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Timor o momento da saída do governador Lemos Pires

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CONTINUANDO…

De acordo com o livro, da autoria do Governador Lemos Pires”, fora previsto que o embarque dos elementos que seguiam para a ilha de Ataúro se processasse até às vinte e uma horas e trinta, hora a que nascia a Lua. Às vinte e uma horas e quinze, quando se iniciava o embarque do grupo de comando, o comandante da Defesa Marítima foi chamado para receber uma comunicação do navio ‘Mac Dilly’, já ao largo, em que este informava estar perto um ‘destroyer’ indonésio, que, por não conseguir contacto com a radionaval, lhe pedira transmitir ao governador que ‘tinha ordens do seu Governo para na manhã seguinte mandar a terra buscá-lo, assim como o seu staff para os colocar em segurança’. Foi respondido que agradecia e que daria resposta dentro de duas horas. O embarque, assim retardado, só viria a verificar-se às vinte e duas horas. Foi providenciada a resposta à mensagem recebida do navio de guerra indonésio informando-se que o governador já se encontrava fora de Díli, tendo saído pelos meios próprios, e que, se o pretendesse, poderia receber o comandante indonésio a partir da manhã do dia seguinte na ilha de Ataúro. A resposta foi afirmativa, dizendo que iriam a Ataúro, porém tal não aconteceu. Soube-se posteriormente que o navio de guerra era um destroyer, o ‘Mon I idi’, que durante o dia seguinte foi a Díli, enviou barcaças à praia e recolheu o cônsul e pessoal do Consulado da Indonésia”.
Numa mensagem para o governador de Macau, Garcia Leandro, entre outros assuntos, L. Pires comentava: “Com amargura deixei Díli mas a situação impunha-se há muito. Lamento que Portugal e a comunidade internacional não tivessem tornado viável a solução da crise em tempo oportuno “.
E acrescentava: “Quando a pequena embarcação que me transportava largou do cais de Díli, virava-se uma página do livro do Império português; não uma página gloriosa como aquela que sonhara do dia em que os Timorenses, juntos com Portugal, finalmente assumissem a responsabilidade dos seus destinos mas antes e infelizmente uma etapa de frustração e impotência que as lágrimas agora soltas na solidão do mar não conseguiram esbater”. E continuava: “Para trás ficava o mar da esperança que, com seriedade e perseverança, tínhamos tentado construir e que uma disputa fratricida e insídia estranha sanguinolentamente interromperam. Para trás ficava o peso da responsabilidade de uma situação que não conseguira controlar. Para a frente a angústia e a responsabilidade do futuro dos Timorenses, dos militares prisioneiros, da dignidade de Portugal, que me seriam imputados independentemente de ter havido ou não capacidade de acção.” “Uma certeza surgiu claramente no meu espírito: seria eu o bode expiatório do desaire português em Timor, peça mais vulnerável até porque desligada dos poderes políticos em confronto em Portugal…..” Mas adianta, “quando, de novo, pisei terras de Timor, nas praias de Ataúro, não me senti vencido, mas antes um pião da história a quem tinha cabido uma fatia amarga, de que ainda mal provara o fel. Mas era preciso tomar decisões e agir, instalar, contactar as gentes de Ataúro saber do que se passava em Díli e no interior, na Austrália, em Lisboa, e na ONU. “
À chegada a Ataúro, Lemos Pires devia assemelhar-se a Bonaparte, quando desterrado para Santa Helena. Ele mesmo, quando pelas 11 horas da manhã de 27, consegue chegar à praia da ‘ilha das cabras’, utilizando as indicações preciosas de um pescador local, pois o seu plano, laboriosamente traçado, parecia soçobrar no final, por o pessoal da manobra não conhecer os fundos da entrada, ele próprio descreve como “fraca frota e miserável pompa a da chegada do Governador a terras de Timor (note-se bem… não se julgue, maliciosamente, que a fuga foi empreendida para terra estranha, ela foi de Timor para Timor), para se instalar, comparada com a dos primeiros portugueses que, para a época, exibiam bem mais poder e dignidade.”
Ele que, possivelmente, esperaria o trombetear dos clarins da vitória, o já “virem pelas ruas caminhando, rodeado de todo sexo e idade, os principais que o Rei buscar mandara o Capitão da Armada que chegara e que com desusada festa, já na terra, nos braços o levavam e num portátil leito da rica cama lhe oferecem em que vá, costume usado, que nos ombros dos homens é levado…” (Reminiscências dos “Lusíadas”), afinal, parece que nem estaria a recebê-lo o Rei de Ataúro, o nosso velho amigo — deportado, em tempos, de S. Tomé —, o grande de físico e de alma, Mário Lopes da Silva.
“Agora, senhor da ilha ou dela prisioneiro, com toda a liberdade ou sem poder nenhum, pião a fazer rodar a História ou simplesmente rodando pelo impulso do seu vento.”
Só então, tarde e à más horas, o governador parecia dar-se conta de quão vexatória e humilhante era a presença do Governo, naquela ‘ilhas das cabras’ e “a falta de dignidade que isso representava para Portugal.” De certeza que não adivinhava o que o poeta-meteorologista já versejara e frisara: ‘Se Timor é fim do mundo, Ataúro é fim do fim’.
Efectivamente… era o fim de tudo: uma Tragédia de quase um quarto de século, com cerca de duas centenas de milhares de mortos, violações, roubos, martírios, suplícios, desprezo por um Povo Heróico que sofreu, aguentou, lutou e… acabou por vencer.

