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Luso-canadiana Ema Dantas conclui com sucesso escalada dos Sete Cumes do mundoToronto, Canadá, 13 mai 2022 (Lusa) – A luso-canadiana Ema Dantas tornou-se hoje na primeira pessoa de nacionalidade portuguesa a escalar os Sete Cumes nas duas versões, ao concluir com sucesso o monte Everest”, disse hoje à agência Lusa fonte da família.“Às 06:49 (horas locais), Ema Dantas chegou ao topo do Evereste, sendo a primeira mulher luso-canadiana a fazê-lo”, confirmou a filha da alpinista Patrícia Dantas Johnson.No Canadá desde os seus quatro anos de idade, natural do concelho de Miranda do Douro (distrito de Bragança), a empresária luso-canadiana tornou-se desta forma a primeira pessoa de nacionalidade portuguesa a atingir os Sete Cumes nas versões de Richard Bass e de Reinhold Messner.Esta aventura, para consciencializar a sociedade para o problema da saúde mental, teve início em 2017 e devia terminar em 2021, mas devido a problemas de saúde, Ema Dantas, de 55 anos, teve de abandonar, a meio, não atingindo o topo da montanha mais alta do mundo.Com a parte do lado chinês fechado aos turistas, no dia 24 de abril deste ano, a luso-canadiana partiu novamente para o Nepal, para escalar os 8.848 metros acima do nível do mar, no Evereste.Após ter partido do Canadá no dia 24 de abril deste ano, Ema Dantas, acompanhada por dois guias, conseguiu “em apenas 16 dias ascender ao topo da montanha”.As sete montanhas mais altas de cada continente, que acabam por ser oito, pois a versão de Messner, considerada por muitos alpinistas como a mais legítima, troca o pico Kosciuszko (2.228 metros) na Austrália, incluído na lista de Bass, pela Pirâmide Carztensz, na Indonésia, com 4.484 metros.Nos últimos quatro anos e meio, a luso-canadiana alcançou a Pirâmide Carstenz (Indonésia, 4.884), o Monte Kilimanjaro (Tanzânia, 5.895), o Elbrus (Rússia, 5.642), o Monte Vinson Massif (Antártida, 4.892), Anconcágua (Argentina, 6.961), Denali (Estados Unidos, 6.190) e o pico Kosciuzkzo (Austrália, 2.228).Foi financiada através do setor privado nas várias expedições, inclusive os 67 mil dólares norte-americanos (55,4 mil euros) necessários para a viagem ao Nepal, na jornada ao Monte Everest.A empresária e tradutora pretendia angariar 700 mil dólares canadianos (459 mil euros), fundos destinados ao Centro de Vícios e de Saúde Mental – CAMH de Toronto e consciencializar o público para reduzir o estigma da saúde mental.Em 2017, Ema Dantas criou a fundação Peaks for Change (Cumes da Mudança), uma instituição sem fins lucrativos sobre a saúde mental, escalando desde então os pontos mais altos do mundo para angariar fundos.Apenas dois portugueses conseguiram atingir os cumes mais altos do mundo, o montanhista João Garcia (1999) e o piloto e alpinista Ângelo Felgueiras (2010). Maria da Conceição, em 2013, foi a primeira portuguesa a subir ao Everest.SEYM // VM3
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CRÓNICA 453 A INVASÃO DE OLIVENÇA
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CRÓNICA 453 A INVASÃO DE OLIVENÇA maio 2022
Quando a Turquia invadiu e anexou o Chipre para proteger os descendentes turcos, quer a Grécia quer a Turquia eram da NATO e a ilha 50 anos depois continua dividida.
Quando a Indonésia invadiu e anexou Timor era para combater os (seis) comunistas que lá viviam.
Quando a Rússia invadiu e anexou parte da Ucrânia em 2022 era para a libertar dos nazis.
Creio que usando esta nova Doutrina Putin ninguém levaria a mal se Portugal invadisse e anexasse Olivença, até porque sempre foi nossa e legalmente é nossa há séculos. Temos de defender os descendentes de portugueses que ali vivem dos espanhóis que a ocuparam ilegalmente. Não creio que a NATO viesse a intervir militarmente para nos expulsar
A 7 de maio celebraram-se 205 anos sobre a assinatura da Ata final do Tratado de Viena, em que Espanha se comprometeu à restituição de Olivença.
Derrotadas as ambições napoleónicas, reuniu-se o Congresso de Viena (setº 1814) com as principais potências da Europa à época – Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia -, e Portugal, Espanha, Suécia, França. Os trabalhos prolongaram-se sendo a Ata Final assinada em 9 de junho.
Do Congresso de Viena haveria de emergir uma nova ordem europeia que regularia as Relações Internacionais no continente, a Ata Final do Congresso de Viena, no seu art.º 105, prescrevia:
“As potências, reconhecendo a justiça das reclamações formuladas por S.A.R. o Príncipe-Regente de Portugal e do Brasil, sobre a vila de Olivença e os outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz de 1801, e visando a restituição desses objetos, como uma das medidas apropriadas a assegurar entre os dois reinos da Península [Ibérica], aquela boa harmonia completa e estável que deve ser mantida entre todas as partes da Europa, … de seus arranjos, se engajam formalmente a empregar dentro das vias de conciliação os seus esforços os mais eficazes, a fim de que a retrocessão dos ditos territórios em favor de Portugal seja efetuada; e as potências reconhecem, ainda que isso de qualquer uma delas, que este arranjo deva ter lugar o mais prontamente possível.”
