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(esta e as anteriores estão em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html
Nas últimas semanas o mundo foi surpreendido por um desastre sem paralelo com um funicular (Elevador da Glória) onde alegadamente um cabo se rompeu e os sistemas complementares de segurança (travões, etc.) não funcionaram. Nunca tinha acontecido uma falha idêntica. Agora seguir-se-ão inquéritos internos, externos, da PJ e sabe-se lá quem mais, mas posso enganar-me mas conta a História que em Portugal todas as tragédias (as que vão e as que não a tribunal) terminam sempre sem culpados.
Foi assim na tragédia da Ponte de Entre-os-Rios (2001, 59 mortes) em que o Tribunal de Castelo de Paiva absolveu os seis engenheiros acusados pelo Ministério Público de não terem feito o que estaria o seu alcance para evitar o colapso da ponte de Entre-os-Rios. Ninguém fica assim responsabilizado criminalmente pelo maior acidente rodoviário de Portugal, em número de mortos. Da decisão decorre que “cai” o processo civil associado, em que Estado, Segurança Social e famílias reclamavam aos arguidos um total de 13,117 milhões de euros. Os técnicos vinham acusados de não terem feito o que estaria ao seu alcance para evitar o colapso da ponte. No acórdão de 551 páginas, afirma-se que a Justiça “só podia pronunciar-se face à prova produzida em tribunal”. De tudo isto, resultou claro para o tribunal que não existiu a alegada violação das regras técnicos, imputada pelo Ministério Público aos seis arguidos. O tribunal criticou os dois grupos de peritos chamados a colaborar com a Justiça, referindo ter sido “evidente e seguro” que revelaram incapacidade para se colocarem ao tempo dos factos, “com muito menos informação e sem que as coisas tivessem acontecido”…
Depois temos outra tragédia em Pedrógão Grande que contabilizou 63 mortos e 44 feridos. O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a 25 de junho 2025, a absolvição dos 11 arguidos do processo dos incêndios de Pedrógão Grande, o coletivo de juízes da 1.ª instância absolveu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, funcionários da antiga EDP Distribuição, atual E-Redes, e da Ascendi. A absolvição estendeu-se aos ex-presidentes das câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, assim como ao atual presidente do Município de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu. O antigo vice-presidente do Município de Pedrógão Grande e a então responsável pelo Gabinete Florestal desta câmara, foram, igualmente, absolvidos. Em causa estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves. No resumo do acórdão lê-se que “resultou provado que a generalidade dos óbitos verificados, designadamente na EN 236-1, e das lesões físicas sofridas, foram consequência direta do outflow convectivo e/ou do “downburst” verificado”. E que “foi a primeira vez que houve registo da ocorrência de tal fenómeno”, classificado como “pirometeorológico extremo, raro e imprevisível”. O coletivo de juízes dá como não provado que “os óbitos e ofensas à integridade física verificados tenham resultado, por acção ou omissão, da conduta de qualquer dos arguidos”. Isto foi mesmo um acórdão sério com palavras em língua estrangeira e tudo para que não restassem dúvidas sobre a sua seriedade.
Assim, resta-me a consolação de sempre que possível (em Portugal) ter evitado equipamentos como este que ora sucumbiu (sabe-se lá a que causas) e preferir a cobarde atitude de não experimentar sensações novas por mais turísticas e engraçadas que possam ser.
Lembrem-se sempre que em Portugal as tragédias ocorrem sempre sem culpados.
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Caríssimos:
Continuaremos, sempre e por toda a parte onde se torne possível, a descobrir as belezas, tantas vezes escondidas, que fazem o mundo que habitamos. Já vamos no sexto livro e anda no ar o sétimo, algarvio, pois então, que os dois têm costelas da Serra e do Litoral e, já agora, não há fronteiras que limitem a inspiração!
Até breve, no dia 16. Aos que não poderão estar, um abraço também.
