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615. as moscas 21.10.2025 por chrys c

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  1. as moscas 21.10.2025

Australian salutemoscas em Coral Bay, WA

  1. as moscas 21.10.2025

 

Uma praga de moscas é um surto de moscas que pode causar problemas de saúde e económicos. A sua prevenção envolve manter a higiene, como limpar restos de comida, fechar bem o lixo e eliminar águas paradas, além de usar redes mosquiteiras. Em termos históricos, uma praga bíblica de moscas atingiu o antigo Egito, causando desespero e problemas com alimentos, como descrito no Antigo Testamento: a quarta praga deixou o Egito infestado de moscas. O Faraó concordou em libertar o povo e o Senhor retirou a praga, mas assim que percebeu que a praga havia cessado, o faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo hebreu.

Sabia que existem mais de 120 mil espécies de moscas em todo o mundo? Verdade. A única questão é que estes insetos voadores são considerados uma praga quando encontramos um grande número no mesmo espaço. As moscas representam um risco para a saúde dos seres humanos e dos animais de estimação por diversas razões, não só pela probabilidade das picadas, como pela portabilidade de salmonelas (bactérias). O que aparentemente pode ser um problema simples, pode transformar-se numa verdadeira infestação, na medida em que há espécies de moscas que são capazes de amadurecer desde os ovos até à fase adulta em apenas 7 dias

 

As moscas mais irritantes são os políticos que chegam ao poleiro e não mais querem sair de lá, ganem ou percam, entendem que é direito divino estarem lá, fazem-me lembrar as moscas australianas (as piores foram na Austrália Ocidental) que obrigam a chapéus ou máscaras como acima se observa.

Aqui nos Açores há dias em que a casa fica cheia delas, mas sem nos incomodarem, andam a voar quase todo o dia e nunca descobri o que lhes acontece. Para onde vão as moscas quando morrem? Nunca (ou muito raramente) surge uma mosca morta no chão, sem ser pela ação humana.

Depois, há outros dias, normalmente quentes e muito húmidos, em que há poucas moscas, mas sofrem todas de uma irreversível atração pelo corpo humano, estejamos deitados numa sesta, acordados em frente ao teclado do PC, ou meramente a comer e elas grudam-se ao cabelo, à cara, às mãos e pernas, e, por mais que as enxotemos, regressam nos 5 segundos seguintes. Nesses dias temos sempre uma enorme dificuldade em expulsá-las, pois são alérgicas a portas e janelas abertas.

Por fim, há dias em que independentemente das condições meteorológicas, elas se colam às janelas, quase suplicando que as abramos para saírem.

Tenho tentado compreender em que circunstâncias climáticas se verificam os estádios suprarreferenciados, mas as minhas observações são inconclusivas.

Felizmente, aqui nos Açores elas não são tão abundantes como na Austrália ou na Eucísia, aldeia transmontana de tenros anos, mas, mesmo assim, são um inconveniente com o qual nos temos de debater nas nossas casas todos os anos, salvo nuns curtos meses de fim de outono e começo de primavera em que não abundam. Como disse a abrir esta crónica bem piores são os políticos que só podemos expulsar do poleiro de quatro em quatro anos.

