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Carolina Bettencourt · “Eu queria voltar a ontem.”
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Há coisas que normalmente nunca discuto, política, futebol, colonialismo e retornados, mas vou acrescentar uma nova categoria: música e gostos pirosos ou pimbas.
Entro, dentro de dias, na quarta idade, cujo representante romântico por excelência se deslocou aos Açores, aos 83 anos, para dar um concerto em Ponta Delgada. Na entrada um jovem da mesma idade, visivelmente emocionado, declarava que “estava a concretizar “o sonho de uma vida”. Nem comento, mas o senhor deve ter tido uma vida desinteressante para isto ser o apogeu dos seus sonhos.
Na assistência muitos jovens, cujos avós devem ter chorado baba e ranho ao ouvir as músicas românticas do “rei” mostravam-se igualmente emocionados neste amor pela música que não conhece barreiras nem idades…
Não vou aqui discutir as opções políticas do cantor Bolsonarista, mas discuto a sanidade de 100 pessoas que se apinhavam em Ponta Delgada para ouvirem o octogenário.
No fundo, gostos não se discutem, de idade semelhante andam para aí os Rolling Stones e dois dos Beatles entre muitos outros que fizeram as delícias da minha geração…
A única razão que me leva a versar este tema é que fico extremamente triste por ver que um octogenário como Roberto Carlos não pode deixar de dar concertos com esta idade pois a núbil esposa com menos 50 anos assim o exige. Dizem que o amor cego e decerto assim será pois há cada mais vez mais exemplos destes. Como dizia uma pessoa conhecida “não há homens feios, há homens pobres…”
Não sei quem ele pensa enganar ao manter o mesmo corte de cabelo escorrido e negro, mas isso levanta outra questão que nunca discuto, se bem que seja, mais ou menos, consensual as mulheres pintarem o cabelo, nos homens essa postura parece-me merecedora doutras considerações que evito trazer à colação num artigo destes, pois, mentalmente, evoco sempre velhos carecas em carros descapotáveis ao lado de jovens louras com menos 50 anos…
Dito isto e como gostos não se discutem, espero que continuem a ouvir outros ídolos dessa era como António Calvário, Artur Garcia, Toni de Matos, Maria de Lourdes Resende, Francisco José, e tantos outros que entravam nas nossas casas pelas ondas hertzianas do “Serão para Trabalhadores”[1] da Emissora Nacional apresentados por Artur Agostinho … eu não vou por aí.
[1] O Serão Cultural e Recreativo para Trabalhadores era um programa radiofónico da Emissora Nacional, com a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), atual Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres (INATEL).