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  • o baleeiro nascido no Pico

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    é Mário Costa and Diário de Notícias shared a link.
    José Silva inspirou livros e um documentário. Em Belém, tem uma estátua da autoria do seu trineto (publicado originalmente a 26 de junho)

    José Silva inspirou livros e um documentário. Em Belém, tem uma estátua da autoria do seu trineto (publicado originalmente a 26 de junho)
    • José Mário Costa

      https://www.dn.pt/mundo/nasceu-na-calheta-cacou-baleias-casou-se-com-indias-e-teve-um-saloon-5691862.html

      tuSpon1usohlred

      José Silva, nascido na ilha do Pico em 1846, i nspirou livros e um documentário. Em Belém, tem uma estátua da autoria do seu trineto, Luke Marston — que se encontra no Terreiro das Missas, oferecida a Lisboa no âmbito dos 150 anos do Canadá.

      A trisavó de Luke, uma índia salish também conhecida como Lucy dez filhos até à morte do açoriano, em 1902. Nos últimos anos de vida, o açoriano mudou-se de novo, desta vez para Reid Island, onde comprou um vasto terreno.

      A pesca continuou a ser o seu sustento, tornando-se bastante bem-sucedido e não hesitando em partilhar o peixe com os mais pobres e tendo ajudado a construir uma escola para os seus filhos e para os do resto da comunidade. (…)

  • cronica-350-dia-de-luto.

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    Image may contain: 4 people, text that says "uma foto bem triste de 1953: de um lado, os "meninos" bem "penteadinhos", de "soquettes brancos" do Prof. Franco e da Dona Julieta (escola primária, São José, Coimbra), do outro, "outros meninos, de pé descalço" e bem distanciados..."

  • O SUCESSO PROSUCESSO

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    Maior taxa de abandono escolar ocorreu nos Açores

    A maior taxa de abandono escolar do país, 27%, no ano passado, ocorreu nos Açores, sublinha uma auditoria do Tribunal de Contas, citando números do INE.

    De acordo com o Tribunal de Contas, apesar de sucessivas quedas no abandono escolar precoce, Portugal ainda desconhece a dimensão real do problema.

    Para isso contribuem, entre outras falhas, as “deficiências e insuficiências” no controlo de matrículas e de frequência da escolaridade obrigatória, conclui o Tribunal de Contas numa auditoria agora divulgada.

    Apresentada há meses pelo Ministério da Educação como a mais baixa de sempre, a taxa de abandono escolar precoce passou de 50% em 1992, quando o indicador começou a ser medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), para 10,6% em 2019.

    Um resultado não só “histórico”, como lhe chamou o Governo, como muito perto de fazer Portugal cumprir a meta europeia definida para 2020, que é a de ter no máximo 10% de jovens a deixar os estudos antes de concluir a escolaridade obrigatória. Segundo os dados oficiais, 18 dos 27 países da União Europeia já ultrapassaram a meta — e apesar da evolução, Portugal está ainda no 21º lugar.

    Mesmo que sirvam para cumprir metas europeias, os números apurados pelo INE não são suficientes para perceber a dimensão do abandono escolar no país, considera o TC.

    “No sistema educativo nacional não existem indicadores (quantitativos e qualitativos) para medir o Abandono”, lê-se na auditoria.

    “Nem o indicador internacional, o do INE, que incide nos jovens dos 18 aos 24 anos e que resulta do Inquérito ao Emprego, nem a Taxa de Retenção e Desistência, calculada pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e centrada no desempenho estático de um ano letivo, são adequados”, garantem os mesmos auditores.

    O TC aponta que a recolha de dados sobre os alunos nos sistemas de informação do Ministério “não é global nem tempestiva”, por deixar de fora as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, “onde o Abandono é muito significativo”, além de ter “um desfasamento de meio ano nas escolas privadas”.

    “Na Região Autónoma dos Açores ocorreu o maior nível de Abandono (27%, em 2019), não estando publicitados dados do INE relativos à Região Autónoma da Madeira, referindo o “Relatório do Semestre Europeu de 2019 relativo a Portugal que o “abandono escolar precoce representa um grave desafio, nomeadamente nos Açores e na Madeira”, pode ler-se no relatório da auditoria.