CONTINUAREI…

Timor antigo: Mais uma sobre Timor do meu tempo: O Chefe por Rui Telo

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Mais uma sobre Timor do meu tempo:

O Chefe.

O seu chefe directo era capitão e exercia as funções de Chefe do Estado-maior do Quartel-general do Comando Militar. Oficial da Artilharia com o curso de E.M, era um tipo bastante inteligente e culto. Apreciador acérrimo da música de Jazz, passava mais tempo a falar disso do que a tratar de problemas de serviço. Passou bons momentos em sua casa ouvindo boa música e apreciando as suas dissertações sobre a mesma. Como bom artilheiro era também um excelente matemático. Aproveitando aquele belo mar que nos rodeava, o Nosso Capitão resolveu elaborar os planos de um veleiro a construir na Austrália. Muitas sessões de despacho ficaram para trás por o tempo se ter passado em explicações minuciosas sobre arcos e vectores cascos e tombadilhos. Aquilo realmente era tarefa ciclópica, mas foi cumprida até ao fim. Depois de prontos, os planos lá seguiram para a Austrália, o barco foi fabricado e chegou a Timor. Devidamente aparelhado, marcou-se o dia do lançamento à água. Os convites foram dirigidos à fina-flor de Dili e, no dia marcado lá estavam todos frente ao porto. O Nosso Capitão, todo de branco e boné de Comandante, com âncora e tudo, estava no tombadilho ocupado com os últimos pormenores. A assistência ansiava pelo momento em que o pequeno iate iniciasse o deslize sobre o palanque improvisado. O Comandante militar proferiu um pequeno discurso em que enalteceu as capacidades que o seu CEM tinha demonstrado, quer como engenheiro naval, quer como marinheiro. A esposa do CEM, resplandecente no seu vestido das grandes ocasiões, exultava de alegria e orgulho no seu marido, conversando em voz baixa com a esposa do Governador que também estava presente e excelentemente ornamentada como convinha. O momento esperado chegou. A esposa do Governador largou o “champagne” que se esmagou no casco. As palmas soaram e o bote começou o seu deslize. Caiu na água, balançou um pouco e estabilizou. As palmas começaram a abrandar e os que sabiam alguma coisa de barcos começaram a aperceber-se que algo não estava bem. O nível do mar ultrapassava em muito a marcação da linha de água e pela caixa do patilhão o jorro saía em catadupas. Quando o nosso “marinheiro” se apercebeu do que acontecia ficou estático e sério. De pé, em cima do tombadilho, na posição de sentido, fez a continência e deixou-se afundar com o seu navio. Ninguém resistiu e a risota foi geral. O seu Chefe era assim. Pena sua não ter registado fotograficamente o sucedido.

Confesso que me veio à mente Jorge Amado e os seus Velhos Marinheiros. Aí o seu Vasco Moscoso de Aragão não previu a tempestade, mas a sua inépcia levou-o a ancorar com todas as amarrações o que o salvou e lhe valeu a fama de grande Capitão de Longo Curso. Aqui o velho marinheiro nada previu, mas afundou com honra e galhardia como um verdadeiro velho marinheiro.

Mais tarde, depois de recuperado, e calafetada a caixa do patilhão, o bote ficou perfeito e muito navegou, mas na estreia já não houve pompa e circunstância.

A vida em Timor corria assim, devagar sem sobressaltos e sem grandes problemas. Os meios eram escassos, mas as necessidades também não eram muitas. As saudades de casa, da Família e de Portugal eram enormes, mas o fascínio daquela terra, as amizades criadas e a juventude tudo superava.

Ao nível do governo Nacional, Timor era completamente esquecido e desprezado. Os mínimos recursos ou não chegavam ou apareciam tardiamente. As preocupações do Governo Provincial não tinham repercussão na Metrópole. Apenas havia o preciosismo de colocar Timor nos livros escolares como terra de Heróis. Pobre D. Aleixo que foi um dos dois únicos Régulos que, durante a ocupação Japonesa, optaram por ficar ao lado dos Portugueses. Mais-valia ter feito como todos os outros, pelo menos não os tinham pendurado. Tudo e todos se estavam nas tintas para um território a mais de 25000 km. Depois foi o que se viu.