António Bulcão O clube dos poetas tortos

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O clube dos poetas tortos
Armando queria muito sentir-se importante. Não que não o fosse, para os familiares, amigos, antigos colegas de trabalho. Mas Armando queria mais. Desejava o que se poderá chamar um “reconhecimento universal” da sua importância.
Talvez fosse tarde, pensava. Para cima dos sessenta, tivera mais de meio século para se tornar importante. Mas não ligara. Atarefado com a profissão, com o partido político em que militava, com a casa e a família, deixara andar, mais um ser humano por aí, um de nós. E só agora, que entrara no último terço da sua vida, sentia aquele imperativo quase kantiano de se sentir importante.
Tinha de ser através das artes. Uma arte qualquer. Cinema ou teatro nem pensar. Nunca fora grande actor, fosse qual fosse o papel que lhe davam para representar andava sempre aos papéis, enganando-se nas falas, chegando a saltar várias páginas do drama, o que estragava logo a peça.
Pintura estava igualmente fora de questão, nem uma parede ficava capaz se via um pincel em cujo cabo se segurasse Armando. Ainda pensou em coisas abstractas, mas desistiu à primeira tentativa, saiu-lhe uma coisa tão concreta que nem conseguia imaginar o que fosse. Pintor também não seria.
Considerou a hipótese de se tornar escritor, mas desistiu depois de ler alguns romances de autores consagrados. Para se tornar importante como escritor teria de estar, pelo menos, àquele nível e sentiu não ter imaginação para tanto. Quer dizer, imaginação até talvez pudesse criar, paciência é que não. Tratava-se de muita página, bastantes personagens, lugares desconhecidos, acções incríveis, não, tal canseira não era para ele.
Vários meses nesta agonia de querer ser importante, mas não saber como e, finalmente, Armando descobriu a solução – ia ser poeta.
Claro que Armando, esperto como era, começou logo a antever as perguntas incómodas que lhe poderiam fazer desde logo os mais chegados, depois jornalistas e intelectuais de vária espécie: como é que alguém só descobre que é poeta já praticamente velho? um poeta que o seja verdadeiramente auto intitula-se como tal? onde está um verso, uma quadra, um soneto, um poema digno de tal nome, produzido no passado e escondido, por pudor ou desejo de anonimato?
Armando não se deixou intimidar por tais inconvenientes potencialidades de questionário. A qualidade da sua obra calaria de imediato essas bocas invejosas, queriam era serem eles poetas, mas isto não é para quem quer, mas para quem pode. Nos meses seguintes, o seu maior amigo foi o Google. Escrevia “palavras que rimem com” por exemplo amor, e apareciam-lhe todas as possibilidades, cor, dor, favor, labor, pavor, rancor, um sem fim de hipóteses que lhe davam um jeitão para produzir quadras sem fim.
Mas Armando não queria ser importante como “poeta popular”. Aquele “popular” à frente de poeta parecia-lhe uma menorização do seu génio. Começou, então, a escrever como se fosse prosa, mas dividindo o texto naquilo que chamou versos.
Para melhor compreensão, deixamos aqui um “poema” armandino.
“Deixa-me perder-me no teu triângulo, amor
Bermudas de baptizo entre coxas
Onde não encontrarei iates, nem aviões, nem nada que se tenha perdido,
Porque só eu voo, navego, me perco nas tuas profundezas,
No leme e nas asas da poesia”.
Post Scriptum: Perdoe algum leitor se encontrar algum resquício de poesia no que acima deixei. Se tal tiver acontecido, juro que não foi de propósito. Tentei dar o meu pior.
(publicada hoje no Diário Insular)

faltam manuais nos açores

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Como é possível que , em fins de outubro , os alunos de quinto ano ainda não terem tablets para estudar! Não se concebe! Não têm direito a manuais e ao que parece, nem a tablets! Mas , corre tudo bem no reino da Dinamarca…

a mudança de hora, 20.10.2025

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  1. a mudança de hora, 20.10.2025

esta e as anteriores crónicas estão em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html

No último fim de semana de outubro mudou a hora, pelas 01:00 passamos a estar na meia-noite o que me desagrada assim como a muita gente que preferia estar sempre na hora de verão, mas a proposta da EU é precisamente o oposto, passarmos a ter a hora de Inverno todo o ano – porque é o que está mais de acordo com a dinâmica da exposição solar terrestre.

Como escrevia Ana Oliveira (Letras Lavadas e Publiçor) nesta data: “Os jornalistas sabem que o povo só lê o título, e agora está na moda nem sequer pôr subtítulo para contextualizar – contribuindo ainda mais para a ignorância das pessoas. Tudo em favor do tão maravilhoso «click-bait». O problema é que ninguém clica e fica ignorante. E o facto de só trazerem à baila este tópico quando a mudança da hora é do Verão para o Inverno, infere-se que este tipo de iniciativas é para acabar com o horário de Inverno. Só que não é, é para acabar com ele. É por estas e por outras que tenho vergonha de ter tirado o curso de Jornalismo. O lixo em que se tornou esta profissão.”

Tudo começou em 1916, durante a I Guerra Mundial, quando obrigaram à mudança da hora com o intuito de poupar carvão (combustível) usado na iluminação. Os primeiros países foram a Alemanha e a Áustria, mas rapidamente outros, nomeadamente Portugal, fizeram o mesmo. Nessa época houve uma poupança de energia. Em língua inglesa a hora de verão é conhecida como “Daylight Savings Time”, que se pode traduzir como “tempo de poupança de luz do dia”.

