considerada uma declaração de amor à sua terra natal.
    Após deixar a Universidade dos Açores, José Enes residia em Lisboa, onde foi também vice-reitor da Universidade Aberta . Segundo a Enciclopédia Açoriana, do Centro de Conhecimento dos Açores, a sua via foi atravessada por três grandes paixões: a poesia, os Açores e a filosofia.
    Em declarações ao Açoriano Oriental, o antigo reitor, Vasco Garcia, também ele fundador da Universidade dos Açores, afirmou que José Enes foi o “homem certo no lugar certo na hora certa para a fundação da Universidade dos Açores”.
    Como pessoa, Vasco Garcia classificou José Enes como um “homem sábio, um hábil negociador e um diplomata com uma persistência notável”. Vasco Garcia conclui a dizer que o maior legado de José Enes é a própria UAç: “sem ele, não acredito que tivesse havido universidade”.
  • joana félix 2 poemas

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    Epidódio 211/365 “Horizonte” e “Insónia” de Joana Félix

    Hoje trago-vos dois poemas muito serenos de Joana Félix. obrigado pela vossa atenção, Nuno Meireles
  • repor a dignidade de antero de quental

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    REPOR ANTERO DE QUENTAL COM DIGNIDADE EM PONTA DELGADA….. em 2010 nos colóquios da lusofonia em floripa sta catarina , o nosso associado escritor Vasco Pereira da Costa fez aprovar por unanimidade (quase 300 pessoas) esta proposta (mas nada aconteceu)A Suas Excelências
    O Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
    O Presidente do Governo Regional dos Açores
    Considerando que o Campo de São Francisco na cidade de Ponta Delgada, está
    povoado pela memória de Antero de Quental;
    Considerando que o local que acolheu o coração liberto do poeta -sob a âncora da
    Esperança -está indelevelmente inscrito no imaginário cultural português;
    Considerando que um grupo de cidadãos manifestou publicamente a intenção e
    o empenho de sinalizar aquele espaço simbólico, identificando-o e conferindo-lhe a dignidade de que carece; Os participantes no XIII Colóquio da Lusofonia, reunidos em Florianópolis, estado de Santa Catarina, Brasil, declaram a sua adesão a esta patriótica iniciativa
     Chrys Chrystello, An Aussie in the Azores /Um Australiano nos Açores,

     

  • lições do Urbano

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    Compramos agora menos do que comprávamos antes.
    Há uma linha que separa
__________________________________compramos – compra-mosHá uma linha que separa muito claramente “compramos” de “compra-mos”, mas as pessoas erram frequentemente na escrita destas formas verbais e de outras do mesmo tipo. “Compramos” é a 1.ª p. do plural do presente ou do pretérito perfeito do indicativo (note-se que, na nova ortografia, a acentuação desta última forma é opcional) de “comprar”, sendo “mos” a marca (desinência) de 1.ª pessoa do plural.  Ocorre em frases como “compramos muitas coisas de que não precisamos”/”compramos tudo o que nos quiseres vender”/”compramos esta casa porque tem um jardim bonito”. Já “compra-mos” é a 3.ª p. do singular do presente do indicativo ou a 2.ª p. do singular do imperativo, sendo, neste caso, “mos”  a forma de pronome pessoal resultante da contração da forma de complemento indireto “me” com a forma de complemento direto “os”. Ocorre em exemplos como “se encontrares os livros de que te falei, compra-mos”/”se eu lhe pedir para me comprar os livros, ele compra-mos imediatamente”. No caso de “compramos”, “mos” é parte do verbo e, consequentemente, não se separa dele na escrita, mas, no caso de “compra-mos”, o pronome “mos” separa-se do verbo.
Em caso de dúvida, coloque a frase na negativa. Se “mos” passar para antes do verbo, então é uma forma de pronome e separa-se do verbo: “ele compra-mos quando lhe peço” /”ele não mos compra quando lhe peço”. Se tal não acontecer, então faz parte do verbo e não se separa dele: “compramos este carro”/“não compramos este carro”.
Por último, note-se que uma separação idêntica existe entre formas como “comprávamos” e “comprava-mos”, “lemos” e  “lê-mos”, “líamos” e “lia-mos”, entre outras possibilidades.
    Há uma linha que separa
    __________________________________