    Alentejo, Algarve, Madeira e Açores

    Mais à frente, quando é analisado o ensino profissional, é referido que “o Alentejo, Algarve, Madeira e Açores” apresentam as taxas mais elevadas, embora sem dados numéricos.

    Falta, por isso, um sistema que centralize e monitorize a informação sobre todos os jovens que deixam a escola.

    E falta também transparência nas finanças. “No que respeita à programação financeira, observou-se que é insuficiente e incompleta, não permitindo conhecer o montante afeto ao combate ao abandono.”

    A auditoria foi feita aos anos lectivos 2017/18 e 2018/19, pelo que a pandemia de covid-19, e os efeitos que ela tem tido no sistema educativo, aparecem apenas como nota de alerta.

    “O recente recurso ao ensino à distância”, lê-se, pode “estar a ampliar e a intensificar os riscos de Abandono dos alunos com uma relação mais frágil com a escola”.

    Registando “francos progressos”, dos quais o indicador do INE é um exemplo, o TC realça que o combate ao abandono e a promoção do sucesso escolar, “que, em regra, andam a par, encontra respaldo nos diversos diplomas legais orientadores e reguladores do sistema educativo”.

    E destaca as medidas e programas específicos para a melhoria do panorama nacional, como o “Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar e o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária”.

    Para que novas e “mais eficazes” medidas sejam tomadas, os auditores recomendam, porém, que sejam definidos de forma “clara e inequívoca” os conceitos de abandono e risco de abandono e que seja criado um sistema central de monitorização.

    Caso contrário, desperdiça-se “a oportunidade de contribuir para a melhor definição de políticas de combate e de oferecer outra alternativa aos que já abandonaram o sistema de ensino”.

    http://diariodosacores.pt/index.php…

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  • ribeira grande inaugura praça do emigrante

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  • e uma vez em cada século surge isto

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    de alguém que não conheço recebi estas frase que me enchem de vontade de continua…Boa tarde. Muito obrigado por aceitar o meu pedido de amizade. Não sou um devorador de jornais, até porque quase nada de interessante têm par se ler, mas tenho lido com alguma atenção os seus artigos de opinião no Diário dos Açores. Fico com a impressão de que é uma das poucas, talvez a única voz independente e lúcida nesta selva a que chamam comunicação social, onde abundam os medíocres e os lambedores de botas (eu tenho uma outra versão em que lhes chamo lambedores de cus). De facto, não faltam por aí uns tipos (e tipas) armados em cães e cadelas de fila, em defesa do mais reles fanatismo partidário. Bom domingo

  • escolas ou fábrica para produzir pobres

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    Raquel Varela
    58 mins ·
    Deixemo-nos de demagogia, que cresce fértil no país, e será cada vez pior com a promoção da ignorância a que assistimos. Uma escola que está no fim do ranking não fez um bom trabalho porque “pelo menos os alunos comem, e não andam no tráfico de droga”. A escola é um lugar para educar e transmitir o pensamento científico às novas gerações. Não é uma cantina, um depósito de crianças, nem um departamento da assistência social. O professor é um educador, não é um mediador, nem um cuidador, nem um animador cultural. Uma escola com média de 1,7 em 20 é um lugar onde os alunos são analfabetos funcionais. Contra a direita segregadora que defende a lei da selva, uma parte da esquerda, com responsabilidades governativas, resume a sua política cada vez mais à defesa do Estado Assistencial em vez do Estado Social, universal, de qualidade. O direito à educação plena é basilar de uma sociedade democrática. Que andemos a discutir no século XXI que “pelo menos eles comem” não é um sintoma de boas políticas do governo, é a confissão do seu falhanço total. Estas escolas servem para produzir mão de obra para limpar centros comerciais às 4 da manhã por 2 euros e meio à hora e serventes de pedreiro. Há bolsas delas nas periferias e, sempre, não muito longe, de centros comerciais gigantes. É preciso parar para pensar em vez de embarcar em discursos bonitos. Estas crianças têm uma marca de pobreza, que a escola, assim, ajuda a reproduzir, em vez de ajudar a inverter. Discursos de bondade não só não resolvem como ocultam o drama da opção de fazer da escola não o lugar do conhecimento para todos mas a linha de montagem para o mercado de trabalho. A escola pública ou luta por ser de qualidade para todos, universal, ou o pagamento de impostos não tem qualquer retorno justo. Não acho que os rankings são a solução, mas afirmar que uma escola com estas médias, por critérios relativistas acientíficos, estaria no topo dos rankings é pura demagogia.