Os efeitos de atrasar e adiantar a hora: no outono, no dia anterior à mudança, quem sai para trabalhar pelas 07:30 levanta-se de noite, com o Sol a pôr-se às 18:30. Em compensação, no dia seguinte, às 07:30 é dia, e o Sol põe-se às 17:30. Na primavera o efeito é oposto. Mas se o objetivo é aproveitar a iluminação do Sol, só funciona para países a latitudes médias. Como o eixo de rotação da Terra é inclinado, perto do equador, a duração do dia muda pouco ao longo do ano, pelo que não há necessidade de mudança. Em Svalbard, Noruega, latitude 80º N, desde abril até agosto, o Sol nunca se põe, e desde o novembro até fevereiro, o Sol nunca nasce! Adiantar ou atrasar a hora torna-se, assim, inútil. Por isso, só nas latitudes médias, nem demasiado perto do equador, nem dos polos é que a hora de verão significa uma “poupança de luz do dia”.

Em 1996, a União Europeia decidiu padronizar a hora de verão entre os Estados (exceções: Islândia e Rússia). A convenção é avançar os relógios 60 minutos do último domingo de março e voltar a atrasá-los 60 minutos do último domingo de outubro. Em 2018, o Parlamento Europeu lançou um inquérito para determinar se os cidadãos preferiam manter ou terminar com a mudança de hora. A maioria dos votos foi a favor de acabar com a mudança da hora, mas só 0,85% dos Europeus votaram, dos quais 70% eram alemães. O voto alemão é compreensível: no dia do solstício de verão, Berlim tem mais duas horas de luz do dia do que Lisboa, enquanto no solstício de inverno, o dia dura menos duas horas do que na capital portuguesa, com o Sol a nascer às 8h15 e a pôr-se antes das 16h00. Assim se explica que, na Alemanha, a mudança é irrelevante em termos de aproveitamento de luz solar.

Baseado nos resultados do inquérito, em 2019 o Parlamento Europeu votou para terminar a mudança da hora, em 2021. No entanto, o Conselho da UE exigiu um estudo do impacto detalhado que o fim da mudança acarretaria, ainda por elaborar. Há variadíssimos estudos que analisam o impacto no consumo de energia, número de acidentes rodoviários, perturbações do ciclo circadiano (o nosso relógio biológico), impacto na economia e o simples bem-estar da população. Destes, uns apontam para vantagens em manter a mudança (por exº, sair para a Escola de noite, no pico do inverno, aumenta a hipótese de atropelamento das crianças), outros mostram vantagens em manter a mesma hora todo o ano (o stress da mudança pode ser nocivo para a saúde de imunodeprimidos ou com doenças de sono) e outros afirmam não haver qualquer diferença entre manter ou não a mudança (como o relatório do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, que analisa o impacto da mudança da hora na penetração da geração de energia renovável no consumo).

Em Portugal, a Comissão Permanente da Hora é o órgão consultivo da República, para “estudar, propor e fazer cumprir as medidas de natureza científica e regulamentar ligadas ao regime de hora legal e aos problemas da hora científica”. Em 2018, a comissão elaborou um parecer e concluiu que “nenhuma das hipóteses é boa solução, sendo a UTC+1 a pior delas”. Manter UTC+1 corresponderia a manter permanentemente a hora de verão, algo semelhante ao que aconteceu entre 1992 e 1996, durante o Governo de Cavaco Silva, quando Portugal adotou o fuso horário CET (Central European Time), o mesmo que o resto da Europa. Nessa altura, no pico do inverno, o Sol nascia por volta das 9h00. No entanto, em 2021, um conjunto de peritos assinou a Declaração de Barcelona sobre Políticas do Tempo, sustentando que se deve acabar com a mudança, pois “não tem efeitos significativos na poupança energética, nem melhora a saúde, economia, segurança e meio ambiente”.