    compramos – compra-mos

    Há uma linha que separa muito claramente “compramos” de “compra-mos”, mas as pessoas erram frequentemente na escrita destas formas verbais e de outras do mesmo tipo. “Compramos” é a 1.ª p. do plural do presente ou do pretérito perfeito do indicativo (note-se que, na nova ortografia, a acentuação desta última forma é opcional) de “comprar”, sendo “mos” a marca (desinência) de 1.ª pessoa do plural. Ocorre em frases como “compramos muitas coisas de que não precisamos”/”compramos tudo o que nos quiseres vender”/”compramos esta casa porque tem um jardim bonito”. Já “compra-mos” é a 3.ª p. do singular do presente do indicativo ou a 2.ª p. do singular do imperativo, sendo, neste caso, “mos” a forma de pronome pessoal resultante da contração da forma de complemento indireto “me” com a forma de complemento direto “os”. Ocorre em exemplos como “se encontrares os livros de que te falei, compra-mos”/”se eu lhe pedir para me comprar os livros, ele compra-mos imediatamente”. No caso de “compramos”, “mos” é parte do verbo e, consequentemente, não se separa dele na escrita, mas, no caso de “compra-mos”, o pronome “mos” separa-se do verbo.
    Em caso de dúvida, coloque a frase na negativa. Se “mos” passar para antes do verbo, então é uma forma de pronome e separa-se do verbo: “ele compra-mos quando lhe peço” /”ele não mos compra quando lhe peço”. Se tal não acontecer, então faz parte do verbo e não se separa dele: “compramos este carro”/“não compramos este carro”.
    Por último, note-se que uma separação idêntica existe entre formas como “comprávamos” e “comprava-mos”, “lemos” e “lê-mos”, “líamos” e “lia-mos”, entre outras possibilidades.

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  • novo poema joana félix A DANÇA DOS PEIXES

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    A DANÇA DOS PEIXES

    Neste cais de pedra cinza,
    olho o mar em silêncio.
    Deixados nos sonhos
    há peixes de prata
    que serpenteiam,
    parecem pássaros
    sem medo,
    que não se casam.
    Agitam as barbatanas
    e cantam com frequência.
    Deslizam no infinito
    em direção ao escuro
    desaparecem,
    talvez para dormir.

    JOANA FÉLIX

  • WALTZING MATILDA em várias versões o hino oficioso da australia

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    este é o hino popular não oficial da Austrália em várias versões

    Waltzing Matilda Territory style – Ali Mills

    http://www.youtube.com/watch_popup?v=WgLtzD6JxcA&vq=medium

    The song is a version of our unofficial national anthem Waltzing Matilda, the lyrics for which were penned by Banjo Paterson on a track east of Winton, in Ou…

    VERSÃO DE ROLF HARRIS

     

    http://www.youtube.com/watch?v=bl-YI44XYjI

     

     

    versão de joan baez

    http://www.youtube.com/watch?v=_E9Nu8JinM0

     

    versão ROD STEWART

    https://www.youtube.com/watch?v=Lvn2bi5fi9c

     

    versão The Pogues

     

    versão Kylie Minogue Sydney Olympics 2000

    http://www.youtube.com/watch?v=QOfyHjRONLo

     

    versão 2009 Australia Day com Wendy Matthews, John Schumann & Brian Cadd

     

     

    versão king size em rock’n’roll

    http://www.youtube.com/watch?v=h8UlIFmhie4

     

    versão Dire Straits 1986 apresentados por Molly Meldrum

     

    VERSÃO The Beatles

     

    a letra (lyrics) na página seguinte

    www.imagesaustralia.com

     

    Once a jolly swagman camped by a billabong,
    Under the shade of a Coolibah tree,
    And he sang as he watched and waited till his billy boil,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda, Waltzing Matilda,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me,
    And he sang as he watched and waited till his billy boil
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    ………………..