A perna não ficou boa e teve de ser evacuado para Portugal, estava-se em 1961, dois anos tinham corrido devagar. Na Índia, Neru tinha passado à ofensiva borrifando-se no Salazar e na ONU. Alguns bons Amigos, da sua geração na Academia Militar, ficaram lá como prisioneiros de guerra e, quando regressaram, foram tratados pelo governo, como miseráveis cobardes. Pobres rapazes cujo armamento para se defenderem de um Exército poderoso e organizado, ainda era pior do que os nossos obuses de 7,5 em Timor. Em Angola começaram as hostilidades contra a surdez do Governo de Portugal e o Povo é que sofreu.

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  • Daci Lelo O governador e o patriarca de India também foram maltratados por se renderem…
  • Joaquim Carmelo Rosa Fomos colonialistas com os inerentes defeitos e muitas limitações, mas justiça tem que ser feita à democracia portuguesa e aos portugueses: não fora o “cheque” para o referendo e os Timorenses, muito provavelmente, não seriam independentes em 2002. E oSee more
  • Rui Fonseca …Só um pequeno grande reparo:- em Timor não houve só dois régulos que se puseram ao lado dos portugueses durante a II Guerra Mundial ( Invasão do território)..Felizmente houve muitos e pagaram com a vida, vários.
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PATRIMÓNIO PERDIDO (AÇORES, COVOADA, S MIG AÇORES

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José De Almeida Mello shared a post.

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José De Almeida Mello

…Templo perdido em São Miguel… localizado na Covoada, antigo território da Relva… concelho de Ponta Delgada…. ruínas já referenciadas… em 1922… foram agora identificadas como um eremitério… sendo nesse sentido uma descoberta… como o único complexo do género existente na ilha…

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José De Almeida Mello

…Templo perdido em São Miguel… localizado na Covoada, antigo território da Relva… concelho de Ponta Delgada…. ruínas já referenciadas… em 1922… foram agora identificadas como um eremitério… sendo nesse sentido uma descoberta… como o único complexo do género existente na ilha…

venda de escravos

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Ricardo Nogueira

Não é ficção e muito menos um anúncio da venda de uma ninhada. É a realidade que existe no Gana, são crianças de 4 anos vendidas por 20 euros para trabalharem 14 horas por dia. Como podem concluir, alguns dos nossos animais têm melhor sorte. Não seja indiferente e no mínimo divulgue este post. Esse seu simples gesto pode ajudar a denunciar esta vergonla imunda.

Moçambique explora a beleza da capulana | Cultura | Jornal de Angola – Online

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A IX edição da Bienal dos Jovens Criadores da CPLP, que decorre até domingo, no Museu de História Militar, em Luanda, apresenta vários atractivos, entre os quais estão as capulanas de Moçambique, criações feitas a partir dos panos tradicionais daquele país lusófono, cuja beleza está nos detalhes.

Source: Moçambique explora a beleza da capulana | Cultura | Jornal de Angola – Online

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o bacalhau das Flores

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Isabel Pinheiro Magalhaes shared a post.

 

Algumas pessoas perguntaram-me como conseguir esta foto. Não é fácil, se não mora na Faja Grande poderá que ter que ir lá dezenas de vezes. Esta imagem, que dá o nome ao poço do bacalhau só se consegue entre as 15 e 15,30, no verão quando o sol começa a iluminar a rocha, mas só parcialmente para se ver o concavidade com a forma de um bacalhau seco porque logo que o sol ilumina toda a rocha o “bacalhau” desaparece. Outro pormenor importante é a queda de água, tem de ter agua suficiente, sem vento para fazer a espinha do bacalhau. Felizmente consegui ver e fotografar o BACALHAU algumas vezes. Espero ter ajudado.

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Jose Medeiros Lima

Algumas pessoas perguntaram-me como conseguir esta foto. Não é fácil, se não mora na Faja Grande poderá que ter que ir lá dezenas de vezes. Esta imagem, que dá o nome ao poço do bacalhau só se consegue entre as 15 e 15,30, no verão quando o sol começa a iluminar a rocha, mas só parcialmente para se ver o concavidade com a forma de um bacalhau seco porque logo que o sol ilumina toda a rocha o “bacalhau” desaparece. Outro pormenor importante é a queda de água, tem de ter agua suficiente, sem vento para fazer a espinha do bacalhau. Felizmente consegui ver e fotografar o BACALHAU algumas vezes. Espero ter ajudado.

