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  • MORREU ARTUR PORTELA FILHO

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    Maldito covid!…
    Morreu o jornalista e escritor Artur Portela Filho, um homem que “que se bateu sempre pela verdade”
    24.SAPO.PT
    Morreu o jornalista e escritor Artur Portela Filho, um homem que “que se bateu sempre pela verdade”

    Jorge Máximo Heitor

    O jornalista e escritor Artur Portela, conhecido como Artur Portela Filho, morreu esta terça-feira aos 83 anos, em Abrantes.
    De acordo com fonte da família, o autor foi hospitalizado em Abrantes com diagnóstico de pneumonia e infecção com covid-19.
    Jornalista, escritor, publicitário, investigador, com formação em História, Artur Portela nasceu em 1937 numa família de escritores e jornalistas; herdou do pai o nome, mas assinava Artur Portela Filho.
    Fundou e dirigiu nos anos 1970 o Jornal Novo e depois o semanário Opção, passou pela redação de vários meios de comunicação, como Diário de Lisboa, A Capital, TSF e RTP.
    Nos anos 1990 integrou a Alta Autoridade para a Comunicação Social, antecessora da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
    Artur Portela Filho publicou vários volumes de crónicas, sempre de observação atenta à atualidade política e social, nomeadamente “A Feira das Vaidades” e “A funda”, que ainda afrontaram o regime do Estado Novo.
    “O código de Hamurabi” (1962), “Marçalazar: Romance” (1977), “Três lágrimas paralelas” (1987), “As noivas de São Bento” (2005) e “A guerra da meseta” (2009) são algumas das obras de ficção que publicou.
    Admirador da obra de Eça de Queirós, Artur Portela Filho chegou a adaptar para teatro a obra “A Capital”, publicou o estudo “Eça é que é Eça” e assinou várias crónicas recuperando a personagem Conde de Abranhos.
    Destaque ainda para a entrevista biográfica ao escritor José Cardoso Pires, editada pelas Publicações D. Quixote, “Cardoso Pires por Cardoso Pires”.
    Numa entrevista em 2018 ao jornal Público, Artur Portela Filho sublinhava que nasceu em 1937, “no furacão da Guerra Civil de Espanha”.
    Quando questionado sobre a vida passada, respondeu: “Sim, valeu a pena. Sem dúvida que este país vale a pena, não tenho uma má relação com o meu país nem com os meus concidadãos. Tenho seis filhos e oito netos, a maioria das vezes é uma retaguarda confortável, dá-me ânimo e claro que valeu a pena”.
    — Jornal de Notícias
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  • poema «I Am A Man Born Of Women In Verse Luís Filipe Sarmento

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    Acaba de sair nos Estados Unidos, São Francisco, a antologia «Building Socialism» para a qual contribui com o meu poema «I Am A Man Born Of Women In Verse», com tradução de

    Vamberto Freitas

    , na companhia de grandes nomes da literatura americana e mundial, a convite de Jack Hirschman. O que muito me honra.

    1ª Foto: Capa da antologia «Building Socialism»
    2ª Foto: O meu poema em inglês

    3ª Foto:

    Agneta Falk Hirschman

    , eu e Jack Hirschman.

    Estes são os prémios que me interessam.
    Pedro Almeida Maia, Maria Cantinho and 6 others
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    este autor estará hoje na tertúlia dos colóquios da lusofonia https://blog.lusofonias.net/2020/10/26/tertulia-10-saudades-dos-coloquios-luis-filipe-sarmento/
  • POEMA DE JORGE ARRIMAR

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    Hoje, na Gazeta, poema de Jorge Arrimar
    JORGE ARRIMAR - TARDE SÓRDIDA
    GAZETADEPOESIAINEDITA.BLOGS.SAPO.PT
    JORGE ARRIMAR – TARDE SÓRDIDA
    ramo ardido, ponteirono quadro escurodas tardes sórdidasescóriamedo e
  • Há 34 anos morria Ruy Cinatti.

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    Ricardo Antunes

    shared a memory.