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  • previ isto tudo em nov 2007

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    10.9. DO ENSINO AO JORNALISMO, CRIAMOS UMA MASSA CINZENTA DE CARNEIROS AMESTRADOS crónica 47 novembro 2007

    É importante, e (se bem que quase ninguém me leia e ninguém me ouça) há muito que ando a dizer nos labirintos esconsos das crónicas: o ensino em Portugal (como a democracia) segue o rumo globalizado de privatização. No futuro, haverá acesso universal ao ensino, de má qualidade e sem grande futuro. A alternativa será o ensino privado, levando algumas pessoas a engrenagens de dívidas perenes e endividamento, sem hipótese de saírem desse círculo vicioso. Entretanto, as elites com poder de compra irão optar por escolas privadas, donde sairão os futuros dirigentes da nação que optem por não ir estudar (sempre é mais fino) para o estrangeiro.

    Ter-se-á assim um país, e o mundo, a duas velocidades. A das massas, o antigo proletariado, já com melhores condições que no tempo da ditadura, ostentando títulos académicos (doutor, engenheiro, farmacêutico, arquiteto, etc.,) sem que isso represente emprego ou profissão duradoura. A das elites (à semelhança dos tempos da outra senhora) terá o privilégio de nomear os eleitos para todos os níveis de chefia a partir do intermédio. Mas não se iludam, não é só cá, é em todo o mundo ocidental. Agora com a passagem de ano (obrigatória) de todos os alunos, vai Portugal finalmente baixar o coeficiente de iletrados. Ao contrário do que muitos pensam, não vai deixar de os ter, o que vai ter é analfabetos com diplomas. Nada disto é à toa, nem por uma questão de birra. Já acontece nos EUA, na Austrália e no Reino Unido, onde há escolas secundárias (o antigo Liceu) que custam tanto ou mais que universidades privadas…

    Teremos um país dos que têm e dos que não têm. Ninguém se preocupa com desempregados vitalícios que começaram a surgir (no fim da década de 80 na Austrália e agora em Portugal). Ninguém perde o sono ou o apetite, pelos sem-abrigo, que se propagam nas ruas das cidades esvaziadas de Humanidade, autênticos desertos à noite. Isto enquanto o camartelo municipal não chega para demolir as casas que irão ser “gentrificadas” para condóminos de luxo. Os subúrbios do povo e classes menos abastadas passam a áreas VIP. O interior desertificado e abandonado do Portugal pequenino será a coutada de férias de ricos e poderosos.

    Decidi abdicar da habitual dose de livros de ficção. A realidade não para de se exceder e tornar-se mais inverosímil que a fantasia. Neste pequeno jardim à beira-mar plantado, as liberdadezinhas são ameaçadas e cidadania já é sinónimo de coragem. Há uma crise de instituições que ninguém ousa negar. A própria democracia de abril resvalou para a demagogia. Os representantes eleitos estão, sem ideias e sem horizontes, que não sejam os dos benefícios pessoais e dos mais próximos. Esta teia intrincada de corrupção e nepotismo coloca em causa a democracia, e isso nota-se no abstencionismo generalizado.

    Os ataques à liberdade começaram há muito com a autocensura, imposta pelos poderes económicos que dominam os meios de comunicação. Depois, seguindo um processo, a nível mundial, centrado no politicamente correto, assiste-se à criação artificial do ser imperfeito: agora é o fumador, daqui a uns tempos serão os obesos, depois os carnívoros, e por aí adiante….até que todos estejam controlados à distância por um microchip Tudo isso será tão grave como não pagar impostos. As represálias irão fazer-se sentir sobre os que exercem um mero ato de cidadania.

