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Categoria: açorianidades açorianismos autores açorianos
ban the use of AI in all editorial content in Australia
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Other outlets should follow Crikey’s AI ban MEAA welcomes the commitment by Crikey to ban the use of AI in all editorial content produced by the outlet. Crikey has raised legitimate concerns about the inherent biases and inaccuracies of AI produced content, along with the theft of journalists’ intellectual property without their consent to train AI models.
But the strongest reason made by Crikey for banning AI is that it cannot replicate the real work of journalists faithfully and ethically working in the public interest.
MEAA commends Crikey for taking a stand for public interest journalism and we call on other outlets to do the same.
In its submission to a Parliamentary inquiry into AI, MEAA has urged the government to make laws requiring the disclosure of any data used to train AI, prevent theft by AI platforms, and mitigate the threat of misinformation and disinformation.
Image credit: Zennie/Private Media
Qual o plural de rímel?
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Qual o plural de rímel? 👁️👁️
Se você também tinha essa dúvida, agora não tem mais! O plural de rímel é igual ao plural de papel, dá uma olhada:
PAPEL➡️PAPÉIS
RÍMEL➡️RÍMEIS
Quando uma palavra termina em -al, -el, -ol ou -ul, no plural tiramos o -l e acrescentamos o -is.
Agora quero ver se você aprendeu: Qual o plural de CARACOL?🐌
tradução para português do livro “Lady Bobs, o Seu Irmão e Eu: Um Romance dos Açores
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A editora Letras Lavadas apresentou a primeira tradução para português do livro “Lady Bobs, o Seu Irmão e Eu: Um Romance dos Açores”, da atriz norte-americana Jean Chamblin.Publicado em 1905, esta obra é uma narrativa de viagem sobre as ilhas dos Açores.Além do romance, conta com descrições precisas de pessoas, lugares e acontecimentos que nos fazem recuar até ao início do século XX.Tendo em conta a importância histórica e literária e o desconhecimento desta obra pelos açorianos, a Letras Lavadas decidiu apresentá-la, em simultâneo, em todo o arquipélagoe Diáspora.Darrell Kastin The Undiscovered Island ( by Darrell Kastin and Katherine Vaz BOOKSHOP.ORG The Undiscovered Island (Revised, Revised) a book by Darrell Kastin and Katherine Vaz Alarmed by her father’s unexplained disappearance, Julia Castro travels from California to her family’s ancestral home in the Azores to find the islands abuzz with tales of ghost ships, seductive sirens, and witchcraft. The mystery deepens when a drowned man’s body is discovered on a mountainside an…
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The book will ship in two days.BOOKSHOP.ORGThe Undiscovered Island (Revised, Revised) a book by Darrell Kastin and Katherine VazAlarmed by her father’s unexplained disappearance, Julia Castro travels from California to her family’s ancestral home in the Azores to find the islands abuzz with tales of ghost ships, seductive sirens, and witchcraft. The mystery deepens when a drowned man’s body is discovered on a mountainside an…lançamento
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POEMA DE GUERRA 1971 MAS ATUAL COMO NUNCA 54 ANOS DEPOIS
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e.30. crónica do quotidiano 3, memórias de guerra. set 24, 1971
1.
o general medrou no instante obsceno
imponderável espelho de todas as ambições
rosto ou eco de mim próprio?
espio o calendário esfolhado
horas desertadas num véu sem mistério
em cada janela do tempo
(a cada momento
todo o ato
é desnecessário)
senhor general cuidado com os vidros
monoculares olhos de todas as guerras
dança cadeira menina
regressa a ti própria
onde jamais habitaste
suspenso do fumo
ardente farda
iridescentes fogos
incandescentes celas nos abrigam
pendular impaciência
sôfrego macho
na berma da estrada o duro leito
longa viagem sem retorno
inventam-se vitórias, árduas escaladas
com timbales e campainhas
tímidas carícias proibidas
ei-la que entra
banal gesto alugado ao corpo
já o velho murmura afagos
esponjosas carícias imaginadas
trémulas mãos sujas
de sangue inocente
preço injusto de algumas fomes
soergo a cabeça e pesa-me a rua
desabam mundos na chávena de café
sorvo sensual boca de muitas esperas
adejam aves sem nome
mirradas folhas de oculta metralha
mutilada cor de muitos mapas
esvaziada a memória
de cansaços muitos
adormece agora saciado
generalzinho de merda
não trinques dedos de infindos medos
truncando o campo
espaço de mortos
inumanos gritos de estertor
saíram à rua os fantasmas
e agora?