Luís Gaivão e Luís Ançã
“Livros de Jazz” é o nome que atribuímos aos desenhos e textos simultâneos realizados ao sabor da inspiração num lugar, geralmente Concelho, logo reunidos em livro. Livro artístico, não turístico, conotando referências estéticas e poéticas, de sensibilidade.
1.“Angola: muxima, desenho e texto” (O primeiro, a origem da parceria).
2.“Vagos: a ria, a terra e o mar”, em inglês “Vagos: the lagoon, land and sea”.
3.“Lagoa: olhar a terra, olhar o mar”, em inglês “Lagoa; picturing the land, beholding the sea”.
4.“Sabores, desenhos e rimas”.
5.“Lamego: a terra, a história e a gente”.
6.“De Monsaraz a Reguengos: a descida do tempo ao silêncio de espaço”.
Convite Exposição Desenhos dos Livros de Jazz de Luís Gaivão e Luís Ançã.jpg Attachments:
Convite Exposição Desenhos dos Livros de Jazz de Luís Gaivão e Luís Ançã.jpg | 338 kB |
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Um homem de Tóquio casou-se oficialmente com um holograma de IA chamado Hatsune Miku. Com mais de 4.000 «casamentos tecnológicos» semelhantes no Japão, os especialistas afirmam que isto reflete a tendência crescente da ficcionalidade, ou seja, laços emocionais reais com seres virtuais. Isto já não é ficção científica.
Mas faz-nos pensar que mundo estamos a construir? Houve mais 4 mil casos destes, significando o desajustamento entre seres vivos e a sociedade que os rodeia ao ponto de preferirem uniões virtuais a uniões reais. Significa ainda o enorme peso que a solidão começa a ter e a fuga para este tipo de conúbio ou para outros como o casamento com os animais de estimação…
A noção é tão alienígena que nem consigo imaginar todas as suas implicações no quotidiano destas pessoas, na sua vida social, profissional, etc., mas isso refletir-se-á na demografia futura, na regeneração da espécie, na própria evolução do Homo Sapiens Sapiens.
Em Portugal esse matrimónio não seria legal nem legalizado, por enquanto, mas pode ser apenas uma questão de tempo ou de oportunismo de algum partido quando surgirem propostas nesse sentido. Com a baixa taxa de natalidade do país seria o golpe de misericórdia e enfrentaria a oposição da Igreja, dos setores mais à direita do espetro político, dos legisladores. Não espero durar tanto até que este exemplo do Japão se torne realidade em Portugal pois já não tenho elasticidade mental para aceitar estas coisas.
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Akihiko Kondo, um japonês de 38 anos, ganhou notoriedade ao se casar simbolicamente com Hatsune Miku, uma cantora virtual conhecida por seu cabelo azul-turquesa. A cerimónia, realizada com o auxílio do dispositivo Gatebox, permitia que Kondo interagisse com Miku de forma holográfica, criando uma relação que combinava tecnologia e afeto.
No entanto, em 2020, o suporte ao software foi descontinuado, impossibilitando a comunicação entre Kondo e sua “esposa” holográfica. Isso resultou em uma crise no relacionamento, levando Kondo a declarar que “ela não fala mais comigo”. Apesar da situação, ele manteve seu afeto por Miku e afirmou desejar continuar com ela para sempre, mostrando como os vínculos tecnológicos podem ter impactos emocionais reais.
O caso de Kondo também trouxe atenção ao conceito de “fictossexualidade”, definido como a atração romântica ou sexual por personagens fictícios, e levanta questões sobre os limites e desafios das relações mediadas por tecnologia, especialmente quando dependem de suporte técnico que pode ser interrompido.
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Fernando Alexandre, atual Ministro da Educação, Ciência e Inovação, bem como detentor de nome de artista de música pimba que vem atuar nas festas de Verão da freguesia, apresentou uma vasta proposta de reformas do sistema pedagógico português, tendo por base aquilo que apelidou como sendo uma visão unificadora do aparelho público. Não é novidade […]
Source: Opinião: Alexandra Manes | O ministério da artificial inteligência – jornalacores9.pt
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