    Down came a jumbuck to drink at that billabong
    Up jumped the swagman and grabbed him with glee,
    And he sang as he shoved that jumbuck in his tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda, Waltzing Matilda,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me,
    And he sang as he shoved that jumbuck in his tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    …………………

    Up rode the squatter mounted on his thorough-bred
    Down came the troopers One Two Three
    Whose that jolly jumbuck you’ve got in your tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda Waltzing Matilda
    You’ll come a Waltzing Matilda with me
    Whose that jolly jumbuck you’ve got in your tucker-bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    ………………….

    Up jumped the swagman sprang in to the billabong
    You’ll never catch me alive said he,
    And his ghost may be heard as you pass by that billabong
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Once a jolly swagman camped by a billabong,
    Under the shade of a Coolibah tree,
    And he sang as he watched and waited till his billy boil,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda, Waltzing Matilda,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me,
    And he sang as he watched and waited till his billy boil
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    ………………..

    Down came a jumbuck to drink at that billabong
    Up jumped the swagman and grabbed him with glee,
    And he sang as he shoved that jumbuck in his tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda, Waltzing Matilda,
    You’ll come a Waltzing Matilda with me,
    And he sang as he shoved that jumbuck in his tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    …………………

    Up rode the squatter mounted on his thorough-bred
    Down came the troopers One Two Three
    Whose that jolly jumbuck you’ve got in your tucker bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda Waltzing Matilda
    You’ll come a Waltzing Matilda with me
    Whose that jolly jumbuck you’ve got in your tucker-bag
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    ………………….

    Up jumped the swagman sprang in to the billabong
    You’ll never catch me alive said he,
    And his ghost may be heard as you pass by that billabong
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.

    Waltzing Matilda Waltzing Matilda
    You’ll come a Waltzing Matilda with me
    And his ghost may be heard as you pass by that billabong
    You’ll come a Waltzing Matilda with me.e.

     

  • belíssimo texto de Cristóvão de Aguiar

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    QUARTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2013

    Minha Querida Neta Ana Laura:

    Celebras hoje o teu quinto aniversário. Já principia a desabro­lhar em ti o botãozinho que indicia a despedida da tua primeira infân­cia. Ainda que não muito creditada em altura, como teus Pais, sem­pre te revelaste uma criança que corre adiante da sua idade. No ín­timo e no secreto do ra­ciocínio, ao invés, há muito que atingiste uma medida invejável para a tua tenridade. De­pressa continuarás subindo fí­sica e mentalmente. Tens ainda de an­dar um certo tanto para empubesceres, tornares-te uma senhori­nha sem peias nem preconceitos, mas, como o tempo é ma­roto e gosta das corridas à desfilada, lá chegarás num ápice. Bem gosta­ria o teu Vovô que, nessa altura, estivesse ainda neste mundo, sen­tado ao computador, a escrever-te mais uma carta de para­béns.
    Tudo quanto atrás ficou lavrado significa que arribaste a esta vida para lar­gares e te elevares em voo largo que não consigo neste mo­mento inter­pre­tar. Mas auguro uma ascensão plena. Se custa? Claro que custa muito suor a alcançar o que quer que seja nesta vida. De outra maneira a vitória não tinha qualquer gozo. O sabor do sucesso reside me­nos em alcançá-lo do que no caminho que se percorre até a ele che­gar. A vida é muito complexa, mas vale a pena vivê-la em plenitude. É a única riqueza que nos é dada. O resto chega de­pois, e devagar, é uma con­quista contínua que requer força de von­tade e transpiração abun­dante. Sei que nada disto te atemo­riza. Nem agora, nem no futuro com­prido, que se desdobra em passadeira vermelha à tua frente.
    Pelo que tenho vindo a captar da tua personalidade sou testemunha de que é muito vigorosa e indomável. O teu não é tão categórico, que, por ve­zes, causa calafrios na espinha de quem ele é endereçado. Sei-o por experiência própria!
    A minha esperança é que a tua robusta força de vontade continue a desa­brochar com a força indómita que te habita e te habilita para as pro­vas a que a vida te irá submeter… Um beijo repenicado da música que já vais balbuciando no teclado do teu piano! ♫♫♫♪
    Braga, 17 de Julho de 2013
    Vovô Luís Cristóvão