para quê a pistola senhor general?
deixe-os revisitar o calendário
não regressarão aos ataúdes
soam alarmes em tantas cabeças
denso o tráfego de passos
apressados se cruzam e acotovelam
ninguém os deterá
o quartel vazio
armas ao abandono
todos de si riem
descomposto
repugnantemente nu
pústula de gente
ridículo e só na multidão
insígnias do medo
(o futuro é já amanhã!)
diluo-me pausadamente na bica
negro êxtase de espuma
boiando descontrolado
me afogo
são vagas asa recordações
e me inundam
suspenderam a rotina em volta
interferentes e intrometidos
de louco me apodam
nem um gesto
por mim
pelo vagar deste cansaço antigo
desaguo na praia
longo areal de memórias
exauridas
ofensos se erguem os lábios
no desdém da colher
retemperado (pelo açúcar indissoluto)
pago o preço deste sonho
outro
ignoro o desdém
pobres assalariados da dúvida
profanam ociosos templos
que fomos.
ruidoso relógio nos matraqueia
calcorreamos as folhas deste espaço
inútil livro que não escrevemos
soam clamores, cláxones e freios
alheado prossigo sem ouvir
vociferantes vozes que já esqueci
devo-lhes novas angústias
somos a cidade do passado
estéril abismo que recusámos.
carcomidos degraus da sombra me protegem
solitária melopeia de saudade
no espelho se esvaíram dez minutos
renasceu há apenas três, senhor general
atravessava o corredor imaginário
uma ficção de rua quotidianos esbirros
no nexo do real
saltamos o grande muro
de nós mesmos
2.
nenhumas imagens nos percutem
ruinosas pedras
desocupada janela
nunca existida
desconheço este fantasma que habito
repetem-se passadas antigas
como se fossem primeiras
estranhas forças me dominam
sibilante é este tempo inventado
na brisa
o vento novo na casa da palavra
a ordem cumpriu-se
em nossos caminhos
a longa missão
povoa-se de alegorias
escombrosos dias
muradas deliquescências
escabrosas invadem
o revérbero da imagem
no princípio do beijo
o mundo
desaustinado ato
inaugura a luta
sabíamos ser o cavaleiro andante
solitário
líder da resistência
ei-la
é tua
desfruta deste conluio
enredada batalha inconclusa
não à avidez
soçobrantes corpos
encrespadas mãos
quase unidos no prazer
na posse primeira
(a eternidade é uma falácia, dizem!)
concêntrica viagem ao outro lado
em vão se aguarda
a abruta queda sem regresso
insubmissos
sobrevivos envilecemos
a engendrada equivoca desordem
podres
corruptos
cancros de todos os filhos
existimos nos que creem
e confiam
em vão.
estre -lejante civilização
da bomba letal
cercados por decadentes fomes
soubemos da vida
bebemos a taça
no sétimo céu das indiferenças
emborca o general
vitória pírrica sobre o medo
soldado de muitas guerras
todas absolutas e finais
nunca libertado
do embalo de sonhos inominados
matou
decepou
estropiou
nunca a verdade saberás
general-da-grei-sem-lei
- o nome da paz desconhece o sangue da liberdade –
EUCÍSIA – DOIS POEMAS BUCÓLICOS DE 1970
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e.16. vem correr comigo (à bi rua) jun. 11,12, 1970
vem correr comigo. cabelos soltos ao vento.
pernas fustigadas pelas espigas, como um poema lançado ao fogo.
o cheiro a campo, a feno.
calma na aldeia. os campos povoados.
gente afanosa de um lado para outro.