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    Há 34 anos morria Ruy Cinatti.
    Porque hoje é dia 12 de outubro, não posso deixar de assinalar uma efeméride importante para Portugal e Timor-Leste: cumprem-se hoje 34 anos da morte de Ruy Cinatti, um dos portugueses que melhor conheceu e compreendeu Timor e as suas gentes. Essa proximidade levou-o a realizar dois pactos de sangue com timorenses e a escrever várias obras sobre esta terra.
    Aqui podem encontrar a biografia do escritor (da autoria de Cláudia Castelo): https://u6bi6h.s.cld.pt
    Aqui, mais algumas informações:
    http://www.snpcultura.org/recordar_ruy_cinatti.html (com várias fotografias de Timor, nos anos 60)

    cs1r1 tnSOpgdgcotonlfbser mo2r0fsegn19fad

    Há 33 anos morria Ruy Cinatti.
    Porque hoje é dia 12 de outubro, não posso deixar de assinalar uma efeméride importante para Portugal e Timor-Leste: cumprem-se hoje 33 anos da morte de Ruy Cinatti, um dos portugueses que melhor conheceu e compreendeu Timor e as suas gentes. Essa proximidade levou-o a realizar dois pactos de sangue com timorenses e a escrever várias obras sobre esta terra.
    Aqui podem encontrar a biografia do escritor (da autoria de Cláudia castelo): https://u

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    José Bárbara Branco, Dadolin Murak and 20 others

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  • horrores kafkianos do julgamento de Assange

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    tuSp1ohnhsolred

    g5 OcttdoSeponsuoirmoclsbseeor afoto ig1m8:do51

    It would take a mind like Kafka’s or Camus’, or Aristophanes’ for that matter, to mirror the horror of Julian Assange’s ongoing trial in London. It’s beyond any human being’s comprehension or basic compassion. The former British Empire, in collusion with their American masters, have once again revealed their essentially uncivilized barbarity. This prosecution of an investigative publisher and truth-teller reveals to us all, without filter, the true guilt of the American Empire caught naked in its crimes. How can our media be so soulless as to ignore this show-trial at this critical moment in history before an election like this? Is it because they’re ashamed of their own role in this, as they should be? Is it because their beloved Obama is as guilty as Trump in prosecuting him?
    The only way back to some honor in this sordid affair is for this British judge, who’s shown no sign of mercy as yet, to acquit and set free Julian Assange as a most honorable citizen of this world.
    Below is another great article from one of the few journalist we can look up to as a pillar of our age — John Pilger.
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  • A Rede RTP1 Outro pertinente trabalho de Nuno Costa Santos, Alexandre Borges e Luís Filipe Borges. 

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    Source: A Rede

     

    Outro pertinente trabalho de

    Nuno Costa Santos

    ,

    Alexandre Borges

    e

    Luís Filipe Borges

    . Estes três grandes andam a dar boas cartas — a vénia não é suficiente para engrandecê-los.

  • óbito Júlio António Baptista de Araújo Pinto

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    www.viriatoteles.n

    Percursos do marginal de sucesso

    Tinha 51 anos, era casado com a Sara e pai do João, calçava 43 e só não participou no Maio de 68 porque não estava lá. Era o Júlio Pinto e morreu no dia de aniversário da República. Abaixo o 5 de Outubro!

    Vocês são todos antifascistas pelo menos desde 1383.
    Andaram a matar pretos, mas o que se podia fazer? Eles não morriam
    sozinhos.Júlio Pinto, Rol Provisório de Assassínios, inédito

    Júlio António Baptista de Araújo Pinto nasceu numa família pequeno -burguesa de Oliveira de Azeméis em 13 de Junho de 1949. Estudou no Colégio dos Carvalhos, onde não aprendeu nada de essencial.

    Militante do PCP desde estudante, quando chegou a altura de ir dilatar o império e a fé na guerra colonial, desertou e entrou na clandestinidade. Foi apanhado pela Pide numa paragem de autocarros do Porto, submetido à estátua da praxe na Rua do Heroísmo e mandado de castigo para a Trafaria, de onde veio a fugir alguns meses depois, aproveitando uma saída precária.

    No 25 de Abril era funcionário do PCP e um dos responsáveis pela organização do partido no Norte. Durante o PREC trabalhou no gabinete de Correia Jesuíno, ministro da Comunicação Social do IV Governo Provisório. No Verão Quente de 75 casou-se com Sara Ferreira da Silva, sua companheira e cúmplice desde os «tempos da clandestinagem». Passou a lua-de-mel a defender a sede do PCP de Oliveira de Azeméis, atacada por bandos de fascistas.

    Após o 25 de Novembro, fez parte da equipa fundadora de O Diário, jornal oficioso do PCP, dirigido por Miguel Urbano Rodrigues. Ali conseguiu fazer publicar, entre outras coisas, uma polémica entrevista com Mário-Henrique Leiria, uma das suas referências literárias essenciais. Outras seriam Alberto Pimenta, José Cardoso Pires ou Herberto Helder, com quem gostava de conviver, ao fim da tarde, no Bairro Alto.