    Os jornalistas não ousam criticar a menos que “mandados”. Já não há espírito de missão nem a profissão pode ser levada a sério. Portugal nunca foi um país de “jornalismo de investigação”, agora ainda menos. A sociedade civil não se pronuncia e os jornalistas raramente o fazem. Os que querem ser esclarecidos contentam-se com o mundo “underground” dos blogues e das “fake news” que muitas vezes nem o são, assim como as teorias da conspiração que os donos disto tudo propagam para desacreditar essas mesmas teorias. O progresso tecnológico galopante, nas últimas décadas, permitiu a todos um acesso alargado à informação, mas as pessoas estão menos informadas. Vive-se a miragem de uma multiplicidade de jornais e de canais, um excesso de “infotainment ou infoentretenimento) retira o tempo e capacidade para discernir. Os telejornais são decalcados uns dos outros, apenas os apresentadores e a ordem das notícias muda.

    Os grandes grupos económicos que dominam os meios de comunicação (e os meios livreiros) promovem um cartel monopolizador da “verdade”, onde a independência e isenção são palavras vãs que se arriscam – em qualquer momento – a serem trucidadas. Os assalariados (leia-se jornalistas) se bem que hipoteticamente livres para escreverem sobre qualquer assunto, de qualquer forma ou feitio, só serão publicados se o conteúdo for conveniente aos interesses dos donos (leia-se patrões). Este tipo de censura é a pior. Cresceu incomensuravelmente nas últimas décadas e já me preocupava em meados de 80 na Austrália. É quase invisível. Mais brutal que o velho sistema do “lápis azul” do SNI que eliminou 64 das 100 páginas do meu primeiro livro de poesia em 1972 (Crónica do Quotidiano Inútil) para ficar elegantemente reduzido a 32.

    Agora, o Quarto Poder, a imprensa escrita e audiovisual, do célebre caso Watergate na década de 1960, deixou de funcionar em prol das liberdades e direitos dos cidadãos. Já não faz denúncias. Habituou-se a manipular, mentir e “orientar” mesmo com notícias falsas (as fake news) guiando os cidadãos no sentido que os patrões indicam. Agora pactua e esconde-se sob a ameaça velada das restritas leis que obrigam um jornalista a fornecer as fontes sob pena de ir para a cadeia ou pagar indemnizações milionárias. Os grandes grupos gabam-se de conseguirem eleger governos e presidentes e quando não o conseguem vale sempre a ajudinha duma batota. E o voto eletrónico pode ser manipulado por quem instala o software… Ninguém sabe quantas guerras e milhares de mortos foram causados por tais eleições. Em simultâneo, os grupos económicos que os apoiavam aumentaram desmesuradamente a influência, poder e lucros. Nem só de petróleo vive a administração dos EUA.

    Aqui vos deixo um alerta para a necessidade de acordarem. Todos. Mesmo os que têm a consciência escondida ou pesada pelas atoardas com que diariamente vos metralham na comunicação social ou que temem que tudo o que escrevo é fruto das teorias de conspiração (não é por minha culpa que a maioria se venha a comprovar verdadeira…). É preciso haver jornalistas dos que nunca se calam nem se vergam ao peso do que é conveniente, sem olhar a atenuantes ou consequências. Têm – agora, mais do que nunca – que ser arautos dos que não têm voz. Cada vez é maior o número dos desprovidos. Têm de ter uma probidade e ética inultrapassável para afrontar tudo e todos, sem encolher os ombros cómodos, tal como os antepassados fizeram. Assim surgiu o deflagrar da 2ª Guerra. Hoje já não há debates, mas fachadas de pretensa discussão, veículos de propaganda governamental da democracia “guiada”. Este cinzentismo acéfalo e monocórdico da comunicação social foi enriquecido pelo aparecimento dessa droga legal chamada “imprensa cor-de-rosa”. É soporífera e causa danos irreversíveis à mente humana. Nenhum governo se atreve a legislá-la, proibi-la ou sancioná-la. Pelo contrário, encontram nela um valioso aliado no obscurantismo que estão empenhados em criar e alastrar, para que o povo pense que está a ser governado enquanto eles se governam. Resta o mundo subterrâneo e alguns blogues para se saber o que é deveras importante.