Era deste modo, cancelado o Tratado de Badajoz, imposto a Portugal no contexto da Guerra Peninsular no final da chamada Guerra das Laranjas, pela força conjunta napoleónica e bourbónica. A 7 de maio de 1817 a Espanha ratifica a Ata Final. Decorridos dois séculos, da ilegitimidade da sua posse sobre as terras oliventinas e da justeza das reclamações portuguesas, o Estado vizinho não soube honrar a sua palavra. A usurpação de Olivença, constitui grosseiro atropelo à História. OLIVENÇA É TERRA PORTUGUESA e por isso ninguém levaria a mal se lá fossemos invadir e ocupar, sem precisarmos de exércitos ou outros meios belicosos…
Chrys Chrystello, drchryschrystello@journalist.comJornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713[Australian Journalists’ Association – MEEA]Diário dos Açores (desde 2018)Diário de Trás-os-Montes (desde 2005)Tribuna das Ilhas (desde 2019)Jornal LusoPress Québec, Canadá (desde 2020)Jornal do Pico (desde 2021) |
FORTUNAS, PROMESSAS E A CULTURA QUE NÃO TEMOS maio 20º22
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CRÓNICA 452 FORTUNAS, PROMESSAS E A CULTURA QUE NÃO TEMOS maio 20º22
O meu vizinho de infância cresceu a comprar e vender e assim enriqueceu e dividiu a sua riqueza por entre filhos e netos. Eu, que nunca tive jeito para o negócio, cresci a escrever palavras em pedaços de papel, muitos dos quais se transformaram em livros que poucos liam e que filhos e netos não apreciavam. Sempre entendi que eram fortunas e riquezas distintas havendo a probabilidade de os escritos perdurarem no tempo, enquanto os bens materiais do meu vizinho se poderiam esfumar ou serem dilapidados por filhos e netos como vi ao longo da minha vida.
A riqueza dos povos e nações é semelhante e só aqueles que cuidam da sua história, património e legado cultural estão fadados a ter um futuro, os restantes serão um mero rodapé na história tal como os Sumérios, Gregos, Troianos, Romanos e tantos mais.
Vem isto a propósito da situação calamitosa de abandono, desprezo e desdém por entidades culturais não-governamentais, de utilidade pública e demais produtores de cultura nas suas múltiplas vertentes. Para a AICL, associação dos colóquios da lusofonia, que desde 2002 realizou 36 colóquios (dois ao ano, um fora e outro nos Açores, desde 2006) a situação só não é pior pelo modelo de quotização e de pagamento de inscrições nos nossos eventos, pois se dependêssemos do investimento governamental já teríamos fechado portas. Tudo começou com o cessante Diretor Regional e Secretária Regional que receberam, comprovadamente, por escrito, as nossas candidaturas para 2021 e depois com enorme desplante declararam não as terem recebido e portanto não seríamos elegíveis. Idêntico despautério sucedeu com apoios a fundo perdido de 2021.
Não se tratava de montantes exorbitantes, até porque os apoios aos colóquios raramente excedem mil euros !!!! que nos permite pagar a deslocação e estadia a um autor de fora da região e nada mais. Trata-se do ato em si, repulsivo, castigador talvez por sermos críticos de uma região onde a cultura é tratada como um dano colateral da governação.
Nada disto seria importante se não tivéssemos programado para 2022, ano em que celebramos 20 anos de colóquios, um enorme evento em outubro, em Ponta Delgada com mais de 50 autores açorianos presentes e pela primeira vez necessitávamos de um apoio condigno. Sabemos pela comunicação social que os apoios deste ano (que já vai quase a meio, e se deveriam ter tornado públicos em janeiro) que nem apoios, nem comissão de análise dos mesmos, nem data prevista seja para o que for. nem tampouco foi nomeado um novo diretor na nova Direção de Assuntos Culturais no seio da Secretaria da EDUCAÇÃO.
Ótimo cartão de visita para quem quer Ponta Delgada como capital da Cultura 2027…relembro as palavras sinceras do Presidente do Governo Regional na cerimónia de abertura do 34º colóquio junho 2021 em Ponta Delgada, onde pela primeira vez esteve presente um Presidente do GRA), o Dr José Manuel Bolieiro salientou o “mundo sem geografia” que é a Lusofonia..O Governo dos Açores, prosseguiu, “estará ao lado” da AICL para “todas as realizações de futuro”, asseverou ainda o Presidente do Governo. Iniciativas como esta “valem pela qualidade que representam” na literatura e também na “identidade lusófona”, até porque “transportam para o presente todo o legado poético” e “inspiram novas gerações a darem valor e a conheceram aqueles que deram raiz à Açorianidade, Portugalidade e Lusofonia”. José Manuel Bolieiro elogiou ainda a “resiliência” da AICL, presidida por Chrys Chrystello, elogiando ainda a “simbólica data” de arranque do colóquio deste ano e o “inspirador lugar” do mesmo: o Centro de Estudos Natália Correia, na Fajã de Baixo.
Perguntarei, parafraseando Drummond de Andrade “E agora, José?”
Chrys Chrystello, drchryschrystello@journalist.comJornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713[Australian Journalists’ Association – MEEA]Diário dos Açores (desde 2018)Diário de Trás-os-Montes (desde 2005)Tribuna das Ilhas (desde 2019)Jornal LusoPress Québec, Canadá (desde 2020)Jornal do Pico (desde 2021) |