Timor a fuga para o Ataúro 1975

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No que respeita à “serenidade” , que Lemos Pires relatou, no seu livro, com que decorreu a operação, que eu, já indo a caminho de Darwin, não presenciei, a crer em algumas pessoas embarcadas no “Mac Dilly”, terá havido algum tumulto, principalmente por parte da tropa que seguia neste navio, e também o próprio Capitão Piloto-Aviador Alves Ferreira, que ia a bordo do rebocador, da comitiva governamental a caminho de Ataúro, que contou no seu livro “O Último Voo Sobre Timor”, que “a certa altura alguém com um megafone avisou que ninguém transportasse armas para a Austrália; logo seguida grande número de armas e munições foram pura e simplesmente atiradas à água pelos militares que iam embarcar…”. Do mesmo modo, o Dr. António Cravo Cascais, no seu livro “Timor, quem é o culpado?”, e no que respeita ao comportamento de alguns militares portugueses — aliás, alguns desses factos por mim também presenciados, anteriormente — “os armazéns da alfândega foram ‘verificados’ por ‘briosos’ militares portugueses que ‘apreenderam’, em seu proveito, tudo o que se lhes afigurava de interesse…”. E que “antes da Gloriosa Retirada, houve uma ‘recolha’ total do que havia nos principais estabelecimentos, de aparelhagens fotográficas e de som, ao ponto de, já em Darwin, um Sr. Ten. Coronel exibir uma sofisticada máquina, último modelo, que adquiriu a um soldado por 100 dólares, quando o valor dela seria de 500 ou 600… uma pechincha! Oficiais houve que até aparelhos de ar condicionado usados trouxeram! No antigamente os vencedores da guerra tinham direito a saquear os vencidos, o que se passou em Timor revolucionou esses costumes do passado…”.
Com efeito, também na minha viagem no navio norueguês, um soldado oferecia, a quem o quisesse, uísque de um garrafão que empunhava, ansiando por o ver vazio, não que o fizesse para comemorar o livrar-se do pesadelo, ou por fraterna solidariedade, mas para ficar com aquele bonito recipiente de vidro vazio, pois que cheio… ai da alfândega!

Já antes da saída da equipa governamental, e dos que a acompanhavam, para o suposto ‘paraíso’ de Ataúro, a “última Voz de Portugal em Timor — a Estação Radionaval —que, muitas vezes, em condições difíceis sob o fogo cruzado dos dois partidos em luta, continuara fazendo o serviço de ser o único meio de comunicação com o exterior, só foi abandonada às 20,45 horas daquele dia, pois “as comunicações deveriam manter-se até ao último momento “, sendo os seus operadores os últimos a sair e tomando medidas para que se tornasse inoperável mas facilmente recuperável”. É José Luís Ferreira Leiria Pinto, comandante da Defesa Marítima e Capitão do porto de Díli, que relata que, com “Díli mergulhado num silêncio e numa escuridão impressionantes, embarca na lancha ‘Tibar’ pelas 21,30 horas, juntamente com o governador e o seu Estado Maior, comentando que “depois de quatro séculos de permanência em Timor os portugueses partem”, mas com o refrigério — porventura não inteiramente consolador: “Comigo apenas trago a Bandeira Nacional que a Armada manteve sempre içada na Estação Radionaval de Díli, reduto dos últimos marujos nos mares do Sul”.
Apenas, no Largo do Infante, em frente ao Palácio das Repartições, ficou, drapejando ao vento, a Bandeira Verde-Rubra das quinas que, no dia 17 de Agosto, fora içada, tendo como assistentes, julgo que os únicos, um Goês e um Algarvio: o José Noronha e eu, vinte e um anos amando e dedicando toda a sua juventude à ilha… também Verde-Rubra.
A Bandeira de Portugal — primeiramente azul e branca, e depois, com a República, verde e vermelha — que durante séculos flutuara nos céus luminosos da ilha do sândalo e dos valorosos Mau-Beres, ali ficou hasteada até que, às 17h55m da tarde de 28 de Novembro de 75, foi arreada, porque, com a proclamação da independência, naquela data e unilateralmente, deixara de representar (embora por pouco tempo, e não confirmado pelas Nações Unidas), o o novo Estado da República Democrática de Timor-Leste, designando como seu primeiro presidente Francisco Xavier do Amaral, o qual, pouco tempo depois, era demitido pelos seus camaradas, acusado de traição. Segundo parece, a proclamação era para ser feita no dia 1 de Dezembro, — aniversário de feito semelhante, executado por um grupo de portugueses, para se livrarem do jugo espanhol —, e só não foi porque a Fretilin, vendo o tempo a faltar-lhe, num acto de desespero, se precipitou a a fazê-lo.

CONTINUAREI…