    Quando os políticos falam não são eles, mas as agências de comunicação e os grandes grupos que os sustentam, isto quando não são os seus associados a criar sítios e tweets de notícias falsas, repetidas por bots e outros algoritmos…. Quer-se, teoricamente, um cidadão culto e educado, para ter a liberdade de fazer as suas opções em liberdade. Mas o que se criou foi um pateta manipulado. Pensa que vive em democracia e é livre, mas não passa de participante involuntário numa fraude democrática. Como se diz em inglês “read my lips”... O que o povo quer é ver revistas com os escândalos dum pseudojetset e da pseudonobreza sem sangue azul, só fama fácil. O que o bom povo quer é mortes, violações, abusos, desgraças, inundações, incêndios, bombas, guerras e as tragédias longínquas, desde que sejam só dos outros. As suas não lhe interessam.

    O povinho (tão bem retratado por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão (ainda hoje atuais) quer ver as vergonhas dos outros para que não vejam a sua, “é disto que o meu povo gosta” como diria Pedro Homem de Mello, embora se referisse ao folclore… Assim se explica que a maior parte dos bons jornalistas portugueses se encontre desempregada sem ser por opção ou por reforma antecipada. Não eram fabricantes de notícias sensacionalistas para abrir o telejornal, empolando banalidades em transmissões diretas que se arrastam penosamente do nada. Nunca o país viu aumentar tanto e em tão pouco tempo o fosso entre ricos e pobres como nas últimas décadas. As pensões e reformas são das mais baixas da Europa, mas os Executivos portugueses ganham mais do que os milionários congéneres norte-americanos. Ninguém escreve sobre isto? Limitam-se todos a passar secretamente essas notícias em e-mails aos amigos.

    Uma idosa que roubou uma peça avaliada em menos de quatro euros foi levada a tribunal pelo supermercado, e o banqueiro x, y ou z (entre outros ladrõezinhos que existem por aí) nem sequer a tribunal vai? Claro, que o roubo de milhões é investimento falhado e o de uns cêntimos é um crime de lesa-majestade. Gosto de escrever a palavra REVOLTEM-SE, mas pode ser crime de traição ou de apelo ao terrorismo, face às novas leis, pelo que me coíbo de o fazer.

    Faltou frisar que a ideia da nova educação é fazer com que os professores estejam cada vez menos preparados e criem alunos ignorantes. É a teoria do mínimo denominador comum. Não interessa a nenhum governo uma população culta, educada e lida…depois era mais difícil regê-los. Segue-se uma nova versão da máxima salazarista “quanto mais ignorantes mais felizes…” ou como o amigo Daniel de Sá lestamente me avisou, no formato original, a máxima de Salazar era: “Um povo culto é um povo infeliz.” Sejamos felizes, sejamos incultos. A razão de todas as infelicidades reside na Santa Cultura que tanta dor pariu. Depois criam-se artificialmente castas (este país sempre foi um país de castas).

    Primeiro, havia a dicotomia entre professores primários, secundários e os universitários. Vasos não comunicantes e estanques. Para mim o erro foi acabar com a Escola do magistério e criar as ESE… que fabricaram diplomados com ignorância e falta de preparação …até dói. Já basta haver programas que pouco ou nada ensinam (mais curtos, inúteis e fúteis, cheios de imagens para contrabalançar a falta de conteúdo, para contrapor a asserção vigente no meu tempo de que aprendia coisas que para nada serviam). Claro que a falta de preparação dos professores aplicada numa educação de massas, caraterizada pelo mínimo denominador comum, vai perpetuar o ciclo descendente de conhecimentos, e cada vez haverá mais burros nas fileiras. Isso é altamente importante para os políticos no poder. Quanto mais iletrados os professores e alunos, melhor serão conduzidos os milhões de cordeiros do rebanho da nação. A educação é uma fábrica de analfabetos para ensinar mais analfabetos futuros. Nada mais perigoso que uma pessoa que lê e estuda. Até pode pensar por ela…