    Em 1980, a 1 de Outubro, nasceu o seu filho, João. No ano seguinte, entra em conflito com a direcção do PC: a publicação, no semanário O Jornal, de um texto de solidariedade com Carlos Antunes, dirigente do PRP que estava preso e em greve da fome, foi o pretexto para o kafkiano processo político-jornalístico que então se desenrolou e ficou conhecido como «o caso Júlio Pinto».

    Despedido de O Diário e expulso do PC perante a passividade da maioria dos seus ex-camaradas e a solidariedade activa dos poucos que sobejaram, vagueou pelos jornais possíveis: O Jornal, O Ponto e O Bisnau, primeiro; o Expresso e o Jornal de Notícias, depois; o Diário Popular, onde se tornou no primeiro jornalista português proprietário de um urso a sério.

    Correu Lisboa e a noite de lés-a-lés em busca dos «espaços para a circulação dos afectos». Escreveu poemas que nunca foram publicados. Vendeu enciclopédias e pediu dinheiro emprestado. Sem jornal onde trabalhar, dedicou-se à publicidade. Primeiro na Onken, em Sintra, depois na Comunicar, em Lisboa.

    Com os amigos mais cúmplices, fez a Ovelha Negra, suplemento do mensário Combate durante seis números, até que algumas feministas da Rua da Palma acharam que uma piada sobre um «general morto na cama por excesso de generosidade» era uma prosa machista.

    Depois, fundou e dirigiu O Inimigo, «semanário satírico-dependente» que se publicou durante 48 semanas de insónia e desvario. Nas suas páginas deu a conhecer ao povo que «Salgueiro Maia foi condenado a título póstumo» e propôs a construção de uma «estátua ao desertor», entre outras atitudes menos recomendáveis.

    Acabado O Inimigo, em 1994, passou a “cronista de escárnio e maldizer” na TSF, ofício que praticou até ao fim da série, em 1998. Na mesma rádio foi um dos animadores do programa «O Estado do Tempo». Trabalhou no Círculo de Leitores como copywriter e colaborou na revista Ler. Pelo meio, inventou a Filosofia de Ponta, com desenhos de Nuno Saraiva, que foi a grande revelação da BD portuguesa nos anos 90, com direito a uma adaptação ao teatro e a um projecto de animação televisiva.

    «Marginal de sucesso», como a si mesmo passa a definir-se, parece ter então o devido reconhecimento público. A Bedeteca de Lisboa é inaugurada com uma exposição sobre a Filosofia de Ponta. O ministro Carrilho confessa-se seu admirador. Eduardo Prado Coelho convida-o para almoçar. Ganha prémios que não recebe porque não é “um autor fácil”.

    N’O Independente, escreveu no «Almanaque», pôs a nu vaidades balofas no «Gremlin Literário», praticou sobre os políticos o humor mais corrosivo em crónicas semanais. À Filosofia, sucedeu-se Arnaldo, o Pós-Cataléptico. E a Guarda Abília. E, mais recentemente, a Missão Portugal e País à Banda. Assinava também uma página semanal de humor no Tal & Qual e escrevia textos para o programa de Nicolau Breyner na RTP. E alimentava projectos, de vida e de trabalho, que já não teve tempo para concluir.

    Anarco-gramsciano primeiro, liberal de extrema-esquerda depois, marxista tendência Groucho sempre, participou em lutas avulsas: trabalhando na candidatura de Lurdes Pintasilgo quando aí parecia haver uma nova esperança à esquerda; apoiando o PSR, onde havia uns gajos com piada; ou dando força a João Soares na altura em que percebeu que o presidente da Câmara de Lisboa era algo mais do que um filho do pai.

    Continuou, enquanto pode, a frequentar os amigos de sempre: no Largo da Misericórdia, o último reduto tertuliano de Lisboa, na Associação de Moradores de Santo António de Cavaleiros, onde era mestre na arte da sueca, ou em São Martinho do Porto, o seu refúgio dos últimos tempos.

    Morreu de hipercalcémia ao fim da tarde de 5 de Outubro de 2000, no Instituto Português de Oncologia, poucos meses depois de lhe ser diagnosticada uma neoplasia. Calçava 43 e foi sepultado no cemitério de Carnide, no dia 7, entre aplausos.

    GrandeAmadora | 13.Out.2000