Na Região, a mudança ocorre pelo Decreto Legislativo Regional 6/96/M. Como pessoa da quarta idade, cada vez simpatizo menos com a mudança de hora. Em novo gostava da mudança invernal para dormir mais uma hora, não sinto nenhuma vantagem, antes pelo contrário. A alteração no ritmo circadiano afeta-me, e demoro semanas infindas a ajustar-me. No inverno acordo à hora habitual e não me deito uma hora mais cedo como devia. Para mim, isto é um negócio que favorece as companhias de eletricidade, pois são menos as pessoas e as horas em que se liga a luz de manhã comparadas com mais pessoas e mais horas de luz ligada no fim do dia.

Resultado: maior consumo de energia e quem disser o contrário mente. Como país carneirento ninguém protesta, todos fazem o que mandam e mudam os relógios duas vezes ao ano, esqueceram-se de avisar os animais que são as maiores vítimas da mudança de hora para alterarem o relógio biológico.

O Governo espanhol vai propor à EU, ainda este ano de 2025, o fim definitivo da mudança da hora na Europa. No inverno de 1992 para 1993, o governo de Cavaco Silva decidiu não mudar a hora em outubro, mantendo o horário de verão durante todo o inverno. A ideia era alinhar Portugal com o horário da Europa Central (como França e Alemanha) e avaliar os efeitos na economia e na produtividade. No entanto, a medida foi muito impopular: os dias amanheciam demasiado tarde (em alguns sítios, só havia luz natural perto das 9h da manhã), o que causou muitas queixas, sobretudo no norte e interior do país.

Por isso, em 1993, Portugal voltou ao regime habitual de mudança de hora — GMT no inverno e GMT+1 no verão. A malta reclama do horário de inverno (pois o horário de inverno o ano todo é deprimente, é um facto sem controvérsia), mas obrigar os miúdos a acordar de noite e entrarem na escola de noite em dezembro pode ser puxado…claro que é melhor levar os miúdos de noite porque muitos vão com os pais e à saída muitos saem sozinhos, porque os pais estão a trabalhar e pelo menos ainda é de dia. Para quem diz que as crianças entram ou saem de noite da escola, que no horário de inverno, “fica de noite” ainda mais cedo, lembrem-se de que só os estamos a preparar para o futuro, quando tiverem de trabalhar, pois irão ter horários que os vão obrigar a tal situação. Mas não somos nós que decidimos.

Noutra área há quem se recorde afetiva e emocionalmente desta cena. Como eu nunca o fiz, nem achava qualquer piada na época, agora, em idade avançada, também me chateava profundamente quando a miudagem aqui da Lomba o fazia, em especial quando saía da catequese (aqui ao lado da casa). Irritava-me sem entender qual o gozo das crianças fazerem isso, mas deve ser defeito meu e da minha infância reprimida.

Portugal em 3º lugar na lista de países da UE que melhor integra imigrantes

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Numa altura em que os governos europeus endurecem as políticas de imigração, alguns países continuam a destacar-se na forma como integram os novos residentes. Segundo um novo estudo, Portugal é o terceiro país que melhor o faz, numa lista liderada pela Suécia. Apesar do reforço das regras de entrada e permanência, a Suécia é o país da União Europeia com as políticas de integração mais robustas, de acordo com a edição 2025 do índice MIPEX (Índice de Políticas de Integração de Migrantes) do centro de estudos Migration Policy Group, recentemente divulgado. O índice criado pelo think tank sediado em Bruxelas,

Source: Portugal em 3º lugar na lista de países da UE que melhor integra imigrantes

a falácia de muitos imigrantes

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Para desmentir os Venturas, Passos, Taxas e quejandos, que desejam, no fundo, o regresso aos tempos de Mussolini. Vejam bem o número de emigrantes por mil residentes – Portugal está bem cá em baixo…

Filipe Fráguas Mateus

Caro amigo, Temos de ver a origem dos emigrantes e a sua inclusão social. Luxemburgo tem 30% da população portuguesa perfeitamente aculturada e inserida no tecido social. Mas este meu post não está contra quem venha por bem. Quantos mais melhor até porque a nossa história é feita de portugueses emigrantes. Alias em termos percentuais devemos ser o país que mais emigrou desde o século XIX. Por nós e pela nossa história devemos receber estas pessoas, que ,vem por bem, como se fossem nossos familiares. E são.
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Luis Fonseca

Querido amigo Mário, 9 em cada mil, segundo o gráfico.
Qualquer coisa como 0,9%……

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