    Este país tem demasiadas leis e incumprimentos a mais…para quê se ninguém as cumpre? Quando as tentam impor, é sempre de forma arbitrária, bruta e cega de aderência à letra da lei e não ao espírito, ou então limita-se a uma mera caça à multa. Uma coisa é ter regras e normas. Outra é impor leis a uma população impreparada e ignorante pela força bruta.

    Há ainda os lóbis fortíssimos dos médicos, farmacêuticos e advogados em quem ninguém toca e são corresponsáveis pela má saúde do país. O que é preciso é civilizar [leia-se DOMESTICAR] o povo para se poderem impor regras e normas, o resultado está à vista…vive-se numa ditadura republicana, de esgares monárquicos, disfarçada de democracia. Tal como no tempo do Hitler só quando chegar à nossa porta é que nos daremos conta do caminho por onde nos levaram… As democracias só podem funcionar com gente culta e preparada e não com quase dez milhões de analfabetos como em Portugal. Nos outros países (e na Austrália vi isso) fazem-se sacrifícios e o país avança e progride, aqui obrigam-se a sacrifícios e o país fica na mesma. Aqui só se trabalhou para a estatística europeia e não para criar riqueza. É isso que acontece com os empresários portugueses na sua maioria.

    Como escrevia Mendo Henriques em agosto de 2008: “é altura de fazer uma revolução e dar o poder a quem tem cultura e não a quem tem dinheiro”.

    É tudo uma questão de visão, os portugueses têm-na tipo túnel (quando a têm). Outros veem mais longe e preocupam-se com o futuro. Eu aprendi imenso com os chineses. Foi essa a lição mais importante. Nunca me esqueço também do que mais me impressionara na aprendizagem com os aborígenes australianos: como sobreviver milhares de anos com uma cultura oral, sem escrita, sem posse de terras, sem matar a não ser o que é necessário para uma alimentação frugal, para preservar o meio ambiente. Assim foram capazes de manter um segredo durante séculos (como era o crioulo de português que uma tribo manteve durante mais de quatrocentos anos e da qual se falou atrás).O excesso de informação, desinformação e manipulação política acabam por condicionar o rebanho dócil dos que falam muito e se queixam ainda mais, mas pouco ou nada fazem. Sempre prontos a criticarem o governo e os outros sem perceberem que a verdadeira culpa radica neles. O país continua diariamente – há muitos anos – a gastar muito mais do que produz. A hipotecar-se sem construir ou criar algo de produtivo. Esta irresponsabilidade coletiva será paga pelas gerações futuras, hoje demasiado preocupadas na sua ignorância para se aperceberem de que a conta foi passada em seu nome coletivo. Mas ainda não chegámos lá.

    Os portugueses habituaram-se ao goze agora e pague depois, se não morrer antes. Não se importam com os que roubam à sua volta, sejam do governo ou da privada. Até os invejam e gostariam de poder fazer o mesmo. Por outro lado, os que se aproveitam desta e doutras crises, os que beneficiam das benesses do governo, dos subsídios que a Europa paga para outros fins, e os que orbitam nessas esferas continuam a ir aos stands de automóveis de desporto comprar Ferrari, Porsche etc. Não há rutura de abastecimentos, e os supermercados continuam a oferecem milhares de artigos à escolha. A maioria dos habitantes, da Lusitânia sem alma, não quer saber de princípios. Abomina quem os tem. Se bem que poucos existem alguns que os preservam e perseveram. Se não são mais ouvidos, quando têm tempo de antena nas rádios e televisões, é porque os programas só são transmitidos quando todos dormem e sós alcoólicos com insónia estão despertos.