o que se semeia. o que se colhe.
as terras adubadas pelo suor.
as mãos calejadas pelo trabalho.
o pó a entranhar-se nas rugas da cara.
os dias belos, verdes e azuis, cinzentos, iguais a tantos.
os cães ao longe guardando os rebanhos.
a fome e os verdes prados.
o sol a pino, como pá ou picareta abrindo estradas,
fazendo brotar água das f(r)ontes dos lavradores.
a brisa que não corre.
a sombra que se escolhe para a merenda frugal.
comida de crianças para homens feitos.
de novo a enxada até sol-pôr.
vidas penhoradas por frutos que não serão colhidos.
ao longe passam carros sibilantes.
por cima enormes monstros dos ares
atroam a calma, violam a aldeia. o sino assustado repica a medo.
pendurados nos fios há pardais. colocadas nas fundas há pedras.
as velhas sentadas ao sol que entra nas portas abertas.
enxameiam moscas. crianças chafurdam na lama.
cães encostados às próprias sombras
sacodem as moscas, coçam as pulgas
(em todas as elites sociais há parasitas!)
cabeças se movem inquisidoras
dos lábios o cumprimento-saudação
oculta comentários inconvenientes. fica a pairar o murmúrio.
chapéus nas cabeças, mãos que se levam ao chapéu.
e nós só queríamos os verdes campos
a vontade contida de correr e saltar
a liberdade dos pássaros-homens
dos homens feitos pássaros.
as noites claras e límpidas.
as estrelas no alto como teto.
nós sentindo a terra pulsar sob nossos corpos.
com um frémito
percorrendo as suas formas, o seu calor.
coladas as bocas, juntas as mãos
o nosso bafo entrecortado
por teto as estrelas.
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e.17. para uma canção triste de embalar (à bi rua) jun 26, 1970
não vou falar de ti, de mim ou de nós.
vou cantar uma história de embalar
quando as pessoas, por exemplo, no alentejo
tinham as costas vergadas
as caras rugosamente marcadas
e o bronzeado de muitos sóis
mãos ásperas mas fortes de homens
- não vou dizer que eram fortes como as certezas
mas direi que a vida vivia lá
por entre os vagarosos extensos campos
mudos e cabisbaixos como os homens
que adormeciam entoando hinos às estrelas
eu e tu dormíamos sob um branco teto –
homens para quem as estrelas entoavam cantigas de embalar
a vida igual e os homens os mesmos
indiferentes chorávamos os nossos problemas
falávamos mas nada dizíamos
as nossas palavras lançadas à terra não germinavam
as searas dos nossos atos sem espigas para colhermos
o pão que amassávamos era feito de pedras
que tínhamos em lugar de corações
os homens calados e taciturnos continuavam
embalados entoavam cânticos
à paz universal no meio do silêncio
enquanto os campos se agitavam
as pedras floresciam e os regatos iam alegres
gargalhando segredos jamais pronunciados
eu e tu sob o teto branco por céu
e os homens que então havia dormiam
embalados pelas estrelas
as nossas mãos macias e aveludadas
o ar cansado e os olhos profundos
faziam rir de pena homens e mulheres
pelo choro dos nossos problemas
- esta a canção de embalar –
súbita e simultaneamente surgiu do nada
um metralhar impiedoso
ceifado o sangue saía em borbotões
das bocas abertas mas caladas
como balões vazios ficavam os sonhos
para quê então uma canção de embalar?
entoemos em uníssono, uma última vez
esta trova de ninar.
Pedro Almeida Maia: “Os açorianos conseguem tirar mais sumo de cada limão” – NiT
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Não haverá território português com mais criação artística por quilómetro quadrado do que os Açores — e a literatura não é, naturalmente, exceção. Além dos óbvios vultos, desde Natália Correia a Antero de Quental, de Vitorino Nemésio a João de Melo, há quem se destaque no rol de contemporâneos, sobretudo através da conquista de prémios … Continued
Source: Pedro Almeida Maia: “Os açorianos conseguem tirar mais sumo de cada limão” – NiT