    De qualquer modo o que é que o homem e a mulher comuns podem fazer, além de falar no café e queixarem-se aos amigos e conhecidos? Mesmo que soubessem rabiscar umas ideias e quisessem escrever uns artigos, provavelmente não seriam publicados, a não ser nas redes sociais, desacreditadas. Vive-se numa ditadura dissimulada em que mesmo com 200 mil pessoas em manifestações de rua nada se consegue. O poder não treme nem pestaneja, coça-se como se estivesse a ser atacado por uma ridícula e inofensiva pulga. É essa a opinião dos governantes sobre o povo que manietam. Para quê denunciar escândalos? Raro é o dia em que um ou mais são denunciados nas redes, na internet na rádio e televisão. A justiça, que sempre esteve ao lado dos poderosos, parece estar ao lado dos que mais roubam e lesam o país Viriato e Sertório foram apunhalados pelos seus conselheiros. Aprende-se mesmo pouco em Portugal. Falta agora um novo Viriato a liderar os Lusitanos contra os usurpadores da República..

  • exame de filosofia dá 15,5 valores sem uma única palavra

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    Raquel Varela

    14 mins

    “Restrinjo-me ao seguinte. Um aluno que não escreva uma única palavra no seu exame e se limite a enumerar as letras correspondentes às questões de escolha múltipla e à formalização de uma questão incipiente do domínio da Lógica pode obter no seu exame de Filosofia 15,5 valores!!! Se, para além disto, escrever noutra questão duas palavras, alcança 16,9!!! Falar-me-ão do conhecimento implícito do pensamento dos filósofos, da capacidade de análise e de aplicação de conhecimentos e blábláblá…

    A questão é que um aluno, sem demonstrar qualquer competência de argumentação escrita, pode alcançar quase 17 valores. Podem esconder-se por detrás das tais “Aprendizagens Essenciais”, do sentido analítico do pensamento filosófico, encher a boca com palavras mágicas como formação para a cidadania, sentido crítico e promoção da autonomia… Para mim, tudo isto não passa de mais uma triste fraude a acrescentar a muitas outras na área da Educação”.
    Orlando Farinha, professor de filosofia

    Um artigo altamente recomendado, principalmente para o IAVE e para quem está a matar a essência da Filosofia. O exame de Filosofia como pudim instantâneo Parece que quem hoje pontifica no IAVE e el…

     

    COMREGRAS.COM
    Um artigo altamente recomendado, principalmente para o IAVE e para quem está a matar a essência da Filosofia. O exame de Filosofia como pudim instantâneo Parece que quem hoje pontifica no IAVE e el…
    • Alcindo Ferreira da Silva Tudo até pode estar muito mau … mas nisto não acredito (porque também o texto não o demonstra)
    • Filipe Isidro A filosofia ensinada nas escolas tem mais semelhanças com história da filosofia do que com filosofia no seu sentido original. Só num curso superior de filosofia se estimula um pensamento realmente crítico e com capacidade para estruturar argumentos.
      Por outro lado, a escolha múltipla é uma forma redutora de avaliar os alunos, embora mais democrática, por n depender da boa vontade do professor
  • José António Saraiva condenado por devassa da vida privada

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    Jornalista Fernanda Câncio é uma das indemnizadas. Autor do livro “Eu e os políticos”, que foi retirado do mercado por ordem judicial, foi esta quarta-feira condenado a 180 dias de multa à taxa diária de 30 euros: 5400 euros. Terá ainda de pagar 30 mil euros de indemnização, a dividir pela j…

     

    Jornalista Fernanda Câncio é uma das indemnizadas. Autor do livro “Eu e os políticos”, que foi retirado do mercado por ordem judicial, foi esta quarta-feira condenado a 180 dias de multa à taxa diária de 30 euros: 5400 euros. Terá ainda de pagar 30 mil euros de indemnização, a dividir pela j…
    Jornalista Fernanda Câncio é uma das indemnizadas. Autor do livro “Eu e os políticos”, que foi retirado do mercado por ordem judicial, foi esta quarta-feira condenado a 180 dias de multa à taxa diária de 30 euros: 5400 euros. Terá ainda de pagar 30 mil euros de indemnização, a dividir pela j…